- Pôsteres de Ortodontia
- Resumos dos pôsteres de Ortodontia
- Pôsteres de Odontopediatria
- Resumos dos pôsteres de Odontopediatria
FERNANDA MICHEL TAVARES CANTO
Universidade Federal do Rio de Janeiro
PO-02 – Retratamento ortodôntico de paciente adulto com reabsorção radicular severa
Wilana Moura
Faculdade de Odontologia de Bauru
https://drive.google.com/file/d/1nzfAMvABH791iCrdw7w0nuabBIvOUDlv/view?usp=sharing
PO-03 – EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA EM PACIENTES COM APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO:RELATO DE CASO CLÍNICO
Rita Catia Brás Bariani
UNIFESP
https://drive.google.com/file/d/10Ii4HJ6KEJnRNjt-sjT44Suyvg7HiPg8/view?usp=sharing
PO-04 – Tratamento da Classe II Subdivisão com o propulsor mandibular PowerScope
Rafael Coutinho Silva
Universidade Positivo
https://drive.google.com/file/d/1iNtaDaY632smRbBmsNd2hWBDG0W44372/view?usp=sharing
Victoria Sousa Carneiro Reis
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Fabiane Azeredo
Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Silvio Augusto Bellini-Pereira
Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo
Thayna Silva do Carmo Tavares
Centro Universitário do Estado do Pará – CESUPA
PO-09 – Biometria dentária em pacientes padrão I braquifaciais e padrão face curta
Thayna Silva do Carmo Tavares
Centro Universitário do Estado do Pará
PO-10 – Prótese sobre implante em caso de agenesia de incisivo lateral superior. Follow-up de 16 anos
Gil Guilherme Gasparello
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
PO-11 – Biomecânica ortodôntica para modificar um grande diastema em fase do “patinho feio”
João Antônio Fontana
pucpr
PO-12 – Modelos Digitais: Comparação do Escaneamento com Diferentes Angulações e de 4 Métodos de Sobreposição
Bruno Nehme Barbo
PUCRS
https://drive.google.com/file/d/1c3wMmTpPEDcBDLEJd1qIFQhF0suem7nK/view?usp=sharing
Renata Travassos da Rosa Moreira Bastos
Universidade Federal do Pará (UFPA)
Lucas Garcia Santana
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
PO-15 – CORREÇÃO DE BIPROTRUSÃO DENTÁRIA COM EXTRAÇÃO DE QUATRO PRÉ-MOLARES EM UMA PACIENTE MELANODERMA
MIRIAN FERNANDES DE CASTRO BRAGA
ABO MG/FEAD
PO-16 – EXPANSÃO MAXILAR AFETA A QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES: ESTUDO CLÍNICO, CONTROLADO E RANDOMIZADO
Luciana Pereira da Silva
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Cibelle Cristina Oliveira dos Santos
Universidade Federal do Pará
Fernanda Vicioni Marques
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP/USP)
Melany Clarissa Gámez Medina
Universidade Federal do Pará
PO-22 – Avaliação Eletromiográfica dos Músculos Mastigatórios em Pacientes com Mordida Cruzada Posterior
Luiz Makito Osawa Gutierrez
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS
https://1drv.ms/b/s!Aj3Wg8YEgLhpgkR9DSv0_tqKClaA?e=hQrn5P
PO-21 – Efetividade do propulsor mandibular Forsus: Estabilidade após 5 anos
Gabriel Querobim Sant’Anna
Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo
https://drive.google.com/file/d/1jMKiD69bGlCctFOGVF9MSheaG5cLAlWP/view?usp=sharing
PO-22 – Avaliação Eletromiográfica dos Músculos Mastigatórios em Pacientes com Mordida Cruzada Posterior
Luiz Makito Osawa Gutierrez
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS
https://1drv.ms/b/s!Aj3Wg8YEgLhpgkR9DSv0_tqKClaA?e=hQrn5P
PO-23 – AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE ÍONS NA SALIVA DE PACIENTES EM USO DE ARCO LINGUAL COM DIFERENTES TIPOS DE SOLDAS
HELENA REIS DE SOUZA SCHACHER
PUCRS
https://drive.google.com/file/d/1fPTfM1yaPmYgVCRsBEkR0hJeS1_QOsSJ/view?usp=sharing
PO-24 – Tratamento de diastemas e biprotrusão dentária com extrações atípicas
Smyrna Luiza Ximenes de Souza
Faculdades Unidas do Norte de Minas – FUNORTE – núcleo Campina Grande, PB
Luisa Gatti Reis
Universidade Federal de Juiz de Fora
PO-26 – IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES APÓS FECHAMENTO DE ESPAÇO EM CASOS DE AGENESIA DE INCISIVO LATERAL SUPERIOR
Mariana Fernandes Meirelles Azevedo
Universidade Federal do Rio de Janeiro
https://drive.google.com/file/d/1zLRTk5bm26QMBw4-BghR_IGt2T_psK_Z/view?usp=sharing
PO-27 – AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DO TRATAMENTO COMPENSATÓRIO DA CLASSE III: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Paula Coutinho Cardoso
Universidade Federal do Pará (UFPa)
Beatriz Quevedo
Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo
PO-29 – CIRURGIA ORTOGNÁTICA DE BENEFÍCIO ANTECIPADO COM ORTODONTIA LINGUAL EM PACIENTE CLASSE III COM ASSIMETRIA FACIAL – RELATO DE CASO
Demi Dahás
Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia de Bauru
https://drive.google.com/file/d/1SOsM3aBjKbiY0siJubFNBvxkeDR3CHTk/view?usp=sharing
PO-30 – Interdisciplinaridade Orto-Cirurgia-Perio-Próteses: somando esforços em um caso de alta complexidade
Laize Rosa Pires Freitas
Pontifícia Universidade Católica de Minas
PO-31 – TRATAMENTO DE CLASSE III ASSIMÉTRICA COM ABORDAGEM ORTO-CIRÚRGICA: RELATO DE CASO
Patricia Ribeiro Chaves
Puc Minas
https://drive.google.com/file/d/16iAhcMdSfP-kqox-V-1zHhcH0pfcqvfD/view?usp=sharing
PO-32 – NÃO ENVIOU O PÔSTER
PO-33 – NÃO ENVIOU O PÔSTER
PO-34 – Distalizador Cantilever para o tratamento da má oclusão de Classe II: Método simples e de baixo custo
Gabriel Querobim Sant’Anna
Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo
https://drive.google.com/file/d/1s2ovV2Qtvg6QD9rt50SJVUXZ5TmQSIre/view?usp=sharing
PO-35 – Disjuntor de maxila com parafuso expansor em leque – uma alternativa para obtenção de espaço na pré-maxila
Vivian de Souza Lourenço
Universidade de Guarulhos – UNG
https://drive.google.com/file/d/1QitZ-xdQAvI-JBQ1gK51WkWR6gQFAjE3/view?usp=sharing
PO-36 – TRATAMENTO ORTODÔNTICO EM PACIENTE COM AGENESIA DE INCISIVOS LATERAIS E DESVIO DE LINHA MÉDIA SUPERIOR E INFERIOR: RELATO DE CASO
Camila Ferreira Pires Mattos
Universidade Positivo
https://drive.google.com/file/d/1b6NTcE62h3TQ1ufr9hMh1AWh3Gua_ovQ/view?usp=sharing
PO-37 – Expansão rápida da maxila utilizando aparelho Hyrax: relato de caso
Crislayne Amanda Gava de Souza
Faculdade São Leopoldo Mandic
PO-38 – Miniscope_Herbst digital.
Cléuber Roberto Peixoto
Universidade Positivo
https://drive.google.com/file/d/1KtzhaD6r1NBZWhYuoFXnjFWakxtR5fZN/view?usp=sharing
PO-39 – A presença de maloclusão influencia na relação de confiança entre consumidor e vendedor?
CAROLINA PALMITO PEREIRA
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Carolina Ferrari Piloni de Oliveira
Universidade Federal de Goiás (UFG)
PO-41 – Abordagem ortodôntica para tracionamento de caninos impactados: relato clínico
Ivan de Souza Silva
IES PÓS GRADUAÇÃO
https://drive.google.com/file/d/16oAnyGXyNhOinA2QF8hmYJmBsZm5b5eh/view?usp=drivesdk
PO-42 – NÃO ENVIOU O PÔSTER
PO-43 – Polimorfismos nos genes VDR, CYP27B1 e PTH interferem na medida mésio-distal de dentes permanentes
Caio Luiz Bitencourt Reis
Universidade Federal de Alfenas
PO-44 – RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DE PLACAS ACRÍLICAS ORTODÔNTICAS COM DIFERENTES CONFIGURAÇÕES
Alex Roney Costa Silva
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
MATHEUS SOLEDADE CARVALHO SANTOS
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
PO-46 – Alinhadores versus bráquetes convencionais: O que a ciência tem a nos dizer sobre eles?
Karol Santos Meira
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Paula Moreira Oliveira
PUC Minas
Yasmin Dias de Almeida Pinto
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Cristina Bastiani
Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo
PO-50 – REESTABELECIMENTO DA MORDIDA ANTERIOR APÓS REMOÇÃO DE HÁBITOS DELETÉRIOS EM CRIANÇAS: UM CASO REAL
Muramí AGS Gaião
Universidade Positivo
https://drive.google.com/drive/my-drive
Fernanda Lavall Marques
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
PO-52 – RETIRADO
PO-53 – O efeito da fotobiomodulação na estabilidade dos miniparafusos ortodônticos: uma revisão sistemática
Darlyane Kellen Barros Torres
Universidade Federal do Pará
Larissa Barbosa Moda
Universidade Federal do Pará
Silvio Augusto Bellini-Pereira
Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo
PO-56 – Fios de CuNiTi 35°C – Será que apresentam comportamentos similares?
Ariane Salgado Gonzaga
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
PO-57 – Efeitos retinianos da exposição aguda e crônica ao LED de alta potência: estudo in vivo
Marina Bozzini Paies
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
PO-58 – OutKlean® – removedor de alinhadores e higienizador
Vivian de Souza Lourenço
Universidade de Guarulhos
PO-01 – Qualidade de vida em crianças antes, durante e após uso da máscara facial para correção da mordida cruzada anterior
Canto FMT*, dos Santos RL, Paranhos LR, Tanaka OM, Maia LC, Pithon MM.
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Objetivo: o objetivo do presente estudo foi avaliar a qualidade de vida de crianças antes, durante e após correção da mordida cruzada anterior em paciente com deficiência maxilar anteroposterior com máscara facial. Metodologia: 40 indivíduos jovens na faixa etária de 7-9 anos foram incluídos na amostra, sendo divididos igualmente entre homens e mulheres. Para serem incluídos na amostra os mesmos deveriam apresentar-se na faixa etária de 7-9 anos, com a presença de mordida cruzada anterior com deficiência maxilar anteroposterior (ANB= <=0°). Os fatores de exclusão foram pacientes com a presença de alterações dentárias estruturais, dentes anteriores permanentes ausentes por origem traumática, fissura labiais ou palatinas, pacientes sindrômicos e pacientes que não se mostravam cooperadores com o tratamento realizado. Previamente ao início do tratamento realizou-se documentação ortodôntica; e preenchimento de questionários para avaliar qualidade de vida (CPQ 8-10). Para análise estatística utilizou-se o teste de Friedman para comparações intragrupos, com as comparações entre pares sendo testadas pelo teste Wilcoxon. Resultados: Os resultados revelaram que a correção da mordida cruzada anterior melhorou a percepção global de qualidade de vida relacionada a saúde bucal das crianças tratadas (p<0.005). Vale ressaltar que durante o uso do aparelho a qualidade de vida piorou, melhorando ao final do tratamento. Conclusão: Conclui-se com esse estudo que a correção da mordida cruzada anterior com uso de máscara facial melhora a qualidade de vida da criança ao final da fase de terapia ortodôntica.
PO-02 – Retratamento ortodôntico de paciente adulto com reabsorção radicular severa.
Moura W*, Ciantelli TL, Bellini-Pereira SA, Cotrin P, Gambardela-Tkacz CM, Henriques JFC, Janson C
Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP)
Objetivo: Este relato de caso descreve o retratamento ortodôntico de uma paciente adulta que apresentava reabsorção radicular apical severa, desvio das linhas médias dentárias superior e inferior para esquerda e vestibularização e protrusão dos incisivos superiores e inferiores. Descrição do caso: O tratamento ortodôntico incluiu utilização de forças leves, distalização unilateral utilizando ancoragem esquelética dos dentes superiores do lado direito e extração do dente 34 seguida de retração assimétrica. Após 19 meses o tratamento foi finalizado e o acompanhamento realizado após 12 meses mostrou estabilidade do caso com controle da reabsorção radicular pré-existente. Conclusão: O planejamento ortodôntico foi baseado em uma mecânica simples e eficiente que possibilitou uma abordagem bem-sucedida, mantendo a condição das raízes estável.
PO-03 – Expansão rápida da maxila em pacientes com apneia obstrutiva do sono: relato de caso clínico
Bariani RCB*, Chaves RW, Prade KR, França NM, Cappellette Junior M
Departmento de otorrinolaringologia e cirurgia de cabeça e pescoço – Universidade Federal de São Paulo.
Introdução: Apneia obstrutiva do sono (AOS) é caracterizada por episódios recorrentes de obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores durante o sono. As principais consequências da (AOS) em crianças são déficit de atenção, distúrbios comportamentais, hipertensão pulmonar que conduzem à menor qualidade de vida. O tratamento de eleição é a adenotonsilectomia, entretanto, existem outras intervenções como CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas), Expansão rápida da maxila (ERM), corticoides e redução de peso.
Objetivo: Avaliar o efeito da ERM em paciente com apneia obstrutiva do sono.
Descrição do caso: Paciente de 7 anos, sexo masculino, Padrão II, dolicofacial com hipoplasia maxilar. Tinha sido submetido à cirurgia de adenotonsilectomia,porém apresentava sono agitado, roncava mais de que 5 x por semana. O exame de nasofibroscopia confirmou que não havia obstrução faríngea e palatina. Foram feitos exames de diagnóstico pré-tratamento e pós tratamento. Os exames foram Nasofibroscopia, polissonografia, documentação ortodôntica e questionário de qualidade de vida OSA 18. O resultado da polissonografia foi diagnosticado com apneia com um IAH= 2.4 e o questionário OSA-18 score 76. O tratamento foi ERM com o aparelho disjuntor maxilar hyrax. Após 5 meses foi refeito os exames. O resultado da polissonografia paciente sem AOS e melhora da qualidade de vida.
Conclusão: A ERM pode ser um tratamento eficaz em paciente com AOS e hipoplasia maxilar.
Palavras chaves: apneia, apneia do sono e técnica de expansão palatal.
CAPES e Associação de Incentivo a Pesquisa (AFIP).
PO-04 – Tratamento da Classe II Subdivisão com o propulsor mandibular PowerScope
SILVA RC*, MORO A, MORAIS ND, TOPOLSKI F, CORRER GM.
Universidade Positivo
Objetivo: correção da Classe II com modificações dentoalveolares com a utilização dos aparelhos Empower e PowerScope.
Descrição do Caso: Paciente P. A., inicialmente com 26 anos de idade, apresentava má oclusão de Classe II, Divisão 2, subdivisão esquerda, com mordida profunda. Seu perfil era convexo, o ângulo naso-labial estava aumentado e havia um bom selamento labial. Seu tipo facial era mesofacial, a maxila encontrava-se bem posicionada e a mandíbula retruída. A altura facial inferior era normal. Havia apinhamento na região anterior superior e inferior e a discrepância cefalométrica era de -0,6 mm. A arcada superior apresentava atresia e havia mordida cruzada posterior esquerda. A linha média superior estava bem posicionada e a inferior estava 3 mm desviada para a esquerda.
Conclusão: Após a avaliação do caso tratado concluiu-se que o tratamento proposto foi finalizado com sucesso e os aparelhos Empower e PowerScope contribuíram para isso.
PO-05 – Comparação da protração maxilar com expansão rápida da maxila e máscara facial versus ancoragem esquelética com mini-implantes em pacientes classe III
Reis VSC*, Souza RA, Rino-Neto J, Paiva JB.
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
O objetivo deste estudo foi avaliar o tratamento de pacientes classe III com retrusão maxilar, utilizando mini-implantes ortodônticos (MI) associados a elásticos intermaxilares em comparação ao protocolo de expansão rápida da maxila e máscara facial (RME / FM). Neste ensaio clínico prospectivo não randomizado, a amostra de 24 participantes entre 7 e 12 anos (idade mediana de 10,0 anos e intervalo interquartil = 3,0 anos), na fase anterior ao estirão de crescimento pré-puberal, foi dividido em dois grupos. No grupo máscara facial (FM) (n = 12), os indivíduos receberam tratamento ortopédico com RME / FM. No grupo MI (n = 12), dois mini-implantes foram inseridos na região próxima às raízes dos primeiros molares superiores, e os outros dois na região dos caninos inferiores. Foram realizadas telerradiografias laterais iniciais e finais para avaliação cefalométrica de todos os casos. A análise estatística incluiu os testes de Mann-Whitney, Wilcoxon e exato de Fisher. O nível de significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Ambos os grupos apresentaram melhora no perfil facial com aumento da convexidade facial e correção da sobressaliência negativa na maioria das crianças, mostrando avanço da maxila, com diferenças entre T0 e T1 significativas nas medidas SNA, ANB, Wits, Co-A, Co-Gn, NAP, A-Npog, overjet e relação molar (MR), além de Sn-linha H, 1-NB para o grupo MI. Não houve diferença significativa estatisticamente intergrupos nas medidas cefalométricas avaliadas, mas o tempo de tratamento foi significante, sendo mais rápido para o grupo MI. Foi concluído que é possível utilizar mini-implantes associados a elásticos intermaxilares como mais uma opção para tratamentos de pacientes Classe III com retrusão maxilar.
PO-06 – Análise das dimensões mandibulares em pacientes portadores de microssomia hemifacial e em um grupo controle
Menezes LM, Yen S, Rizzatto SMD.
Escola de Ciências da Saúde e da Vida, Curso de Odontologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande Do Sul (PUCRS)
Objetivo: Avaliar tridimensionalmente a mandíbula de indivíduos com microssomia hemifacial (MHF) por meio de tomografia computadorizada cone beam (TCCB) e comparar com indivíduos sem MHF. Materiais e métodos: A amostra foi composta por TCCB de 14 indivíduos com MHF (7 meninas e 7 meninos, média de idade de 12,28 + 4,82 anos) obtidas previamente à realização de procedimentos ortodônticos e cirúrgicos. O grupo controle foi composto por TCCB de 35 indivíduos em crescimento e com de má-oclusão de Classe I de Angle (19 meninas e 16 meninos, média de idade de 10,37 + 2,1 anos), sem assimetrias faciais aparentes, selecionados em banco de dados do Curso de Odontologia – PUCRS. Medidas lineares e angulares foram realizadas para comparação entre os lados direito e esquerdo ou lados afetado ou não da mandíbula, por meio do software InVivo Dental (Anatomage, San Jose, CA). As medidas de dez pacientes foram repetidas pelo mesmo operador com intervalo de duas semanas, e o coeficiente de correlação intraclasse (ICC) demonstrou que as medidas foram consideradas confiáveis. Teste t pareado foi utilizado para comparação entre os lados da mandíbula de cada grupo e teste t independente para comparação entre os grupos. Resultados: Comprimentos do ramo mandibular e altura do corpo mandibular foram menores no lado afetado do grupo MHF (p= 0,003). Conclusão: Todas as variáveis apresentaram diferença significativa entre o lado afetado e não afetado da mandíbula no grupo MFH, exceto o comprimento mandibular, que apresentou dimensões semelhantes em ambos os lados. Na comparação entre os grupos MHF e controle, as medidas angulares foram significativamente maiores no lado afetado e o comprimento do ramo mandibular do lado não afetado pela MHF foi maior do que no grupo controle.
CAPES – Código de Financiamento 001
PO-07 – Multiloop Edgewise Archwires (MEAW) associados a elásticos intermaxilares para o tratamento de má oclusão de Classe III complexa
Bellini-Pereira SA*, Aliaga-Del Castillo A, Chiguala-Mixán FW, Soldevilla L, Mas F, Palomino A, Sant’Anna GQ, Henriques JFC
Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo
O tratamento da má oclusão de Classe III em pacientes adultos é desafiador para ortodontistas principalmente em casos assimétricos. Objetivo: Apresentar o caso de um paciente de 19 anos, diagnosticado com má oclusão de Classe III, mordida aberta anterior e cruzada posterior, desvio da linha média, incisivo lateral esquerdo conóide e presença do canino decíduo. Descrição do Caso: A queixa principal do paciente estava baseada na sua estética do sorriso, e o mesmo queria evitar ao máximo qualquer procedimento cirúrgico. Diante disso, foi sugerida uma mecânica compensatória com a técnica Multiloop Edgewise Archwires (MEAW) associada a elásticos intermaxilares. O tratamento foi iniciado pela montagem do aparelho fixo prescrição Roth e arcos de níquel-titânio (NiTi). Uma mola aberta de NiTi e elásticos corrente foram utilizados para tracionar o incisivo lateral conóide localizado no palato. Esta fase de alinhamento e nivelamento com arcos de NiTi perdurou por 10 meses, em seguida, os arcos MEAW foram instalados. O paciente foi orientado a sempre utilizar elásticos de Classe II do lado direito e Classe III do lado esquerdo, removendo-os somente durante alimentação. Conforme o paciente foi se acostumando, mais elásticos foram adicionados em cada lado e a relação sagital e linha média começaram a se corrigir. Com a correção da relação sagital, elásticos de intercuspidação foram utilizados até a obtenção de uma boa relação interarcos. O tempo total de tratamento foi de 2 anos e 2 meses. Os objetivos do tratamento foram alcançados, uma oclusão funcional e estética foi obtida, e o paciente estava satisfeito. Conclusão: O tratamento com arcos MEAW e elásticos, associado a uma ótima colaboração do paciente, foi efetivo para a correção da má oclusão complexa do paciente.
PO-08 – Conhecimento dos Ortodontistas de Belém-PA sobre a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono- Projeto piloto
Tavares TSC*, Cristino MR, Neto NC, Pinheiro Jr JM.
Centro Universitário do Estado do Pará
Objetivo: o estudo visa avaliar o nível de conhecimento dos ortodontistas, da cidade de Belém -Pará, a respeito da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), visto que se trata de uma condição onde a mortalidade é um cenário real. Metodologia: Foram entrevistados 52 ortodontistas por meio de um questionário com 11 perguntas, cada pergunta com 7 respostas para avaliar o grau de concordância a respeito do assunto. Após a obtenção dos dados, a escala foi dividida em três grupos, com o intuito de qualificar o nível de conhecimento, em: baixo (0,1 e 2), médio (3 e 4) e alto (5 e 6). Resultados: 82,69% dos participantes conhecem a SAOS; 75% não tiveram contato com o assunto na vida acadêmica e 34,62% não tiveram contato em pós-graduação; 42,31% denotam conhecimento alto para os sinais; 40,38% relatam conhecimento alto para os sintomas e 40,38% demonstram conhecimento alto em diagnosticar; apenas 34,62% apresentaram conhecimento alto em saber tratar a SAOS. Conclusão: a maioria não teve nenhuma informação na graduação e pouco se abordou na pós-graduação sobre a patologia, mostrando formação deficiente. Entretanto, o nível de conhecimento mostrou-se alto em relação a sinais, sintomas e diagnóstico da SAOS, sugerindo que esses profissionais procuraram leituras e/ou cursos complementares durante sua vida profissional. A maior parte dos ortodontistas relatam baixo conhecimento sobre tratamento da SAOS.
PO-09 – Biometria dentária em pacientes padrão I braquifaciais e padrão face curta.
Tavares TSC*, Gonçalves Jr CA, Pinheiro JR JM
Centro Universitário do Estado do Pará
Objetivo: avaliar e comparar as dimensões sagitais e transversais dos arcos dentários de indivíduos Padrão I Braquifaciais (PIB) e Padrão Face Curta (PFC); observar se os resultados obtidos com a literatura compulsada são estatisticamente diferentes ou semelhantes entre si, visto que se encontram poucas evidências na literatura para caracterizar a oclusão estática e funcional do PFC. Metodologia: realizou-se uma pesquisa transversal em documentações ortodônticas padronizadas selecionadas no acervo do Curso de Especialização em Ortodontia do Centro Universitário do Estado do Pará. Com 40 modelos dos voluntários da amostra sendo 20 PIB e 20 PFC, escaneados em optical 3D scanner com medidas digitalizadas através do programa NemoCast®, aleatoriamente, identificados por grupos. As medidas alimentadas no programa excel, plataforma Windows 10, por um examinador previamente calibrado. Resultados foram submetidos a tabelas com valores da média, mínima, mediana, máxima e desvios padrão. O teste de Kolmogorov-Smirnov avaliou a distribuição normal de todas as variáveis apresentadas, ainda realizados o Teste t‘Student e análise de correlação de Person. Resultados: as distâncias inter-caninos, pré-molares e molares de indivíduos PIB foram maiores do que as medidas dos indivíduos PFC, bem como o comprimento do arco, onde PIB>PFC. Conclusão: O estudo realizado demonstrou existir diferenças estatísticas significativas entre os grupos, favorecendo ao especialista dados de extrema relevância para o tratamento ortodôntico.
PO-10 – Prótese sobre implante em caso de agenesia de incisivo lateral superior. Follow-up de 16 anos
Gasparello GG*, Fontana JA, Thomé CG, Miyoshi CS, Tanaka OM.
PUCPR- Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Objetivo: Apresentar o tratamento e o resultado em longo prazo de um caso clinico com agenesia do incisivo lateral superior direito.
Descrição do caso: Paciente do sexo masculino com 15 anos e 1 mês de idade, com maloclusão Classe I de Angle e Classe II esquelética, agenesia do incisivo lateral superior direito, diastemas do primerio pré-molar direito ao lateral superior esquerdo, leve desvio da linha mediana superior para a direita, reconstituição da borda incisal do central esquerdo. Quatro alternativas de tratamento foram propostas e explanadas para o paciente e seus responsáveis: a- abrir espaço para colocação de prótese fixa convencional ou prótese sobre implante unitário; b- posicionar o canino no lugar do lateral; c- Recuperar o espaço entre os pré-molares e prótese sobre implante unitário; d- canino no lugar de lateral e prótese sobre implante no lugar de canino. As alternativas foram discutidas e o paciente junto aos seus pais escolheram em abrir espaço entre central e canino para a substituição com prótese implantada no lugar do lateral ausente. Bráquetes edgewise standard 0.022″ × 0.028″ foram colados em todos os dentes, exceto nos primeiros molares inferiores, os quais receberam bandas. Mola aberta de aço inoxidável e corrente elástica foram usadas para recuperar o espaço entre o incisivo central superior direito e o canino.
Conclusão: O tratamento foi concluído com chave de caninos e molares e a prótese sobre implante com boa oclusão dentária e funcional. No follow-up de 16 anos a 10 meses observou-se a manutenção da boa estética e estabilidade da oclusão com saúde gengival e periodontal.
PO-11 – Biomecânica ortodôntica para modificar um grande diastema em fase do “patinho feio”
Fontana JA*, Gasparello GG, Hartmann GC, Guimarães LK, Tanaka OM.
PUCPR- Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Resumo
Objetivo: Reportar o tratamento ortodôntico interceptativo de uma maloclusão Classe I, diastema exagerado, desvio da linha mediana superior e queixa estética.
Descrição do caso: Paciente do sexo masculino com 9,5 anos de idade, maloclusão Classe I e diastema de 9,0 mm entre os incisivos centrais superiores (queixa principal) desvio da linha mediana superior para a esquerda. Os objetivos do tratamento foram diminuir a magnitude do diastema e simular as características da fase do “patinho feio”, na dentição mista, quando os incisivos superiores apresentam labioversão e divergência das coroas dos incisivos superiores. O tratamento ortodôntico interceptativo foi realizado com a cimentação de bandas nos primeiros molares e colagem de brackets nos incisivos centrais superiores. O arco retangular de aço inoxidável 0.016 × 0.022” com ômega justo aos tubos foi amarrado e a movimentação do incisivo central esquerdo para mesial foi realizado com cadeia elastomética até se obter o diastema característico da fase o “feio patinho”.
Conclusão: As forças biomecânicas aplicadas por meio de aparelho fixo ancorados nos primeiros molares permanentes permitiu a diminuição do diastema para a magnitude da fase do “patinho feio”. Os objetivos estéticos foram alcançados e a queixa do paciente foi atendida.
PO-12 – Modelos Digitais: Comparação do Escaneamento em Diferentes Angulações e de 4 Métodos de Sobreposição
Barbo BN*, Azeredo F, Menezes LM
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar medidas lineares em modelos digitais, escaneados com 4 diferentes angulações, e comparar 4 métodos de sobreposição de modelos digitais. Metodologia: Utilizou-se 43 modelos de gesso superiores no presente estudo. Cada modelo foi escaneado com um escâner de mesa com 4 angulações diferentes (0º, 5º, 10º e 15º em relação ao plano oclusal) criando 4 grupos (0, 5, 10 e 15). As medidas lineares foram obtidas para avaliar tanto a porção lateral como a central dos modelos, sendo assim, qualquer alteração seria detectada. Adicionalmente, os modelos digitais foram sobrepostos utilizando 4 diferentes métodos: 1 (3 pontos centrais), 2 (3 pontos laterais), 3 (Superfície e 1 ponto) e 4 (Superfície e 3 pontos). A confiabilidade e a reprodutibilidade foram avaliadas usando o Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC). Kruskal-Wallis foi utilizada para comparar os 4 grupos em relação à angulação durante o escaneamento. Kappa foi utilizado para avaliar a correlação de sobreposição dos modelos digitais. Resultados: Não foram encontradas diferenças nas medidas lineares entre os modelos digitais escaneados em diferentes angulações. Em relação aos métodos de sobreposição, o método 1 que utilizou 3 pontos centrais para sobrepor os modelos, apresentou baixa correlação com os outros métodos. A melhor correlação ocorreu entre os métodos 3-4, que utilizaram superfícies e pontos para sobrepor os modelos. Conclusão: As medidas lineares e as sobreposições não foram afetadas pela diferença de angulação dos modelos durante o processo de escaneamento. Os métodos que utilizavam pontos e superfícies para sobreposição, apresentaram maior confiabilidade.
CNPQ
PO-13 – Confiabilidade e validade da avaliação do desgaste dentário oclusal utilizando um scanner intraoral: um estudo piloto.
Bastos RTRM*, Silva PT, Normando D
Universidade Federal do Pará (UFPA)
Objetivo: investigar a confiabilidade e a validade da avaliação do desgaste dentário oclusal por meio de imagens tridimensionais capturadas por um scanner intraoral e compará-la ao exame clínico e fotográfico. Metodologia: dezoito voluntários adultos de ambos os sexos (18 a 55 anos) foram submetidos a exames clínicos, fotografias intraorais e protocolo de escaneamento intraoral utilizando um scanner de luz (TRIOS® Pod, 3Shape, Copenhague, Dinamarca). O desgaste dentário oclusal, de segundo à segundo pré-molar, foi medido por dois avaliadores e reavaliado após 30 dias, de acordo com uma modificação do método descrito por Mockers et al. Kappa ponderado foi utilizado para medir a concordância intra e interexaminadores. O teste de Friedman foi utilizado para verificar as diferenças entre os métodos. Os erros casual e sistemático foram avaliados pelo gráfico de Bland-Altman. Todas as análises estatísticas foram realizadas com p<0,05. Resultados: houve uma concordância interexaminador substancial para o exame clínico (K=0,75) e fotográfico (K=0,79) e moderada para a análise pelo escaneamento intraoral (K=0,60). Uma concordância intraexaminador substancial foi obtida para ambos os avaliadores. Não foi observada diferença estatisticamente significativa entre os métodos (p>0,05). O gráfico de Bland-Altman confirmou ausência de erro sistemático entre os métodos e uma precisão de 0,25 do scanner quando comparado à avaliação clínica. Todos os três métodos mostraram validade e confiabilidade na avaliação do desgaste dentário oclusal. Conclusão: considerando a menor concordância interexaminadores e o desenho do estudo, o escaneamento intraoral é um método confiável para avaliar o desgaste dentário oclusal para fins clínicos e científicos quando comparado aos métodos tradicionais.
PO-14 – Intervenções adjuvantes em pacientes submetidos à expansão rápida da maxila aumentam a eficácia do tratamento? Uma revisão sistemática
Santana LG*, Marques LS
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Objetivo: Avaliar a eficácia clínica das intervenções adjuvantes em indivíduos submetidos à expansão rápida da maxila (ERM). Metodologia: As bases MEDLINE, Web of Science, Cochrane, Scopus, LILACS e Google Scholar foram pesquisados sem restrições até junho de 2020. Ensaios envolvendo participantes submetidos à ERM ortopédica ou cirúrgica, juntamente com intervenções adjuvantes, foram incluídos. O risco de viés foi avaliado usando a ferramenta Cochrane Collaboration-2. O nível de certeza de evidência foi avaliado por meio da ferramenta GRADE. Resultados: Seis ensaios clínicos randomizados, com baixo a alto risco de viés, foram incluídos. Uma baixa certeza das evidências sugere que o laser de baixa potência facilita a abertura da sutura palatina mediana durante a fase ativa da ERM. Da mesma forma, uma certeza moderada demonstrou que o laser de baixa intensidade acelera o processo de cicatrização da sutura durante a fase de contenção. O impacto clínico desse desfecho, ou seja, estabilidade e tempo de retenção, não foram avaliados. Evidências muito baixas indicaram que as osteoperfurações ao longo da sutura palatina mediana aumentam os ganhos esqueléticos transversais da maxila em adultos jovens submetidos à ERM. Poucas evidências sugeriram que a terapia com plasma rico em plaquetas não minimizou a perda óssea vertical e de espessura após a ERM em curto prazo. Conclusões: Com base nas informações disponíveis atualmente, o uso do laser de baixa potência associado à expansão da maxila parece proporcionar uma abertura da sutura e consolidação óssea mais eficiente. Evidências limitadas sugerem que as osteoperfurações melhoram os efeitos esqueléticos da RME em indivíduos sem crescimento. Não há intervenções adjuvantes capazes de reduzir os efeitos colaterais periodontais da RME.
PO-15 – Correção de biprotrusão dentária com extração de quatro pré-molares em uma paciente melanoderma
De Castro Braga MF*, Nogueira FF, Antonucci CCM.
FACULDADE DE ESTUDOS ADMINISTRATIVOS DE MINAS GERAIS– ABO MG
A biprotrusão é uma má oclusão caracterizada pelo excesso de inclinação vestibular dos incisivos superiores e inferiores, projetando os lábios para frente e dificultando o selamento labial passivo. A biprotrusão da paciente do presente estudo foi tratada com a extração de quatro primeiros pré-molares, retração em massa e perda de ancoragem. O objetivo deste trabalho foi relatar o caso clinico de uma paciente melanoderma portadora de biprotrusão dentária e labial, com ausência de selamento labial passivo. A paciente foi tratada com extrações de quatro primeiros pré-molares, superiores e inferiores. Após as exodontias, foi realizada a retração em massa dos dentes anteriores com finalidade de corrigir a biprotrusão dentária e labial. Como reforço de ancoragem foram utilizados elásticos inter-maxilares de Classe II. Para fechamento do espaço e retração em massa utilizamos um power arm entre laterais e caninos com amarrilhos conjugados ativos e elásticos em cadeia. Como resultados da mecânica observa-se uma retrusão satisfatória dos incisivos maxilares e mandibulares, corrigindo a biprotrusao dentária e labial. Podemos concluir portanto, que a exodontia dos quatro primeiros pré-molares é uma boa opção terapêutica para correção de bi-protrusão dentária .
PO-16 – Expansão maxilar afeta a qualidade de vida dos pacientes: estudo clínico, controlado e randomizado.
Silva LP*, Coqueiro RS, Lacerda-Santos R, Paranhos LR, Tanaka OM, Andrade ACDV, Maia LC, Pithon MM.
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
No estudo avaliou-se a qualidade de vida (QV) antes, durante e após tratamento da atresia maxilar com expansão rápida da maxila (ERM). Crianças na faixa etária de 7 a 9 anos, com deficiência maxilar e que respondessem ao questionário aplicado, foram elegíveis para o estudo. 80 crianças tiveram a documentação ortodôntica analisada e a amostra dividida aleatoriamente em dois grupos (n=40), grupo tratado (GT) com ERM com aparelho hyrax e grupo controle (não tratado; GC). O desfecho para QV foi avaliado com Child Perceptions Questionnaire (CPQ8-10) versão validada em português brasileiro, aplicado antes do tratamento ortodôntico (linha de base; fase 1), durante expansão (fase 2), após estabilização (fase 3) e após remoção do aparelho (fase 4), no GT, e nos mesmos momentos no GC, que foi tratado após 8 meses de acompanhamento. Avaliou-se os dados por meio de estatística cega com testes de Friedman, Wilcoxon e Mann-Whitney (α=0,05). Na fase 2, GT apresentou maior impacto negativo em todos os domínios e escore total, comparado ao GC (P<0,001). Na fase 3, GT apresentou maior impacto negativo nos sintomas orais, bem-estar emocional e social, e escore total (P < 0,001) e GC na saúde bucal (P=0,001). Após remoção do aparelho, GT apresentou menor impacto negativo em todos os indicadores de percepção global, domínios e escore total comparado ao GC (P<0,001).
A correção da atresia maxilar melhora a qualidade de vida dos pacientes.
CAPES DS 001 e CNPq N° 309800/2019-6
PO-17 – Pacientes alérgicos ou asmáticos possuem maior reabsorção radicular após o tratamento ortodôntico? Uma revisão sistemática.
Santos CCOD*, Bellini-Pereira SA, Medina, MCG, Normando, D.
Universidade Federal do Pará
Objetivo: sintetizar as evidências disponíveis acerca da influência dos fatores de risco alergia/asma na reabsorção radicular externa induzida ortodonticamente.
Metodologia: foram realizaram buscas nas bases de dados Pubmed, Scopus, Web of Science, LILACS, Embase, LIVIVO, Google Scholar e Open Grey; sem restrições de data ou idioma até o dia 26 de setembro de 2020. Foram incluídos estudos observacionais prospectivos e retrospectivos. O risco de viés (RoB) foi avaliado a partir das listas de verificação do Instituto Joanna Briggs e a certeza da evidência a partir da ferramenta GRADE.
Resultados: seis estudos observacionais retrospectivos foram avaliados. Um estudo com baixo RoB, um com moderado e um com alto avaliaram pacientes alérgicos e não reportaram maior chance de desenvolvimento de reabsorção radicular (OR = 1.17 a 2.10, p = 0.22 a 1), enquanto apenas um estudo com baixo RoB reportou que indivíduos alérgicos possuem maior chance de desenvolverem reabsorção radicular (OR = 2.4, IC 95% = 1.08-5.37). Três estudos com baixo RoB e um com moderado em asmáticos não apresentaram diferença significante relacionada à chance de desenvolvimento de reabsorção radicular, OR = 1.05 a 3.42, p = 0.12 a 0.94. Não foi identificada associação entre o tipo de má oclusão e o grau de reabsorção radicular. Contudo, dentes unirradiculares e o tempo prolongado de tratamento ortodôntico parecem estar associados ao maior risco de reabsorção. A certeza da evidência foi considerada baixa para ambos os fatores de exposição.
Conclusão: uma evidência com baixo nível de certeza indica que indivíduos alérgicos ou asmáticos não possuem maior predisposição à reabsorção radicular. Dentes unirradiculares e tratamentos ortodônticos de longa duração estão associados ao risco de reabsorção radicular.
PO-18 – Defeitos Alveolares Antes e Após Expansão Rápida da Maxila Assistida Cirurgicamente (ERMAC): Uma Avaliação de CBCT
Vicioni-Marques F*, Trivellato AE, Sverzut C, Saraiva MCP, Romano FL
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FORP/USP)
Resumo: A Expansão Rápida da Maxila Assistida Cirurgicamente (ERMAC) promove a expansão maxilar em pacientes esqueleticamente maduros. Essa técnica é eficaz, porém alguns efeitos colaterais ainda são desconhecidos. Objetivo: avaliar a presença de defeitos alveolares (deiscências e fenestrações) em pacientes submetidos a ERMAC. Metodologia: Um estudo retrospectivo quase-experimental de uma amostra de conveniência de 279 dentes superiores, em 29 pacientes foram avaliados em tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT) em T0 (antes do ERMAC), T1 (após expansão) e T2 (após contenção). Os dentes examinados foram: caninos, 1º e 2º pré-molares, 1º e 2º molares nas vistas axial, coronal e transversal. As avaliações envolveram a visualização de cortes de mesial a distal das raízes vestibulares. Resultados: Todas as análises estatísticas foram realizadas com o software SAS 9.3 e SUDAAN. Os defeitos alveolares aumentaram estatisticamente de T0 (69,0%) para T1 (96,5%) e para T2 (100%). As deiscências aumentaram 195% ao final da expansão (T1). Após contenção (T2), os indivíduos apresentaram em média 4,34 vezes mais chance de desenvolver deiscências (aumento de 334%). As fenestrações não aumentaram de T0-T1 (p=0,0162-7,9%) e diminuíram T1-T2 (p=0,0259-4,3%). A presença de fenestrações em T0 foi um preditor significativo para o desenvolvimento de deiscências em T1 e T2. As deiscências aumentaram significativamente em todos os dentes, exceto segundos molares. Conclusão: Após ERMAC, o número de deiscências aumentou e de fenestrações diminuiu. Defeitos alveolares prévios foram preditores de deiscências após ERMAC.
Palavras-chave: Expansão palatal; Expansão Palatal Rápida Assistida Cirurgicamente; Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico; Ortodontia.
PO-19 – Qualidade de vida relacionada à saúde oral após tratamento ortodôntico: o impacto da contenção e terceiros molares.
Medina MCG*, Lima B, Bosi M, Normando D
Universidade Federal do Pará
Objetivo: avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (OHRQL) de pacientes após tratamento ortodôntico, avaliando o impacto gerado pelos terceiros molares e o uso de contenções ortodônticas. Métodos: Cinquenta e nove pacientes de clínicas privadas foram selecionados. OHRQL após tratamento ortodôntico com o questionário OHIP-14 foi avaliado. O OHIP-14 foi considerado como variável de desfecho. Sexo, idade, estado do terceiro molar e presença ou ausência de contenção ortodôntica (fixa ou removível) foram as variáveis preditivas. O posicionamento do terceiro molar e a presença de pericoronite assintomática / localizada foram avaliados. O modelo de regressão de Poisson multivariado foi usado para examinar a associação entre as variáveis. Resultados: A maioria dos pacientes (56%) relatou uma pontuação baixa no OHIP, <5,8 pontos. Pacientes que apresentavam contenção superior removível relataram uma pontuação 2,3 vezes maior em comparação com pacientes sem contenção superior (IC 95%: 1,25-4,43), enquanto aqueles que utilizavam contenção superior fixa apresentaram uma pontuação de OHIP 3,7 vezes maior em comparação com pacientes sem contenção ( CI 95%: 1,75–8,20). Não foi encontrada associação significativa entre a OHRQL e a presença de contenção fixa inferior, a presença e posição dos terceiros molares, sexo ou idade. Conclusão: As contenções superiores, fixas ou removíveis, estão associadas à menor qualidade de vida relacionada à saúde bucal. A presença ou posição dos terceiros molares, contenções fixas inferiores, sexo e idade não tiveram impacto significativo na qualidade de vida.
PO-20 – Tratamento da Classe II Subdivisão com braquetes autoligáveis e propulsor mandibular: relato de caso
Gomes DC*, Moro A, Brunah B, Morais ND, Topolski F, Correr GM
Universidade Positivo
Conquanto disponíveis há quase 100 anos, só recentemente bráquetes autoligáveis começaram a despertar interesse nos ortodontistas. Este trabalho tem o objetivo de apresentar o caso clínico de uma paciente P.A., gênero feminino, 26 anos, com má oclusão de Classe II, Divisão 2, subdivisão esquerda e mordida profunda. O tratamento foi realizado inicialmente com aparelho fixo em ambas arcadas com bráquetes Empower Clear (American Orthodontics, Sheboygan, WI, EUA), prescrição MBT com sistema Dual Activation. Para correção da mordida cruzada foi utilizado um aparelho quadri-hélice na arcada superior com ativação apenas do lado esquerdo. A paciente não desejava realizar cirurgia ortognática para correção da deficiência esquelética mandibular, por isso a correção da Classe II foi realizada com modificações dentoalveolares utilizando o aparelho PowerScope (American Orthodontics, Sheboygan, WI, EUA) por 5 meses até obter a Classe I sobrecorrigida no segmento posterior esquerdo. Na sequência, o PowerScope foi removido e foi realizada a fase de fechamentos de espaços superiores, seguida da fase de coordenação dos arcos e intercuspidação. Após a remoção do aparelho fixo foram instaladas contenções 3×3 nas duas arcadas e placa Hawley superior modificada utilizada para dormir. O traçado cefalométrico final mostrou melhora do torque dos incisivos superiores e protrusão dos incisivos superiores e inferiores contribuindo para a melhora do perfil facial.
PO-21 – Efetividade do propulsor mandibular Forsus: Estabilidade após 5 anos
Sant’Anna GQ*, Bellini-Pereira SA, Brito DBA, Aliaga-Del Castillo A, Janson G, Garib D, Henriques JFC.
Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.
Na maioria dos casos a má oclusão de Classe II é uma discrepância associada a retrusão mandibular. Diante disso, o uso de aparelhos funcionais pode ser de grande valia na prática ortodôntica. O Forsus Fatigue Resistance DeviceTM é um aparelho funcional fixo que promove o posicionamento mais anterior da mandíbula favorecendo a correção da Classe II. Objetivo: Relatar o caso de um paciente de 12 anos diagnosticado com má oclusão de Classe II, tratado pelo Forsus associado a ortodontia fixa, e acompanhado por 5 anos. Descrição do Caso: O paciente apresentava o perfil suavemente convexo, relação oclusal de Classe II associada a inclinação lingual dos incisivos superiores e inferiores, e mordida profunda. Inicialmente foi realizado o alinhamento e nivelamento dos dentes pela utilização de fios de níquel-titânio e finalizando com fios de aço inoxidável. Após o termino desta fase inicial, o Forsus foi instalado e ativado até que o paciente estivesse com uma mordida de topo. O dispositivo foi mantido em boca por 3 meses e foi removido quando alcançada a sobrecorreção. Subsequentemente, o paciente utilizou elásticos intermaxilares de Classe II por mais 3 meses como contenção ativa. Ao fim do tratamento (2 anos e 1 mês) o paciente finalizou com uma oclusão adequada tanto estética quando funcional. Após um ano de tratamento finalizado o paciente foi chamado para acompanhamento e foi verificada a boa estabilidade do tratamento. O paciente, atualmente com 18 anos foi novamente convidado para uma consulta de acompanhamento após 5 anos da remoção do aparelho. Foi constatada a boa estabilidade do resultado final apresentado no caso. Conclusão: O Forsus foi efetivo no tratamento da má oclusão de Classe II em um paciente em fase de crescimento, apresentando estabilidade após 5 anos.
PO-22 – Avaliação Eletromiográfica dos Músculos Mastigatórios em Pacientes com Mordida Cruzada Posterior
Gutierrez LMO*, Quatrin MC, Baptista RR, de Lima EMS
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS
RESUMO
Objetivo: Revisar a literatura sobre eletromiografia dos músculos da mastigação em pacientes com mordida cruzada posterior (MCP). Metodologia: Busca na base de dados Pubmed, utilizando os descritores “posterior crossbite” e “electromyography”. A busca foi limitada a periódicos revisados por pares e compreendeu apenas artigos publicados nos últimos 10 anos em língua inglesa. Resultados: Quatorze artigos científicos sobre eletromiografia dos músculos mastigatórios e MCP foram incluídos no estudo. A atividade eletromiográfica nos músculos da mastigação em indivíduos com MCP é amplamente investigada. No entanto, resultados controversos foram encontrados em relação à atividade muscular. A divergência dos resultados encontrados é atribuída ao tamanho e à idade da amostra, assim como à metodologia empregada na avaliação eletromiográfica. Conclusão: A MCP está associada às alterações na atividade nos músculos masseter e temporal anterior. Carecem, no entanto, evidências conclusivas sobre como essas alterações impactam o desempenho muscular e a performance mastigatória. Ensaios clínicos randomizados com maior número amostral e tempo de acompanhamento são necessários para confirmarem as alterações eletromiográficas nesses pacientes.
CAPES – Código de Financiamento 001
PO-23 – Avaliação da presença de íons na saliva de pacientes em uso de arco lingual com diferentes tipos de soldas
Schacher HR, Menezes LM
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
Objetivos: Quantificar a liberação de íons metálicos na saliva, considerando que aparelhos ortodônticos com soldas podem sofrer corrosão e liberar íons na saliva, podendo desencadear efeitos adversos, como hipersensibilidade.
Metodologia: 64 pacientes foram distribuídos em quatro grupos: G1 (controle), G2 (arco lingual soldado a prata), G3 (arco lingual soldado a laser) e G4 (arco lingual soldado por TIG). Amostras de saliva foram coletadas em quatro pontos diferentes e foram analisadas quanto à liberação de íons com ICP-MS.
Resultados: Para as concentrações de íons Cr, Fe, Cu e Sn entre os grupos, não houve diferença ao longo das coletas e nenhuma diferença estatisticamente significativa ao longo das coletas para nenhum grupo foi encontrada. Para o Ni, G4 apresentou maior liberação de íons em T2 (14,3 μg / L) e T4 (34,5 μg / L), valores com efeito de interação (P <0,001) comparando os grupos e os pontos de coleta. Para os íons Zn, Ag e Cd não houve diferença ao longo dos pontos no tempo. Para os íons Zn, houve diferença estatística de G4 para G1 e G2 (P = 0,007 e P = 0,019), com valores medianos variando de 741,7 a 963,4 μg / L para G4, e para íons Ag, de G4 para G2 e G3 (P <0,001 para ambos), com medianas menores para G4 (3,7-6,1 μg / L). Para os íons Cd, houve diferença estatística de T1 a T4 em todos os grupos (P = 0,016), com valores menores para T4.
Conclusões: Diferentes métodos de soldagem podem afetar as concentrações de íons salivares. Para a maioria dos íons, não houve aumento significativo comparando a soldagem e comparando todos os pontos no mesmo grupo. Embora a soldagem TIG tenha apresentado maior liberação de íons Ni, isso possivelmente ocorreu devido a uma maior corrosão do área soldada.
CAPES 001
PO-24 – Tratamento de diastemas e biprotrusão dentária com extrações atípicas
Souza SLX*, Liberalino SR, Mesquita GQTB, Guedes MCBM, Fonseca FRA
Faculdades Unidas do Norte de Minas – FUNORTE – núcleo Campina Grande, PB
Objetivo: Relatar um caso clínico de correção de diastemas e biprotrusão dentária utilizando extrações atípicas e tratamento ortodôntico com o intuito de obter espaço para erupção canina e melhora na estética facial da paciente. Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, melanoderma, 9 anos de idade, que se queixava de “dentes afastados e para frente”. Apresentava má oclusão classe I de Angle, perfil convexo, padrão facial biprotruso com incisivos superiores e inferiores projetados e protruídos. Após estudo do caso e planejamento, foi proposto tratamento com extrações de primeiros pré molares superiores e segundos pré molares inferiores (devido à rizogênese incompleta do elemento dentário 45 e à falta de espaço para erupção do elemento dentário 35), confecção de arco base superior para manutenção dos espaços para erupção dos caninos permanentes e, no arco inferior, confecção de alça de distalização para os primeiros pré molares inferiores com ancoragem em arco mandibular lingual. O tratamento buscou proporcionar uma melhora no perfil facial, estética do sorriso, estabelecer a relação de Classe I de caninos e molares e obter oclusão adequada, o que permitiria um funcionamento adequado e equilibrado do sistema estomatognático. Conclusão: Extrações atípicas de segundos pré-molares inferiores podem ser uma solução clínica para casos específicos, dependendo do diagnóstico e planejamento, levando a resultados extremamente satisfatórios.
PO-25 – Avaliação da eficácia do movimento dentário ortodôntico com alinhadores transparentes: revisão de literatura
Reis LG*, Reis HN
Universidade Federal de Juiz de Fora
Objetivo: O presente estudo teve como objetivo revisar a literatura existente acerca da eficácia e previsibilidade do movimento dentário ortodôntico feito por alinhadores transparentes. Metodologia: Foi realizada uma busca na base de dados MEDLINE via PubMed, com termos livres e controlados, para selecionar estudos publicados no período entre janeiro de 2015 e setembro de 2020, sem limitações de idioma. A questão condutora do estudo foi a seguinte: “Qual é a eficácia dos alinhadores transparentes no fornecimento de movimento dentário ortodôntico?”. Resultados: Após a aplicação dos critérios de inclusão, seis artigos foram selecionados para a extração de dados. Foram excluídos estudos de revisão de literatura, relatos de caso, entrevistas e cartas ao editor. Conclusão: A evidência apresentada na literatura sugere que uma melhor compreensão a cerca da eficácia do movimento dentário com alinhadores transparentes pode auxiliar o ortodontista na seleção do paciente e também no planejamento do tratamento. Os estudos revisados sugerem que houve uma melhora na eficácia da movimentação dentária com alinhadores transparentes ao longo dos anos, com maior acurácia do movimento individual. Contudo, apesar desse avanço, alguns movimentos específicos permaneceram um desafio para essa técnica, apresentando previsibilidade limitada.
PO-26 – Impacto na qualidade de vida de pacientes após fechamento de espaço em casos de agenesia de incisivo lateral superior
Azevedo MFM*, Vargas EOA, Coqueiro RS, Santos RL, Paranhos LR, Tanaka OM, Faria LCM, Pithon MM.
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Área: Ortodontia
Impacto na qualidade de vida de pacientes após fechamento de espaço em casos de agenesia de incisivo lateral superior
Azevedo MFM*, Vargas EOA, Coqueiro RS, Santos RL, Paranhos LR, Tanaka OM, Faria LCM, Pithon MM.
Universidade Federal do Rio de Janeiro
O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida (QVRS) de pacientes submetidos ao tratamento ortodôntico para fechamento de espaços em caso de agenesia de incisivos laterais superiores. 44 pessoas, com idades entre 17 e 49 anos, com falta de incisivos laterais foram divididas aleatoriamente em dois grupos (n=22) – um grupo no qual o espaço resultante do incisivo lateral ausente foi fechado ortodonticamente (GT) e um grupo controle que permaneceu sem tratamento (GC). A randomização foi realizada no software BioEstat. O questionário de qualidade de vida foi aplicado inicialmente para os dois grupos (fase 1) e após tratamento ortodôntico (fase 2) para o grupo GT e após 12 meses para o grupo GC. As características demográficas também foram registradas. Os dados foram analisados por meio de estatística cega, incluindo o uso do teste t de student e os testes de Wilcoxon e Mann-Whitney (= 0,05). Na fase 1, os níveis de QVRS iniciais foram semelhantes (p=0,079, p= 0,693, respectivamente). Na fase 2, o OHRQoL diminuiu (p <0,001). O GC apresentou escores maiores que o GT para QVRS (p <0,001). O espaçamento resultante da falta de incisivos laterais superiores impacta negativamente na QVRS dos participantes, enquanto o fechamento ortodôntico desses espaços teve impacto positivo.
CAPES
PO-27 – Avaliação da estabilidade do tratamento compensatório da classe III. Uma revisão sistemática
Cardoso PC*, Santos M, Normando D
Universidade Federal do Pará
A escolha do tratamento ortodôntico, ortopédico ou cirúrgico da classe III depende da severidade da discrepância esquelética e do padrão de crescimento craniofacial, afetando a estabilidade do tratamento. O objetivo dessa revisão sistemática é avaliar a estabilidade de diferentes modalidades de tratamento compensatório da classe III. Uma busca eletrônica foi realizada no PubMed, Scopus, Web of Science, Cochrane, LILACS, Google Scholar, Clinical Trials e Open Grey, sem restrição de data e linguagem. O risco de viés foi avaliado utilizando a ferramenta para estudos de antes e depois e ROBINS-I-Tool de acordo com o tipo de estudo. Após a remoção dos duplicados, exclusão por título e resumo e leitura na íntegra, seis estudos foram incluídos. Todos os estudos são retrospectivos e avaliaram a estabilidade no início e após o tratamento ortodôntico. Um estudo apresentou um alto risco de viés, dois apresentaram risco moderado e três apresentaram baixo risco de viés. Não foi possível realizar uma meta-análise devido a grande heterogeneidade dos estudos. A estabilidade do tratamento da classe III parece depender do emprego de elásticos, exodontias ou mini implantes durante o tratamento, embora com divergências entre os estudos primários. Além disso, a qualidade da finalização ortodôntica e a severidade da má oclusão inicial também são fatores que podem estar associados à recidiva. No entanto, esses resultados devem ser interpretados com cautela, havendo necessidade de estudos com uma melhor qualidade metodológica, incluindo estudos clínicos randomizados.
PO-28 – Tratamento interceptivo da mordida cruzada posterior com o expansor maxilar diferencial: Relato de caso
Quevedo B*, Massaro C, Bellini-Pereira SA, Aliaga-Del Castillo A, Henriques JFC, Janson G, Garib D
Faculdade de Odontologia de Bauru
A expansão rápida da maxila é um procedimento comumente realizado em ortodontia. Diversos designs de expansores são sugeridos na literatura para otimizar os efeitos da expansão e reduzir seus efeitos colaterais. Neste contexto, o expansor maxilar com abertura diferencial (EAD) consiste em um expansor composto por dois parafusos paralelos, um parafuso na região anterior e um posterior, fato que permite alcançar diferentes ativações na região dos caninos e molares. Objetivo: O presente relato tem o objetivo de apresentar o EAD como uma alternativa para correção da atresia maxilar e da mordida cruzada posterior na dentadura mista. Descrição do Caso: O paciente de 7 anos de idade, no primeiro período transitório da dentadura mista, apresentando relação sagital de Classe I, mordida cruzada posterior unilateral esquerda e atresia maxilar foi encaminhado para tratamento interceptivo, o qual consistiu na expansão rápida da maxila utilizando o EAD. O expansor foi instalado e bandado nos segundos molares decíduos. A fase ativa da expansão compreendeu 10 dias. O protocolo de ativação utilizado foi de 2/4 de volta duas vezes ao dia em ambos os parafusos (anterior e posterior) por 6 dias consecutivos. Em seguida, a mesma ativação foi realizada apenas no parafuso anterior por mais 4 dias. Após o término das ativações, o expansor foi mantido em posição por 6 meses. A mordida cruzada posterior foi corrigida, reestabelecendo a relação transversal interarcos. Conclusão: O presente relato permite concluir que o EAD é uma alternativa efetiva para promover a expansão rápida da maxila na dentadura mista, demonstrando versatilidade para obter diferentes quantidades de expansão nas regiões anterior e posterior do arco, levando em conta as necessidades individuais do paciente.
FAPESP – Processo n° 2017/12911-9
PO-29 – Cirurgia ortognática de benefício antecipado com ortodontia lingual no paciente classe III com assimetria facial- relato de caso
Dahás D*,Pereira GO, Garib D, Janson G
Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo
O tratamento ortodôntico-cirúrgico convencional para correção de deformidades dento-faciais apresenta um elevado tempo de preparo ortodôntico, que por sua vez resulta numa piora temporária da face do paciente. O protocolo de Benefício Antecipado permite alcançar melhoras estéticas significativas logo no início do tratamento, sendo bastante vantajoso para o paciente. O presente trabalho tem por objetivo reportar o tratamento de uma paciente, do sexo feminino, 35 anos de idade, melanoderma, portadora de maloclusão esquelética de Classe III, com assimetria facial, onde a mandíbula se encontrava desviada para a esquerda resultando no desvio da linha média dentária inferior para o mesmo lado. Na análise do perfil foi observado um perfil côncavo, ausência de projeção zigomática e protrusão mandibular. A paciente apresentava alta exigência estética, não desejando a piora do perfil oferecido pelo tratamento ortodôntico-cirúrgico convencional, logo, foi proposto o tratamento com cirurgia de benefício antecipado e ortodontia com braquetes linguais autoligáveis Evolution (Adenta, Gilching, Alemanha) customizados no dispositivo Accutate Bracket Positioner (Adenta, USA), instalados uma semana antes da cirurgia, e tendo sua primeira manutenção 21 dias após a cirurgia. Resultado: O tempo total de tratamento foram 08 meses, foi obtido com sucesso uma redução da concavidade facial e grande melhora do perfil, correção da assimetria, obtenção de oclusão Classe I bilateral, correção das linhas médias e obtenção trespasses apropriados. Conclusão: O tratamento com cirurgia de Benefício Antecipado com braquetes linguais autoligáveis proporcionaram melhoras significativas logo ao inicio do tratamento, trazendo excelente resultado estético e funcional, em um pequeno tempo de tratamento.
PO-30 – Interdisciplinaridade Orto-Cirurgia-Perio-Próteses: somando esforços em um caso de alta complexidade
Freitas LRP*, Oliveira MELD, Oliveira PM, Brito AA, Oliveira DD.
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
O tratamento ortodôntico de um paciente com necessidades restauradoras, periodontais, cirúrgicas e ortodônticas começa com um plano de ação interdisciplinar. Para tal, é necessária a integração de uma equipe baseada na confiança entre todos os envolvidos e o estudo integrado do caso. Todas as possíveis modalidades de tratamento dependem do correto diagnóstico e da discussão das vantagens e desvantagens de todas elas entre os membros da equipe. O objetivo deste trabalho é ilustrar o caso de uma paciente de 53 anos de idade que procurou tratamento ortodôntico com as seguintes queixas: “dentes tortos, queixo para trás, dificuldades respiratórias, dores na face e pescoço”. Detectou-se ao longo do exame clínico e radiográfico: Classe II severa, dimensão vertical da face aumentada, mordida aberta anterior, significativa atresia maxilar, incisivos centrais apresentavam retratamento endodôntico com apicectomia e extensa reabsorção radicular. O ortodontista capitaneou a condução do caso, direcionando o momento ideal para as demais intervenções. A excelente interação entre os membros da equipe foi fundamental para a correta resolução desse caso interdisciplinar altamente complexo.
CAPES 001
PO-31 – Tratamento de Classe III assimétrica com abordagem orto-cirúrgica: relato de caso
Chaves PR, Maia BF, Oliveira MELD, Oliveira PM, Fernandes LMCP, Oliveira DD.
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
As características faciais, incluindo aquelas relacionadas à estética dentária, podem influenciar de maneira importante a autoestima dos indivíduos, especialmente durante os estágios da vida quando há intensa interação social e afetiva. Portanto, pacientes que apresentam a má-oclusão de Classe III esquelética podem se beneficiar do tratamento orto-cirúrgico. O objetivo desta apresentação é relatar o caso clínico de um paciente jovem, 17 anos de idade, com má-oclusão de Classe III associada a severa assimetria facial. O paciente chegou ao consultório ortodôntico com queixa estética e funcional. O tratamento proposto foi: (1) instalação de aparelhos fixos superiores e inferiores; (2) preparo ortodôntico pré-operatório; (3) avanço maxilar e recuo assimétrico da mandíbula; (4) finalização ortodôntica pós-cirúrgica. Os resultados alcançados foram satisfatórios, com correção da assimetria facial, melhora nos aspectos funcionais e obtenção de uma oclusão estável.
PO-32 – Diagnóstico precoce e interceptação precisa e objetiva: oportunidades para se evitar a impactação definitiva de caninos permanentes
Oliveira MELD*, Freitas LRP Marques FL, Mordente CM, Soares RV, Oliveira DD.
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
A prevalência de caninos impactados varia de 1 a 3% da população mundial, acometendo as mulheres de 2,3 a 3 mais vezes do que os homens. São mais comuns na maxila e 2 a 3 vezes mais frequentes no palato do que na região vestibular. O diagnóstico precoce abre uma janela de oportunidade para que medidas interceptativas simples e objetivas possam prevenir a impactação definitiva, evitando assim consequências mais adversas para o paciente. O presente caso ilustra como procedimentos ortodônticos simples e minimam invasivos, realizados no começo da impactação dos caninos maxilares, foram eficazes para reverter uma condição clínica que sinalizava para a impactação bilateral em posição muito insatisfatória.
PO-33 – Tração ortodôntica como tratamento imediato para dentes que sofreram luxação intrusiva: um relato de caso
Oliveira MELD*, Oliveira PM,Pinto YDA, Côrtes MISG, Oliveira DD.
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Os incisivos centrais permanentes são os dentes que mais sofrem traumatismos, sendo do tipo intrusão em 50% dos casos. A luxação intrusiva é caracterizada por um deslocamento axial do dente em direção ao osso alveolar. Trata-se de uma lesão complexa que envolve ruptura e esmagamento das fibras do ligamento periodontal, contusão e até mesmo fratura do osso alveolar e ruptura do suprimento neurovascular para a polpa. Nestes casos, existe um alto risco de reabsorção dentária ou anquilose. As estratégias para o tratamento incluem esperar que o dente retorne a sua posição original naturalmente, reposicionamento dentário cirúrgico ou tração ortodôntica do dente em questão. Para decidir qual tratamento deve ser realizado, deve-se levar em consideração a idade do paciente e a quantidade da intrusão.
Este estudo tem como objetivo relatar o caso clínico do paciente J.B.C., 8 anos de idade, que sofreu luxação intrusiva nos incisivos centrais superiores durante prática de esporte. Seu primeiro atendimento foi realizado por um endodontista que o encaminhou para tratamento ortodôntico imediato solicitando tração ortodôntica dos dentes traumatizados.
Este relato de caso ilustra as elevadas taxas de sucesso descritas na literatura para a aplicação de forças ortodônticas ideais para o tracionamento de dentes que sofreram luxação intrusiva.
PO-34 – Distalizador Cantilever para o tratamento da má oclusão de Classe II: Método simples e de baixo custo
Sant’Anna GQ*, Bellini-Pereira SA, Vilanova L, Aliaga-Del Castillo A, Janson G, Henriques JFC.
Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.
O tratamento conservador da má oclusão de Classe II por meio da distalização de molares superiores tem demonstrado efetividade com mínima necessidade de colaboração do paciente. No entanto, alguns efeitos indesejados estão associados a esta mecânica, como a perda de ancoragem anterior. A aplicação de uma força o mais próximo do centro de resistência do dente e o uso de ancoragem esquelética podem minimizar ou até mesmo solucionar estes efeitos. Objetivo: Apresentar as características de um distalizador ancorado a mini-implante e relatar o caso de um paciente de 12 anos, diagnosticado com má oclusão de Classe II bilateral, trespasse horizontal de aproximadamente 7mm e sem queixas do perfil facial. Descrição do Caso: O tratamento compreendeu duas fases, sendo a primeira, a fase de distalização. Esta primeira fase do tratamento durou 6 meses e consistiu da aplicação de 200g de força bilateralmente nos molares pela ação de uma mola de níquel-titânio associada a um distalizador cantilever ancorado em um mini-implante. A segunda fase do tratamento consistiu na montagem do aparelho fixo corretivo. Foi realizado um alinhamento e nivelamento simplificados e os mini-implantes foram mantidos para serem usados de ancoragem para evitar a recidiva da distalização e auxiliar na retração anterior. Para finalizar o tratamento foram utilizados elásticos de Classe II, que foram mantidos como contenção ativa até a remoção do aparelho. O tempo de tratamento total foi de 2 anos e 2 meses. Conclusão: Pode-se concluir que o distalizador foi eficiente na correção da relação molar de Classe II de forma rápida e simplificada facilitando a mecânica ortodôntica corretiva.
PO-35 – Disjuntor de maxila com parafuso expansor em leque – uma alternativa para obtenção de espaço na pré-maxila
Lourenço* VS, Nahás-Scocate ACR, Maltagliati LA, Matias M, Bordin D, Frigo L, Patel MP.
Universidade Guarulhos – UNG
Objetivo: pacientes que apresentem uma atresia de maxila, podem apresentar falta de espaço para irrupção dos dentes anteriores, sendo esse um fator etiológico causador de má oclusão. A irrupção dos dentes anterossuperiores inicia-se por volta dos 7 anos de idade, sendo que ao final do primeiro período transitório. Portanto, é importante acompanhar o desenvolvimento oclusal, a fim de diagnosticar qualquer alteração no espaço do arco dentário. Descrição do caso: este relato de caso demonstra o tratamento de um paciente de 7anos e 6 meses de idade, cujo incisivo central superior direito (dente 11) apresentava um atraso de irrupção em relação ao seu homólogo, tendo como principal causa, a falta de espaço no arco dentário. Foi realizada uma moldagem de transferência com o intuito de confeccionar um disjuntor de maxila com parafuso em leque, visando maior abertura da pré-maxila a fim de proporcionar espaço suficiente para irrupção do desse dente. O disjuntor foi instalado e imediatamente, ativada 1 volta completa do parafuso expansor, sendo 2/4 de ativações diárias durante 15 dias. A fim de estabilizar o resultado da disjunção maxilar, foi realizada a confecção de uma pista em resina composta posicionada na cúspide dos caninos decíduos superiores. O aparelho foi mantido por 6 meses, quando na realização da radiografia oclusal, constatou-se a presença de neoformação óssea na região da sutura palatina. Além disso, com a obtenção de espaço por meio da abertura da sutura palatina, foi possível em aproximadamente 20 dias, observar a irrupção do dente 11. Conclusão: portanto, é fundamental acompanhar o desenvolvimento oclusal a fim de intervir no momento ideal, proporcionando os ajustes oclusais necessários para uma adequada oclusão.
PO-36 – Tratamento ortodôntico em paciente com agenesia de incisivos laterais e desvio de linha média superior e inferior: relato de caso
Mattos C*, Rocha D, Gaia P, Wambier L, Moro A.
Universidade Positivo
A hipodontia ou agenesia dentária representa uma anomalia congênita de número, na qual ocorre a ausência da formação do germe dentário, por razões ainda desconhecidas. Acredita-se que a maior parte das agenesias possui origem hereditária, mas também pode ser ocasionada por síndromes ou deformidades congênitas. A interceptação precoce da ausência congênita de um elemento dentário auxilia na elaboração da intervenção e plano de tratamento indicados. Normalmente, esses casos são tratados com Ortodontia (para fechamento ou abertura de espaço), implantes dentários, reabilitação protética, e restaurações anatômicas estéticas. Este trabalho teve como objetivo descrever um caso clínico de uma paciente adulta, com ausência de incisivos laterais superiores (bilateral), incisivo lateral inferior esquerdo e desvio de linha média superior e inferior tratada com uma abordagem minimamente invasiva. A paciente – sexo feminino, 22 anos de idade, leucoderma – buscou tratamento ortodôntico com queixa sobre a estética facial e insatisfação com o sorriso. Considerando as expectativas da paciente e sua recusa em realizar cirurgia ortognática e/ou colocação de implantes dentários, optou-se pelo tratamento ortodôntico para fechamento dos espaços e correção da linha média, seguido de restaurações anatômicas diretas dos caninos, transformados em incisivos laterais. O tempo de tratamento foi de 23 meses. Ao final do tratamento a paciente apresentou melhora na estética facial e do sorriso, demonstrando satisfação com o resultado obtido.
PO-37 – Expansão rápida da maxila utilizando Hyrax: relato de caso
Souza CAG*, Camargos MS.
Centro de pesquisas odontológicas São Leopoldo Mandic – Belo Horizonte – MG.
O objetivo do presente estudo é apresentar por meio de um relato o tratamento clínico de um paciente do sexo masculino, de sete anos de idade, com atresia maxilar, onde a abordagem terapêutica exigiu o aumento das dimensões transversais do arco dentário superior, com auxílio de aparelho ortodôntico ativo. O paciente, compareceu à clínica do Curso de Especialização em Odontopediatria da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Belo Horizonte/MG, acompanhado da sua mãe.Tinha como queixa principal “os dentes de leite de cima caíram, mas os permanentes não nasceram”. Após exame clínico e avaliação radiográfica, foi constatada atresia maxilar, o tratamento proposto foi a disjunção palatina utilizando o aparelho do tipo Hyrax. No dia da instalação do aparelho o responsável pelo paciente foi orientado a fazer ativação do dispositivo em 2/4 de volta na parte da manhã e 2/4 de volta na parte da noite por 7 dias. Na consulta de retorno foi verificado que a disjunção estava satisfatória não havendo a necessidade de prolongar o protócolo de ativação do dispositivo. O paciente apresentava diastema entre os incisivos centrais superiores, que é um sinal de que ocorreu a ruptura da sutura palatina, tal ruptura foi confirmada também pela radiografia oclusal. O aparelho permaneceu passivo na cavidade bucal por 6 meses a fim de se processar a reorganização sutural da maxila e decorrendo estes meses ocorreu a remoção do aparelho.De acordo com a revisão de literatura e o caso clínico apresentado, o resultado mostrou que a expansão rápida da maxila aconteceu de forma satisfatória alcançando os objetivos de recuperação do espaço, função e da estética, proporcionando uma melhora na qualidade de vida e na saúde bucal do paciente.
PO-38 – Miniscope-Herbst Digital.
Peixoto CR*,Nabarro H, André CB, Nolasco GMC, Moro A.
Universidade Positivo
A má oclusão de classe II é a mais prevalente entre os pacientes que procuram tratamento ortodôntico. O aparelho de Herbst tem sido amplamente utilizado no mundo todo para tratar a má oclusão de Classe II com retrognatismo mandibular. Entretanto, no Brasil tem sido pouco utilizado. O custo do aparelho, a curva de aprendizado acentuada para manipular o aparelho e a falta de laboratórios com conhecimento para confeccioná-lo adequadamente têm contribuído para este fato. Sendo assim, o objetivo deste poster é mostrar o fluxo digital para a confecção do aparelho MiniScope Herbst e demonstrar as facilidades de trabalhar desta forma. Após a confecção e instalação do aparelho aqui mostrado, pode-se concluir que a utilização de modelos digitais, juntamente com o sistema MiniScope e a soldagem a laser, tornou a confecção do aparelho de Herbst muito mais previsível e confiável. Espera-se assim contribuir para a facilidade de utilização clínica do aparelho e para diminuir o número de intercorrências. Descritores: Aparelho de Herbst, Má Oclusão de Classe II, Ortodontia Digital.
PO-39 – A presença de maloclusão influencia na relação de confiança entre consumidor e vendedor?
Pereira CP*, Lacerda-Santos R, Paranhos LR, De Andrade ACDV, Tanaka OM, Maia LC, Pithon MM.
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
O objetivo desse estudo foi determinar se a presença de maloclusão influencia na relação de confiança entre consumidor e vendedor. Inicialmente foram selecionados dez pacientes com necessidade de tratamento ortodôntico com as mais diversas maloclusões. Obteve-se desses, fotografias faciais sorrindo, as quais foram alteradas digitalmente (correção ortodôntica dos dentes), sendo que um sujeito manteve-se com o sorriso ideal nas duas pesquisas (controle positivo) e outro sujeito com o sorriso não ideal (controle negativo). Duas pesquisas paralelas foram construídas, uma com a foto mostrando um sorriso ideal e a outra com sorriso não ideal de cada sujeito. As imagens foram avaliadas por 100 indivíduos leigos consumidores. Em cada pesquisa foram feitos 4 questionamentos quanto a honestidade, eficiência, qualidade do produto vendido e garantia do serviço prestado. Os resultados demonstraram que as fotografias dos indivíduos com as mais diversas maloclusões, em média, foram pior avaliadas (p<0.05) quanto a todos os quesitos avaliados. O apinhamento dental e o diastema anterior geraram maior impacto que as demais nos quesitos qualidade do produto e garantia do serviço prestado.
Conclue-se que vendedores que possuem uma boa oclusão são considerados mais honestos, eficientes, vendem um produto de melhor qualidade e prestam melhor garantia.
CNPq n° 309800/2019-6
PO-40 – Insucesso na abertura da sutura palatina mediana durante a expansão rápida da maxila em criança: investigação morfológica tridimensional e achados atípicos
Ferrari-Piloni C*, Barros LAN, Evangelista K, Valladares-Neto J.
Universidade Federal de Goiás
O objetivo é relatar um caso clínico de insucesso na abertura da sutura palatina mediana (SPM) e achados atípicos em criança. Paciente MCA, sexo feminino, 5 anos e 1 mês, com deficiência transversal maxilar, padrão esquelético Classe I, relação canino Classe II bilateral, mordida cruzada posterior (MCP) unilateral e mordida aberta anterior (MAA). O tratamento realizado foi a expansão rápida da maxila (ERM) com disjuntor Haas modificado (ativação de 1/4 de volta 2 vezes ao dia). Após ativação de 11mm do parafuso expansor e correção da MCP, não se observou clinicamente a abertura de diastema interincisivo. Foi realizado um exame tomográfico que revelou ausência de abertura da SPM e um achado anatômico atípico de ausência da espinha nasal anterior (ENA). A SPM foi avaliada na tomografia pré e pós ERM, e classificada como estágio D: fusão da SPM no osso palatino (não é possível visualizar a SPM) e porção maxilar com ausência de fusão da SPM (é visualizado 2 linhas de alta densidade separadas por espaço de baixa densidade) (Angelieri et al. 2013). A proservação de 1 ano pós-tratamento mostrou aspectos oclusais estáveis, relação canino Classe I, ausência de MCP e MAA. A paciente foi encaminhada à avaliação genética pois a ausência da ENA é um dos sinais morfológicos da síndrome de Binder, malformação congênita rara que pode apresentar deformação nasal, vertebral e hipoplasia maxilar. Conclusão: o tratamento ortodôntico resultou em correção dentoalveolar com êxito, não obstante não tenha tido abertura da SPM, portanto, a ERM não proporcionou efeito ortopédico. Destaca-se o papel do ortodontista na investigação de eventos atípicos para o desenvolvimento oclusal e a importância da análise criteriosa de exames complementares na contribuição diagnóstica de síndromes craniofaciais.
CAPES
PO-41 – Abordagem ortodôntica para tracionamento de caninos impactados: relato clínico
Silva IS*, Reis SAB, Lara T.
IES POS GRADUAÇÃO
O trabalho objetiva relatar um caso de individualização do tracionamento de caninos superiores impactados, cujas coroas clínicas se encontravam em íntima relação de proximidade com as raízes dos incisivos. Tratamento orto-cirúrgico, paciente do gênero feminino, leucoderma, Padrão III deficiente maxilar, dolicofacial com assimetria mandibular. Na radiografia panorâmica constatam-se dentes 13 e 23 impactados e assimetria condilar. Na telerradiografia em norma lateral confirma-se a deficiência maxilar com compensação dos incisivos superiores.
O exame intra-oral revela relação sagital de Classe III e fez-se necessária a análise de uma Tomografia Computadorizada para correta identificação espacial dos elementos dentários, revelando uma íntima proximidade dos caninos com os incisivos 11 e 22. Optou-se por um tracionamento inicial com vetores de força para distal e para oclusal, com intuito de desviar a trajetória de erupção desses dentes para fora da região de conflito com as raízes dos dentes adjacentes. Como ancoragem usou-se uma Barra Transpalatina fixa com dois ganchos no palato, no sentido mesial.
Com o tracionamento distal, os caninos fizeram sua erupção no palato e a partir de então iniciou-se o tracionamento para vestibular, quando a paciente já possuía os espaços necessários para os caninos permanentes e se encontrava nos fios retangulares de aço. Quando se encontraram por vestibular, os bráquetes foram colados e com a técnica do sobrefio os mesmos foram alinhados e nivelados até o posicionamento adequado.
Ao final do tratamento, obteve-se um padrão facial equilibrado, oclusão Classe I com os caninos adequadamente posicionados, sem qualquer reabsorção das raízes dos incisivos.
PO-42 – Confecção de espécimes em resina acrílica autopolimerizável para comparação de métodos de higienização com utilização de escovação simulada e lenços umedecidos: uma nova abordagem na literatura
Caldeira EM*, Purger FPC, Telles V, Caldeira CVM, Dos Santos IKB, Almada F, Portela M, Mattos CT.
Universidade Federal Fluminense
A fim de simular e sugerir uma maneira mais prática de higienização de aparelhos ortodônticos removíveis no dia-a-dia, objetivou-se descrever de forma minunciosa uma nova metodologia de estudo in vitro utilizando lenços umedecidos como método de limpeza comparando-os com a escovação, o método mais comumente utilizado. O intuito desse estudo foi facilitar novas pesquisas sobre o tema, favorecendo a reprodutibilidade. Dividiu-se em 2 etapas: 1) definição da metodologia para confecção de espécimes em resina acrílica autopolimerizável com alta qualidade e; 2) definição da simulação de 1 ano de utilização de lenços umedecidos 1 vez ao dia para higienização do acrílico, tendo como referência estudos de escovação mecânica. Foram confeccionados espécimes padronizados com superfície lisa e polida de 8 x 8 x 2 mm com auxílio de um conjunto de matriz específica. Estipulou-se a dosagem adequada e sistemática da proporção pó-líquido da resina acrílica a panela polimerizadora foi utilizada para garantir a qualidade do acrílico. O acabamento e o polimento dos espécimes foi determinado através da avaliação da rugosidade de superfície em microscópio confocal. A adaptação da máquina de escovação para suporte dos lenços mostrou-se eficaz como desenho metodológico por abrasão mecânica eleito. Simulou-se a utilização dos lenços como método de higienização durante 1 ano com a definição de 10000 ciclos. Foi possível definir, portanto, um método apropriado de confecção dos espécimes em resina acrílica autopolimerizável com rugosidade inicial apropriada com objetivo pretendido, assim como a utilização de metodologia de escovação simulada foi adequadamente adaptada para utilização dos lenços umedecidos.
PO-43 – Polimorfismos nos genes VDR, CYP27B1 e PTH interferem na medida mésio-distal de dentes permanentes
Reis CLB*, Oliveira DSB, Kirschneck C, Matsumoto MAN, Stuani MBS, Küchler EC
Universidade Federal de Alfenas
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de polimorfismos de base única (SNPs) nos genes VDR, CYP24A1, CYP27B1 e PTH sobre Medidas Mésio-Distais (MMDs) de dentes permanentes. Foram incluídos pacientes sem comprometimento sistêmico e biologicamente não relacionados, e excluídos os pacientes com agenesia dentária de um ou mais dentes. Um único examinador calibrado (ICC= 0.87) obteve as MMD máximas dos dentes permanentes por meio dos modelos de gessos de prontuários ortodônticos das arcadas superiores e inferiores. Mediu-se cada dente com parquímetro digital por pelo menos três vezes, e a média aritmética foi calculada. Dentes com desgastes oclusais, restaurações e cárie foram excluídos. O DNA foi obtido por amostras de saliva. Seis SNPs nos genes VDR, CYP24A1, CYP27B1 e PTH foram genotipados por PCR em tempo real pelo método TaqMan®. O teste de Mann-Whitney foi aplicado para comparar as médias das MMDs entre gêneros e o teste de Kruskal-Wallis (pós teste de Dunn) foi aplicado para comparar as médias das MMDs entre genótipos. Modelo Linear Generalizado ajustado por gênero também foi realizado. Participaram 107 pacientes deste estudo, 53 homens (49.5%) e 55 mulheres (50.5%). Todos os dentes foram significativamente maiores em homens (p<0.04). Na comparação entre médias, o genótipo homozigoto dominante do SNP rs694 (PTH) aumenta a MMD de caninos em comparação ao genótipo heterozigoto (p=0.01). No modelo linear, o SNP rs7975232 (VDR) impacta a MMD dos incisivos centrais, primeiro pré-molares e primeiro molares (p<0,01). O SNP rs464653 (CYP27B1) altera a MMD de primeiro pré-molar (p=0,04), e os SNPs rs694, rs6256 e rs307247 (PTH) alteram a MMD dos primeiros molares (p<0,04). Conclui-se que SNPs nos genes VDR, CYP27B1 e PTH impactam a MMD de dentes permanentes.
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e do estado de São Paulo (FAPESP)
PO-44 – Resistência à compressão de placas acrílicas ortodônticas com diferentes configurações
Silva ARC*, Lacerda-Santos R, Paranhos LR, Andrade ACDV, Tanaka OM, Coqueiro RS, Maia LC, Pithon MM
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
O objetivo desse estudo foi avaliar a resistência de placas ortodônticas tipo Hawley em três diferentes configurações do acrílico, a fim de se avaliar se o formato deste ou a adição de fio no seu interior interfere na sua resistência à compressão. Foram confeccionadas 45 placas de contenção móveis tipo Hawley, divididas em três grupos (n=15): Grupo 1 – acrílico recobrindo todo o palato duro; Grupo 2 – placa com alívio na região mais profunda do palato, deixando-a com uma conformação em “U” e Grupo 3 – similar as do Grupo 2, com a adição de fio 0.7mm de 2cm no interior do acrílico na região da rugosidade palatina. A resistência à compressão foi testada em uma máquina universal de ensaios mecânicos (Oswaldo Fillizola, São Paulo, Brazil), medindo-se a força aplicada até que ocorresse a ruptura da placa. Os resultados demonstraram que a placa cobrindo todo palato foi a que demonstrou maior resistência a compressão (p>0.05) seguida da placa em formato de U com fio ortodôntico em seu interior. Com base no exposto, pode-se concluir que a redução do acrílico nas placas de contenção está diretamente relacionada com a redução em sua resistência. No entanto, a inclusão do fio ortodôntico no seu interior aumenta sua resistência.
CNPQ
PO-45 – A presença de maloclusão influencia na percepção dos pacientes quanto à competência profissional do cirurgião-dentista?
Santos MSC*, Santos-Lacerda R, Paranhos LR, Andrade ACDV, Tanaka OM, Maia LC, Pithon MM
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
O objetivo desse estudo foi determinar se a presença de maloclusão no cirurgião-dentista afeta a percepção dos pacientes quanto suas competências profissionais. Inicialmente selecionou-se imagens de 8 indivíduos com necessidade de tratamento ortodôntico com as mais diversas maloclusões. Obteve-se desses, fotografias faciais sorrindo, as quais foram alteradas digitalmente (correção ortodôntica dos dentes), sendo que um sujeito manteve-se com o sorriso ideal nas duas pesquisas (controle positivo) e outro sujeito com o sorriso não ideal (controle negativo). Duas pesquisas paralelas foram construídas, uma com a foto mostrando um sorriso ideal e a outra com sorriso não ideal de cada sujeito. As imagens foram avaliadas por 80 indivíduos leigos. Em cada pesquisa foram feitos 4 questionamentos para cada imagem quanto a competência profissional do indivíduo apresentado com maloclusão. Os resultados demonstraram que a fotografia do indivíduo com sorriso sem maloclusão apresentou-se com melhor percepção do leigo quanto suas competências profissionais (p<0.05). A presença de diastema, apinhamento e mordida aberta foram as maloclusões que mais pontuaram negativamente (p<0.05). Conclui-se que a presença de maloclusão repercute negativamente na percepção de leigos quanto as competências profissionais dos cirurgiões-dentista.
CNPQ
PO-46 – Alinhadores versus bráquetes convencionais: O que a ciência tem a nos dizer sobre eles?
Meira KS*, Pithon MM, Santos RL, Tanaka OM, Maia LC
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB
Sabe-se que a busca por aparelhos ortodônticos com estética superior, aliada aos avanços tecnológicos no que concerne ao escaneamento digital e à impressão 3D, fez ressurgir os alinhadores dentais, tornando-se febre entre pacientes e ortodontistas de todo mundo, e por ser um sistema de tratamento em que a indústria de materiais participa ativamente desde o planejamento até a manufatura, seus pontos positivos são corriqueiramente exaltados e os negativos esquecidos. Contudo, não se pode negligenciar a existência destes, uma vez que a literatura disponível os aponta. O objetivo desse trabalho foi revisar a literatura afim de buscar evidências científicas a respeito dos pontos positivos e negativos dos sistema de tratamento utilizando bráquetes convencionais e alinhadores. Após realização das buscas na literatura concluiu-se que ambos sistemas mostraram-se efetivos, entretanto maior eficácia, acurácia, controle do movimento dentário e vertical são alcançados pelos bráquetes convencionais. Ambos sistemas mostraram mesma quantidade de reabsorção radicular.
PO-47 – Planejamento e confecção de próteses totais de ATM em um retratamento orto-cirúrgico através do emprego da tecnologia 3D: um relato de caso
Oliveira PM*, Freitas LRP, Brito AA, Houara RG, Oliveira DD
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Objetivo: Ilustrar como o uso da tecnologia 3D foi fundamental para o planejamento e execução do retratamento ortocirúrgico de um caso complexo com reabsorção bilateral severa dos côndilos mandibulares de uma paciente de 41 anos de idade.
Descrição do caso: A paciente de 41 anos apresentava má oclusão de Classe II esquelética com vertical severamente aumentado, mesmo já tendo sido submetida a tratamentos ortopédico-funcional e orto-cirúrgico. O retratamento consistiu no uso de aparelhos fixos superiores e inferiores em uma fase pré-cirúrgica, seguida pela cirurgia ortognática para instalação das próteses totalmente customizadas das ATMs já confeccionadas de acordo com o avanço mandibular planejado e avanço maxilar com impactação anterior da mesma com enxertia óssea.
Conclusão: Os resultados obtidos foram bastante satisfatórios, com significativa melhora da estética facial e marcante ganho funcional decorrente da melhora oclusal e do aumento das vias aeríferas superiores.
PO-48 – Minimizando o desconforto estético de pacientes adultos devido ao diastema interincisivos derivado da expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente ou apoiada em mini-implantes: dica clínica
Dias Y*, Oliveira PM, Silveira GS, Brito AA, Drummond ME, Oliveira DD.
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Objetivo: Descrever um procedimento simples e prático para o fechamento do diastema entre os incisivos centrais superiores após a expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente ou apoiada em mini-implantes com a finalidade de minimizar o desconforto estético de pacientes adultos.
Descrição do caso: A correção da atresia maxilar em adultos pode ser realizada através da expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente ou apoiada em mini implantes, quando se trata de adultos jovens. Após tais procedimentos, é esperada a abertura do diastema Inter incisivos, o que gera um desconforto estético significativo relatado pelos pacientes. A fim de reduzir o impacto estético, sugere-se o incremento de camadas de resina composta sobre as faces mesiais dos incisivos centrais superiores até que o diastema esteja parcialmente fechado, deixando um espaço, em média, de 1,5 mm. Em um primeiro momento, as fibras transceptais gengivais se encarregam do fechamento do pequeno diastema deixado propositalmente. Cerca de 30 dias após a cirurgia, os incrementos em resina composta devem ser desgastados gradualmente com tiras de lixas metálicas e forças ortodônticas leves devem ser aplicadas através de correntes de elásticos para o fechamento do espaço deixado. E, assim deve ser feito nas consultas ortodônticas subsequentes, até que o desgaste total dos acréscimos em resina seja feito e fechamento completo do diastema seja alcançado.
Conclusão: Todos os pacientes adultos que foram submetidos a uma expansão maxilar assistida cirurgicamente, ou apoiada em mini implantes, que tiveram o diastema inter incisivos preenchido por resina relataram maior satisfação com a aparência dos seus dentes e sorriso ao longo das etapas descritas acima para o fechamento total do diastema original.
PO-49 – Preparo ortodôntico pré cirúrgico minimalista com braquetes linguais customizados em software livre: uma nova perspectiva.
Bastiani C*, Pereira GO, Garib D, Janson G e Henriques JFC
Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo
Objetivo: Apresentar através de um relato de caso uma nova perspectiva no tratamento da laterognatia, composta por o preparo pré cirúrgico minimalista com braquetes linguais customizados em software livre e cirurgia ortognática. Descrição do caso: Paciente do sexo feminino com 21 anos, apresentava Padrão I, pouca deficiência maxilar, laterognatia do lado direito e Classe III subdivisão esquerda. No passado, realizou um tratamento ortodôntico compensatório, porém não ficou satisfeita. A queixa principal era a laterognatia e a inclinação do roll. O tratamento iniciou com a instalação de braquetes linguais customizados por sintetizador a laser. Após 5 meses o preparo pré cirúrgico foi concluído, os braquetes superiores foram removidos e uma placa alinhadora foi instalada. Durante a cirurgia, a maxila foi segmentada para corrigir a inclinação dos incisivos superiores e descruzar a mordida posterior. A pré-maxila sofreu rotação de 7º no sentido horário e avançou 3,5 mm. A mandíbula avançou 4,75 mm do lado direito e recuou 2,5 mm do esquerdo. Foi corrigido 6,8 mm de laterognatia para esquerda. Após 60 dias, os braquetes linguais foram instalados novamente no arco superior. A sequência de fios utilizada foi: 0.017”X 0.022” Niti nos arcos superior e inferior, seguido pelo fio 0.017”X 0.022” retangular no arco superior. O tempo total de tratamento foi de 13 meses, após a remoção do aparelho foram instaladas contenções removíveis. Conclusão: O preparo ortodôntico minimalista pré cirúrgico com braquetes linguais customizados associado a cirurgia ortognática demonstrou excelentes resultados na intervenção da laterognatia, mordida cruzada posterior, Classe III e posicionamento dentário, restabelecendo a estética facial, relação maxilomandibular e posicionamento dentário.
PO-50 – Reestabelecimento da mordida anterior após remoção de hábitos deletérios em crianças: um caso real.
Gaião MAGS*, Gabardo MCL, Nolasco G, Wambier L, Moro A
Universidade Positivo
O Objetivo deste trabalho é demonstrar a real influência de hábitos deletérios no estabelecimento de uma mordida aberta anterior em crianças.
Paciente com 7 anos de idade, sexo masculino, compareceu à consulta ortodôntica, na qual observou-se uma mordida aberta anterior (MMA) e interposição lingual clinicamente. Ao consultar o responsável, o mesmo relatou sucção de chupeta, existência de respiração bucal e ronco noturno. O paciente foi então encaminhado para um otorrinolaringologista para avaliação e tratamento, que revelou a presença de adenoides hipertrofiadas indicando a remoção cirúrgica para alcance de uma respiração nasal. Foi indicada também uma análise fonoaudiológica para terapia de reposição lingual. Após 3 anos, o paciente retornou à consulta apresentando readequação da mordida anterior.
A MMA é caracterizada pela falta de trespasse dental anterior com oclusão apenas de dentes posteriores. Possui etiologia multifatorial geralmente relacionada à hábitos de sucção não nutritiva como sucção digital, de chupetas, interposição lingual, bem como alterações nasofaringeanas encontradas em crianças. O diagnóstico correto e remoção imediata dos hábitos juntamente a uma conduta interdisciplinar envolvendo ortodontia, otorrino, fonoaudiologia e psicologia mostrou-se fundamental para eficácia preventiva e corretiva deste tipo de má oclusão.
PO-51 – Relato de caso de uma correção espontânea de um desvio mandibular a partir de um diagnóstico correto: a atresia maxilar
Marques FL*, Oliveira PM, Silveira GS, Drummond ME, Oliveira DD.
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Objetivo: Ilustrar o correto diagnóstico e intervenção adequada para a correção de uma mordida cruzada unilateral
Descrição do caso: Uma garota de 5 anos de idade, portadora de dentição decídua completa, foi encaminhada para a avaliação ortodôntica pois apresentava mordida cruzada posterior esquerda. A avaliação clínica revelou a presença de contato prematuro entre os caninos do lado direito que causavam um deslocamento funcional da mandíbula para a esquerda com consequente cruzamento da mordida e desvio de 2 mm da linha média inferior para este mesmo lado. A análise dos modelos demonstrou que a deficiência transversal da maxila, principalmente na região anterior, foi o fator etiológico desta má oclusão. Um expansor Mini Hyrax foi confeccionado com bandas adaptadas aos segundos molares decíduos superiores. O tamanho reduzido do parafuso permitiu um posicionamento mais anterior a fim de se obter uma maior expansão do segmento anterior do que do segmento posterior da maxila. O protocolo de expansão do parafuso expansor foi de 1/4 de volta por dia, durante 3 semanas. Após este período observou-se a abertura do diastema inter-incisivos, correção da mordida cruzada e da linha média inferior. Após cumprido os 6 meses do período de contenção, o expansor foi removido.
Conclusão: O correto diagnóstico da causa da mordida cruzada posterior unilateral permitiu realizar adaptações necessárias no expansor utilizado e evitou uma maior expansão posterior desnecessária.
PO-52 – RETIRADO
Romero ME, ,Lucisano MP, Faraoni-Romano JJ
Universidade de São Paulo
RETIRADO
CAPES
PO-53 – O efeito da fotobiomodulação na estabilidade dos miniparafusos ortodônticos: Uma revisão sistemática.
Torres DKB*, Rocha TST, Igacihalaguti VO, Maia LC, Leão PB, Normando AD.
Universidade Federal do Pará
Objetivo: Avaliar a influência da fotobiomodulação na estabilidade dos miniparafusos ortodônticos.
Metodologia: Foram realizadas buscas, sem restrições, em bases de dados eletrônicas; assim como busca manual complementar. Os estudos selecionados incluíram pacientes com ancoragem esquelética submetidos à fotobiomodulação no lado teste e sem intervenção no lado controle durante o tratamento ortodôntico. A avaliação de risco de viés foi conduzida por meio da ferramenta Cochrane Rob 2.0 para ensaios clínicos randomizados (ECR). A ferramenta GRADE foi usada para avaliação da certeza da evidência.
Resultados: Dos 3607 registros encontrados, após remoção de duplicatas e aplicação dos critérios de elegibilidade, quatro ECR foram incluídos e avaliados qualitativamente. Um estudo utilizou Diodo Emissor de Luz (LED) e três estudos utilizaram LASER de Baixa Potência. Desses, um utilizou miniparafusos para retração em massa sem extração e os demais para retração de caninos após extração de primeiros pré-molares superiores. Dois estudos apresentaram baixo risco de viés, um mediado por LED e o outro por LASER; ambos apontando um efeito positivo significativo na estabilidade. O artigo com risco moderado de viés identificou que o LASER não promove um efeito estatisticamente significante, enquanto o com alto risco indicou o oposto. Já a certeza da evidência foi considerada baixa, tanto para LED, quanto para LASER.
Conclusão: A terapia fotobiomoduladora não pode ser indicada para gerar estabilidade à ancoragem esquelética no tratamento ortodôntico. Os poucos estudos disponíveis apresentaram divergências de resultados. Assim, novos estudos randomizados são necessários e terão impacto na confiança do benefício da fotobiomodulação na estabilidade de miniparafusos ortodônticos.
PO-54 – Esporões linguais causam impacto na qualidade de vida relacionada à saúde oral durante o tratamento da mordida aberta anterior? Uma revisão sistemática.
Moda LB*, Ribeiro SMM, Chaves-Junior SC, Artese F, Normando D.
Universidade Federal do Pará
Objetivo: avaliar o impacto dos esporões linguais na qualidade de vida relacionada à saúde oral de crianças e/ou adolescentes durante o tratamento da mordida aberta anterior. Metodologia: realizou-se pesquisa eletrônica nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science, Cochrane Library, Lilacs, OpenGrey, ClinicalTrials e Google Scholar, sem restrição de idioma ou ano. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados e não randomizados em crianças e/ou adolescentes em tratamento interceptativo da mordida aberta anterior. Após a seleção final, avaliou-se o risco de viés através do Cochrane RoB 2.0 para estudos randomizados e ROBINS-I para estudos clínicos não randomizados, e certeza da evidência usando a ferramenta GRADE. A eficiência na correção da mordida aberta anterior foi avaliada secundariamente. Resultados: foram identificados 1.007 registros e destes, seis foram selecionados. De maneira geral, os estudos relataram impacto negativo com o uso de esporões linguais, porém de natureza transitória, com certeza da evidência variando de baixa a muito baixa. Esporões linguais foram considerados eficientes na correção da mordida aberta anterior. Dois estudos foram classificados como sério risco e quatro estudos apresentaram algumas preocupações com relação ao risco de viés. Conclusão: a evidência atual sugere que os esporões linguais apresentam impacto negativo inicial transitório e, apresentam-se eficientes na correção da mordida aberta anterior, entretanto, deve-se ponderar esses resultados, uma vez que ensaios clínicos de maior qualidade metodológica são necessários.
PO-55 – Análise de elementos finitos de dois métodos de distalização de molares associados a ancoragem esquelética
Bellini-Pereira SA*, Vilanova L, Aliaga-Del Castillo A, Sant’Anna GQ, Janson G, Henriques JFC
Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo
Objetivo: Comparar dois métodos de distalização de molares superiores com ancoragem esquelética usando a análise de elementos finitos (AEF). Metodologia: Foram confeccionados dois modelos digitais a partir de uma tomografia computadorizada. O distalizador Cantilever, que consistiu em um método de distalização ancorado a um mini-implante vestibular (Modelo 1); e o distalizador palatino que consistiu em um método de distalização ancorado em um mini-implante localizado na região anterior do palato (Modelo 2). A AEF foi empregada em ambos os modelos simulando uma força de distalização e avaliando os prováveis deslocamentos dentários e as distribuições de stress.
Resultados: O Cantilever apresentou maior deslocamento vestibular do que distal do primeiro molar, enquanto o oposto foi observado no distalizador palatino. O segundo molar respondeu de forma semelhante nas perspectivas transversal e anteroposterior com os dois aparelhos. Maiores deslocamentos foram observados nos níveis da coroa do que nas regiões apicais. Maior distribuição de stress foi observada nas regiões vestibular e cervical da coroa no Cantilever e nas regiões palatina e cervical no aparelho palatino. O stress se espalhou progressivamente no lado vestibular do osso alveolar para o Cantilever e na raiz palatina e osso alveolar para o distalizador palatino.
Conclusão: A AEF assume que ambos os aparelhos promoveriam a distalização dos molares superiores. Uma força de distalização palatina associada a ancoragem esquelética parece proporcionar um maior movimento de corpo do molar com menos efeitos indesejáveis. Espera-se maior stress na coroa e regiões cervicais durante a distalização e a distribuição do stress nas raízes e osso alveolar depende diretamente da região em que a força foi aplicada.
CAPES (Processo Número 001)
PO-56 – Fios de CuNiTi 35°C – será que apresentam comportamento similares?
Gonzaga AS*, Araújo ME, Paies MB, Pinto ETF, Martins RP, Caldas SGFR
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Introdução: Os fios CuNiTi possuem uma faixa de temperatura de transição ideal entre fases cristalográficas, e por consequência, diferentes desempenhos mecânicos, com indicações de uso clínico de acordo com a sua temperatura austenítica final (Af). Objetivo: Verificar as características termodinâmicas, mecânicas e químicas de fios CuNiTi 35°C. Metodologia: 40 arcos pré-contornados CuNiTi 0.017″x0.025″, Af 35°C, de cinco fabricantes (American Orthodontics® – G1; Eurodonto® – G2; Morelli® – G3; Ormco® – G4 e Orthometric® – G5) foram submetidos à medidas de suas secções transversais, teste de tração uniaxial a 37°C, MEV-EDS e calorimetria diferencial (DSC). Em seguida, foram realizados o teste ANOVA OneWay e pós-teste de Tukey, com nível de significância de 5%; e teste do coeficiente de correlação de Pearson entre Af e a concentração dos elementos químicos. Todos os testes e análises estatísticas foram duplo-cegos. Os fios apresentaram dimensões padrão e comportamento superelástico. As médias de Af variaram de 29,13°C a 35,17°C, sendo a diferença significativa entre si e entre os demais grupos para G4 (32,77°C) e G5 (35,17°C). Todas as amostras apresentaram Ni, Ti, Cu e Al em diferentes concentrações, sem forte correlação com Af. Conclusão: Os fios de diferentes fabricantes apresentaram comportamento térmico e mecânico variado, e a concentração química dos elementos pode ter influenciado suas propriedades.
PO-57 – Efeitos retinianos da exposição aguda e crônica ao LED de alta potência: estudo in vivo
Paies MB*, Araújo ME, Lima RRM, Arrais AB, Melo NZP, Gonzaga AS, Pinto ETF, Amaral BA, Caldas SGFR.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Objetivos: Avaliar os possíveis efeitos da exposição aguda e crônica de um aparelho fotoativador a base de LED de alta potência nas retinas de ratos Wistar. Metodologia: Doze ratos foram utilizados na pesquisa e suas estruturas oculares foram objetos de estudo. Durante a fotoestimulação de cada animal, o olho direito (amostra controle) foi coberto com um tampão removível em PVC, e o olho contralateral (amostra experimental) foi exposto à luz do LED de alta potência, 3200mW/cm2 (Valo Ortho – Ultradent), por 144 segundos, três vezes ao dia com intervalo de 4 horas a uma distância de 30cm. Um grupo de 6 animais foi exposto ao LED por um dia (grupo lesão aguda) e o outro grupo de seis animais foi exposto ao LED durante sete dias (grupo lesão crônica). Os animais foram eutanasiados, os olhos enucleados, processados histologicamente e analisadas estereologicamente e histomorfometricamente. Resultados: Houve um aumento estatisticamente significativo no volume total da retina (p=0,015) e nas camadas que apresentam células fotossensíveis: camada de células ganglionar (p=0,015), plexiforme interna (p=0,015), nuclear externa (p=0,015) e prolongamento de cones e bastonetes(p=0,009) no grupo agudo. No grupo crônico não foram encontradas diferenças intergrupos estatisticamente significativas para o volume total da retina e suas camadas. A área nuclear das células retinianas aumentou no grupo agudo e atrofiou no grupo crônico. A densidade não apresentou diferença estatisticamente significativa em nenhum dos grupos estudados. Conclusão: A exposição ao LED de alta potência é capaz de gerar alterações morfométricas nas estruturas retinianas de ratos Wistar nos protocolos utilizados no estudo.
PO-58 – OutKlean® – removedor de alinhadores e higienizador
Lourenço VS*, Nahás-Scocate ACR, Maltagliati LA, Matias M, Scocate MC, Patel MP.
Universidade Guarulhos – UNG
Os alinhadores têm se destacado demonstrando resultados ortodônticos satisfatórios aliados ao conforto e discrição visual, por serem dificilmente percebidos. Com a evolução da mecânica dos alinhadores ortodônticos, o emprego de “attachments” promovem movimentações dentárias mais precisas, consequentemente, resulta em melhor adaptação e retenção ao arco dentário, dificultando sua remoção. Na busca de um acessório que pudesse facilitar essa remoção com mais destreza, idealizou-se um acessório capaz de promover além da remoção desses aparelhos, também facilitar a higienização da cavidade bucal ou dos alinhadores, denominado OutKlean® (Coraldent, São Paulo, SP). Um dispositivo constituído por um conjunto de 3 (três) peças que, usadas em momentos diferentes, apresentam funções distintas, formando um sistema prático para desenvolver as funções supracitadas. Para remoção do alinhador adaptado na cavidade bucal, deve-se utilizar a extremidade do gancho removedor, posicionado justaposto à borda do alinhador, tracionando-o no sentido contrário do seu encaixe. A capa protetora é responsável pela união das extremidades ativas, apresentando dupla função, isto é, mantém o conjunto aberto e unido para facilitar o manuseio do dispositivo, ou fechado com as pontas ativas protegidas contra bactérias, podendo ser armazenado na caixa dos alinhadores ortodônticos. O “OutKlean®” (Coraldent, São Paulo, SP) é um dispositivo indicado para quem faz uso de placas removíveis e alinhadores ortodônticos, é de fácil manuseio com o propósito de facilitar a remoção desses aparelhos, auxilia na higienização do alinhador ou da cavidade oral. Além disso, seu “design” foi elaborado com o intuito de facilitar seu armazenamento na caixa dos alinhadores ortodônticos
Gerson Aparecido Foratori-Junior
Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo (FOB/USP)
PP-002 – Cárie na primeira infância e sofrimento dos pais: estudo representativo de pré-escolares brasileiros
Ana Clara Ferreira de Paiva
Universidade Federal de Minas Gerais
PP-003 – SÍNDROME DE CORNÉLIA DE LANGE EM BEBÊ ASSOCIADA A DOENÇA DE RIGA FEDE: RELATO DE CASO
Márcia Cançado Figueiredo
Faculdade de Odontologia da UFRGS
PP-004 – NÃO ENVIOU O PÔSTER
PP-005 – Metodologias ativas no ensino de traumatismo dentário em odontopediatria
Angélica Aparecida de Oliveira
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
Paula Dresch Portella
Universidade Federal do Paraná
PP-007 – ASSOCIAÇÃO ENTRE O ALFABETISMO FUNCIONAL E O RECONHECIMENTO DA PALAVRA “BRUXISMO” ENTRE ADOLESCENTES
Larissa Chaves Morais de Lima
Universidade Estadual da Paraíba
Fabio Anevan Ubiski Fagundes
UFPR
PP-009 – Fatores associados ao consumo de sacarose por crianças antes dos dois anos de idade
Amanda Neves Rubim
Universidade Federal de Minas Gerais
PP-010 – NÃO ENVIOU O PÔSTER
Yuri Jivago Silva Ribeiro
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
Jordana Resende Martins
FOA-UNESP
Jordana Resende Martins
FOA-UNESP
Analú Barros de Oliveira
Faculdade de Odontologia de Araraquara UNESP
Moisés Willian Aparecido Gonçalves
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
PP-016 – USO DE UMA PASTA TRIPLA ANTIBIÓTICA NO TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE MOLAR DECÍDUO: RELATO DE CASO
Isabela da Costa Gonçalves
Universidade Federal de Minas Gerais
PP-017 – Intervenções em Traumatismo Dentário Complexo em Criança-Fratura coronária, Avulsão e Extrusão
Marcio santos de carvalho
FORP-USP
https://drive.google.com/file/d/1I4_af-niFhuqfF1BVV_3bG4KHz-7j11p/view?usp=sharing
Fernanda Vieira Almeida
Universidade Federal de Pelotas
Luciano Aparecido de Almeida Junior
Universidade de São Paulo
PP-020 – NÃO ENVIOU O PÔSTER
Eloá Cristina Passucci Ambrosio
Departamento de Odontopediatria, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, Universidade de São Paulo.
PP-022 – Alterações na espessura da matriz de esmalte causadas por Bisfenol A
Silas Alves Costa
Faculdade de Odontologia de Araraquara (FOAr/UNESP)
PP-023 – Estabelecimento de uma sistemática de seleção de doador de saliva para o crescimento de biofilmes in vitro
Luciana Solera Sales
Faculdade de Odontologia de Araraquara (FOAr/Unesp)
https://drive.google.com/file/d/1ntKjP3fh463wuiZEKv3FcPvgprlR7_Xj/view?usp=sharing
PP-024 – Crioterapia como abordagem terapêutica conservadora de hiperplasia espongiótica juvenil localizada em paciente pediátrico.
Luciana Solera Sales
Faculdade de Odontologia de Araraquara (FOAr/Unesp)
https://drive.google.com/file/d/1BpMz4-imEfunBIu3m65OdhKmQOdY8Pe2/view?usp=sharing
Aluísio Eustáquio de Freitas Miranda Filho
Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas)
Kamila Rodrigues Junqueira Carvalho
UFJF
Patrícia Bassani de Camargo
FOB USP
PP-028 – O USO DA LENTULO É A MELHOR OPÇÃO PARA O PREENCHIMENTO DE CANAIS RADICULARES DE DENTES DECÍDUOS TRATADOS ENDODONTICAMENTE? REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE
Andressa da Silva Arduim
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
https://www.dropbox.com/sh/c1hgrostraeh58l/AABH0E5_DAP9-Wc5Q50abV_Ra?dl=0
PP-029 – Hipomineralização Molar Incisivo: a relevância do acompanhamento longitudinal de caso clínico
Gisele Fernandes Dias
Unicesumar Ponta Grossa/ Universidade Estadual de Ponta Grossa
PP-030 – CONDIÇÕES BUCAIS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES SUBMETIDAS A TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: UM ESTUDO TRANSVERSAL
Luiza Becker de Oliveira
UFPR
https://drive.google.com/file/d/11c2WQsTrsUF1Fuj0GhWsPMPagcBoWwtn/view?usp=sharing
Jéssica da Costa Matos Vieira
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
PP-032 – Auto percepção da criança sobre o impacto da saúde bucal no seu comportamento social
Isolda Mirelle de Lima Ferreira Prata
Universidade Estadual da Paraíba
Louise Santos de Magalhães
Universidade Federal de Minas Gerais ( UFMG)
PP-034 – DENTALCASE: DESENVOLVIMENTO DE UM GAME DE TOMADA DE DECISÃO
Camila Maldonado Huanca
FOUSP
PP-035 – Uso de estratégias de comunicação no atendimento odontológico à geração alfa
Priscilla Nayane Magalhães Ribeiro dos Santos
Universidade Federal do Maranhão -UFMA
Maisa Costa Tavares
Universidade Federal de Minas Gerais
PP-037 – Associação entre hábitos de sucção de chupeta e performance mastigatória em pré-escolares
Bianca Spuri Tavares
UFMG
Crislayne Amanda Gava de Souza
Faculdade São Leopoldo Mandic
PP-039 – TRATAMENTO CLÍNICO INTERCEPTIVO COM USO DE APARELHO ORTODÔNTICO DE GUIA DE ERUPÇÃO: RELATO DE CASO
Alander Silva Araujo
UNESP – FOA
Fernanda Burkert Mathias
Universidade Federal de Pelotas
PP-041 – TRATAMENTO PALIATIVO DE RONCO EM PACIENTE ODONTOPEDIÁTRICO UTILIZANDO APARELHO HABIT CORRECTOR
Alander Silva Araujo
UNESP – FOA
PP-042 – Primeiro molar permanente em erupção ectópica: relato de caso
Letícia Cabrera Capalbo
Faculdade de Odontologia de Araçatuba (FOA) – UNESP
Marina Line Lourdes Ribeiro
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Amanda Rocha Borges
Universidade Federal de Minas Gerais
PP-045 – Higiene bucal e condição periodontal em individuos com transtorno do espectro autista
Stefânia Werneck Procópio
Universidade Federal de Juiz de Fora
Elisa Marotta Vieira
Universidade Federal de Minas Gerais
PP-047 – Provável bruxismo do sono em adolescentes e smartphones: existe associação?
Thaliny Vitória Diniz Reis
UFMG
Letícia Fernanda Moreira dos Santos
Universidade Federal de Minas Gerais
Karine Takahashi
Universidade do Oeste Paulista
Karine Takahashi
Universidade do Oeste Paulista
PP-051 – Fibroma Ossificante Periférico em Bebês – Relato de caso
Suelly Maria Mendes Ribeiro
Programa de Pós graduação em Odontologia UFPA (PPGO-UFPA), Centro Universitário do Pará (CESUPA)
PP-052 – RETIRADO
PP-053 – RETIRADO
Jéssica Angie Sovinski
Universidade Estadual de Londrina
Lana Kei Yamamoto Almeida
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – FORP/USP
Maisa Costa Tavares
Universidade Federal de Minas Gerais
Alice Machado Carvalho Santos
Universidade Federal de Minas Gerais
Priscila Toninatto Alves de Toledo
Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho – Unesp (Campus Araçatuba)
PP-059 – A Hipomineralização Molar-Incisivo Pode Estar Associada com Dor e Ansiedade em Crianças?
Milena Rodrigues Carvalho
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
Laura Jordana Santos Lima
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
PP-061 – A obesidade infantil aumenta as chances de traumatismo dentário
Laura Jordana Santos Lima
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Isabella Claro Grizzo
Faculdade de Odontologia de Bauru
Isabela Melo Martins
Universidade Federal de Minas Gerais
PP-064 – DISTRIBUIÇÃO DE CÁRIE DENTÁRIA NA CAVIDADE BUCAL DE CRIANÇAS DE 1 A 3 ANOS DE IDADE
Angélica Beatriz Rodrigues
UFVJM
Leandro Tavares da Silva
Universidade Federal do Paraná – UFPR
Leandro Tavares da Silva
Universidade Federal do Paraná – UFPR
Cleber Paradzinski Cavalheiro
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
PP-068 – HIPOMINERALIZAÇÃO DE MOLARES DECÍDUOS (HMD), COMO TRATAR A CADA REAVALIAÇÃO? – RELATO DE CASO
Licínia Maria Damasceno
Faculdade São Leopoldo Mandic, Campinas /SP; Centro Universitário Serra dos Órgãos – UNIFESO – Teresópolis / RJ
PP-069 – PERFIL DO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Juliana da Silva Moro
Universidade Federal de Santa Catarina
Thaynara Nascimento de Oliveira
UFMG
Smyrna Luiza Ximenes de Souza
Universidade Estadual da Paraíba
PP-072 – MORDIDA ABERTA ANTERIOR, MORDIDA PROFUNDA E DIFICULDADE DOS PRÉ-ESCOLARES EM PRONUNCIAR PALAVRAS
Marina Ferreira Barbosa
Universidade Federal de Minas Gerais
PATRICIA GOMES FONSECA
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM
PP-074 – Uso do laser infravermelho de alta potência no manejo trans-cirúrgico da ulectomia: relato de caso
Bianca Katsumata de Souza
Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo
Gabriela Seabra da Silva
FOUSP
PP-076 – Alveólise em Dentição Decídua: relato de caso clínico
Aline dos Santos Oliveira
Universidade Cruzeiro do Sul
Alexia David Nascimento
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – UFMG
Giuliana de Campos Chaves Lamarque
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
PP-079 – Educação digital: criação de vídeos educativos para saúde bucal de crianças
Fernanda Maria Machado Pereira Cabral de Oliveira
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto-USP
Aline Leite de Farias
Faculdade de Odontologia de Araraquara – FOAr/Unesp
Aline Leite de Farias
Faculdade de Odontologia de Araraquara – FOAr/Unesp
PP-082 – O uso do fio dental em crianças de 1 a 3 anos de idade
Fernanda Carneiro de Moraes
FEAD
Bárbara Azevedo Machado
Universidade Federal de Santa Catarina
Gabriela Luiza Nunes Souza
Universidade Federal de Minas Gerais
Aline Fabris de Araujo Crema
Universidade Federal do Paraná
Gisele Marchetti
Universidade Federal do Paraná
PP-087 – Impacto da saúde bucal na vida de crianças em idade pré-escolar
Bianca Nubia Souza Silva
Faculdade de Odontologia de Araraquara (UNESP)
Letícia Fontanella Fernandes
Universidade Federal do Paraná
THIAGO ISIDRO VIEIRA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Djessica Pedrotti
UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
PP-091 – Tratamento multidisciplinar em paciente infantil politraumatizado: proservação de 4 anos
Jéssica Behrens Crispim Gameiro
Universidade Estadual de Maringá
PP-092 – Fatores associados à utilização dos serviços de saúde bucal por crianças de 1 a 3 anos de idade
Ana Beatriz Silva Lopes
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Aliny Bisaia
Faculdade de Odontologia de Bauru
PP-094 – Avaliação nacional da prática de procedimentos restauradores adesivos em dentes decíduos
Ronald José Serafim
Instituto de Saúde de Nova Friburgo (ISNF- UFF)
Caio Sampaio
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Odontologia, Araçatuba, SP
PP-096 – Infraoclusão em dentes decíduos: relato de caso clínico
Caio Sampaio
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Odontologia, Araçatuba, SP
PP-097 – CONHECIMENTOS E PRÁTICAS DE SAÚDE BUCAL EM CRIANÇAS COM CÂNCER DA PERSPECTIVA DE CUIDADORES E EQUIPE DE ENFERMAGEM
ELIANE BATISTA DE MEDEIROS SERPA
Universidade Federal da Paraíba
PP-098 – HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR-INCISIVO EM PACIENTES PEDIÁTRICOS ONCOLÓGICOS
ELIANE BATISTA DE MEDEIROS SERPA
Universidade Federal da Paraíba
https://www.dropbox.com/s/q30dxncx657pkj3/2020%20painel%20encontro%20GRUPO%20HMI.pdf?dl=0
PP-099 – Manejo do comportamento infantil na clínica odontológica durante a pandemia de COVID-19
Letícia Martins Pereira
Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP/Unicamp)
PP-100 – miRNAs na etiologia das fissuras orofaciais não sindrômicas humanas – Revisão sistemática
SISSY MARIA DOS ANJOS MENDES
UFPA
PP-101 – Influência do Locus Parental de controle na prevalência de cárie em crianças escolares
Gabrielly Fernandes Machado
UFVJM
PP-102 – Perfil das consultas odontopediátricas durante a pandemia da COVID-19
Camilla Karoline de Carvalho Beckman
Faculdade de Odontologia de Piracicaba – FOP UNICAMP
Ive Barteli Camatta
Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
Gabrielly Fernandes Machado
UFVJM
Isabella Silva Catananti
Faculdade de Odontologia de Araraquara – FOAr/UNESP
Lorena Pontes Lopes do Amaral
Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
Mariane Carolina Faria Barbosa
Universidade Federal de Minas Gerais
Bianca Cristina Lopes da Silva
UFVJM
Carolina Lopes da Silva
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Karen Simon Rezende da Silveira
Universidade Federal de Minas Gerais
Letícia Cabrera Capalbo
Faculdade de Odontologia (FOA)- UNESP
Kasandra Verónica Yupanqui Barrios
Faculdade de Odontologia de Araraquara – Universidade Estadual Paulista (UNESP)
PP-113 – Álbum de figurinhas como manejo na remoção do hábito de sucção de polegar
Suelly Maria Mendes Ribeiro
Centro Universitário do Pará
PP-114 – Atividade antimicrobiana da arginina associada ao fluoreto de sódio sobre biofilmes microcosmos salivares
DANIELA ALEJANDRA CUSICANQUI MENDEZ
Faculdade de Odontologia de Bauru
https://drive.google.com/file/d/1bwBSQxB96zpSc3ORHe3fyJEn71NGUlGF/view?usp=sharing
Jéssica Behrens Crispim Gameiro
Universidade Estadual de Maringá
PP-116 – Atendimento odontológico em tempos de covid 19: uma revisão de literatura
Sílvia Milena Martins
Universidade Potiguar
PP-117 – INSTRUMENTO DE AUXILIO NO ABANDONO DO HÁBITO PP 117
SISSY MARIA DOS ANJOS MENDES
UFPA
PP-118 – Projeto de Extensão “Estratégias de Promoção de Saúde Bucal para Bebês”- PROEX-UFES
Rafael Marques Carvalho
Universidade Federal do Espírito Santo
https://drive.google.com/file/d/17AApFMYbpKHBv0opepObvuXx50RkUw7z/view?usp=sharing
PP-119 – Ação do glicerofosfatode cálcio na composição da matriz extracelular de biofilme misto de Streptococcus mutanse Cândida albicans
Viviane de Oliveira Zequini Amarante
Unesp
https://1drv.ms/b/s!AkA6n5aB6vC8jVwwnij0acDbFgc-
PP-120 – Associação entre cárie dentária e o absenteísmo escolar de crianças com idade entre 8 e 10 anos.
Larissa Pereira Mendes
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
https://drive.google.com/file/d/1I_keiEszlJPLW7rbQ53BK993a2KV_nw1/view?usp=sharing
PP-121- Crianças com maiores escores de comportamento relacionado à dor dentária apresentam pior desempenho mastigatório
Estephane Paula Silva Neves Silva
UFVJM
https://drive.google.com/file/d/1BqAKBwI-HPuMb4EWZTFjmN5Pv_GEDaqa/view?usp=sharing
PP-122 – Tratamento de Hipomineralização Molar Incisivo em criança: Relato de caso
Viviane de Oliveira Zequini Amarante
Unesp
https://1drv.ms/b/s!AkA6n5aB6vC8jVvRm1q5eDZel9hL
PP-123 – Efeito de dentifrícios contendo polifosfato, polióis e fluoreto, sozinhos ou associados, sobre biofilmes de S. mutans e C. Albicans: estudo in vitro
Tamires Passadori Martins
Faculdade de Odontologia de Araçatuba
https://drive.google.com/file/d/1nzgxMcumKjX1580wR3Cs2qad02ZJaqc1/view?usp=sharing
PP-124 – Os 100 artigos mais citados em revistas de Odontopediatria: Uma análise bibliométrica
Luna Chagas Clementino
Universidade Federal de Minas Gerais
PP-125 – Efeito de verniz fluoretado suplementado com trimetafosfato de sódio micropartículado sobre a progressão de lesões de cárie em dentes decíduos: estudo clínico randomizado
Tamires Passadori Martins
Faculdade de Odontologia de Araçatuba
https://drive.google.com/file/d/1duw-Q9w7TPV153ql-QPZAojRvNlZpp9o/view?usp=sharing
PP-126 – Tratamento da Hipomineralização de Molares e Incisivos: Revisão sistemática e metanálise
Gabriela Fonseca de Souza
UFPR
Luíza Costa Silva Freire
Universidade Federal de Minas Gerais
Mariana Coutinho Sancas
Universidade Federal do Rio de Janeiro
PP-129 – Hábitos de sucção de dedo e de chupeta e sua relação com variáveis neonatais
Ana Paula Martins Gomes
Universidade Federal do Espírito Santo
Caio Luiz Bitencourt Reis
Universidade Federal de Alfenas
PP-131 – ABORDAGEM MUTIDISCIPLINAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTISTA: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO PROJETO DE EXTENSÃO
Juliana de Miranda Carrer
Universidade Federal de Minas Gerais
https://drive.google.com/file/d/138AGwLHLCK6iCIXLwRUQfCx0QaRW4Zje/view?usp=sharing
PP-132 – Odontalgia em adolescentes: influência de aspectos contextuais e individuais
Juliana de Miranda Carrer
Universidade Federal de Minas Gerais
https://drive.google.com/file/d/1z6dePEq1k4tGBxjoxO516_2RQPBxDZrg/view?usp=sharing
Leonardo Antônio de Morais
Faculdade de Odontologia de Araçatuba – FOA/UNESP
PP-134 – Supranumerário impactado na linha média da maxila e assoalho da fossa nasal: Relato de Caso Clínico
Leonardo Antônio de Morais
Faculdade de Odontologia de Araçatuba – FOA/UNESP
https://drive.google.com/file/d/1eQWD-96lYT5HwPJwlwHHHbzgGtKDBauo/view?usp=sharing
PP-135 – NÃO ENVIOU OPÔSTER
Fernanda Lyrio Mendonça
Faculdade de Odontologia de Bauru
PP-137 – USO DA ESCALA VISUAL ANALÓGICA EM ODONTOPEDIATRIA
Lorrayne Cesario Maria
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
PP-138 – NÃO ENVIOU O PÔSTER
PP-139 – Existem informações sobre terapia pulpar de dentes decíduos nos websites de Instituições de Ensino Superior sediadas no Estado do Rio de Janeiro?
Maysa Lannes Duarte
Universidade Federal do Rio de Janeiro
https://drive.google.com/file/d/1jXcX8YEn4LDw4gFH1a4MQ_eQxjgW-VZJ/view?usp=sharing
PP-140 – O uso de fitoterápicos associada sedação com oxido nitroso auxiliam no manejo comportamental
Heitor Ceolin Araujo
Faculdade de Odontologia de de Araçatuba- UNESP
PP-141 – Uso de fitoterápico como tratamento do bruxismo em Odontopediatria: Um estudo piloto
Heitor Ceolin Araujo
Faculdade de Odontologia de de Araçatuba- UNESP
PP-142 – Fatores clínicos e socioeconômicos relacionados ao impacto psicossocial da estética dentária em adolescentes escolares.
Ana Caroline Alves Duarte
UFVJM
https://drive.google.com/file/d/1w7l1Fe3EGCxd40Igu-xqAK_uS1DdGthc/view?usp=sharing
Luciana Antonio Pion
Universidade de São Paulo – faculdade de odontologia de Ribeirão Preto
PP-144 – Potencial antimicrobiano de enxaguatórios bucais infantis em suspensões planctônicas de Streptococcus mutans: um estudo in vitro
Fernanda Vieira Belém
Universidade Federal de Minas Gerais
https://drive.google.com/file/d/1Gcl3f50lICnO9_6Vh33N2ohqKUGD_gWw/view?usp=drivesdk
PP-145 – NÃO ENVIOU O PÔSTER
Gerson Aparecido Foratori Junior
Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo (FOB/USP)
PP-147 – NÃO ENVIOU O PÔSTER
Angela de Lima Da Ros Gonçalves
UEPG – PR
PP-149 – Qualidade de vida relacionada ao ronco residual apos adenotonsilectomia: estudo piloto
Rita Catia Brás Bariani
UNIFESP
https://drive.google.com/file/d/1fv3VhxWZTBzDXXhmIflDWR0IcuMhUpDl/view?usp=sharing
Raíza Dias de Freitas
Faculdade de Odontologia da USP
PP-151 – Fatores associados ao alfabetismo em saúde bucal no início da adolescência
ROANNY TORRES LOPES
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB
PP-152 – Percepção dos pais sobre a saúde bucal do filho atua como mediador entre cárie na primeira infância e Qualidade de Vida Relacionada a Saúde Bucal: Estudo de base populacional
Jéssica Madeira Bittencourt
Universidade Federal de Minas Gerais
https://www.dropbox.com/s/9y42vyv613ku7jj/P%C3%B4ster_J%C3%A9ssica%20Bittencourt.pdf?dl=0
Leticia Pereira Martins
Universidade Federal de Minas Gerais
Caroline Anselmi
Faculdade de Odontologia de Araraquara/UNESP
Laura Teixeira Mendes
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
PP-156 – Terapia fotodinâmica antimicrobiana reduz micro-organismos colonizadores iniciais do biofilme oral
Juliana Benine Warlet
FOP-Unicamp
Analú Barros de Oliveira
Faculdade de Odontologia de Araraquara UNESP
PP-158 – Atendimento odontopediátrico durante a pandemia de COVID-19: o que você precisa saber?
Bárbara Rodrigues Braga
Faculdade Sul Americana Fasam
Natália dos Santos
Universidade Federal de Santa Catarina
Mônica Maia Moterane
Universidade Federal de Goiás
PP-161 – Efetividade de tratamento conservador em lesões cariosas ativas em esmalte: estudo retrospectivo longitudinal em crianças de alto risco de cárie
Andressa da Silva Arduim
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
https://www.dropbox.com/sh/5wfpjqzkcpkjlls/AAB1aG_o2_6bWs6dSwuaoQ6ba?dl=0
PP-162 – AVALIAÇÃO DO POTENCIAL EROSIVO DE ANTISSÉPTICOS BUCAIS INFANTIS ASSOCIADO À ESCOVAÇÃO SIMULADA EM CIMENTO IONÔMERO DE VIDRO CONVENCIONAL
Louise Santos de Magalhães
Universidade Federal de Minas Gerais
https://drive.google.com/file/d/1O-ogB-I6Gu3vHRuStJsJB0PZh1XwtnNI/view?usp=sharing
PP-163 – Alfabetismo em saúde bucal e coesão familiar associados à ida ao dentista em adolescentes
Isolda Mirelle de Lima Ferreira Prata
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB
Ivana Meyer Prado
Universidade Federal de Minas Gerais
PP-165 – Pandemia de COVID-19 e odontopediatria: medo, mudança de hábitos e percepções de saúde bucal
Giulia de Oliveira Collet
Universidade Estadual de Maringá
PP-166 – O tratamento restaurador de lesões de cárie em molares decíduos promove melhora da mastigação de pré-escolares
Maria Eliza da Consolação Soares
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM
https://www.dropbox.com/s/hj4ikt0dhcjcdqv/Banner%20GRupo1.pdf?dl=0
Fernanda Bello Kneitz
Universidade Federal de Juiz de Fora
PP-168 – Clínica do Esmalte Dental – FORP/USP: Uma proposta de integração entre Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária
Fernanda Vicioni Marques
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP/USP)
https://www.dropbox.com/s/hgyd0yoc1tg9kdm/P%C3%B4ster%20GRUPO%20ODONTOPEDIATRIA.pdf?dl=0
PP-169 – ANSIEDADE ODONTOLÓGICA INFANTIL APÓS TRATAMENTO SOB SEDAÇÃO: AVALIAÇÃO PROSPECTIVA
Laercio Alves de Amorim Júnior
UFG
Aline Maquiné Pascareli Carlos
Universidade Ibirapuera
Josiane Pezzini Soares
Universidade Federal de Santa Catarina
PATRICIA GOMES FONSECA
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM
PP-173 – PosoloGuia Odonto: aplicativo de terapêutica medicamentosa em Odontologia
Emyr Stringhini Junior
Centro Universitário Unisep
PP-174 – Conhecimento e percepção dos acadêmicos do curso de odontologia sobre maus-tratos infantis
Larissa Alves Leonardi
Universidade Federal do Paraná
Matheus França Perazzo
Universidade Federal de Minas Gerais
PP-176 – Abordagem contextual e individual para o uso de drogas lícitas entre adolescentes
Matheus França Perazzo
Universidade Federal de Minas Gerais
Priscila Seixas Mourão
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri
Haline Cunha de Medeiros Maia
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP)
Patrícia Corrêa de Faria
Universidade Federal de Goiás
PP-180 – RETIRADO
Pablo Silveira Santos
Universidade Federal de Santa Catarina
Débora Souto de Souza
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri- UFVJM
Débora Souto de Souza
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri- UFVJM
PP-184 – NÃO ENVIOU O PÔSTER
PP-185 – Possível bruxismo em vigília está associado ao bullying escolar entre crianças/adolescentes?
Letícia Silva Alonso
Universidade Federal de Minas Gerais
PP-186 – A RESINA COMPOSTA COM TECNOLOGIA GIOMER É A SOLUÇÃO PARA AUMENTAR A SOBREVIDA DE RESTAURAÇÕES ART OCLUSO-PROXIMAIS DE MOLARES DECÍDUOS? ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
Ana Laura Pássaro
FOUSP
https://drive.google.com/file/d/1-n7l-XGWOhSvMErxYSkmfrQzV05Nm6rC/view?usp=sharing
PP-187 – Propriedade antimicrobiana e adesão à dentina de um cimento de ionômero de vidro contendo nanopartículas de hexametafosfato de clorexidina
Juliana Rios de Oliveira
Universidade Estadual Paulista – UNESP
https://drive.google.com/file/d/115UWF8Tq_4dAInCURZbn0pUtcSiMBK5i/view?usp=sharing
PP-188 – Distribuição espacial da cárie dentária em escolares de 12 anos de idade da cidade de Diamantina-MG
Taiane Oliveira Souza
UFVJM
https://drive.google.com/file/d/1hsF3vbnj1k9HxvUj8VUY8cb3iN_-h8Ig/view?usp=sharing
PP-189 – Associação entre mucocele e traumatismo orofacial na infância
Julia Nascimento de Mello
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Camila Faria Carrada
Ufmg
PP-191 – Impacto das Estratégias de Diagnóstico para Detecção de Lesão de Cárie na Qualidade de Vida de Pré-Escolares
Julia Gomes Freitas
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP)
https://drive.google.com/file/d/1DC8HniZY-SApvh1VBdCuK475n9NoE_Dr/view?usp=sharing
PP-192 – ANÁLISE PROTEÔMICA DA PELÍCULA ADQUIRIDA DO ESMALTE DE CRIANÇAS COM CÁRIE DA PRIMEIRA INFÂNCIA E LIVRES DE CÁRIE
Natália Caldeira Silva
UFRGS
https://www.dropbox.com/s/ahjjt90y8o79519/Poster%20Grupo.pdf?dl=0
PP-193 – Influência da experiência prévia de cárie dentária e fatores individuais e contextuais na incidência de cárie dentária: uma coorte de 7 anos.
LUCAS DUARTE RODRIGUES
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Muruci
https://drive.google.com/file/d/1-eJfSsuOUeTFnmd_0yzLdcD-ovREaydV/view
PP-194 – SATISFAÇÃO DOS ESTUDANTES COM OS RECURSOS EDUCACIONAIS DO MOOC SAÚDE BUCAL DA GESTANTE
Larissa Lemme de Mello
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo – FOUSP
PP-195 – NÃO ENVIOU O PÔSTER
Andreza de Oliveira Godoy Moreira
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
PP-001 – Condição sistêmica, periodontal e qualidade de vida de gestantes com excesso de peso acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde durante o 3º trimestre
Foratori-Junior GA*, Caracho RA, Fusco NS, Missio ALT, Jesuino BG, Sales-Peres SHC
Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo
O objetivo do estudo foi avaliar as condições sistêmicas e periodontais e suas relações com a qualidade de vida de gestantes com excesso de peso e peso normal assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) durante o terceiro trimestre. As pacientes foram distribuídas em: IMC excessivo (GE = 25; IMC ≥ 25,00 kg/m2) e normal (GN = 25; 18,50 ≤ IMC ≤ 24,99 kg/m2) e foram avaliadas quanto: I- nível socioeconômico; II- parâmetros antropométricos (IMC e ganho de peso gestacional); III- condições sistêmicas; IV- condição periodontal; e V- qualidade de vida relacionada à saúde bucal usando a versão reduzida do Oral Health Impact Profile (OHIP-14). Teste t, Mann-Whitney, qui-quadrado e regressão logística binária foram adotadas (p < 0,05). Não houve diferença significativa entre os grupos com relação ao nível socioeconômico e ganho de peso gestacional (p > 0,05). GE apresentou maior prevalência de hipertensão arterial (p = 0,018); procurou atendimento odontológico com menor frequência (p = 0,035); teve maior prevalência de periodontite (p = 0,011); e maior escore geral do OHIP-14 (p = 0,004), caracterizado pelo impacto negativo nas dimensões de dor física, desconforto psicológico, incapacidade física, e incapacidade psicológica. Nos modelos finais de regressão logística binária, o alto IMC materno foi associado à hipertensão arterial e periodontite durante a gravidez, enquanto a periodontite foi associada ao impacto negativo na qualidade de vida. Concluiu-se que as mulheres com excesso de peso acompanhadas pelo SUS durante o terceiro trimestre de gestação apresentaram maior prevalência de hipertensão arterial, piores parâmetros periodontais e, consequentemente, impacto negativo na qualidade de vida, destacando maiores prejuízos, principalmente, no bem-estar físico e psicológico.
FAPESP 2018/20626-5; 2019/26845-3
PP-002 – Cárie na primeira infância e sofrimento dos pais: estudo representativo de pré-escolares brasileiros
Paiva ACF*, Bittencourt JM, Martins LP, Paiva SM, Bendo CB
Universidade Federal de Minas Gerais
O objetivo desse estudo foi avaliar o impacto da cárie na primeira infância (CPI) no sofrimento dos pais. Foi realizado estudo transversal representativo com 449 pré-escolares de 4-6 anos e seus pais, no município de Ribeirão das Neves, MG. Os pais responderam a versão brasileira do Early Childhood Oral Health Impact Scale (ECOHIS), sendo que foi utilizado para este estudo o domínio “sofrimento dos pais”. Os pré-escolares foram examinados para avaliação da CPI (ICDAS) por duas examinadoras calibradas. Foram coletadas variáveis de confusão através de questionários respondidos pelos pais: questionário socioeconômino e as versões brasileiras do Hong Kong Oral Health Literacy Assessment Task for Paediatric Dentistry (BOHLAT-P) para alfabetismo em saúde bucal (ASB) e da Escala de Resiliência para mensurar a resiliência dos pais. Esse estudo possui aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Para análise dos dados foi realizada Regressão de Poisson bivariada e multivariada com variância robusta, ajustada em blocos (p<0,05). No modelo multivariado, o 1º bloco ajustado por tipo de escola, demonstrou que estágio extenso da CPI foi associado com domínio de sofrimento dos pais (RP=3,56; IC95%:2,33-5,64), bem como no 2º bloco, ajustado por tipo de escola e ASB dos pais, (RP=3,57; IC95%:2,30-5,51). No 3º bloco, ajustado por tipo de escola, ASB e resiliência, pais de pré-escolares com estágio extenso da CPI apresentaram 3,51 vezes (IC95%:2,27-5,43) mais sofrimento do que aqueles sem CPI. Conclui-se que pais de pré-escolares com lesões extensas de cárie apresentaram maior sofrimento, afetando negativamente a sua qualidade de vida relacionada à saúde bucal.
CNPq, CAPES, FAPEMIG
PP-003 – Síndrome de Cornélia de Lange em bebê associada a doença de Riga Fede: relato de caso
Figueiredo MC*, Gouvêa DB, Potrich ARV, Borges BS, Cappellaro EC, Trilha MA
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
A síndrome de Cornélia de Lange (CdLs) é uma condição rara com manifestação multissistêmica caracterizada por deficiência no desenvolvimento, comprometimento no crescimento. Os problemas odontológicos também são frequentes como: presença do palato ogival, atraso na irrupção dentária, e automutilação da língua. Assim, este relato de caso teve como objetivo retratar o atendimento de uma criança de 2 anos e 4 meses de idade, do sexo feminino, com a síndrome CdLs, paciente da clínica de odontologia para pacientes com necessidades especiais do Hospital de Ensino Odontológico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que apresentou uma lesão traumática no ventre lingual conhecida como Doença de Riga Fede (DRF), associada a irrupção dos dentes 71 e 81. Descrição do Caso: Devido à grande hiperplasia do tecido sublingual, pouco prevalente nos casos de DRF, a biópsia excisional da lesão foi realizada em nível ambulatorial, sendo confirmado o referido diagnóstico. Foi dada uma anestesia infiltrativa no ventre lingual, próximo à lesão, com lidocaína 2% associada à epinefrina 1:100000 e, uma pinça hemostática reta foi utilizada para direcionar esta incisão. A remoção da lesão foi realizada com bisturi lâmina 15C e pinça Adson. Procedeu-se à hemostasia e, após, sutura, através de três pontos simples com fio reabsorvível. A criança retornou para controle e avaliação, apresentando cicatrização do leito cirúrgico compatível com o tempo pós-operatório. Conclusão: A identificação do conhecimento das comorbidades que o paciente com a síndrome CdLs apresentava, foi de fundamental importância para o bom manejo e condução deste caso clínico. A remoção desta lesão acarretou melhorias imediatas na alimentação, irritabilidade e proporcionou mais qualidade de vida à paciente.
PP-004 – Promoção de saúde em odontopediatria por meio de ferramentas audiovisuais: Projeto Dente de Leite, uma iniciativa de odontopediatras brasileiras
Mira PCS*, Zambonini G, Favaretto A, Coelho M, Oliveira AS, de Queiroz AM
Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Na infância, o desenvolvimento de atividades lúdicas é um dos recursos mais importantes para a aprendizagem e a construção do conhecimento. Portanto, na Odontopediatria, atividades lúdicas não apenas devem, como precisam, ser utilizadas como forma de educação/promoção da saúde bucal. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi produzir e gravar músicas infantis, em português, voltadas para educação/promoção de saúde e avaliar quantitativamente o público alcançado por meio de redes sociais. Metodologia: As canções desse projeto foram escritas pela Prof.ª Dr.ª Alexandra Mussolino de Queiroz e pós-graduanda Paôla Caroline da Silva Mira, do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. Todas as canções foram pensadas e produzidas a fim de estimular a aproximação da criança e de temas de saúde bucal de forma lúdica, divertida e artística. Após produção musical por especialistas em música infantil, as canções foram disponibilizadas em redes sociais (Facebook, Instagram e Youtube) e os dados gerados por essas plataformas foram utilizados para avaliação quantitativa do alcance desse trabalho educacional. Resultados: Em um período de sete meses após o lançamento dos conteúdos audiovisuais produzidos, a página “Projeto Dente de Leite” alcançou aproximadamente 21.000 pessoas, com acessos distribuídos por 15 países, 11 estados e 45 cidades brasileiras. Conclusão: Os resultados quantitativos demonstraram que as músicas produzidas percorreram um território imenso e atingiram amplamente pessoas de diversas localidades do país e do planeta, influenciando positivamente profissionais da saúde, professores de odontopediatria, alunos de graduação e pós graduação, pais e crianças.
PP-005 – Metodologias ativas no ensino de traumatismo dentário em odontopediatria
Oliveira AA*, Arnez MFM, Carvalho FK, Nelson-Filho P, Segato RAB, Queiroz AM, Paula-Silva FWG
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
Nos últimos anos, as tecnologias têm sido cada vez mais usadas em contexto educativo, não só por facilitarem a comunicação e o acesso à informação, mas também devido ao seu potencial motivacional. O objetivo deste trabalho é descrever uma proposta de ensino de traumatismo dentário baseada em laboratórios de simulação, estudo de caso e tecnologias de informação e comunicação (TICs). Para uma avaliação prévia do conhecimento dos alunos sobre o assunto foi utilizado o aplicativo PollEverywhere, instalado nos celulares individuais e, em tempo real, realizado um survey anônimo seguido pela discussão das respostas. A segunda etapa consistiu na realização prática de colagem de fragmentos dentários, esplintagem utilizando diferentes tipos de contenção e confecção de protetores bucais. Na terceira etapa, foi proposto um jogo interativo para os alunos, utilizando o aplicativo Kahoot. Nesta etapa, foram realizadas perguntas sobre a temática em estudo e os alunos ranqueados de acordo com o número de respostas corretas e rapidez na atividade, sendo premiados ao final. Todo o conteúdo foi permeado pela discussão de casos clínicos nos quais o conhecimento teórico foi aplicado na atenção odontológica infantil de forma prática. A realização dessas atividades incentivou a participação em aula e foi evidente a interação dos alunos com o professor e entre os alunos e seus pares. Paralelamente, os alunos puderam realizar procedimentos odontológicos que muitas vezes não são contemplados na prática clínica dado o perfil do paciente atendido pelo aluno. A realização de atividade prática laboratorial, do estudo de caso e o uso da Tecnologia de Informação e Comunicação se mostraram ferramentas propícias que para o ensino de traumatologia dentária.
PP-006 – Fatores associados ao conhecimento de cirurgiões-dentistas sul-brasileiros quanto ao diagnóstico diferencial dos defeitos de desenvolvimento de esmalte.
Portella PD*, Souza JF, Assunção LRS
Universidade Federal do Paraná
Objetivo: Avaliar os fatores associados ao conhecimento de cirurgiões-dentistas (CDs) quanto ao diagnóstico diferencial dos defeitos de desenvolvimento de esmalte (DDE). Metodologia: Um questionário online foi enviado aos CDs com cadastro no Conselho Regional de Odontologia do Paraná. Os diferentes tipos de DDE (opacidade difusa, opacidade demarcada, amelogênese imperfeita e hipoplasia) foram apresentados através de fotografias nas quais o participante indicava, em questão de múltipla escolha, o respectivo diagnóstico para cada defeito. Dados pessoais e profissionais foram averiguados. Análises de regressão univariada e multivariada de Poisson com variância robusta foram utilizadas (α=0,05). Resultados: Um total de 613 CDs, com média de idade de 37,74 anos (desvio padrão;DP=11,027), participaram do estudo, sendo 76,5% mulheres. A média de acertos foi de 1,93 (DP=1,121) e apenas 11,4% dos participantes acertaram todas as questões. A frequência de acertos foi: opacidade difusa (73,1%), amelogênese imperfeita (64,4%), hipoplasia (29,7%) e opacidade demarcada (25,9%). Ser especialista em Odontopediatria mostrou-se associado à maior prevalência de acertos para todos os tipos de DDE após o ajuste com as demais variáveis. Nos modelos múltiplos, profissionais com menor idade apresentaram melhor desempenho nas respostas para as opacidades difusa e demarcada. Possuir formação stricto sensu esteve associado a maior prevalência de acertos, após o ajuste com as demais variáveis, em as questões dos DDE, exceto na opacidade difusa. Conclusões: O conhecimento de CDs quanto ao diagnóstico diferencial de DDE é baixo, especialmente para hipoplasia e opacidade demarcada. CDs com especialização em Odontopediatria apresentaram melhor desempenho nas respostas para todos os tipos de DDE.
CAPES
PP-007 – Associação entre o alfabetismo funcional e o reconhecimento da palavra “bruxismo” entre adolescentes
Lima LCM*, Bernardino VMM, Neves ETB, Granja GL, Leal TR, SILVA SE, Ferreira FM, Paiva SM, Serra-Negra JMC, Granville-Garcia AF
Universidade Estadual da Paraíba
Objetivo: Verificar a associação entre alfabetismo funcional e o reconhecimento da palavra “bruxismo” entre adolescentes Método: Trata-se de um estudo transversal e a amostra consistiu em 368 de 15 a 19 anos de escolas públicas e privadas sorteados aleatoriamente. Dois examinadores previamente calibrados (Kappa > 0,80) aplicaram o instrumento de alfabetismo em saúde bucal validado para adolescentes o “Rapid Estimate of Adult Literacy in Dentistry” – BREALD-30 e a palavra bruxismo foi utilizada como variável dependente. Os adolescentes também responderam um questionário de alfabetismo funcional, o Índice de Alfabetismo Funcional -INAF. Os pais/cuidadores responderam um questionário socioeconômico. Foi realizada análise bivariada por meio do teste de Qui-Quadrado de Pearson seguida de um modelo de regressão logística backward, (p<0,05). Resultados: No modelo final observamos que os adolescentes de 15 a 19 anos que tiveram maior chances de não reconhecer a palavra “bruxismo” foram os com menor nível de alfabetismo funcional (OR = 3,29; 95% IC: 1,93-5,60; p<0,001), que residiam com mais pessoas em casa (OR=2,04; 95% IC: 1,02-4,11; p=0,040) e que tinham pais/responsáveis com baixo nível de escolaridade (OR=1,97; 95% IC: 1,15-3,36; p=0,013). Conclusão: Entre os estudantes de 15 a 19 anos, o maior nível de alfabetismo funcional, o menor número de pessoas em casa, a maior escolaridade do responsável e a ida ao dentista influenciaram no reconhecimento do termo.
CAPES, FAPESQ, CNPQ
PP-008 – Influência do Alfabetismo em Saúde Bucal no conhecimento de professores do ensino fundamental frente à avulsão do dente permanente
Fagundes FAU*, Fraiz FC, Dias VFO, Ferreira FM, Assunção LRS
Universidade Federal do Paraná
Objetivo: Avaliar a associação entre o ASB e o conhecimento de professores na conduta da avulsão de dentes permanentes.
Materiais e métodos: Amostra representativa composta por 200 professores do ensino fundamental de crianças entre 6 e 12 anos de idade. O escore de conhecimento (EC) foi verificado por meio de seis afirmações com respostas em escala Likert em três momentos: antes da intervenção (pré-teste), imediatamente após (pós-teste) e dois meses após (teste de seguimento-TS). A intervenção educativa consistiu em leitura de um folheto elaborado pela Sociedade Brasileira de Traumatologia Dentária. O ASB foi avaliado pelos instrumentos Brazilian Rapid Estimate of Adult Literacy in Dentistry (BREALD-30) e Brazilian Oral Health Literacy Adult Questionnaire (BOHL-AQ). Informações demográficas e socioeconômicas também foram coletadas. Dados foram analisados por testes não paramétricos e regressão de Poisson uni e multivariada com variância robusta (α=0.05).
Resultados: Houve um aumento significativo no EC no pós-teste quando comparado ao pré-teste (mediana de 5 e 1, respectivamente; p < 0,001). Por outro lado, houve uma redução significativa do EC no TS quando comparado ao pós teste (Mediana de 3 e 5, respectivamente; P < 0,001). No modelo múltiplo, as seguintes variáveis foram associadas ao EC: pré-teste – renda mensal per capita (REa = 1,29; IC95%: 1,04-1,61; P = 0,019), orientação prévia (REa = 1,28; IC95%: 1,02-1,61; P = 0,035) e BREALD-30 (REa = 1,050; IC95%: 1,019-1,081; P = 0,001); pós-teste – BOHL-AQ (REa = 1,050; IC 95%: 1,019-1,081; P = 0,001); TS – BREALD-30 (REa = 1,060; IC 95%: 1,033-1,088; P <0,001) e BOHL-AQ (REa = 1,063; IC 95%: 1,012-1,117; P = 0,014).
Conclusão: ASB está associado ao EC de professores quanto à conduta frente à avulsão dentária.
CAPES
PP-009 – Fatores associados ao consumo de sacarose por crianças antes dos dois anos de idade
Rubim AN*, Ramos-Jorge ML, Mourão PS, Ramos-Jorge J, Fernandes IB.
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar os fatores associados ao consumo de sacarose por crianças antes dos dois anos de idade.
Metodologia: Uma amostra de 217 crianças com idade de 6 meses a 2 anos e seus pais/cuidadores foi recrutada aleatoriamente dentre aquelas registradas nas Unidades Básicas de Saúde de Diamantina, Minas Gerais. Os pais/cuidadores foram convidados a responder um questionário relativo a dados sociodemográficos e econômicos da família e hábitos de alimentação da criança. Os resultados foram analisados através do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para Windows, versão 22.0 através de análise descritiva e Regressão de Poisson hierárquica.
Resultado: Das crianças incluídas, 91,2% já haviam consumido sacarose. Crianças que nunca foram ao dentista (RP 1,12; IC 95% 1,01-1,23; p= 0,028), que tinham problemas de saúde (RP 1,07; IC 95% 1,01-1,15; p= 0,032) e com dois anos de idade (RP 1,13; IC 95% 1,04-1,23; p= 0,006) apresentaram maior prevalência de consumo de sacarose.
Conclusão: Acesso ao dentista, problemas de saúde e idade da criança foram associados ao consumo de sacarose antes dos 2 anos de idade.
CAPES
PP-010 – Associação entre bullying e bruxismo do sono em crianças de 6 a 10 anos de idade
Avelino ALA, Gonçalves BA, Rodrigues CO, Rodrigues MA, Lopes-Drumond C, Ramos-Jorge ML, Ramos-Jorge J, Soares MEC
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, Diamantina-MG
O objetivo deste estudo transversal foi investigar a relação entre bullying e possível Bruxismo do Sono (BS) em crianças de 6 a 10 anos de idade (n=386), na cidade de Diamantina/MG. Foram enviados questionários aos pais das crianças para obtenção de informações sociodemográficas, hábitos bucais e histórico médico. O possível BS foi determinado com base no relato dos pais /cuidadores (que moravam com os filhos) da ocorrência de apertar/ranger os dentes durante o sono evidenciado por características audíveis do bruxismo. Esse dado foi obtido através de uma pergunta do Questionário de Hábitos de Sono das Crianças (CSHQ). Outras questões relacionadas ao sono da criança também foram avaliadas, como quantidade de horas que a criança dorme e dificuldade para respirar durante o sono. O Bullying foi avaliado através do questionário Olweus Bully Victim Questionnaire que possui uma lista de situações que podem ter acontecido com a criança no ambiente escolar no último mês. A análise dos dados foi realizada através do Statistical Package for the Social Sciences, versão 24.0. Foram realizadas análises descritivas e Regressão de Poisson uni e multivariada, pelo método stepwise, para associar o possível BS com as variáveis independentes. No modelo final da regressão foi observado que a prevalência de possível BS foi menor entre as crianças do sexo masculino (RP: 0,67; IC 95%: 0,49-0,90; p=<0,01). O relato de que as crianças pareciam parar de respirar durante o sono foi associado a uma maior prevalência de possível BS (RP: 2,13; IC 95%: 1,52-2,98; p<0,01). Crianças que relataram ter sofrido bullying tinham uma maior prevalência de possível BS (RP: 1,57; IC 95%: 1,09-2,25; p=0,01). Crianças que já sofreram algum episódio de bullying apresentaram maior prevalência de possível BS.
CAPES
PP-011 – Protetores Bucais Esportivos: Avaliação da contaminação microbiana, rugosidade superficial e eficácia do spray de clorexidina como método de desinfecção, em crianças.
Ribeiro YJSR*, Delgado RZR, Paula e Silva FWG, Feres M, Palma-Dibb RG, Da Silva LAB, Segato RAB, Retamal-Valdes B, Queiroz AM, Nelson-Filho P.
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
Objetivo: Avaliar a contaminação bacteriana de protetores bucais esportivos, a eficácia do spray de Gluconato de Clorexidina e seu efeito citotóxico contra bactérias cariogênicas . Materiais e Métodos: Vinte crianças praticantes de artes marciais de 9 a 13 anos de idade, foram instruídas a usar protetores bucais esportivos 3 dias alternados por semana, durante 1 hora e, após o uso, os dispositivos foram pulverizados com solução placebo (controle) ou Gluconato de Clorexidina a 0,12%. Após 2 semanas de uso, os protetores foram analisados por meio de ensaio MTT, Checkerboard DNA-DNA hybridization e Microscopia Confocal a Laser. Os dados foram analisados pelos testes de Wilcoxon, teste t e correlação de Pearson, com nível de significância de 5%. Resultados: Protetores bucais do grupo controle (água da torneira estéril) foram numericamente mais contaminados por microrganismos cariogênicos do que os do grupo experimental (p <0,005). A diminuição da viabilidade celular foi observada no grupo experimental (clorexidina), enfatizando seu efeito citotóxico aos microrganismos (p = 0,0007). Além disso, foi detectada diferença na rugosidade superficial dos dispositivos, demonstrada pelo aumento da rugosidade final quando comparado a inicial (anterior ao uso). Foi observada correlação moderada (r = 0,59) entre rugosidade da superfície e o número de microrganismos cariogênicos no grupo controle. Conclusão: Protetores bucais esportivos apresentam intensa contaminação microbiana após seu uso e, o spray de clorexidina foi eficaz na redução dessa contaminação em crianças, sem alterar a rugosidade da superfície.
CNPQ
PP-012 – Avaliação da percepção dos responsáveis por crianças na primeira infância sobre a importância da prática de higienização bucal.
Martins JR*, Araújo AS, Oliveira IM, Paula LO, Silva CA, Favretto CO.
Universidade Estadual Paulista – UNESP, Campus Araçatuba-SP.
Introdução: A atenção odontológica é de suma importância para conscientização dos pais sobre a saúde bucal do seu filho desde os primeiros meses de vida, ressaltando informações sobre a higienização bucal, dieta alimentar e hábitos parafuncionais. Objetivos: avaliar o conhecimento de pais e/ou responsáveis de crianças na primeira infância quanto a conduta diária de higienização de seus filhos. Metodologia: foi aplicado um questionário com perguntas objetivas sobre o conhecimento dos hábitos de higiene bucal em relação ao seu filho em cinco creches que atendem crianças de 0-4 anos. Os dados foram tabulados no programa Microsoft Excel ®2016 e os resultados obtidos por uma análise descritiva e quantitativa. Resultados: Dos pais e/ou responsáveis entrevistados, todos relataram saber da importância da dentição decídua e 97% sabiam o que era doença cárie dentária. Quanto a escovação, 98% das crianças fazem diariamente, no entanto apenas 55% dessas crianças os pais auxiliam nessa escovação e somente 34% realizam três vezes ao dia. Todos os entrevistados afirmaram ter ciência da importância da dentição decídua e 50% responderam que a criança deve ir ao dentista pela primeira vez no momento que irrompe o primeiro dente na cavidade bucal. Conclusão: Dessa forma, conclui-se que, o conhecimento dos pais e/ou responsáveis sobre a importância da higienização bucal é fundamental, pois práticas simples de prevenção possibilitam o desenvolvimento da dentição decídua saudável, no entanto essas informações precisam ser passadas aos responsáveis.
Palavras-chave: Saúde Bucal; Assistência Odontológica; Higiene Bucal.
PP-013 – Reabilitação de dentes decíduos anteriores com destruição coronária através da utilização de retentores intrarradiculares: relato de caso.
Martins JR*, Araújo AS, Ferreira HS, Nóbrega ERA, Silva CA, Oliveira DC.
Universidade Estadual Paulista –UNESP, Campus Araçatuba-SP.
A cárie precoce de infância é uma doença crônica, definida com a presença de pelo menos um dente cariado, de criança com idade entre 0 e 71 meses. O objetivo desse trabalho é devolver estética e função de dentes anteriores decíduos, através de reabilitação de elementos que sofreram grande perda de estrutura dentária. O caso relatado trata-se de uma paciente de 3 anos, com ausência dos dentes anteriores superiores decíduos. Durante o exame clínico, constatou-se destruição coronária dos incisivos centrais superiores decíduos e presença de pólipo pulpar no elemento 61, no exame radiográfico foi observado integridade das raízes de ambos os dentes. O tratamento proposto foi a utilização de pino de fibra de vidro e utilização de fio ortodôntico como retentores intrarradiculares, seguido da confecção da porção coronária através de matriz anatômica de celulóide. O acompanhamento clínico e radiográfico foi realizado a cada 3 meses, para verificação da integridade dos tecidos de suporte e reabsorção dentária. Após um ano de acompanhamento, foi observado no elemento dentário 61 a ausência do retentor intrarradicular, sendo ele o pino de fibra de vidro. Radiograficamente observou-se uma pequena reabsorção radicular sendo indicado exodontia e a confecção de mantenedor de espaço estético até a erupção do dente permanente. Já o elemento dentário 51 apresentou boa retenção e adaptação marginal, além de aspectos radiográficos de normalidade. Assim conclui-se que, a reabilitação de dentes decíduos com extensas destruições coronária através da utilização de retentores intrarradiculares e restauração direta de resina composta, são uma ótima opção terapêutica na devolução da estética e função dos dentes decíduos, podendo ser empregadas nas clínicas odontopediátricas.
PP-014 – Relato de caso raro de lesão pigmentada melanocítica oral em paciente pediátrico: importância do diagnóstico precoce
Oliveira AB*, Ferrisse TM, Salomão KB, Giro EMA, Costa JH, Bufalino A, León JE, Brighenti FL
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Odontologia, Araraquara.
Lesões pigmentadas melanocíticas na mucosa bucal podem incluir muitas doenças o que torna o diagnóstico preciso um desafio. Essas lesões representam quase 0,9% dos casos avaliados em serviços de patologia. Os nevos melanocíticos são um grupo diverso de neoplasias melanocíticas benignas raras com prevalência de 0,1% na população. Clinicamente, os nevos melanocíticos orais (NMO) são lesões pequenas, bem circunscritas e planas que apresentam coloração que pode variar de tons de marrons, cinza-azulados a quase pretos. Em relação à etiologia e patogênese do NMO, a maioria dos estudos se concentrou em sua variante cutânea. O objetivo deste trabalho é relatar um caso raro de NMO com atípia celular associado com hiperplasia lentiginosa. Paciente A.L.I, 4 anos, apresentou uma mácula escura de bordas regulares medindo 6 mm de diâmetro, localizada na região posterior mandibular do lado direito, com tempo de evolução de 15 dias. Os diagnósticos clínicos prováveis foram de mácula melanótica e NMO. Após biopsia excisional, o exame microscópico revelou NMO juncional com hiperplasia lentiginosa contendo atipia melanocítica focal. A presença de hiperplasia lentiginosa pode ser observada em alguns casos e indica malignidade da lesão. Após 1 ano e 9 meses de acompanhamento rigoroso, não há relatos de recidiva. NMO associados com hiperplasia lentiginosa devem ser considerados no diagnóstico diferencial de lesões pigmentadas orais, inclusive em pacientes pediátricos, com impacto no tratamento e prognóstico.
FAFESP: 2018/18440-0
PP-015 – Atresia congênita do ducto da glândula submandibular: relato de dois casos clínicos e revisão de literatura
Gonçalves MWA*, Mourão PS, Freitas LO, Ramos-Jorge ML, Mesquita AT.
Departamento de Odontologia, Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar dois casos raros de pacientes com atresia congênita do ducto da glândula submandibular que apresentaram regressão espontânea de lesão em assoalho bucal, além de realizar uma revisão de literatura acerca do tema.
Descrição do caso: O caso 1 se trata de paciente do sexo feminino com 3 meses de idade e o caso 2 de paciente do sexo masculino, com 5 meses de idade, onde ambos apresentaram aumento de volume de coloração azulada levemente translúcida, consistência mole, indolor, sem drenagem salivar e ausência da perfuração do ducto da glândula submandibular, do lado direito e esquerdo, respectivamente. A lesão estava presente desde o nascimento e as hipóteses diagnósticas foram de rânula e atresia congênita do ducto da glândula submandibular. Por não apresentar nenhum desconforto para os pacientes, ambos foram submetidos à proservação, apresentando posteriormente regressão espontânea sem necessidade de intervenção cirúrgica e a utilização de exames complementares para diagnóstico da lesão. Após 3 anos de acompanhamento, não há a presença de recidiva. Em uma revisão da literatura, apenas 31 casos publicados foram encontrados. A idade dos bebês variou de 12 horas a 1 ano e 10 meses. Na maioria dos casos, a lesão acometia o lado esquerdo do assoalho bucal (13 casos) e o método diagnóstico mais comum baseava-se no exame clínico minucioso (14 casos). Quanto à forma de tratamento, a maioria dos casos foi tratado com incisão e/ou marsupialização, sendo encontrado apenas um caso em que houve regressão espontânea da lesão.
Conclusão: Este estudo destaca a importância da realização de um exame clínico minucioso e da proservação em casos como esse, além de reforçar o papel do Odontopediatra em reconhecer essa lesão.
PP-016 – Uso de uma pasta tripla antibiótica no tratamento endodôntico de molar decíduo: relato de caso.
Gonçalves IC*, Mourão PS, Ramos-Jorge ML, Fernandes IB.
Universidade Federal de Minas Gerais
Objetivo: A terapia endodôntica não instrumental tem se destacado por ser uma abordagem de mínima intervenção que utiliza uma mistura de antibióticos para desinfetar os canais radiculares. Este relato de caso descreve o tratamento e seguimento de 36 meses de um molar necrótico decíduo usando a técnica “Esterilização de Lesões e Reparo de Tecido” (LSTR) modificada.
Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 5 anos de idade, procurou atendimento odontológico com queixa de dor na região do dente 85. O exame clínico bucal revelou presença de cárie com envolvimento pulpar no dente 85. No pré-operatório (T1), a paciente apresentava uma fístula, abscesso e edema e não tinha dor. O tratamento endodôntico foi realizado sob isolamento absoluto, seguindo a técnica de LSTR com pasta tripla de antibiótico. No seguimento, T2 (um mês), T3 (6 meses), T4 (12 meses) e T5 (36 meses) não apresentaram alterações nos aspectos clínicos avaliados. Pelos aspectos radiográficos, em T1 foi constatada a presença de grande lesão inter-radicular e ao final do seguimento em T4 e T5 observou-se regeneração óssea completa na região.
Conclusão: A técnica de LSTR apresentou resultados satisfatórios na pulpectomia de um molar necrótico decíduo.
PP-017 – Intervenções em traumatismo dentário complexo em criança – Fraturas coronárias, avulsão e extrusão
Carvalho MS*, Silva-Filho BA2, Araújo AVV2, Vasconcelos JFP2, Di Milhomem LBS2, Paula-Silva FWG1.
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Objetivo: O traumatismo dentário é uma das principais causas para busca do atendimento odontológico de urgência de crianças e adolescentes. A avulsão de dentes permanentes é considerada uma das lesões traumáticas mais severas, podendo representar de 3% a 16% dos casos de traumatismos dentários. O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de caso clínico de traumatismo dento-alveolar complexo, envolvendo fraturas coronárias, avulsão e extrusão dentárias. Relato do caso: Paciente, sexo masculino, 10 anos de idade, acompanhado de sua mãe, compareceu à clínica odontológica do curso de Odontologia da Universidade Ceuma, relatando histórico de avulsão dentária quatro semanas antes do atendimento. Após a assinatura do termo de consentimento, foi realizado exame clínico e radiográfico do paciente. Durante o exame intrabucal foi observado uma contenção rígida estabilizando os dentes 11 e 21 e acúmulo de biofilme dental. Nos exames de imagem (radiografia periapical e tomografia computadorizada de feixe cônico), foi evidenciada a presença de lesão periapical nos dentes 11 e 21. Foi iniciado o tratamento endodôntico convencional e restauração estética dos dentes. Conclusão: O prognóstico dos traumatismos dentários dependem das ações tomadas no momento do trauma, da abordagem no atendimento de urgência e durante o acompanhamento do paciente. Os cirurgiões-dentistas devem estar preparados para tomada de decisões em casos de traumatismos dentários, assim como, orientar os pais e a comunidade sobre urgências em traumatismos dentários.
PP-018 – Uso da distração audiovisual em uma clínica universitária de Odontopediatria: Ensaio Clínico Randomizado
Almeida FV*, da Costa VPP, Azevedo MS, Goettems ML
Universidade Federal de Pelotas
Objetivos: Comparar o efeito das técnicas de distração audiovisual com as técnicas convencionais de manejo em relação ao comportamento e à percepção de dor em crianças durante o atendimento odontológico. Além disso, foi avaliada a percepção da criança e do operador sobre uso das técnicas. Metodologia: Este estudo clínico randomizado foi realizado no período de agosto a dezembro/2019, com 48 crianças de 6 a 10 anos, bom estado geral de saúde e necessidade de tratamento curativo. A amostra foi randomizada em (1) grupo controle (que recebeu atendimento convencional) e (2) grupo intervenção (grupo óculos audiovisual e grupo tablet). A ansiedade foi verificada pela frequência cardíaca, o comportamento foi avaliado pela escala de Venham e a percepção da dor pela FPS-R, em todos os grupos. A percepção da criança e do operador sobre o uso de distração foi avaliado por meio de perguntas. Os grupos foram comparados por meio dos testes qui-quadrado e t (P≤0,05). Resultados: As crianças que fizeram uso dos óculos apresentaram maior freqüência de comportamento colaborador (P<0,05). Quanto à percepção de dor e freqüência cardíaca, o grupo da distração audiovisual apresentou melhores resultados do que o grupo controle, embora sem diferença estatisticamente significativa. A aceitabilidade dos pacientes à distração foi de 93% e dos operadores de 96,7%. Conclusão: O uso da distração pode auxiliar no manejo do comportamento durante o atendimento odontológico, além de ser de fácil aplicação e ter boa aceitabilidade. Os óculos e os tablets podem ser ferramentas úteis para auxiliar os dentistas no tratamento de crianças.
FAPERGS
PP-019 – Desmistificando a pesquisa científica para alunos do Ensino Fundamental: relato de intervenção do Programa de Pós-Graduação em Odontopediatria
Almeida-Junior LA*, Couto ACF, Borsatto MC, Silva RAB, Paula-Silva FWG
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP), Universidade de São Paulo (USP)
O avanço científico impacta em diversos aspectos da saúde, como o uso do laser em Odontologia. Permitir que alunos da Educação Básica tenham contato com este universo é importante, assim, podem atuar futuramente como elementos transformadores da sociedade em que vivemos. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência prática de ensino por alunos de Pós-Graduação da FORP/USP para alunos do Ensino Fundamental. O projeto “Sorriso Irradiante: Os Benefícios do Laser para a Odontologia” foi criado no PPG em Odontopediatria da FORP/USP, e desenvolvido na Casa da Ciência da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto no programa “Pequeno Cientista”. Dez alunos do Ensino Fundamental participaram de 10 encontros no semestre 2019/2. O aprendizado envolveu recursos audiovisuais, quiz, gincanas, discussões em grupo, visitas aos laboratórios da FORP, onde os alunos vivenciaram a rotina dos tipos de pesquisas, e atendimentos dos pacientes no Serviço de Acupuntura e PICS da FORP/USP. Ao final, os alunos apresentaram as atividades em um evento semelhante a uma feira de ciências. As análises foram realizadas qualitativamente, por meio de um formulário estruturado e preenchido semanalmente. Os alunos demonstraram interesse pelo tema, realizaram perguntas frequentes e obtiveram bom desempenho nas gincanas propostas utilizando tecnologias de informação. Apresentaram protagonismo na aquisição do conhecimento, buscando informações na internet para discussão com a turma. Na apresentação oral, demonstraram ter conhecimento dos avanços das pesquisas com o laser na área da saúde. Este projeto possibilitou o aprendizado bilateral, dos alunos da Educação Básica em aprender sobre o tema e dos docentes e pós-graduandos que utilizaram abordagens para melhor apresentar o conteúdo ao público-alvo.
Proex (CAPES) e FAPESP 2019/00204-1
PP-020 – Distribuição espacial das opacidades de hipomineralização de molares e incisivos (HMI) em primeiros molares permanentes.
Scheffelmeier BB*, Oliveira LF, Campos RAB, Rolim TZC, Fragelli CMB, Santos-Pinto L, Fraiz FC, Souza JF
Universidade Federal do Paraná
A distribuição espacial da Hipomineralização de Molares e Incisivos (HMI) ainda não está adequadamente descrita na literatura. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar o padrão de ocorrência das opacidades de HMI nos primeiros molares permanentes (PMP). Metodologia: Um examinador previamente calibrado (Kappa>0,90) analisou, em duplicata, fotos intra-bucais de PMP, de acordo com a classificação de HMI da Academia Europeia de Odontopediatria (EAPD, 2015). Foram incluídos PMP com HMI na gravidade de opacidades demarcadas. A presença de opacidades foi computada em uma matriz digital, discriminando as superfícies dos PMP (vestibular, oclusal, lingual/palatina, mesial e distal). As superfícies vestibular e lingual/palatina foram subdivididas em regiões oclusal e cervical e a superficial oclusal foi subdividida em regiões mesial, média e distal. A análise da distribuição das opacidades foi descritiva, sendo apresentada em imagens digitais. Resultados: Um total de 227 PMP de 89 crianças foram incluídos. A superfície oclusal foi a mais afetada, variando de 94%-100% entre as superfícies analisadas. Nos PMP superiores, a segunda superfície mais afetada foi a palatina, com 84,5% e 91,4% nos dentes 16 e 26, respectivamente. Nos inferiores, a superfície vestibular foi a segunda mais afetada, com 85,4% e 80,7% nos dentes 36 e 46, respectivamente. Observou-se um padrão de ocorrência das opacidades de acordo com a cronologia de desenvolvimento dentário, com maior ocorrência na superfície oclusal, seguida de vestibular, lingual, mesial e distal. As opacidades se concentraram mais nas regiões oclusais do que cervicais. Conclusão: Conclui-se que as opacidades da HMI afetam mais as superfícies oclusais, vestibulares e linguais, e localizadas mais próximo a oclusal do que cervical.
PP-021 – Identificação humana por meio da sobreposição trimensional de arcos dentários 1 ano após cirurgia reparadora do lábio em crianças com fenda labiopalatina: uma abordagem inovadora
Ambrosio ECP*, Carrara CFC, Jorge PK, Rios D, Cruvinel T, Lourenço-Neto N, Machado MAAM, Oliveira TM.
Departamento de Odontopediatria, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, Universidade de São Paulo.
Este estudo avaliou se a abordagem inovadora, sobreposição tridimensional de arcos dentários, é capaz de identificar crianças com fenda labiopalatina submetidas a cirurgia reparadora do lábio 1 ano após o procedimento operatório. Participantes com fenda unilateral completa de lábio (Grupo 1 – G1) e unilateral de lábio e palato (Grupo 2 – G2) compuseram os grupos em que a sobreposição foi efetuada em arcos dentários pertencentes a um mesmo indivíduo; o Grupo 3 (G3) foi composto pelas sobreposições entre participantes diferentes (mas com o mesmo fenótipo de fenda e gênero). Os arcos dentários foram moldados 1 dia antes e 1 ano após a cirurgia reparadora labial. Digitalizou-se os modelos dentários por um scanner a laser 3D e as análises foram efetuadas pelo software do sistema de estereofotogrametria. As distâncias entre as superfícies foram analisadas pelo cálculo do Valor Eficaz (VE) e expressa em milímetros (mm). Além disso, distâncias entre superfícies sobrepostas proporcionaram uma visualização cromática das regiões com diferenças entre as superfícies. Teste de Kruskal-Wallis e post-hoc de Dunn e Teste Mann-Whitney foram aplicados (p<0.05). O VE variou entre 0.93 a 3.34 mm (Média: 1.34 ± 0.37 mm) em G1, 1.09 a 2.25 mm (Média: 1.41 ± 0.32 mm) em G2 e 2.31 a 6.89 mm (Média: 3.38 ± 1.28 mm) em G3, com diferença estatisticamente significativa (p<0.0001). A visualização cromática das superfícies indicou uma homogeneidade das cores em G1 e G2 devido a maior quantidade de áreas anatômicas concordantes entre si. Não houve diferença significativa entre gêneros. Conclui-se, que a sobreposição tridimensional dos arcos dentários, é uma abordagem capaz de identificar crianças com fenda labiopalatina submetidas a cirurgia reparadora do lábio 1 ano após o procedimento operatório.
FAPESP 2017/02706-9
PP-022 – Alterações na espessura da matriz de esmalte causadas por Bisfenol A.
Costa SA*, Nogueira VKC, Bussaneli DG, Cerri ES, Cerri PS, Cordeiro RCL
Faculdade de Odontologia de Araraquara – FOAr/UNESP
OBJETIVO: Avaliar a matriz de esmalte de germes de molares de ratos expostos ao BPA durante o período gestacional e de amamentação. METODOLOGIA: O BPA (5 μg/kg) foi administrado (gavagem) diariamente em 6 ratas durante a prenhez e/ou amamentação dos filhotes como segue Grupo 1: durante a gestação + amamentação; Grupo 2: durante a amamentação; e no Grupo 3: óleo de milho no período gestacional e de amamentação. Os filhotes foram sacrificados aos 7 dias (G1=5; G2=5; G3=4) e aos 12 dias de vida (G1=7; G2=6; G3=4). Suas cabeças foram removidas, fixadas e processadas. Cortes frontais exibindo os primeiros molares superiores foram corados em hematoxilina de Carazzi e eosina. As imagens foram capturadas com câmera digital (Olympus DP-71, Tóquio, JPN) acoplada a microscópio (BX51, Olympus, Tóquio, JPN), objetiva 40x e analisadas pelo software Image Pro-Express 6.0 (Olympus, Tóquio, JPN). A distância entre a junção amelo-dentinária e a porção distal dos ameloblastos foram mensuradas na região da ponta da cúspide e na lateral vestibular de 6 corte equidistantes em cada animal. Os dados foram submetidas à ANOVA e pós-teste Games-Howell (α=5%). RESULTADOS: Nos animais de 7 dias expostos ao BPA (G1 e G2) apresentaram matriz de esmalte com espessuras semelhantes e ambas mais delgadas que o grupo controle (G3) em todas as regiões avaliadas (p<0.036). Aos 12 dias, os animais expostos ao BPA (G1 e G2) apresentaram espessuras semelhantes e ambas mais delgadas que o grupo controle (G3) na área da cúspide (p<0.004). CONCLUSÃO: Os germes dos dentes molares dos animais que foram expostos ao BPA no período gestacional e/ou na amamentação sofreram alterações na espessura da matriz de esmalte.
CAPES – Código de Financiamento 001.
PP-023 – Estabelecimento de uma sistemática de seleção de doador de saliva para o crescimento de biofilmes in vitro
Sales LS*, Mendes T, Danelon M, Brighenti FL
Faculdade de Odontologia de Araraquara (FOAr – UNESP)
Inúmeros trabalhos utilizam biofilme microbiano para avaliação de substâncias antimicrobianas, mas até o momento não há critérios bem estabelecidos para a seleção do voluntário. O objetivo desse estudo foi estabelecer uma sistemática de seleção de doador de saliva para o crescimento de biofilmes polimicrobiano in vitro. Vinte voluntários permaneceram 24 h sem escovar os dentes. Na saliva fresca, foi avaliada a composição microbiana (concentração de bactérias totais e de estreptococos do grupo mutans) e a concentração inibitória mínima (MIC) e concentração bactericida mínima (MBC) da clorexidina. Biofilmes polimicrobianos foram cultivados e foram analisados quanto à capacidade de formação de biofilmes por meio da coloração com cristal violeta e quanto à sua suscetibilidade à clorexidina. Os experimentos foram realizados em três ocasiões diferentes e os resultados foram analisados com o programa Graph Pad Prism versão 3.02, com nível de significância estatística de 5%. A média da concentração de bactérias totais foi de 7,20 log UFC/mL (IC95 7,06 – 7,34) e de estreptococos do grupo mutans foi de 5,40 log UFC/mL (IC95 5,12 – 5,68). A média da biomassa formada foi de 0,11 (IC95 0,10 – 0,13). A média da redução da viabilidade microbiana após tratamento com clorexidina foi de 1,71 log UFC/mL (IC-95 1,34 –2,08) para bactérias totais e de 2,43 log UFC/mL (IC-95 1,81 – 3,05) para estreptococos do grupo mutans, mostrando uma diferença estatisticamente significante em comparação ao grupo controle. A mediana (min-máx) do MIC da clorexidina foi de 0,00625 (0,000781 – 0,025) e do MBC foi de 0,00625 (0,000781 – 0,05). Os resultados demonstram o estabelecimento com sucesso de uma metodologia para seleção do voluntário utilizando os parâmetros analisados.
CAPES N° 001
PP-024 – Crioterapia como abordagem terapêutica conservadora de hiperplasia espongiótica juvenil localizada em paciente pediátrico.
Sales LS*, Lança MLA, de Oliveira AB, Ferrisse TM, Brighenti FL, León JE, Bufalino A, de Almeida LY
Faculdade de Odontologia de Araraquara (FOAr – UNESP)
A Hiperplasia Espongiótica Juvenil Localizada (HEJL) é uma doença rara com apenas 100 casos relatados na literatura científica, caracterizada pela resistência a medidas de higienização e pela recorrência após tratamentos cirúrgicos. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso de HEJL tratado com sucesso com crioterapia. Paciente de 11 anos de idade foi encaminhado à clínica com queixa de “pele solta na gengiva”. Ao exame clínico intra-bucal foi observado uma lesão nodular de coloração avermelhada, assintomática, de aproximadamente 1 centímetro de diâmetro, de superfície lisa, consistência amolecida, localizada em gengiva inserida na região do incisivo central superior do lado direito com tempo de evolução de 1 ano. As hipóteses clínicas foram de HEJL e hiperqueratose por trauma. Foi realizada uma biópsia incisional, sendo que o exame microscópico mostrou áreas de acantose epitelial, espongiose, hiperplasia epitelial em forma de estacas e infiltrado inflamatório misto no tecido conjuntivo. Com a associação das características clínicas e histopatológicas o diagnóstico final foi de HEJL. Foi planejado sessões de crioterapia. Para cada sessão foram feitas 5 aplicações com duração de 20 segundos cada aplicação. Ao final da quarta sessão houve a regressão completa da lesão. Após 3 meses de acompanhamento, o paciente encontra-se em bom estado de saúde geral e sem recorrência da HEJL. Conclui-se que a crioterapia pode ser utilizada como uma terapia conservadora em pacientes com HEJL.
PP-025 – Prótese alternativa para reabilitação bucal de paciente com fissura labiopalatina após traumatismo dentário
Miranda Filho AEF*, Silveira ABV, Gomes HS, ORSI Junior JM, Santos SP, Marques NCT
Unifenas- Universidade José do Rosário Vellano
Objetivo: Este relato de caso apresenta a reabilitação bucal de paciente com fissura labiopalatina após perda precoce de dente decíduo anterior por traumatismo dentário, utilizando prótese parcial fixa em cantiléver modificada, sem necessidade de realização de preparo com perda da estrutura dentária de suporte. Descrição do caso: Paciente, sexo feminino, 4 anos de idade, foi atendida no Setor de Odontopediatria do Centro de Reabilitação de fissuras e anomalias craniofaciais da UNIFENAS (Centro Pró-Sorriso) 4 dias após traumatismo dentário. Durante o exame clínico e radiográfico, notou-se edema e hematomas na face e mucosa bucal, além disso, o incisivo lateral superior direito decíduo apresentou fratura coronorradicular complicada com severa extensão em direção apical. Logo, o plano de tratamento incluiu extração dentária, seguida de instalação de prótese parcial removível, devido ao comportamento positivo da criança. No entanto, quando a paciente retornou para consulta de proservação, os responsáveis alegaram que ela havia começado mastigar constantemente o aparelho removível, desenvolvendo hábitos bucais deletérios. Em seguida, uma prótese parcial fixa em cantiléver foi planejada sem a necessidade de desgaste dos dentes de suporte. Para tanto, os retentores foram confeccionados em metal recoberto com porcelana sobre modelo da arcada superior, sendo que a estrutura da prótese não recobria a superfície oclusal dos dentes de suporte. O pôntico foi confeccionado em resina composta. A prótese foi cimentada com cimento resinoso dual após ajuste oclusal. Até o momento, o tratamento mostrou sinais clínicos e radiográficos de sucesso. Conclusão: Este caso apresentou resultados estéticos e funcionais satisfatórios, e proporcionou melhora na qualidade de vida da paciente.
PP-026 – Associação entre experiência de cárie dentária e determinantes socioeconômicos na qualidade de vida relacionada à saúde bucal de crianças e seus familiares
Carvalho KRJ*, Ribeiro APJ, Carrada CF, Scalioni FAR, Devito KL, Paiva SM, Machado FC, Ribeiro RA.
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Objetivo: Avaliar o impacto da experiência e severidade da cárie dentária, e determinantes socioeconômicos, na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de crianças e seus familiares. Metodologia: Este é um estudo transversal. Os participantes foram crianças de quatro a 12 anos, e seus pais/cuidadores, que foram atendidas em uma clínica de Odontopediatria de uma Instituição de Ensino Superior. A experiência e severidade de cárie dentária das crianças foram avaliadas de acordo com os índices CPO-D/ceo-d. Os pais/cuidadores responderam ao Parental-Caregiver Perceptions Questionnaire (P-CPQ), ao Family Impact Scale (FIS) e um questionário sobre condições socioeconômicas e demográficas. A análise dos dados incluiu o teste qui-quadrado e a regressão de Poisson (RP). Resultados: A amostra foi de 105 crianças e seus pais/cuidadores. Pais/cuidadores de crianças com cárie dentária severa tiveram prevalência maior de apresentarem uma percepção negativa da QVRSB de seus filhos comparados aos pais/cuidadores de crianças sem cárie dentária severa (RP=1,22; IC=1,05-1,41). Pais/cuidadores de crianças com cárie dentária severa (RP=1,22; IC=1,05 –1,41) e com renda familiar ≤ 5 salários mínimos (RP=1,32; IC=1,08– 1,61), também tiveram maior prevalência de apresentarem uma percepção negativa com relação ao impacto da saúde bucal de seus filhos na QVRSB de seus familiares comparados aos pais/cuidadores de crianças sem cárie dentária severa e com maior renda familiar. Conclusões: A cárie dentária severa foi determinante para uma percepção negativa dos pais/cuidadores em relação a QVRSB de seus filhos e de seus familiares. A baixa renda familiar foi determinante para a percepção dos pais/cuidadores com relação ao impacto da saúde bucal de seus filhos na QVRSB de seus familiares.
PP-027 – Volume estimado do palato de crianças com fissura labiopalatina durante os primeiros dois anos do protocolo cirúrgico reabilitador
Camargo PB*, Fusco NS, Ambrosio ECP, Carrara CFC, Machado MAAM,
Oliveira TM.
Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo – FOB USP O propósito deste estudo foi quantificar e comparar o volume estimado do palato em crianças com fissura unilateral completa de lábio e fissura unilateral de lábio e palato durante os primeiros dois anos do protocolo cirúrgico reabilitador. A amostra foi composta por 102 modelos dentários digitalizados de crianças com fissura unilateral divididas nos grupos: fissura completa labial (G1) e fissura de lábio e palato (G2). O volume do palato foi avaliado nas fases: antes da cirurgia reparadora do lábio (F1), 1 ano após cirurgia reparadora do lábio (F2) e 1 ano após cirurgia reparadora do palato (F3). Foram analisadas as confiabilidades intraexaminador (teste de Wilcoxon e fórmula de Dahlberg) e interexaminador (Coeficiente de Correlação Interclasses). Na análise intragrupos aplicou-se o teste de Wilcoxon e o teste de Friedman post-hoc de Dunn. O teste de Mann-Whitney foi aplicado na comparação entre os grupos (p<0.05). G1 apresentou crescimento significativo em F2 (p=0.031). G2 também demonstrou crescimento em F2, no entanto houve redução significativa em F3 (p=0.003). Na análise entre os grupos, G1 apresentou menor dimensão volumétrica em F1 e F2 (p<0.0001 e p=0.0024, respectivamente). Em F2-F1 não houve diferença estatisticamente significativa intergrupos (p=0.262). Conclui-se que, a cirurgia reabilitadora labial não interferiu no crescimento do palato, enquanto que, 1 ano após a cirurgia reparadora do palato houve uma redução do volume estimado nas crianças com fissura unilateral de lábio e palato.
FAPESP 2017/02706-9 e 2018/19651-5
PP-028 – A lentulo é a melhor opção para o preenchimento dos canais radiculares de dentes decíduos tratados endodonticamente? Revisão sistemática e meta-análise
Arduim AS*, Gonçalves DP, Casagrande L, Lenzi TL
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
O objetivo desta revisão sistemática foi avaliar a qualidade do preenchimento dos canais radiculares de dentes decíduos utilizando lentulo e outras técnicas. Uma ampla pesquisa bibliográfica sem restrição de ano, publicação e idioma foi realizada nas bases de dados PubMed/MEDLINE, Scopus, Lilacs and TRIP até agosto de 2020. Foram considerados estudos clínicos que avaliaram a qualidade do preenchimento dos canais radiculares de dentes decíduos utilizando pelo menos a lentulo. Dois revisores independentemente selecionaram os estudos, extraíram os dados e avaliaram o risco de viés. Foram considerados dois desfechos: presença de espaços vazios no interior do canais radiculares e inadequado nível de preenchimento. Meta-análises convencionais foram realizada utilizando o modelo de efeito randômico, considerando um nível de significância de 5%. Dos 74 estudos potencialmente elegíveis, 19 foram selecionados para leitura na íntegra e 3 foram incluídos na revisão sistemática. O uso de bidirectional espiral resultou em maior risco de presença de espaços vazios no interior dos canais radiculares em comparação a lentulo (RR: 1,55 95% IC: 1,14;2,12; p=0,005). Não houve diferença estatisticamente significante entre lentulo e bidirectional espiral e seringas considerando o nível de preenchimento. O risco de viés foi alto na maioria dos estudos (47,6% de todos os itens avaliados). Conclui-se que a lentulo pode ser usada para preenchimento de canais radiculares de dentes decíduos tratados endodonticamente. Entretanto, novos ensaios clínicos são necessários para conclusões definitivas.
CAPES – Código de Financiamento 001
PP-029 – Hipomineralização molar incisivo: a relevância do acompanhamento longitudinal de caso clínico
Dias GF*, Rigoni M, Rossi F, Alves FBT
Universidade Estadual de Ponta Grossa, Unicesumar Ponta Grossa
Introdução. Hipomineralização molar-incisivo (HMI) é uma patologia de origem sistêmica multifatorial. Pode afetar um ou mais primeiros molares permanentes, assim como os incisivos centrais permanentes. Objetivo. O objetivo do presente estudo é propor tratamento clínico para paciente portador de HMI. Descrição do caso. Paciente do sexo feminino, nove anos de idade compareceu à clínica infantil queixando-se de sensibilidade dentária. O diagnóstico de HMI nos molares permanentes em diferentes graus de severidade foi realizado por meio de exame clínico e radiográfico. Como tratamento inicial foi realizado 4 aplicações tópicas semanais de verniz fluoretado e prescrito solução de NaF 0,05% para bochechos diários. Nos elementos dentários 16, 26 e 46 foram realizadas restaurações com resina composta (classe I). No elemento dental 36, optou-se por realizar cimentação de coroa de aço pré-fabricada devido ao alto grau de severidade da HMI. Nos incisivos superiores acometidos foram realizadas 3 sessões de microabrasão. Conclusão. A HMI gera perda de estrutura dentária e grande desconforto quanto à sensibilidade, sendo fundamental buscar alternativas clínicas para promover a qualidade de vida do paciente infantil acometido por HMI.
PP-030 – Condições bucais em crianças e adolescentes submetidas a tratamento quimioterápico: um estudo transversal.
Oliveira LB*, Feltrin-Souza J, Costa TRF, Scheffelmeier BB, Biazotto L, Wastner BF, Sassi LM
UFPR
A manutenção da saúde bucal na infância é imprescindível durante o tratamento quimioterápico, o qual também pode induzir manifestações orais. Objetivo: O objetivo desse estudo transversal foi avaliar as condições bucais, presença de mucosite e ansiedade odontológica em pacientes pediátricos. Metodologia: A amostra incluiu crianças e adolescentes que se encontravam sob tratamento quimioterápico no Hospital Erasto Gaertner (HEG). Examinadores treinados realizaram o exame oral em ambiente hospitalar a fim de avaliar a experiência de cárie e a presença de mucosite segundo a OMS (2013). Fatores socioeconômicos, percepção da saúde bucal, e Escala de Ansiedade Dentária (DAS) foram coletados por meio de uma entrevista com os cuidadores. Os dados foram avaliados estatisticamente. Resultados: Um total de 48 crianças foram incluídas. Mucosite foi encontrada em 4 (8,3%) das crianças. A frequência da experiência de cárie foi de 39,6% da amostra, tendo a média de cárie não tratada de 1,50 (DP = 2,59) na dentição permanente e 1,57 (DP = 2,88) na decídua. A percepção dos cuidadores sobre a saúde bucal das crianças foi geralmente satisfatória (51,2%). No entanto, 22,2% das crianças nunca foram ao dentista. Não se observou associação significante entre os fatores socioeconômicos e a experiência de cárie dentária, embora tenha sido encontrada menor frequência de experiência de cárie em crianças cujos cuidadores tinham mais de oito anos de escolaridade e em crianças que visitaram o dentista. A ansiedade odontológica das crianças foi relatada por 26,6% dos cuidadores. Conclui-se que uma parcela de crianças e adolescentes submetidos ao tratamento quimioterápico não tiveram acesso aos serviços odontológicos, e apresentam lesões cariosas não tratadas.
PP-031 – Prevalência de dentes supranumerários em crianças atendidas no Núcleo de Procedimentos Odontológicos Infanto-juvenil da FOUERJ em 2019.
Vieira JCM*, Soares CF, Andrade MRTC, Campos V, Souchois MWdeM.
Faculdade de Odontologia da UERJ.
As alterações nas fases de iniciação e proliferação da Odontogênese podem originar dentes supranumerários. O objetivo deste estudo retrospectivo foi de avaliar a prevalência de dentes supranumerários em prontuários de crianças atendidas no Núcleo de Procedimentos Odontológicos Infanto-juvenil (NPOIJ) da Faculdade de Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FOUERJ) no período de março a dezembro de 2019. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Pedro Ernesto, nº 1.675.731. Foram analisados 221 prontuários de crianças e adolescentes de 6 a 15 anos de idade atendidas por 53 alunos. Os dados foram armazenados no programa Microsoft Excel 16.0 e analisados no programa SPSS. A média de idade das crianças foi de 9,7 anos (DP±1,7), sendo 112 (50,7%) do sexo masculino e 109 (49,3%) do sexo feminino. As alterações da odontogênese estavam presentes em 107 (48,4%) das crianças. A prevalência de dentes supranumerários foi de 7,3% (n= 8), sem diferença para os sexos. Com base nos resultados, concluiu-se que a prevalência de dentes supranumerários na amostra analisada foi pequena. No entanto o diagnóstico correto e precoce dessa alteração contribui para um adequado plano de tratamento, de acordo com a necessidade de cada criança.
PP-032 – Auto percepção da criança sobre o impacto da saúde bucal no seu comportamento social.
Prata IMLF*, Perazzo MF, Gomes MC, Neves ÉTB, Firmino RT, Barros AA, Silva LC,
Martins CC, Paiva SM, Granville-Garcia AF.
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Verificar o impacto de problemas bucais no comportamento social de pré-escolares. Foi realizado um estudo transversal com 769 pares de pais/ responsáveis e crianças de 5 anos de idade em uma cidade do interior do Nordeste do Brasil. Os pré-escolares responderam a um questionário para avaliar a autopercepção do impacto de problemas bucais na dificuldade para dormir, brincar e sorrir. Um questionário socioeconômico, sobre bruxismo, dor de dente e uso de serviços odontológicos pela criança foi respondido pelos pais/responsáveis. Dois dentistas calibrados realizaram o exame das condições bucais. Realizou-se análise descritiva e de regressão de Poisson para amostras complexas (α= 5%). A prevalência de pré-escolares que relataram dificuldade para dormir, dificuldade para brincar e evitar sorrir foi de 23,3%, 22,1% e 17,8%, respectivamente. Foram associadas à dificuldade para dormir: renda familiar baixa (RP= 2,05; 95%IC:1,40–3,01), cárie dentária não tratada (RP= 1,03; 95%IC:1,02–1,04), dor de dente (RP= 2,51; 95%IC: 1,76–3,59), traumatismo (RP= 1,51; 95%IC: 1,08–2,11) e mordida aberta anterior (RP= 1,56; 95%IC: 1,11–2,20). As variáveis associadas à dificuldade para brincar foram: renda familiar (RP = 2,05; 95%IC:1,34–3,15), cárie dentária não tratada (RP= 1,03; IC95%: 1,01–1,04), dor dentária (RP= 2,26; 95%IC: 1,42–3,61) e traumatismo (RP= 1,62; 95%IC: 1,13–2,33). Evitar sorrir esteve associada ao número de dentes com cárie não tratada (RP= 1,03; 95%IC: 1,02-1,05), dor de dente (RP= 1,72; 95%IC: 1,03-2,88), mordida aberta anterior (RP=2,06; 95%IC:1,30-3,26) e não usar serviços odontológicos (RP= 1,75; 95%IC: 1,13–2,73). Fatores socioeconômicos e bucais sintomáticos e/ ou estéticos foram associados ao comportamento social dos pré-escolares, como dormir, brincar e sorrir.
PP-033 – Hipomineralização de molares e incisivos(HMI): utilização da terapia de fotobiomodulação e avaliação do impacto na qualidade de vida.
Magalhães LS*, Santos-Pinto L, Ferreira MC, Paschoal MAB
UFMG
Objetivo: Relatar a aplicação de terapias associadas em paciente com sintomatologia dolorosa acometida por HMI, além de avaliar o impacto na qualidade de vida. Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 11 anos de idade, Compareceu a clínica de odontopediatria da faculdade de CEUMA, com queixa principal de manchas nos dentes anteriores. No exame clinico foi observado lesões de HMI nos dentes 16, 11, 21, 26, 36, 43 e 46, sendo que os dentes 16, 43 e 46 apresentavam opacidade demarcada em esmalte, os dentes 11, 21 e 36 apresentavam perda estrutural, e o dente 26 apresentava restauração em amálgama, e opacidade demarcada. O paciente também relatou hipersensibilidade nos dentes 11, 26, 36 e 43, que foi confirmado com o jato de ar e escala de faces Wong-Baker. Para avaliação do impacto de saúde bucal na qualidade de vida, foi aplicado no início e fim do tratamento questionário Child Perceptions Questionnaire (CPQ11-14). Como estratégia de tratamento, foi usado 4 sessões da terapia de Fotobiomodulação por meio do laser de diodo infravermelho (Therapy XT, DMC, São Carlos, São Paulo, SP; n =808nm), unido a aplicações de verniz fluoretado (VF), para promover ação dessensibilizante. E para os elementos com perda estrutural e envolvimento estético foram feitas restauração com cimento ionômero de vidro resinoso (CIVMR) e faceta em resina composta (RC). Ao final do tratamento, houve controle da hipersensibilidade e foi possível devolver a estética e função para paciente. Considerações finais: As terapias aplicadas mostraram bons resultados no controle da hipersensibilidade dos elementos com HMI. E através do restabelecimento da estética e função, houve melhora significativa na qualidade de vida da paciente.
PP-034 – Dentalcase: desenvolvimento de um game de tomada de decisão.
Huanca C*, Sampaio L, Garrido D, Maia ML, Oliveira AE, Haddad AE.
Universidade de São Paulo
Tecnologias digitais da informação e comunicação têm sido utilizadas em diversos contextos formativos, trazendo novas possibilidades para a aplicação de metodologias ativas de ensino e aprendizagem. Na saúde, os serious games, jogos digitais com abordagem educacional, estão sendo usados por combinarem treinamento na aquisição de habilidades práticas e avaliação de tomada de decisões clínicas de modo divertido e desafiador. O objetivo deste relato de caso é descrever a construção do DentalCase, um game para tecnologia mobile de tomada de decisão envolvendo os cuidados às gestantes. UNASUS-UFMA, UFPR e FOUSP participaram do projeto de desenvolvimento do game. Especialistas de diferentes áreas (Tecnologia, Design, Odontologia, Pedagogia) trabalharam em cooperação na elaboração do plano didático pedagógico. As equipes de designers de games e TI configuraram o banco de dados, elaboraram as imagens específicas e ajustaram as testagens internas. Dentistas conteudistas utilizaram literatura atualizada sobre cuidados à gestante para a elaboração do conteúdo da narrativa do jogo, desenvolvendo o roteiro, elaborando os casos clínicos e os feedbacks pedagógicos. Especialistas em cuidados à gestante e pedagogos validaram o conteúdo. No jogo, o participante assume o papel de um dentista conduzindo uma consulta, cuja missão percorre cinco etapas: anamnese, exame clínico, exame complementar, diagnóstico e tratamento. As etapas do jogo visam treinar a tomada de decisões através da análise e síntese do conhecimento do jogador com base nas respostas da gestante e em seus exames. A história do DentalCase apresenta ao jogador gestantes com queixas semelhantes a situações comuns no contexto da atenção primária à saúde, possibilitando uma aprendizagem ativa em ambiente seguro e realista.
Fundação Sousândrade
PP-035 – Uso de estratégias de comunicação no atendimento odontológico à geração alfa:
Santos PNMR*, Araújo VCMA, Ribeiro CCC, da Silva,RA, Neves PAM, da Silva GQTL, Costa EL, Nunes AMM
Universidade Federal do Maranhão
Objetivo: Apresentar técnicas de estratégias de comunicações, úteis no condicionamento de uma geração multifacetada ao controle comportamental. Estas técnicas, aplicadas na terapia de pacientes com Transtornos do Espectro Autista, podem ser auxiliares no condicionamento destes pacientes. Metodologia: Foi realizada revisão de literatura nas bases de dados PubMed, LILACS, MEDLINE e Scielo, com período aberto e sem delimitação de tempo. Os artigos foram selecionados pelas palavras chaves correspondentes as estratégias de comunicação: Análise do Comportamento Aplicada – ABA, Sistema de comunicação por troca de figuras – PECS, Tratamento e Educação para Crianças Autistas e com outros prejuízos na comunicação – TEACCH, Programa SonRise e Saúde Bucal em português e em inglês. Resultados: Nascidos após o ano 2010 a geração alfa, tem a capacidade de realizar várias atividades ao mesmo tempo; de ter observações dinâmicas; formular hipóteses; responder rapidamente a estímulos, ler e interpretar imagens tridimensionais. Foram selecionados 41 artigos e a partir da análise destes e baseado nos métodos TEACCH, PECS, ABA e Son Rise, foram confeccionados materiais educativos: livro interativo, livro ilustrativo e fichário sensorial, que auxiliarão no condicionamento comportamental e na higiene bucal. Conclusão: É de extrema importância que o odontopediatra reconheça que a comunicação eficaz é um determinante crítico para fornecer melhores cuidados aos pacientes, e que além da palavra e gestos, a interatividade é uma possibilidade a ser experimentada. O perfil psicológico e as alternâncias comportamentais são característicos específicas das gerações, portanto a forma de comunicação precisa ser remodelada tornando o atendimento odontopediátrico menos estressante.
PP-036 – Aceitação dos pais/cuidadores do uso do diamino fluoreto de prata em pacientes das clínicas de odontopediatria de uma instituição de ensino superior
Tavares MC*, Leite ICG, Mattos CLB.
Universidade Federal de Minas Gerais
Este estudo objetivou avaliar se a informação prévia sobre o diamino fluoreto de prata (DFP) e o perfil socioeconômico estão associados à aceitação do uso do DFP como proposta de tratamento de crianças pelos pais/cuidadores. O estudo, do tipo transversal, foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF (#1.698.201) e foi desenvolvido nas clínicas de odontopediatria da Faculdade de Odontologia da UFJF. Foram incluídos 84 pais/cuidadores divididos aleatoriamente, por meio de sorteio, em dois grupos (n=42). O grupo 1 recebeu informação prévia sobre o método de tratamento e visualizou uma fotografia de dentes tratados com DFP, enquanto que o grupo 2 visualizou a mesma fotografia, sem receber informação prévia. Posteriormente, os pais/cuidadores dos dois grupos responderam a uma questão referente à proposta de tratamento com o DFP na criança sob sua responsabilidade. Foram coletadas informações sobre o perfil socioeconômico dos pais/cuidadores por meio do questionário da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. A análise estatística incluiu a análise descritiva seguida pelos testes de qui-quadrado e exato de Fischer, sendo p<0,05. A aceitação do uso de DFP, pelos pais/cuidadores do grupo 1, foi de 56,4% e a aceitação do uso de DFP, pelos pais/cuidadores do grupo 2, foi de 38,1%. Não foi encontrada diferença no nível de aceitação do uso do DFP entre os dois grupos (p=0,099). O perfil socioeconômico mais alto foi associado à aceitação do uso de DFP (p=0,030). Concluiu-se que receber informação prévia sobre o DFP não teve associação com a aceitação do produto pelos pais/cuidadores, enquanto que o perfil socioeconômico mais alto foi associado à aceitação do uso de DFP.
PP-037 – Associação entre hábitos de sucção de chupeta e performance mastigatória em pré-escolares
Tavares BS*, Souto-Souza D, Soares ME, Ramos-Jorge ML, Ramos Jorge J
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
O objetivo desse estudo transversal foi avaliar a associação entre hábitos atuais de sucção de chupeta e performance mastigatória de pré-escolares. A amostra foi composta por 384 crianças de três a cinco anos de idade das escolas públicas de Diamantina/MG. Um único examinador calibrado para as condições clínicas bucais realizou todas as avaliações (Kappa> 0,82). A presença de má oclusão foi registrada usando os critérios de Foster e Hamilton. Também foram registrados o número de unidades mastigatórias e presença de cárie cavitada em dentes posteriores. Os pais responderam a um questionário, na forma de entrevista, abordando questões sobre hábitos atuais de sucção nutritiva e não nutritiva da criança e preencheram também um diário alimentar para registro das consistências alimentares. A performance mastigatória foi avaliada usando o material de teste Optocal e baseou-se no tamanho mediano das partículas (X50). A análise dos dados envolveu análises de regressão linear simples e múltipla e o nível de confiança adotado foi de 95%. A regressão linear multivariada mostrou associação da idade (B=- 0.288; p=0.026), dieta de consistência pastosa (B=-0.511; p<0.001), sucção de chupeta (B=+1.176; p=0.026) e cavidade de cárie posterior (B=+0.462; p=0.029).
Crianças que faziam uso de chupeta apresentaram pior performance mastigatória do que aquelas com história do hábito ou que nunca tinham utilizado. Além disso, crianças mais novas, que consumiam alimentos pastosos com mais frequência e tinham cárie cavitada posterior também tiveram pior performance.
PP-038 – Uso do PRG Barrier Coat como alternativa de tratamento para hipersenbilidade dentária em paciente acometido por Hipomineralização Molar – Incisivo: relato de caso
Souza CAG*, Bona AP, Maciel PNOG
Faculdade São Leopoldo Mandic- Belo Horizonte/Minas Gerais
O objetivo do presente estudo é apresentar por meio de um relato o tratamento clínico de um paciente de doze anos de idade, com hipersensibilidade dentária em elementos envolvidos com hipomineralização molar incisivo, que foi submetido a um tratamento utilizando o material PRG Barrier Coat®. O paciente do gênero masculino, compareceu à clínica do Curso de Especialização em Odontopediatria da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Belo Horizonte/MG, acompanhado da sua mãe. Tinha como queixa principal que “alguns dentes estavam muito sensíveis”. Após exame clínico, foi constatada hipersensibilidade dentária nos dentes 16, 13, 11, 21, 31, 33, 46 logo o tratamento proposto foi utilização do material PRG Barrier Coat®. O paciente foi orientado sobre a escala verbal numérica(EVN), que consiste em classificar dor verbalmente de 0 a 10. O resultado do teste térmico inicial foi “dor 8” nos elementos anteriores superiores; “dor 9” nos anteriores inferiores, e “dor 7” nos posteriores superior e inferior. Depois da aplicação do material o paciente classificou seu nível de dor como “dor 0” para todas as regiões. Após três meses da aplicação do material, o resultado do teste térmico foi “dor 2” para dentes anteriores superiores e inferiores, e “dor 0” para dentes posteriores superiores e inferiores. De acordo com a revisão de literatura e o caso clínico apresentado, a abordagem da hipersensibilidade dentária com PRG Barrier Coat demonstrou efetividade. O protocolo de reaplicação deve ser determinado de acordo com reavaliações periódicas. Fatores externos que possam aumentar a porosidade do esmalte devem ser previamente considerados.
PP-039 – Tratamento clínico interceptivo com uso de aparelho ortodontico de guia de erupção: relato de caso.
Araujo AS*, Martins JR, Silva CA, Carneiro GKM.
Universidade Estadual Paulista – UNESP, Campus Araçatuba-SP
Os principais objetivos do tratamento preventivo e interceptivo são minimizar a extensão do desenvolvimento da maloclusão e abordar os fatores psicossociais. Embora uma segunda fase de tratamento possa ser necessária na maioria dos casos, os procedimentos preventivos e interceptivos podem produzir bons resultados e reduzir a gravidade da maloclusão. A escolha de um determinado tipo de tratamento recai fundamentalmente, sobre a eficácia deste, aliada à facilidade de aplicação pelo profissional, bem como à aceitação do método pelo paciente. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo relatar um caso clínico de tratamento ortodôntico para fins preventivos e interceptativos. RELATO DE CASO: Paciente odontopediatrica com 8 anos de idade, com características de respiração bucal, maxila protuida e atresica, no qual foi utilizado o HGS Classe II e posteriormente o guia de erupção Ocluso-guide. RESULTADOS: Com a evolução do caso, os resultados mostraram satisfatórios, sendo essa uma modalidade de tratamento eficaz para maloclusões com tendência a Classe II ou Classe II com excesso de overjet, mordida profunda, mordida aberta, apinhamento, mordida cruzada anterior, rotações, pequenas discrepâncias na linha média e pequenos problemas nas ATMs. CONCLUSÃO: Dessa maneira, essa metodologia proporciona uma restauração da oclusão normal, minimizando assim a necessidade de tratamento ortodôntico fixo futuro ou simplificando-o.
Palavras-chave: Ortodontia preventiva. Ortodontia interceptiva. Aparelhos Guias de Erupção. Occlus-o- Guide. HGS.
PP-040 – Associação entre maloclusão e severidade do traumatismo dentário em dentes decíduos: Um estudo retrospectivo.
Mathias* FB, da Silva RM, da Costa CT, da Costa VPP, Goettems ML.
Universidade Federal de Pelotas
Objetivo: Não é claro na literatura se o tipo de maloclusão pode estar associado com determinado tipo de traumatismo dentário, bem como com a severidade do mesmo. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a condição oclusal de crianças que sofreram traumatismos dentários e sua associação com o tipo, gravidade e características dos traumatismos na dentição decídua.
Metodologia: Este estudo retrospectivo incluiu crianças na fase de dentição decídua que foram atendidas no Núcleo de Estudos e Tratamento de traumatismos alveolodentários na dentição decídua (NETRAD) da Universidade Federal de Pelotas, no período de 2002 a 2018, incluindo idade, sexo, etiologia do trauma dentário, local de ocorrência, número de dentes afetados, tipo de trauma e gravidade da lesão. A condição oclusal foi avaliada por um dentista treinado utilizando fotografias dos pacientes desde a primeira consulta. Foram utilizados testes qui-quadrado e regressão de Poisson para análise de dados. Resultados: Este estudo incluiu 209 crianças, a maioria tinha idade entre 2 e 4 anos. A análise multivariada mostrou que as crianças com mordida aberta anterior apresentaram uma prevalência 47% maior de traumatismo severo do que aquelas que não tinham essa maloclusão, enquanto crianças com caninos em classe II apresentaram prevalência 56% maior de traumatismo severo do que aquelas com caninos classe I e III. As crianças com mordida aberta anterior apresentaram uma prevalência 46% maior de lesões que afetam mais de um dente do que aquelas sem mordida aberta anterior. Conclusão: A mordida aberta anterior e a relação de caninos em classe II estiveram associadas à maior prevalência de traumatismos severos na dentição decídua, e a mordida aberta anterior foi associada a traumatismos que afetam múltiplos dentes.
PP-041 – Tratamento paliativo de ronco em paciente odontopediatrico utilizando aparelho habit corrector.
Araujo AS*, Martins JR, Silva CA, Carneiro GKM.
Universidade Estadual Paulista – UNESP, Campus Araçatuba-SP
Habit corrector é um aparelho removível ortopédico miofuncional preventivo e interceptivo, utilizado na dentição decídua a partir dos 2 anos de idade e na dentição mista e/ou permanente a partir dos 7 anos de idade. Projetado para reduzir e/eliminar maus hábitos orais deletérios tais como: bruxismo, sucção não nutritiva, deglutição atípica, interposição de língua e respiração bucal. OBJETIVO: descrever um relato de caso de um paciente odontopediatrico que apresenta respiração bucal acentuada, resultando em episódios de ronco durante o período de sono. RELATO DE CASO: Paciente J. L. A. N. do sexo masculino com idade de 5 anos. Durante consulta clinica e anamnese detalhada foi detectada a respiração bucal e a necessidade de intervenção paliativa de tratamento de ronco, optando pelo uso do aparelho ortopédico habit corrector. RESULTADOS: Com a uso regular do aparelho habit corrector foi relatado que o paciente obteve melhora significativa, diminuindo os distúrbios do sono. CONCLUSÃO: Meios paliativos para tratamento de distúrbios do sono, como o ronco, podem ser tratados previamente com aparelhos ortopédicos, tenho resultados significativos.
Palavras chaves: Apnéia do sono, respirador bucal, aparelhos ortopédicos
PP-042 – Primeiro molar permanente em erupção ectópica: relato de caso clínico
Capalbo LC*, Morais LA, Báez-Quintero LC, Pessan JP, Cunha RF, Hosida TY
Faculdade de Odontologia de Araçatuba – Universidade Estadual Paulista – UNESP
Este estudo tem como objetivo relatar um caso clínico de erupção ectópica do primeiro molar permanente e demonstrar, através do relato desse caso, a eficácia do desgaste na distal do segundo molar decíduo para que a completa erupção do primeiro molar permanente seja possível. Paciente J.G.M, gênero masculino, 8 anos de idade, procurou tratamento odontológico na Faculdade de Odontologia de Araçatuba devido à erupção parcial do elemento 26, diferentemente ao seu homólogo (dente 16) o que se encontrava em total oclusão. Em análise clínica intrabucal das arcadas, observou-se o início da dentadura mista e mordida aberta anterior. No exame radiográfico observou-se mesialização do primeiro molar permanente, impedindo sua total erupção. O tratamento realizado foi o desgaste na distal do segundo molar decíduo (65) com auxílio de uma broca tronco cônica diamantada. Exame radiográfico foi realizado a fim de acompanhar o tratamento. Após 8 meses, o dente 26 erupcionou completamente e nos controles radiográficos com 3, 6 e 12 meses não foi observado comprometimento pulpar do dente decíduo após o desgaste. Conclui-se, então, que a opção pelo desgaste na distal do segundo molar decíduo foi uma conduta que manteve o dente decíduo na cavidade bucal, contribuindo para o desenvolvimento da dentição permanente e oclusão adequada, visto que os segundos molares decíduos são guias de erupção dos primeiros molares permanentes e pré-molares.
PP-043 – Experiência de cárie dentária, má oclusão e qualidade de vida relacionada à saúde bucal: autorrelato de adolescentes e relato dos pais
Lourdes-Ribeiro ML*, Bittencourt JM, Martins LP, Paiva SM, Vale MP, Bendo CB
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Objetivo: Analisar o impacto da má oclusão e experiência de cárie dentária na Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Bucal de adolescentes, por meio do autorrelato e do relato dos pais. Metodologia: Estudo transversal de base populacional com 1612 adolescentes (11-14 anos), e 1168 pais/responsáveis de Belo Horizonte, Brasil. A versão brasileira do Child Perceptions Questionnaire (CPQ11-14-ISF:16) e do Parental-Caregiver Perceptions Questionnaire (P-CPQ) foram respondidas pelos adolescentes e pelos pais, respectivamente. Os adolescentes foram examinados por três dentistas calibradas para avaliação de má oclusão (Índice Estético Dental) e cárie dentária (CPO-D). Foi realizada regressão de Poisson com variância robusta bivariada e multivariada (p<0,05). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos UFMG. Resultados: No que se refere ao autorrelato, adolescentes com má oclusão possuíam maior impacto no Bem Estar Social (RP=1,35;IC=1,20-1,50) e Bem Estar Emocional (RP=1,14;IC=1,03-1,26); e aqueles com experiência de cárie dentária possuíam maior impacto no Bem Estar Emocional (RP=1,34;IC=1,21-1,48). No relato dos pais, adolescentes com má oclusão possuíam maior impacto em Sintomas Orais (RP=1,12;IC=1,03-1,21), Limitações Funcionais (RP=1,19;IC=1,05-1,34), Bem Estar Emocional (RP=1,23;IC=1,10-1,54) e Bem Estar Social (RP=1,22;IC=1,02-1,45); adolescentes com experiência de cárie dentária possuíam maior impacto nos Sintomas Orais (RP=1,10;IC=1,01-1,19), Limitações Funcionais (RP=1,18;IC=1,05-1,32) e Bem Estar Social (RC=1,24;IC=1,04-1,48). Conclusão: Adolescentes relataram mais impacto da má oclusão e cárie dentária no bem-estar, enquanto os pais perceberam também impacto em sintomas e limitações funcionais, além do bem-estar de seus filhos.
CAPES, FAPEMIG, CNPq
PP-044 – Mães com ansiedade odontológica relatam uma pior qualidade de vida relacionada à saúde bucal de seus filhos
Borges AR*, Fernandes IB, Ramos-Jorge ML, Ramos-Jorge J.
Universidade Federal de Minas Gerais
O objetivo desse trabalho foi avaliar a associação entre a ansiedade odontológica materna e o impacto na qualidade de vida relacionada à saúde bucal de pré-escolares e de suas famílias. Um estudo transversal foi conduzido com uma amostra de 150 crianças de 4 e 5 anos de idade residentes na cidade de Diamantina-MG. A ansiedade odontológica materna foi avaliada por meio da Escala de Ansiedade Odontológica (Dental Anxiety Scale – DAS) previamente à uma consulta de exame clínico para detecção de alterações bucais. As crianças também foram clinicamente avaliadas para verificar a presença de cárie dentária não tratada (ICDAS II) e traumatismos dentários (Andreansen et al., 2007). Estes exames foram conduzidos por dentistas calibrados. As mães responderam o Early Childhood Oral Health Impact Scale (ECOHIS) e preencheram um formulário com características sociodemográficas e econômicas. A análise de dados envolveu estatística descritiva e regressão de Poisson. Alto nível de ansiedade odontológica foi encontrado em 5,3% (n=8) das mães. A análise ajustada mostrou uma associação significativa entre alto nível de ansiedade odontológica materna (RR:2,59; IC95% 1,69-3,98; p<0,001), renda familiar (RR: 1,58; IC95% 1,07-2,35; p=0,022), cárie dentária da criança (RR:3,73; IC95% 2,12-6,59) e um impacto negativo na qualidade de vida das crianças.
Mães com alto nível de ansiedade odontológica relataram pior impacto na qualidade de vida de seus filhos, independentemente da presença de cárie nas crianças e da renda familiar.
PP-045 – Higiene bucal e condição periodontal em individuos com transtorno do espectro autista.
Procopio SW*, Tavares MC, Carrada CF, Scalioni FAR, Ribeiro RA, Paiva SM
Universidade Federal de Minas Gerais
O objetivo do estudo foi avaliar acesso ao atendimento odontologico, habitos de higiene bucal e sangramento gengical em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Participaram desse estudo transversal 44 indivíduos com TEA, com idade entre três e 16 anos, atendidas pelo Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente da Prefeitura de Juiz de Fora, Brasil. O exame intrabucal das crianças/adolescentes foi realizado para avaliar os índices de placa visivel e sangramento gengival. Os pais/cuidadores responderam um questionário com informações socioeconômicas e outro com informações sobre hábitos de saúde bucal de seus filhos. A análise descritiva mostrou que a maioria das crianças/adolescentes com TEA nunca tiveram acesso ao atendimento odontológico (63,6%) e que 61,4% realizavam a escovação dentária diária com frequência inferior a duas vezes por dia. Entretanto, 11,4% das crianças/adolescentes não utilizavam dentifricio fluoretado. A presença de placa visivel neste grupo foi de 63,6% e o sangramento gengival esteve presente em 13,6% da amostra. Conclui-se que as crianças/adolescentes com TEA têm acesso reduzido à atenção odontológica e comprometimento dos indicadores relacionados à saúde gengival.
CAPES
PP-046 – Efeito da adesão ao tratamento odontológico recomendado na incidência de cárie dentária em pré-escolares: coorte prospectiva de três anos
Marotta-Vieira E*, Lopes B, Gomes RL, Fernandes IB, Ramos-Jorge ML, Ramos-Jorge J.
Universidade Federal de Minas Gerais
Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da adesão ao tratamento odontológico sobre a incidência de cárie dentária em pré-escolares. Métodos: Este estudo foi realizado em duas etapas: baseline (T0) e acompanhamento (T1). Os exames foram realizados para o diagnóstico de cárie dentária usando os critérios do Sistema Internacional de Detecção e Avaliação de Cárie (ICDAS II) em 308 crianças (1-3 anos de idade). Os participantes com cárie dentária (n = 151) foram encaminhados para tratamento odontológico após exame bucal realizado em T0. No T1, esses participantes foram novamente recrutados e divididos em dois grupos de acordo com a adesão ao tratamento odontológico recomendado. Assim, o grupo adesão foi composto por 89 crianças e o grupo não adesão foi composto por 62 crianças. No seguimento (T1), foram realizados exames para diagnóstico de cárie dentária (ICDAS II). A análise de regressão de Poisson foi utilizada para determinar a associação entre o tratamento odontológico e novas lesões de cárie em dentes saudáveis. Resultados: A taxa de incidência de cárie na amostra total foi de 64,9% (48,3% no grupo de adesão e 88,7% no grupo de não adesão). A não adesão ao tratamento odontológico aumentou o risco de incidência de cárie na dentição decídua (RR = 1,66; IC 95% = 1,31-2,11). Este risco aumentado foi maior após o ajuste para todas as variáveis de confusão coletadas. Conclusão: A taxa de incidência de cárie foi elevada em ambos os grupos. A não adesão ao tratamento odontológico aumentou o risco de incidência de cárie dentária.
PP-047 – Provável bruxismo do sono em adolescentes e smartphones: existe associação?
Reis TVD*, Hoffmam GFB, Serra-Negra JMC, Abreu LG, Prado IM, Aguiar SO, Souza GLN, Pordeus IA, Auad SM.
UFMG
Objetivo: Este estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Institucional, avaliou a prevalência de Provável Bruxismo do Sono (PBS) e sua associação com características sociodemográficas e de uso do smartphone.
Metodologia: Participaram 403 adolescentes de 12 a 19 anos, de escolas públicas e privadas de Belo Horizonte. Características sociodemográficas foram obtidas através de um questionário preenchido pelos pais/responsáveis. O auto relato de bruxismo do sono e de uso de smartphone foi fornecido pelos adolescentes através de um questionário. Posteriormente, eles foram avaliados quanto a sinais/sintomas clínicos potencialmente associados ao PBS. Análise descritiva e os testes do Qui-quadrado e Associação Linear foram utilizados (p<0,05).
Resultados: A média de idade dos participantes foi 14,4 anos (+ 1,60), sendo que 58,1% eram meninas e 99,7% tinham smartphone próprio. A prevalência de PBS foi de 18,4%, e não diferiu estatisticamente em relação à idade do adolescente, tipo de escola frequentada, renda familiar e o grau de instrução do responsável (p>0,05). Uma maior prevalência de PBS foi observada em adolescentes do sexo masculino (p=0,009). O relato de uso de smartphone quando deveria estar dormindo, ao acordar durante a noite ou antes de dormir não foi associado ao PBS (p>0,05). Entretanto, adolescentes que utilizavam o smartphone no escuro frequentemente apresentaram maior prevalência de PBS (55,6%) que aqueles que o faziam com menor frequência (28,8%) ou não relataram este hábito (15,6%) (p=0,02).
Conclusão: Conclui-se que o sexo do adolescente e o relato de frequência de uso de smartphone no escuro foram fatores associados ao PBS na presente amostra.
CAPES, CNPq, FAPEMIG, PRPQ/UFMG
PP-048 – Associação entre distúrbios do sono e relato de ranger de dentes em crianças e adolescentes durante o distanciamento social devido à pandemia da COVID-19
Moreira-Santos LF*, Baptista AS, Prado IM, Perazzo MF, Pinho TM, Paiva SM, Serra-Negra JM, Pordeus IA
Universidade Federal de Minas Gerais, Departamento de Saúde Bucal da Criança e do Adolescente
Objetivo: Este estudo transversal objetivou avaliar a associação entre distúrbios do sono em crianças e adolescentes e relato de ranger de dentes durante o período de distanciamento social devido à pandemia da COVID-19.
Metodologia: Um total de 253 pais/cuidadores portugueses e brasileiros de crianças e adolescentes de 3 a 15 anos de idade responderam a um questionário online, no período 24-26 de abril/2020, que avaliou características sociodemográficas, atividades escolares online e qualidade do sono durante o distanciamento social. Cinco domínios da versão em português da Escala de Distúrbios do Sono para Crianças (EDSC) foram empregados (distúrbios respiratórios do sono, distúrbios do despertar, distúrbios da transição sono-vigília, sonolência diurna excessiva e hiperidrose do sono). O bruxismo do sono foi avaliado com base em uma das perguntas da EDSC. Foram realizadas análises descritivas, teste qui-quadrado de associação linear por linear, Kruskal-Wallis e Post-Hoc (p≤0,05).
Resultados: A maioria dos participantes era do Brasil (50,2%) e do sexo masculino (52,2%). A média de idade das crianças foi de 7,5 anos (± 3,4). A maioria dos pais/cuidadores relataram que a rotina de seus filhos mudou devido ao distanciamento social (72,2%). Em relação aos distúrbios do sono, crianças com bruxismo do sono grave, cuja frequência era sempre/quase sempre, apresentaram maiores escores na EDSC referente aos domínios de distúrbios respiratórios do sono (p=0,001), do despertar (p=0,003) e sonolência diurna excessiva (p<0,001).
Conclusão: Concluiu-se que distúrbios respiratórios do sono, distúrbios do despertar e sonolência diurna excessiva foram associados ao relato de bruxismo do sono durante o período de distanciamento social.
FAPEMIG, CAPES, CNPq
PP-049 – Métodos preventivos no controle de cárie dentária em primeiros molares permanentes: um estudo clínico longitudinal.
Takahashi K, Abreu e Santos N, Davanço I, Araújo HC.
Universidade do Oeste Paulista
Introdução: A doença cárie acomete diversas pessoas ao redor do mundo, e a incidência é um fator prevalente para novas lesões, torna-se de primordial importância a busca de métodos preventivos. Objetivo: Analisar longitudinalmente a evolução, estabilização ou retrocesso das lesões de cárie em sulcos pigmentados de primeiros molares permanentes, correlacionando com diferentes métodos preventivos. Materiais e Métodos: Foi realizada uma análise longitudinal, que avaliou a eficácia de métodos preventivos em sulcos e fissuras pigmentados, em primeiros molares permanentes em retornos de 6 meses após identificação inicial. Participaram do projeto, 60 crianças da Escola Municipal Profª. Odette Duarte da Costa. Os dados coletados referentes à condição bucal da criança, foram anotados em ficha própria (Anexo III) e tabulados. Por conseguinte foi desenvolvida a análise estatística descritiva, por meio de tabelas e gráficos, a análise inferencial com a aplicação do teste Kruskal-Wallis e teste t, observando o valor de p correspondente a cada teste e adotado o nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: Os tratamentos preventivos controle, fluorniz e flúor gel demonstraram efeitos semelhantes; sendo que o Duofluorid obteve os piores resultados. Conclusão: Em lesões de sulcos e fissuras em molares permanentes, os métodos preventivos podem levar a paralisação do desenvolvimento de lesão cariosa, porém este efeito protetor vai depender do risco de cárie individual do paciente.
PP-050 – Extensão em sedação medicamentosa e inalatória: uma oportunidade de ensino na graduação do curso de odontologia.
Takahashi, K, Pizi, ECG, Coelho, COL.
Universidade do Oeste Paulista
Introdução: No atendimento em clínica odontológica, pode-se deparar com situações de extremo medo e ansiedade, que pode acometer tanto crianças quanto adultos. Estudantes de Odontologia recebem o mínimo de conhecimento sobre o controle do medo e da ansiedade dos paciente sendo que este tema é mais abordado na Disciplina de Odontopediatria. Objetivo: Relatar uma experiência no ensino odontológico de projeto de extensão, implantado no curso de Odontologia da Faculdade de Odontologia de Presidente Prudente, junto aos alunos do quinto ano do curso, para ensino da sedação medicamentosa e demonstração da sedação inalatória através do atendimento clínico de pacientes com quadro de medo e ansiedade, que impossibilitam a realização do tratamento odontológico de forma convencional. Metodologia: Foram atendidos 40 pacientes no período de 2017 a 2020, por alunos do último ano do curso através de técnicas de sedação medicamentosa e uso do óxido nitroso por profissional habilitado. Além disso, os alunos tiveram aulas teóricas sobre medo e ansiedade, suas consequências, técnicas de manejo, suporte básico de vida, exame físico e anamnese pré-sedação e monitoramento do paciente. Resultados: Através deste projeto de extensão pode-se beneficiar pacientes que estavam impossibilitados para realização do tratamento, capacitar os alunos da graduação para o mercado de trabalho através do ensino da terapêutica do medo e da ansiedade, visto que este treinamento é pouco difundido em âmbito de graduação. Conclusão: Apesar de ser uma experiência recente, que obteve sucesso clínico nos atendimentos, ainda deve-se melhorar no intuito de preparar o profissional para uso das técnicas da forma mais segura e efetiva.
PP-051 – Fibroma Ossificante Periférico em Bebês – Relato de caso
Ribeiro SMM*, Nogueira JSE, Alves Jr S.M.
Programa de Pós graduação em Odontologia UFPA (PPGO-UFPA), Centro Universitário do Pará (CESUPA)
Objetivo: apresentar um caso de fibroma ossificante periférico em um bebê diagnosticado na Clínica de urgência de Odontologia do CESUPA. Descrição do caso: gênero masculino, 2 meses de idade, melanoderma, parto cesariana, com lesão pediculada de coloração rosa pálida semelhante à mucosa, consistência fibrosa, medindo 10mm em seu maior diâmetro. Relato da mãe: a proliferação tecidual iniciou após exfoliação de um dente natal que apresentava acentuada mobilidade. Ao exame radiográfico notou-se erupção acelerada dos incisivos centrais inferiores (dentes natais) e presença de imagem radiopaca no interior da lesão com aspecto de calcificação. Após exame clínico e radiográfico planejou-se postergar a cirurgia da lesão e proservar o caso devido à pouca idade e colaboração do paciente, e primordialmente pelo fato de não estar interferindo a amamentação e não estar machucando os seios da mãe. Após 5 meses observou-se área ulcerada recoberta por uma membrana fibrinopurulenta causada por trauma na região superior da lesão por contato com o incisivo central superior em erupção, a cirurgia foi realizada com a remoção total da lesão e enviada para exame histopatológico. O laudo: fragmento de mucosa revestida por epitélio estratificado pavimentoso paraqueratinizado e acantótico. Paciente foi acompanhado a cada 6 meses pelo período de 6 anos.O paciente evoluiu no pós-operatório sem complicações ou sinais de recidiva até o momento. Conclusão: caso torna-se relevante pela idade da paciente, local e extensão do tumor. A remoção cirúrgica foi considerada sucesso pelo tempo de acompanhamento do caso. Desse modo o Odontopediatra deve estar atento aos sinais de anormalidade na mucosa oral de bebês, e ser capaz de detectar, alertar, encaminhar e ou tratar uma patologia desse nível.
PP-052 – RETIRADO
Magalhães TC*, Lopes AG, Barbosa LL, Denadai AML, Carlo HL, Santos RL, Münchow EA, Carvalho FG
Universidade Federal de Juiz de Fora
RETIRADO
UFJF, CNPq, FAPEMIG
PP-053 – RETIRADO
Haubert G, Feranti HB, Agostini BA, Bresolin CR, Emmanuelli B, Tuchtenhagen S*.
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI Erechim
RETIRADO
PP-054 – Avaliação do tratamento odontológico sob anestesia geral: 44 anos de experiência da odontopediatria / UEL
Sovinski JA*, Inagaki LT, Pinto LCP, Frossard WTG.
Clínica de Especialidades Infantis, Residência em Odontopediatria – Bebê Clínica/Universidade Estadual de Londrina
O trabalho teve como objetivo avaliar a experiência da área de Odontopediatria da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no período de 1974 a 2018, no tratamento sob anestesia geral (AG). Esse estudo foi baseado na análise de prontuários de pacientes submetidos à AG no Hospital Universitário da UEL. Os dados foram tabulados de acordo com: gênero, idade, com ou sem necessidades especiais, fator de indicação e procedimentos realizados. O teste Qui-quadrado foi utilizado para analisar a frequência dos dados (P<0,05). Foram incluídas no estudo 731 pacientes submetidos à AG. Dos 731 prontuários, 444(60,7%) eram do gênero masculino e 287 (39,3%) do feminino (P<0,001); 371 (50,8 %) eram pacientes com necessidades especiais (PNE) e 360 (49,2%) eram pacientes sem necessidades especiais (PSNE). A indicação mais frequente foi a extensão e complexidade do tratamento e comportamento não colaborativo, para PNE foi de 71,1% e de 43,9% para PSNE (P<0,001). Houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos para indicação de AG (P<0,001). A maior frequência é na faixa etária menor de 3 anos e acima de 7 anos, em PSNE e PNE, respectivamente (P<0,001). Em PNE, exodontia e selante foram mais frequentes do que em PSNE (P<0,001). Em PSNE, o uso de coroa de aço e o tratamento endodôntico foram mais frequentes do que em PNE (P <0,001). Comparando os grupos entre os períodos de 2002 à 2009 e 2010 à 2018 houve uma diminuição da frequência em PSNE em relação aos PNE (P<0,001). A AG em odontopediatria é considerada uma alternativa para tratamentos complexos e manejo de comportamento não cooperativo em PSNE e PNE. É mais frequentemente indicado em PNE com mais de 7 anos e PSNE menores de 3 anos. A frequência do tratamento sob AG em PSNE diminuiu em comparação com PNE nos últimos anos.
PP-055 – Avaliação da concordância do escaneamento intraoral em modelo de filamento e em modelo digital, em relação às mensurações dentárias de pacientes odontopediátricos
Almeida LKY*, Rosin HR, Daltoé MO, Pucinelli CM, Romano FL, Carvalho FK, Silva LAB, Segato RAB.
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – FORP/USP
Os sistemas digitais de escaneamento para o diagnóstico e planejamento nas diferentes áreas da Odontologia apresentam vantagens em relação à moldagem com alginato, uma vez que são menos propensos aos erros técnicos, além de proporcionar um conforto maior ao paciente. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar a concordância do escaneamento intraoral em relação às mensurações dentárias, em pacientes pediátricos, comparando medidas obtidas clinicamente, aos modelos digitais, modelos impressos de filamento e modelos convencionais de gesso. Foram selecionados pacientes em dentição mista, de 7 a 12 anos de idade, apresentando pelo menos os incisivos centrais e molares permanentes superiores totalmente irrompidos. A mensuração do tamanho dentário obtida com o equipamento Scanner 3Shape Trios foi comparada com aquela obtida clinicamente, com auxílio de paquímetro digital, bem como as medidas realizadas em modelos de gesso provenientes de moldagem com alginato e modelos de filamento impressos a partir da moldagem digital. A análise dos dados e categorização da concordância foi realizada pelo coeficiente de correlação intraclasse, por meio do programa R versão 3.6.0. Os resultados mostraram que não houve diferença na concordância entre as medidas realizadas nos modelos de gesso e nos modelos de filamento. Em relação ao método de referência e para as medidas no modelo digital, a concordância para o método de referência foi baixa ou nula na região dos molares. Conclui-se que houve uma alta concordância entre as medidas realizadas nos modelos de gesso obtidos via moldagem com alginato e nos modelos de filamento obtidos via impressão de moldagem digital em relação à avaliação intrabucal, e para todos os métodos avaliados, a concordância foi alta para as medidas na região de incisivos.
CAPES – Código de Financiamento 001
PP-056 – Experiência de cárie dentária e hábitos de higiene bucal de crianças/adolescentes com transtorno do espectro autista
Tavares MC*, Procópio SW, Carrada CF, Scalioni FAR, Ribeiro RA, Paiva SM.
Universidade Federal de Minas Gerais
O objetivo do estudo foi avaliar a experiência de cárie dentária e as consequências clínicas de cárie dentária não tratada de crianças/adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de identificar as características sociodemográficas e os hábitos de higiene bucal desses indivíduos. Este estudo, do tipo transversal, foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais. Foram incluídos 44 indivíduos com TEA, com idade entre três e 16 anos, atendidos pelo Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente da Prefeitura de Juiz de Fora, Brasil. O exame intrabucal das crianças/adolescentes foi realizado por uma dentista previamente calibrada para diagnosticar a experiência de cárie dentária (CPO-D/ceo-d) e as consequências clínicas de cárie dentária não tratada (PUFA/pufa). Os pais/cuidadores responderam questionários sobre informações sociodemográficas e sobre hábitos de higiene bucal de seus filhos. A média da idade das crianças/adolescentes foi de 6,4 (±3,2) anos e a maioria era do sexo masculino (90,9%). A prevalência de cárie dentária foi de 43,2, sendo o CPO-D/ceo-d médio de 1,52 (±2,46). Prevaleceu a média do componente “cariado” (1,2 ±1,9), seguida pelo “obturado” (0,3 ±1,1) e pelo “perdido” (0,1 ±0,5). A maioria das crianças/adolescentes não apresentou consequências clínicas de cárie dentária não tratada (95,5%). A maioria das crianças/adolescentes (63,3%) nunca visitou o dentista e 70,5% desses indivíduos tinha sua escovação dentária realizada pelos seus pais/cuidadores. Concluiu-se que as crianças/adolescentes com TEA apresentaram necessidade de tratamento concentrada em dentes com lesões cavitadas não tratadas e que a maioria desses indivíduos nunca foi ao dentista.
PP-057 – Impacto da cárie na primeira infância na qualidade de vida relacionada à saúde bucal de pré-escolares
Santos AMC*, Bittencourt JM, Mattos FF, Corrêa NMO, Moura RNV, Drummond AMA, Paiva SM.
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Objetivo: Avaliar a severidade e o impacto da cárie na primeira infância (CPI) na Qualidade de Vida Relacionada a Saúde Bucal (QVRSB) de pré-escolares. Metodologia: Este estudo transversal representativo, aprovado pelo comitê de ética institucional, foi realizado com 417 crianças de 2 a 5 anos de idade matriculadas em seis Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) selecionados randomicamente em diferentes regiões da cidade de Diamantina, MG, Brasil. Para avaliar a percepção dos pais/responsáveis quanto ao impacto da CPI na QVRSB foi respondida a versão brasileira do Early Childhood Oral Health Impact Scale (B-ECOHIS). O exame clínico foi realizado nas CMEIs para avaliação da cárie dentária utilizando-se o índice ceo-d, após calibração dos examinadores. Para análise de dados, foram realizadas análises descritivas para comparação de médias. Resultados: Os pré-escolares apresentaram, em média, 2,64 (±3,0) dentes com experiência de cárie, sendo que o componente cariado foi responsável por 87,6% deste resultado. Crianças com maior experiência de cárie dentária (ceo-d ≥8) apresentaram maiores escores médios de impacto na QVRSB (8,35 ±9,91), seguido por crianças com ceo-d entre 1-7 (5,07 ±7,76) e por crianças livres de experiência de cárie dentária (2,38 ±5,55). Conclusão: Conclui-se que quanto maior a experiência de carie dentaria na primeira infância maior o impacto negativo na QVRSB, mostrando que crianças com cárie não tratada apresentaram alto impacto negativo na sua qualidade de vida.
CAPES
PP-058 – Efeito reparador de dentifrícios com reduzida concentração de fluoreto contendo trimetafosfato e polióis na erosão inicial do esmalte
Toledo PTA*, Delbem ACB, Sakamoto AE, Pedrini D.
Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP
Resumo: O estudo in vitro avaliou o efeito de dentifrícios contendo fluoreto (F), trimetafosfato (TMP) e/ou xilitol e eritritol (XE) em reparar lesões erosivas iniciais do esmalte. Blocos de esmalte bovino hígidos foram imersos em 4 mL de ácido cítrico (pH 3,5/1 min). Os blocos com lesão erosiva inicial (n=60) foram tratados com 5 dentifrícios experimentais (2 mL/bloco/2 min) suspendidos em saliva humana (12 blocos/grupo): placebo; 1100 ppm F; 16% xilitol + 4% eritritol (XE); 200 ppm F + 0,2% TMP (200 ppm F/TMP); e 200 ppm F + 0,2% TMP + 16% xilitol + 4% eritritol (200 ppm F/TMP/XE). Na sequência, 4 desafios erosivos foram realizados e determinadas a dureza de superfície (SH) após: a erosão inicial (e), para o cálculo da porcentagem da alteração de SH (%SHe); o tratamento (t), para o cálculo da porcentagem de reparação da SH (%SHR); o desafio (d), para o cálculo da porcentagem de resistência do esmalte reparado (Δ%SH = %SHR- %SHd) para cada desafio. Os dados foram submetidos à ANOVA 2-critérios de medidas repetidas e ao teste de Student-Newman-Keuls (p<0,05). O dentifrício 200 ppm F/TMP/XE mostrou o maior efeito reparador (%SHR) quando comparado aos demais grupos (p200 ppm F/TMP>1100 ppm F>placebo (pXE>200 ppm F/TMP>1100 ppm F>placebo (p<0,001). Concluiu-se que o dentifrício contendo 200 ppm F, TMP e polióis apresentou efeito reparador superior quando comparado a dentifrício 1100 ppm F em lesões erosivas iniciais no esmalte.
CAPES n° 001, PROCAD 2013 – Proc. 88881.068437/2014-01, CNPq n° 133158/2019-5
PP-059 – A Hipomineralização Molar-Incisivo Pode Estar Associada com Dor e Ansiedade em Crianças?
Carvalho MR*, Vicioni-Marques F, Paula-Silva FWG, Queiroz AM, Carvalho FK
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP/USP), Universidade de São Paulo (USP)
Resumo: Na Odontologia, um Defeito de Desenvolvimento de Esmalte (DDEs) vem se destacando nos últimos tempo, a chamada Hipomineralização Molar-Incisivo (HMI). Essa condição se apresenta como um defeito qualitativo do esmalte dentário, que afeta no mínimo um primeiro molar permanente, sendo frequentemente encontrada em incisivos permanentes. Como características clínicas, a HMI apresenta opacidades demarcadas, de coloração variável, de branca/creme ou amarelada/acastanhada. Fraturas pós-eruptivas de esmalte podem ocorrer, e também diversas consequências clínicas, como aumento do risco à cárie dentária, hipersensibilidade dolorosa, ocasionando impacto na qualidade de vida e ansiedade do indivíduo e de sua família. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre dor dentária e ansiedade em crianças que apresentaram HMI. Metodologia: 168 crianças participaram do estudo, tendo a dor dentária avaliada pela Escala Visual Analógica e Escala de Faces; já a avaliação da ansiedade e medo foi realizada pelo questionário “Children´s Fear Survey Schedule-Dental Subscale (CFSS-DS)” traduzido e validado em português. A análise estatística foi realizada por meio do teste qui-quadrado e ANOVA, seguido pelo pós-teste de Tukey, com nível de significância de 5%. Resultados: Houve ausência de relato de dor em 101 crianças (60,1%), enquanto 67 crianças (39,9%) relataram dor. Ainda, das crianças que não relataram dor, o nível médio de ansiedade foi de 27,6 (DP 12,3) e para aquelas que relataram dor, o nível médio foi de 28,9 (DP 9,9). Não houve diferença estatística significante (p=0,483) entre dor e ansiedade. Conclusão: Não houve associação entre dor e ansiedade nos pacientes que apresentaram HMI.
Palavras-chave: Hipomineralização Molar-Incisivo; Dor dental; Odontopediatria.
PP-060 – A baixa resiliência materna é associada aos hábitos de chupar chupeta e onicofagia em crianças de 3 a 5 anos.
Lima LJS*, Alencar BM, Galo R, Ramos-Jorge J, Soares MEC.
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, Diamantina-MG
Objetivo: Verificar a associação entre resiliência materna e presença de hábitos de sucção nutritivos e não nutritivos em uma amostra de 428 pré-escolares de 3 a 5 anos de idade da cidade de Diamantina, MG.
Metodologia: Neste estudo transversal foram aplicados às mães questionários com informações relativas às variáveis sociodemográficas e sobre a presença de hábitos bucais, como onicofagia, chupar chupeta, dedo e mamadeira pelas crianças. O Grau de resiliência da mãe/cuidador principal foi avaliado através da Escala de Resiliência proposta por Wagnild e Young. A análise dos dados envolveu distribuição de frequência, teste qui-quadrado e Regressão de Poisson uni e multivariada para cada uma das variáveis dependentes.
Resultados: Os fatores associados ao hábito de roer unha foram baixa resiliência (RP=1,63; IC 95%: 1,12-2,37; p<0,01), sexo feminino (RP=1,65; IC 95%: 1,21-2,26; p<0,01) e idade (RP=1,37; IC 95%: 1,13-1,67; p<0,01). O uso de chupeta por crianças de 3 a 5 anos era mais frequente em crianças com mães com baixa resiliência (RP=1,69; IC 95%: 1,14-2,50; p=0,01), mães que trabalhavam fora de casa por oito ou mais horas (RP=1,55; IC 95%: 1,07-2,24; p=0,01) e menos frequente em crianças cujas mães tinham ensino superior completo (RP=0,52; IC 95%: 0,33-0,87; p=0,01). O único fator associado ao uso de mamadeira no modelo final foi a idade (RP=0,44; IC 95%: 0,25-0,76; p<0,01).
Conclusão: Os hábitos de onicofagia e chupar chupeta pelas crianças estavam associados à baixa resiliência materna.
CAPES
PP-061 – A obesidade infantil aumenta as chances de traumatismo dentário.
Lima LJS*, Miranda EP, Mourão LS, Galo R, Ramos-Jorge J, Soares MEC.
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, Diamantina-MG
Objetivo: Determinar a associação entre obesidade/sobrepeso e Lesões Dentárias Traumáticas (LDT) em pré-escolares.
Metodologia: Neste estudo caso-controle, o grupo caso foi selecionado a partir daquelas crianças que apresentavam LDT identificadas pelo exame clínico (n=262). Cada pré-escolar identificado como um caso foi pareado através de sorteio com um colega da mesma idade, sexo e pré-escola, mas que não apresentava LDT, formando o grupo controle (262). LDT foram avaliadas através dos critérios de Andreasen e a presença de overjet acentuado foi considerada quando ≥ 3mm. O peso e altura das crianças foram medidos para cálculo do Índice de Massa Corporal que foi lançado na curva de crescimento preconizada pela Organização Mundial da Saúde. Variáveis sociodemográficas e de hábitos de sucção foram coletadas através de questionários enviados aos pais. A análise dos dados foi realizada através do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) e envolveu distribuição de frequência, teste qui-quadrado e Regressão logística uni e multivariada.
Resultados: A amostra final foi composta por 253 crianças em cada grupo. Os grupos caso e controle foram compostos por 54,2% (n=137) do sexo feminino e 49,4% (n=125) com 5 anos de idade. Entre as crianças do grupo caso, 32% (n=81) eram obesas e no grupo controle 22,5% (n=57) apresentavam essa condição. Crianças obesas tinham mais chance de apresentarem LDT do que crianças com peso normal (OR=1,54; IC95%: 1,02-2,34; p=0,03). A mordida aberta anterior foi considerada um fator de risco para LDT (OR= 3.47; IC95%: 1,58-7,63; p<0,01), assim como a presença de overjet acentuado (OR= 2.26; IC95%: 1,42-3,60; p>0,01).
Conclusão: Crianças obesas tiveram mais chance de LDT do que crianças com peso normal.
CAPES
PP-062 – Diferentes índices conseguem guiar os principais aspectos clínicos da Hipomineralização Molar Incisivo?
Grizzo IC*; Mendonça FL; Regnault FGC; Bisaia A.; Cruvinel, T; Lourenço-Neto N; Honório HM; Rios D.
Faculdade de Odontologia de Bauru
Para estudos epidemiológicos, existem várias ferramentas para avaliação da Hipomineralização Molar Incisivo (HMI) que auxiliam no seu diagnóstico. O objetivo foi comparar o Índice de Hipomineralização Molar Incisivo com o Sistema de Pontuação por Severidade (MIH-SSS) quanto à habilidade dos mesmos em permitir o diagnóstico das características clínicas da HMI e de outros defeitos do esmalte, e quanto a operacionalização, em uma mesma amostra. O estudo transversal foi composto por 336 escolares de 8 a 10 anos da cidade de Bauru. Os exames foram realizados após escovação, os dentes secos com gaze e examinados sob luz artificial com auxílio de espelho. Um mesmo operador (Kappa >0,85) realizou os exames utilizando os índices em estudo em momentos diferentes na mesma criança. Os índices foram comparados com teste qui-quadrado (p<0,05) quanto ao tempo de aplicação, capacidade em detectar HMI, opacidade, perda de estrutura, restauração atípica, cárie atípica e extração devido a HMI. Realizou-se também a avaliação da média dos outros defeitos de esmalte (fluorose, hipoplasia, amelogenese e outras hipomineralização), os quais são descritos apenas no Índice HMI. Os resultados mostraram que o tempo de aplicação do MIH-SSS é menor que o índice de HMI. Não houve diferença significativa entre os índices, ambos foram capazes de diagnosticar HMI e suas diferentes características. Em relação aos defeitos do esmalte a ocorrência média de fluorose, hipoplasia, amelogênese e hipomineralização (não MIH) foram: 7,34%, 0,16%, 0% e 0,35%, respectivamente. Conclui-se que ambos os índices são capazes de guiar os principais aspectos clínicos da HMI. O Índice HMI é de aplicação mais demorada por ser capaz de descrever outros defeitos do esmalte, os quais apresentam baixa prevalência.
FAPESP
PP-063 – Associação entre possível bruxismo do sono e em vigília e hábitos alimentares noturnos entre crianças e adolescentes.
Martins IM*, Alonso LS, Abreu LG, Vale MPP, Tourino LFPG, Serra-Negra JM.
Universidade Federal de Minas Gerais
Objetivo: Avaliar associação entre possível bruxismo de sono (PBS) e possível bruxismo em vigília (PBV) e hábitos alimentares noturnos em uma amostra de crianças/adolescentes da cidade de Lavras, MG. Metodologia: Este estudo transversal foi aprovado pelo comitê de ética institucional. Participaram 420 crianças/adolescentes de 8 a 11 anos matriculados em escolas públicas e privadas e seus pais/responsáveis. Os responsáveis responderam um questionário contendo informações sociodemográficas e questões sobre PBS de seus filhos e um diário do sono de 7 dias com informações sobre hábitos alimentares noturnos de seus filhos. As crianças/adolescentes responderam um questionário sobre a ocorrência de PBV. O PBS e PBV foram classificados em ausente, leve e moderado/grave com base na frequência do relato. Para a análise estatística foram realizadas análises descritivas e teste qui-quadrado de tendência linear através do software SPSS 21.0 (p<0,05). Resultados: A média de idade dos participantes foi de 9,12 anos (+1,0). Houve associação entre pais que não relataram PBS de seus filhos e o não consumo de leite com chocolate pelas crianças/adolescentes antes de dormir (81,4%; p=0,028). Verificou-se associação entre crianças/adolescentes que consumiram mais de um alimento 1 ou 2 vezes por semana antes de dormir e PBS moderado/grave (13,6%; p= 0,012). Em relação ao PBV, houve associação entre consumo de refrigerante 1-2 vezes por semana e PBV leve (40,5%; p=0,019) e a maioria que não relatou PBV, não consumiu mais de um alimento antes de dormir (66,6%; p=0,025). Conclusão: Conclui-se que hábitos alimentares noturnos estão associados a presença de PBS e PBV evidenciando o impacto negativo do consumo de certos alimentos antes de dormir na qualidade do sono de crianças e adolescentes.
CAPES, FAPEMIG
PP-064 – Distribuição da cárie dentária na cavidade bucal de crianças de 1 a 3 anos de idade
Rodrigues AB*, Ramos-Jorge ML, Mourão PS, Motta TR, Ramos-Jorge J, Fernandes IB
UFVJM- Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Objetivo: examinar a distribuição de cárie em diferentes estágios de acordo com dentes e suas superfícies, em crianças de 1 a 3 anos de idade.
Metodologia: Foram examinadas 333 crianças na cidade de Diamantina, Minas Gerais. Um exame clínico bucal foi realizado através dos critérios do Sistema Internacional de Avaliação e Detecção de Cárie Dentária (ICDAS-II). Cada superfície dentária foi avaliada e classificada de acordo com presença de cárie não-óbvia (Códigos ICDAS 1 ou 2) ou cárie óbvia (Códigos ICDAS 3, 4, 5, ou 6).
Resultados: Dentes com maior taxa de superfícies acometidas por cárie foram os incisivos centrais superiores (61=20,06% / 51=19,93%), incisivos laterais superiores (52=16,84% / 62=17,83%) e segundos molares inferiores (75=12,88% / 85=12,80%). Apresentaram maiores taxas de cárie não-óbvia, incisivos centrais superiores (51= 5,73% / 61=5,97%), incisivos laterais superiores (52= 6,69% / 62=5,75%), segundos molares superiores (55= 6,06% / 65=4,82%) e inferiores (75= 5,67/ 85=3,27). Já as maiores taxas de cárie óbvia, nos incisivos centrais superiores (51= 14,21% / 61=14,03%), incisivos laterais superiores (52= 10,29% / 62=12,27%), primeiros molares superiores (55= 7,48 / 65=8,08) e inferiores (75= 5,27/ 85=5,89).
Conclusão: Na idade de 1 a 3 anos, incisivos superiores e molares são os dentes mais acometidos por cárie. Superfícies vestibulares são as mais acometidas por cárie não-óbvia em todos os dentes e por cárie óbvia em dentes anteriores superiores. Superfícies oclusais estão entre as mais acometidas em dentes posteriores.
CAPES
PP-065 – Impacto das condições bucais na Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Bucal de crianças e adolescentes com Coagulopatias e Hemoglobinopatias Hereditárias (CHH)
Silva LT*, Almeida GS, Silva VC, Monte CMF, Lorenzato CS, Bendo CB, Torres-Pereira CC, Menezes JVNB, Fraiz FC
UFPR
Objetivo: Avaliar a relação entre as condições bucais e a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) em crianças e adolescentes com coagulopatias e hemoglobinopatias hereditárias (CHH). Metodologia: Participaram 61 crianças e adolescentes com CHH no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná e seus pais/responsáveis. O exame clínico incluiu: cárie dentária (ceo-d/CPO-D), higiene bucal (Índice de Placa Bacteriana Simplificado/IPB-S) e condição gengival (Índice Gengival Modificado/IGM). A QVRSB foi acessada através da versão brasileira do PedsQL™ Oral Health Scale (PedsQL™ – OH). Análises de correlação não paramétricas e testes de associação foram utilizados (α: 0,05). Resultados: A idade média das crianças/adolescentes foi de 8,4 anos (DP: 4,7). O valor médio do PedsQL™ – OH foi 76,66 (DP: 21,36). Houve correlação entre o PedsQL™ – OH com idade (ρ=-0,491; p=<0,001, moderada e negativa), com o IPB-S (ρ=-0,383; p=0,004, fraca e negativa), com o IGM (ρ=-0,327; p=0,014, fraca e negativa) e com o PedsQL™ Generic Core Scales (ρ=0,488; p=<0,001, moderada e positiva). A maior prevalência de cárie dentária e a maior experiência de cárie dentária não tratada foram associadas a pior QVRSB (p<0,05). A percepção positiva dos responsáveis sobre a saúde bucal da criança e adolescente e a ausência de relato dos responsáveis sobre sangramento gengival da criança e adolescente estiveram associados com melhores níveis de QVRSB (p<0,05). Conclusão: Em crianças e adolescentes com CHH, a cárie dentária, condições gengivais e padrão de higiene bucal apresentam impacto negativo na QVRSB. Além disso, a percepção positiva dos responsáveis sobre o padrão de saúde bucal e sobre a ausência de sangramento gengival das crianças e adolescentes esteve associada aos melhores níveis de QVRSB.
PP-066 – Quais são as condições de saúde bucal associadas à hemofilia em crianças e adolescentes? Uma Revisão Sistemática e Metanálise
Silva LT*, Souza JF, Wambier LM, Torres-Pereira CC, Menezes JVNB, Fraiz FC
UFPR
Objetivo: Avaliar por meio de um estudo de revisão sistemática com metanálise se as condições bucais entre crianças e adolescentes com e sem hemofilia (HF) são diferentes. Metodologia: Previamente, o estudo foi registrado no PROSPERO (CRD42020168192). A estratégia de busca envolvendo o acrônimo PECO foi realizada nas bases Pubmed, Scopus, Lilacs/BBO, Web of Science, Cochrane e literatura cinzenta. Incluíram-se estudos primários sobre as condições de saúde bucal em crianças e adolescentes com HF, sem restrição para o ano de publicação ou idioma. A revisão seguiu as recomendações e diretrizes da Cochrane Handbook. Três pesquisadores independentes ¬(JFS, LTS e FCF) selecionaram os estudos, bem como avaliaram o risco de viés pelo instrumento Newcastle-Ottawa Scale. Na metanálise, calculou-se a diferença de média e Intervalo de confiança (95%) entre indivíduos com e sem HF, usando modelo randômico no software REFMAN (Cochrane). A qualidade da evidência da metanálise foi avaliada pela ferramenta GRADE. Resultados: De um total de 431 artigos, 27 artigos foram incluídos na revisão sistemática após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, dez artigos foram incluídos na metanálise. Os estudos apresentaram risco moderado de viés. A qualidade dos estudos variou de 2 a 7 pontos. Houve divergência entre os estudos quanto aos critérios clínicos e idade dos participantes. As condições experiência de cárie (CPO-D e ceo-d) e saúde gengival (IGM) não diferiram entre os indivíduos com e sem HF. No entanto, indivíduos com HF apresentaram maior média do índice de placa (0,50; IC95%: 0,08-0,95). Conclusão: Baseado em uma evidência fraca a moderada, não houve diferenças na condição bucal de crianças e adolescentes com e sem HF, no entanto, o índice de placa é maior naquelas com HF.
PP-067 – Os sistemas adesivos universais são a melhor opção para restaurar dentes decíduos? Revisão sistemática e meta-análise em rede
Cavalheiro CP*, Silva CL, Gimenez T, Lenzi TL
UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
O objetivo do estudo foi comparar a resistência de união (RU) de sistemas adesivos universais, em ambas estratégias de aplicação, convencionais e autocondicionantes em dentes decíduos. Uma ampla busca foi realizada nas bases de dados PubMed/MEDLINE, Scopus, LILACS, Embase e Web of Science a fim de identificar estudos in vitro relacionados à questão de pesquisa. Dois revisores selecionaram os estudos, extraíram os dados e avaliaram o risco de viés de forma independente. Comparações diretas foram realizadas considerando diferentes substratos (esmalte e dentina hígidos e dentina cariada). Meta-análise em rede foi realizada comparando os valores de resistência de união à dentina hígida. Dos 725 estudos potencialmente elegíveis, 16 foram selecionados para leitura de texto na íntegra e 8 foram incluídos na revisão sistemática. Todos os estudos avaliaram um único adesivo universal (Single Bond Universal). Nas comparações diretas, não houve diferença entre RU de adesivo universal no modo autocondicionante e sistemas autocondicionantes ao esmalte hígido (DM = 5,22 (-9,09; 19.52; IC95%). Em dentina hígida, os valores de RU do adesivo universal no modo convencional foram superiores aos dos sistemas convencionais (DM= 5,50 (4,03; 6,96; IC95%). Em dentina cariada, os resultados favoreceram os adesivos convencionais em relação ao adesivo universal no modo autocondicionante (DM = -3,88 (-7,40; -0,37; IC95%). Na meta-análise em rede, o adesivo universal no modo convencional apresentou os melhores resultados. O risco de viés foi classificado como médio para a maioria dos estudos. O sistema adesivo universal no modo convencional resultou nos maiores valores de resistência de união, sendo uma opção de protocolo para restaurar dentes decíduos.
PP-068 – Hipomineralização de molares decíduos (HMD), como tratar a cada reavaliação? – Relato de caso.
Damasceno LM*, Louvain MC, Santos-Pinto L, Fragelli C, Moreira KMS; Dornellas AP, Imparato JCP
São Leopoldo Mandic / São Paulo; UNIFESO / Teresópolis-RJ
A Hipomineralização de Molares Decíduos (HMD) é uma condição clínica com defeitos qualitativos do esmalte dentário que acomete com mais frequência os segundos molares decíduos e pode ser observada também nos caninos decíduos. O objetivo deste estudo foi descrever o acompanhamento clínico de uma criança com HMD, 4 anos de idade, com os segundos molares decíduos comprometidos e apresentar as possíveis estratégias de tratamento. Na primeira fase, orientamos higiene bucal adequada associada à diminuição do consumo de sacarose e, para os molares aplicação do verniz fluoretado e posterior restauração com ionômero de vidro de alta viscosidade. À medida que ocorreu o crescimento e desenvolvimento da criança, as necessidades terapêuticas foram se alterando. Assim, por se tratar de uma paciente com alto risco à cárie, realizamos as reavaliações a cada 3 meses, e após 2 anos de acompanhamento observamos, além de constantes reparos e trocas das restaurações, mais fraturas pós-eruptivas, o que nos motivou a colocação da coroa de aço, sem desgaste dos dentes. Nesta fase, com 6 anos, a paciente estava com os 1ºs molares permanentes em irrupção, apresentado Hipomineralização de Molares e Incisivos (HMI). Devido a uma lacuna de conhecimento sobre a melhor forma terapêutica para pacientes com HMD e HMI, a carência de estudos clínicos e a definição da terapia ideal respeitando a individualidade de cada paciente, concluímos que o diagnóstico precoce e um acompanhamento por 2 anos, com os tratamentos propostos não evitaram as fraturas pós irruptivas das opacidades presentes.
PP-069 – Perfil do tratamento odontológico de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista
Moro JS*, Azevedo BM, Massignan C, Cardoso M, Bolan M
Universidade Federal de Santa Catarina
O objetivo do trabalho foi avaliar as características relacionadas ao tratamento odontológico de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Estudo transversal, realizado por meio de questionários online utilizando a plataforma digital Google Forms e o uso das redes sociais como estratégia divulgação do estudo. O questionário destinado aos responsáveis das crianças e adolescentes (3-18 anos), apresentou perguntas relacionadas às características do TEA (grau do transtorno, sensibilidade sensorial e o tipo de sensibilidade) e ao tratamento odontológico (visita ao dentista, o motivo da consulta, se necessitou estabilidade protetora, de sedação via oral ou anestesia geral, como foi para conseguir tratamento e se difícil, o motivo da dificuldade). Análises descritivas foram realizadas para descrever a frequência das variáveis. Um total de 1072 respostas foram incluídas no estudo. Sobre as características do TEA, a maioria dos responsáveis respondeu grau moderado (44,96%), razoavelmente sensitivas (44,40%) sendo que a sensibilidade aos sons foi a mais prevalente (71,36%). Quanto ao tratamento odontológico, 69,5% das crianças/adolescentes já visitaram o dentista, sendo que 41% foi para prevenção odontológica. A maioria nunca necessitou de estabilização protetora (91%), nem de sedação via oral (67%) ou de anestesia geral (71,5%). Dos que procuraram atendimento odontológico, 35% apresentaram dificuldades para conseguir tratamento sendo, o principal motivo, à dificuldade de acesso. Conclui-se que apesar do TEA apresentar certas características que dificultem o atendimento odontológico, a maioria das crianças/adolescentes tiveram contato com o dentista, sem necessidades de métodos de contenção física e medicamentosa para realizar o tratamento odontológico.
CAPES
PP-070 – Capacidade dos pais em lidar com problemas impacta na sintomatologia dolorosa bucal de seus filhos: estudo representativo de pré-escolares.
Oliveira TN*, Barbosa MF, Martins LP, Bittencourt JM, Paiva SM, Bendo CB
Universidade Federal de Minas Gerais
OBJETIVO: Analisar o impacto da capacidade dos pais em lidar com problemas na sintomatologia dolorosa na cavidade bucal dos seus filhos. METODOLOGIA: Estudo transversal representativo, com 497 pais e pré-escolares (4-6 anos), da cidade de Ribeirão das Neves, MG, Brasil. Os pais/responsáveis responderam a versão brasileira do Early Childhood Oral Health Impact Scale (ECOHIS), no qual, utilizou-se um item para mensurar sintomatologia dolorosa: “Sua criança já sentiu dores nos dentes, na boca ou nos maxilares?”. Além disso, utilizou-se a Escala de Resiliência para avaliar a capacidade dos pais em lidar com problemas baseada no seguinte item: “eu costumo lidar com problemas de uma forma ou de outra”. Variáveis de confusão como Cárie na Primeira Infância (CPI), avaliada pelo índice ICDAS; sexo, idade e renda familiar, obtidos por meio de um questionário enviado aos pais, foram coletadas. Regressão de Poisson bivariada e multivariada foram realizadas (p<0,05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG (86759218.0.0000.5149). RESULTADOS: A prevalência do sentimento de dor em pré-escolares foi de 12,7%, enquanto 10,7% dos pais demonstraram não conseguir lidar com problemas. Além disso, a análise multivariada ajustada por sexo, idade, renda e CPI, demonstrou que filhos de pais que não conseguem lidar com problemas apresentam 1,67 vezes maior prevalência de sintomatologia dolorosa relacionada a problemas bucais (95% IC:1,07-2,59) do que filhos de pais que conseguem lidar com problemas. CONCLUSÃO: A menor capacidade dos pais em lidar com problemas impacta na maior probabilidade de seus filhos sentirem dores nos dentes, boca ou maxilares.
CNPq, CAPES, FAPEMIG
PP-071 – Laserterapia como abordagem terapêutica de hipersensibilidade dentária em paciente com defeito de esmalte decorrente de leucemia linfoide aguda
Souza SLX*, Lima Neto JC, Dantas ELA, Silva NB
Universidade Estadual da Paraíba
Relatar um caso clínico com protocolo de laserterapia para tratamento de hipersensibilidade dentária devido a defeito de esmalte como consequência de leucemia linfoide aguda em tenra infância. Descrição do caso: Paciente do sexo masculino, leucoderma, 12 anos de idade portador de leucemia linfoide aguda aos 2 anos de idade, tendo realizado quimioterapia durante dois anos. Clinicamente apresentou defeito de esmalte compatível com hipoplasia de esmalte com dentes na cor amarelo-amarronzada. A responsável relatou que o paciente não conseguia tomar bebidas frias ou geladas devido a hipersensibilidade dentária, e, ao exame clínico, observou-se que o paciente não suportava sequer o uso de seringa tríplice ou ficar com a boca aberta estando ligado o ar condicionado da clínica. Foi proposto, então, um protocolo com laserterapia de baixa potência para dessensibiização dentária, com seis aplicações pontuais iniciais na região cervical de cada elemento dentário acometido, de 1J, 100mW, por dez segundos. Antes e após cada sessão de laserterapia a sensibilidade dentária foi avaliada através da Escala Visual Analógica após secagem com o ar da seringa tríplice. Conclusão: Na primeira sessão o paciente relatou o número seis na Escala Visual Analógica, que vai até dez, e na última sessão, relatou número um; demonstrando a laserterapia ter sido eficaz para este tratamento de hipersensibilidade dentária, trazendo melhor qualidade de vida ao paciente.
PP-072 – Mordida aberta anterior, mordida profunda e dificuldade dos pré-escolares em pronunciar palavras.
Barbosa MF*, Oliveira TN, Bittencourt JM, Martins LP, Paiva SM, Bendo CB.
Universidade Federal de Minas Gerais
OBJETIVO: Analisar o impacto da mordida aberta anterior (MAA) e mordida profunda anterior (MPA) na dificuldade de pronúncia em pré-escolares. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo transversal representativo, com 371 pré-escolares (4-6 anos), de escolas públicas e privadas, em Ribeirão das Neves, MG, e seus pais/responsáveis. Os pais/responsáveis responderam um questionário socioeconômico e a versão brasileira do Early Childhood Oral Health Impact Scale (ECOHIS), sendo utilizada a pergunta: “Sua criança já teve dificuldade de pronunciar qualquer palavra devido a problemas com os dentes ou tratamentos dentários?”. Os pré-escolares foram examinados por duas examinadoras calibradas para avaliação da MAA e MPA por meio dos critérios de Foster e Hamilton. Idade do pré-escolar, renda familiar, cárie dentária (ceod) e traumatismo dentário (critérios de Andreassen) foram coletados como variáveis de confusão. Regressão de Poisson bivariada e multivariada foram realizadas para a análise estatística (p<0,05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE – 86759218.0.0000.5149). RESULTADOS: A análise bivariada demonstrou associação entre cárie dentária (p=0,034) e MAA (p=0,001) com dificuldade de pronúncia em pré-escolares. No entanto, idade (p=0,063), renda familiar (p=0,124) e traumatismo dentário (p=0,413) não apresentaram associação. O modelo final, ajustado por idade, renda familiar e cárie dentária, demonstrou que pré-escolares com MAA apresentaram 2,58 vezes mais chances de ter dificuldade de pronúncia comparado com aqueles que não possuíam MAA (95%IC=1,46-4,55). MPA não foi associada com dificuldade de pronúncia (p>0,05). CONCLUSÃO: Pré-escolares com MAA possuem maior probabilidade de ter dificuldade de pronúncia quando comparado a pré-escolares sem MAA.
CNPq, CAPES, FAPEMIG.
PP-073 – Prevalência e fatores associados à exposição pulpar em dentes posteriores decíduos de crianças de 6 a 10 anos de idade: um estudo observacional
Fonseca PG*, Fernandes IB, Rezende-Filho P, Ramos-Jorge ML.
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
O objetivo do estudo foi investigar a prevalência e fatores associados à exposição pulpar em dentes decíduos de crianças de 6 a 10 anos de idade. Esse estudo transversal foi realizado em Diamantina, Minas Gerais com escolares selecionados aleatoriamente em escolas públicas do município. Foram enviados questionários aos pais/responsáveis que abordavam aspectos socioeconômicos e demográficos da criança e sua família. Nas escolas foram realizados exames clínicos bucais para a avaliação de placa visível, de cárie dentária óbvia (Códigos de 3 a 6 de acordo com os critérios do Sistema Internacional de Avaliação e Detecção de Cárie Dentária) e de exposição pulpar. A análise de dados envolveu análise descritiva e Regressão de Poisson hierárquica. Foi constado que 19,9% dos escolares tinham pelo menos um dente com exposição pulpar, que foi associada com o maior número de dependentes da renda familiar (RP= 1,14; IC= 1,03-1,27) e com o número de dentes com cárie óbvia (RP= 1,27; IC= 1,21-1,33). Conclui-se que a presença de exposição pulpar foi associada com o maior número de dependentes da renda familiar e de dentes cariados em uma amostra de escolares de escolas públicas.
CAPES – Código de Financiamento 001
PP-074 – Uso do laser infravermelho de alta potência no manejo trans-cirúrgico da ulectomia: relato de caso
Souza BK*, Garrido BDTM, Jorge PK, Rios D, Cruvinel T, Machado MAAM, Oliveira TM, Lourenço Neto N.
Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva – Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.
O objetivo do presente trabalho é apresentar um relato de caso de ulectomia realizado com o uso do laser infravermelho de alta potência. Paciente, 12 anos, compareceu a clínica de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB/USP, encaminhado pelo cirurgião-dentista de sua escola, para restauração do dente 46. Após anamnese, exame clínico e radiográfico observou-se a necessidade da realização de uma ulectomia para exposição da coroa do dente 47, com a finalidade de obter parâmetros de contato entre os dentes da região. Para realização da cirurgia optou-se por empregar o laser de alta potência (Thera Lase Surgery–DMC) visando menor sangramento com cauterização dos tecidos remanescentes. Após anestesia tópica, foi realizada a anestesia infiltrativa com agulha extra curta, apenas sobre a mucosa a ser removida. Em seguida, com o laser em sua função pré-programada para cirurgias de tecidos moles foi realizada a remoção do tecido e a exposição completa da face oclusal do molar. Com a região sem sangramento pode-se fazer um ajuste inicial na região interproximal, visando a melhora da restauração do dente 46. Decorridos 7 dias, o paciente retornou para controle, não houve relato de dor pós-operatório e a região encontrava-se bem cicatrizada, adequada para dar continuidade ao processo restaurador planejado. Com isso, conclui-se que o uso do laser de alta potência é uma indicação viável para realização de intervenções cirúrgicas na Odontopediatria, com vantagens interessantes como a redução do tempo tras-operatório, maior precisão da técnica cirúrgica, menor sangramento, excelente efeito hemostático, evitando hemorragias, consequentemente gerando menor trauma cirúrgico, levando a uma reparação tecidual acelerada com diminuição dos relatos de sintomatologia dolorosa.
PP-075 – Impacto de diferentes tratamentos restauradores para lesões de cárie profundas em dentes decíduos – ensaio clínico randomizado
da Silva GS*, Raggio DP, Mello-Moura ACV, Gimenez T, Floriano I, Calvo AFB, Montagner AF, Tedesco TK
FOUSP
Objetivo: O objetivo deste ensaio clínico randomizado triplo-cego de não-inferioridade (NCT02903979) foi comparar a vitalidade pulpar após dois tratamentos para lesões de cárie profunda em dentes decíduos. Além disso, a longevidade das restaurações foi considerada como desfecho secundário. Metodologia: Crianças com 4 a 8 anos foram selecionadas na CEPECO da Universidade Ibirapuera. Cento e oito molares decíduos com pelo menos uma lesão profunda foram aleatoriamente alocados em dois grupos: (1) Restauração com cimento de hidróxido de cálcio (HC) + cimento de ionômero de vidro de alta viscosidade (CIV) (Fuji IX, GC Corp, Japão) (n=54) ou (2) Restauração com CIV (n=54). A randomização foi estratifica por superfície: oclusal e oclusoproximal. A vitalidade pulpar e a longevidade das restaurações foram avaliadas após 6, 12 e 24 meses. Análise por intenção de tratar foi realizada para vitalidade pulpar. A influência dos grupos no desfecho primário foi verificada através de Regressão logística. Sobrevida de Kaplan Meier e Log rank foram utilizadas para comparar a longevidade das restaurações (α=5%). Resultados: Aos 24 meses, 86 restaurações foram avaliadas e 91 foram avaliadas ao menos uma vez durante o estudo. Não houve diferença significante entre os grupos quanto a vitalidade pulpar (HC+CIV=70% e CIV=68,5%) (RR=1,091; IC95%=0,481-2,475). Contudo, CIV (73%) mostrou maior sobrevida do que HC+CIV (50%) (p=0,021). Conclusão: Lesões profundas em dentes decíduos devem ser tratadas com CIV, uma vez que resulta em maior sobrevida e vitalidade pulpar similar a HC+CIV.
CNPq – Chamada Universal (grant #423184/2016-4)
PP-076 – Alveólise em Dentição Decídua: Relato de caso clínico
Oliveira AS*, Rangel M, Diniz MB, Guaré RO.
Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)
Alveólise é uma reabsorção na tábua óssea na região vestibular da maxila, com deformidade periapical, assim resultando na visibilidade da porção apical do dente decíduo, principalmente os incisivos centrais. O fator etiológico pode ser decorrente de traumatismo dentário e lesões de cárie, geralmente é assintomático, com maior prevalência no gênero masculino, na faixa etária entre 4 a 5 anos. O presente trabalho tem como objetivo apresentar um relato de um caso clínico de alveólise em uma criança de 5 anos de idade, sexo masculino, atendido na clínica de Odontopediatria da Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL). No exame físico Intra-oral, foi observado grau de mobilidade leve nos dentes 51 e 61, tecido gengival edemaciado e ruborizado envolvendo a porção apical e sintomatologia dolorosa. Ao apalpar a região foi constatada a presença de alveólise com exposição dos ápices radiculares na região vestibular do rebordo alveolar da maxila. O tratamento proposto foi a realização da exodontia dos elementos envolvidos, com prognóstico favorável após 1 semana, erupção dos sucessores permanentes (11 e 21) e mudança de hábitos de higiene e dieta. No presente caso de alveólise dos incisivos centrais superiores decíduos a conduta de exodontia apresentou prognóstico favorável com acompanhamento clínico durante 6 meses e erupção dos sucessores permanentes com ausência de defeitos de desenvolvimento de esmalte.
PP-077 – Abordagem tecnológica e minimamente invasiva da cárie dentária em paciente infantil: relato de caso clínico.
Nascimento AD*, Carvalho LT, Bussadori SK, PascholL MAB.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Objetivo: Este estudo possui como finalidade investigar a eficácia de um método químico-mecânico associado à Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana (TFDA), para tratar uma lesão de cárie profunda.
Relato de caso: O presente relato teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade CEUMA sob o processo 1.471.742. Associação de Papacárie Duo® e TFDA foi utilizada em uma paciente de 9 anos de idade, com presença de lesão de cárie profunda no primeiro molar inferior direito. Após 4 minutos de aplicação do gel de papaína, o tecido cariado foi cuidadosamente removido e o restante do gel lavado. Após isso, a cavidade recém-preparada foi corada por 1 minuto na porção mais profunda com uma solução de rosa bengala (20μM) e irradiada por um LED de alta intensidade totalizando 6 minutos de irradiação. Após a aplicação desses métodos de controle microbiano, a cavidade foi restaurada definitivamente com resina composta. Verificou-se após 6 meses de controle, sucesso clínico e radiográfico atingido por meio das técnicas empregadas associadas a medidas preventivas fornecidas à paciente. Verificou-se sucesso das técnicas, embora o tempo despendido tenha sido um dos maiores desafios para a realização do caso.
Conclusão: Embora a associação tenha resultado em uma descontaminação ótima da cavidade, o tempo clínico foi prejudicado. Encoraja-se o uso das tecnologias de forma isolada e mais investigações que visem a otimização de tais terapias alternativas.
PP-078 – Prevalência de anomalias dentárias em crianças e pacientes especiais de serviço especializado público no Brasil
Lamarque GCC*, Politi MPL, Kratunova E, Silva LAB, Paula-Silva FWG, Segato RAB
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
As anomalias dentárias são distúrbios que ocorrem pela interação entre fatores genéticos e ambientais durante o desenvolvimento dentário nos estágios de morfo ou histodiferenciação. Sua ocorrência pode causar alterações no padrão de erupção, má oclusão, problemas estéticos e periodontais e aumentar o risco a cárie. O objetivo deste estudo foi avaliar radiografias panorâmicas digitais quanto à presença de anomalias dentárias. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP-USP). Inicialmente, foram avaliados prontuários digitais de 1.290 pacientes especiais e 2.130 crianças atendidos na FORP-USP entre 2008 e 2018. Foram incluídas crianças de 2 a 12 anos e excluídos pacientes acima de 12 anos e radiografias de baixa qualidade. As anomalias foram classificadas como anomalias de número, forma, tamanho ou posição e os dados analisados por meio do qui-quadrado, com significância de 5%. Após análise inicial, 208 radiografias foram incluídas, 57 de pacientes especiais e 151 de crianças. A prevalência de anomalia dentária foi de 37,5%. A amostra era composta de 76,9% brancos, 13,5% pardos, 6,7% negros e 1,4% mestiços. Os negros apresentaram maior frequência de anomalias (56%), seguidos pelos brancos e pardos (46%). Quanto ao sexo, os indivíduos do sexo masculino foram mais afetados (40%) do que os indivíduos do sexo feminino (34%). As anomalias de número foram as mais comuns (16,5%), seguidas por anomalia de posição (10,5%), forma (7,9%) e tamanho (2,6%), respectivamente. Não houve associação entre anomalias dentárias com sexo ou raça.
Uma vez que essas anomalias podem causar problemas odontológicos graves o seu diagnóstico precoce pode resultar em tratamentos mais simples e reduzir a chance de futuras complicações.
CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
PP-079 – Educação digital – Criação de vídeos educativos para saúde bucal de crianças
Oliveira FMMPC*, Carvalho MS, Arnez MFM, Junior LAA, Masson BC, Gilbertoni CB, Queiroz AM, Paula-Silva FWG
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Introdução: Em decorrência da pandemia da COVID-19, as consultas odontológicas eletivas foram interrompidas e informações sobre saúde bucal passaram a ser difundidas por meio de canais virtuais. Dessa forma, foram elaborados vídeos educativos e disponibilizados através de um canal no YouTube.
Material e método: Foram elaborados 5 vídeos voltados para crianças, pais e educadores. Os primeiros tinham como finalidade a instrução sobre primeiros socorros em casos de traumatismos dentários, recomendações para incentivar a higienização bucal e orientações de como e quando buscar o consultório odontológico em caso de necessidade. A partir do momento em que as condições sanitárias se mostraram favoráveis, outros vídeos foram criados para apresentar os novos equipamentos de proteção individual utilizados pelos dentistas. Os vídeos educativos foram publicados no canal do YouTube Alfabetização em Saúde Bucal e a divulgação foi realizada através de mídias sociais.
Resultados: Houve um aumento no número de inscritos no canal, e visualizações dos vídeos. Quanto ao perfil dos espectadores, 21% entre 13/17 anos, 53% entre 18/24 anos, 17% entre 25/34 anos e 9% > 35 anos. Destes 84% são do sexo feminino e 16% do masculino. Em 12 semanas, os vídeos “Paramentação e desparamentação no consultório odontológico” apresentou 922 visualizações, “Cavidade bucal: porta de entrada para várias doenças” 118, “Novos equipamentos de proteção individual” 49, “Traumatismo dentário” 23 e “Odontologia em tempos de COVID-19” 112.
Conclusão: Os públicos-alvo tiveram acesso ao conteúdo e ao benefício desses vídeos, tendo em vista o aumento da visualização e compartilhamento do conteúdo. A difusão de conhecimento por via digital pode representar uma importante ferramenta para a educação em saúde bucal.
CAPES, Santander, PRCEU USP
PP-080 – A exodontia como opção de tratamento para primeiros molares permanentes severamente afetados pela Hipomineralização de Molares e Incisivos: relato de caso clínico.
Farias AL*, Restrepo MR, Bussaneli DG, Gomez LM, Mejía JD, Santos-Pinto L.
Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP
Objetivo: A exodontia é uma das opções de tratamento para primeiros molares severamente afetados pela Hipomineralização de Molares e Incisivos (HMI), devido a possibilidade do reposicionamento espontâneo dos segundos molares permanentes. Como as extrações devem ser realizadas em idades específicas do paciente, durante o tempo de espera poder ser necessária a realização de tratamentos restauradores temporários para controle da dor e hipersensibilidade. Assim, o objetivo deste caso foi realizar restaurações temporárias com coroas de aço e cimento de ionômero de vidro em dentes com HMI para o controle da hipersensibilidade até o momento ideal da exodontia.
Descrição do caso: Paciente do sexo feminino de 9 anos de idade apresentava a principal queixa “os dentes do fundo me incomodam e não consigo escovar direito”. Clinicamente, os dentes 11 e 21 apresentavam opacidades demarcadas branca e amarela. Os 4 primeiros molares permanentes apresentavam HMI severa com opacidades associadas à perda de estrutura, cárie dentária e acúmulo de placa. Inicialmente foi proposta a adaptação de coroas de aço nos dentes 16 e 26 e restaurações com cimento de ionômero de vidro convencional nos dentes 36 e 46. Na avaliação ortodôntica optou-se por extrair os 4 primeiros molares permanentes em duas sessões. Após 10 meses de acompanhamento, os segundos molares permanentes estavam em boca e sem hipomineralizações severas. Radiograficamente, a inclinação desses dentes é favorável em ambos os arcos, o que demonstra que o prognóstico do tratamento também é favorável.
Conclusão: A exodontia de primeiros molares permanentes é uma opção de tratamento viável em casos de HMI severa e a instituição de tratamentos temporários foi eficiente para proporcionar conforto ao paciente durante o tempo de espera.
PP-081 – Macro e microabrasão como alternativa para o tratamento estético de dentes afetados pela fluorose dentária: relato de caso clínico.
Farias AL*, Restrepo MR, Bussaneli DG, Ricci W, Santos-Pinto L.
Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP
Obejtivo: A fluorose dentária é um defeito qualitativo que ocorre durante a mineralização da matriz de esmalte e tem como etiologia, a exposição crônica ao flúor. Clinicamente, a fluorose se apresenta como opacidades difusas que variam da coloração branca ao castanho com possibilidade de perda estrutural em casos mais severos. O tratamento da fluorose inclui um amplo espectro de possibilidades que vão desde os mais conservadores até os mais invasivos, porém a sua escolha deve se basear principalmente na idade e expectativas do paciente e severidade da fluorose. O objetivo deste caso clínico foi associar as técnicas de macro e microabrasão do esmalte para o tratamento estético da fluorose.
Descrição do caso: Paciente do sexo feminino de 12 anos de idade apresentava queixa estética em relação aos dentes superiores. Clinicamente, os incisivos centrais e laterais superiores apresentavam opacidades brancas recobrindo quase completamente a superfície vestibular. Inicialmente, foi realizada a macroabrasão do esmalte com fresa diamantada sob controle de velocidade, seguida do uso de discos de polimento (Cosmedent). Posteriormente, foi realizada a microabrasão com a pasta Opalustre (Ultradent) com auxílio da taça de borracha. Após avaliar visualmente, a microabrasão foi repetida mais uma vez e em seguida, a pasta MI Paste foi aplicada sobre os dentes durante 7 minutos. A associação das duas técnicas alcançou resultados estéticos favoráveis após a remoção superficial das opacidades com a preservação do esmalte subjacente sadio.
Conclusão: Pode-se concluir que a combinação de técnicas mais conservadoras alcançaram uma estética favorável em dentes afetados pela fluorose, além da satisfação da paciente diante do resultado obtido.
PP-082 – Uso de fio dental em crianças de 1 a 3 anos de idade
Moraes FC*, Rubim AN, Mourão PS, Ramos-Jorge J, Ramos-Jorge ML,Zarzar PMA;Fernandes IB
FEAD – FACULDADE DE ESTUDOS ADMINISTRATIVOS DE MINAS GERAIS.
O objetivo deste estudo foi avaliar os fatores associados ao uso do fio dental em crianças de 1 a 3 anos de idade. Este estudo transversal foi realizado com uma amostra de 305 crianças de 1 a 3 anos de idade residentes na cidade de Diamantina, Minas Gerais. A coleta de dados incluiu a aplicação de questionários às mães abordando aspectos relacionados às características e hábitos maternos, fatores demográficos e relativos aos cuidados com a criança. Além disso foi realizado um exame clínico bucal a fim de avaliar o tipo de arco de Baume, presença de apinhamento e os dentes erupcionados. A prevalência do uso de fio dental nas crianças avaliadas foi de 20,3%. O uso do fio dental nas crianças foi associado à presença de dentes posteriores erupcionados (RP 1,25; IC 95% 1,17–1,35), ao hábito das mães de usar fio dental diariamente (RP 1,18; IC 95% 1,06–1,31) e à escovação dentária da criança realizada pela mãe (RP 1,16; IC 95% 1,06–1,29). Conclui-se que, crianças cujas mães usam fio dental diariamente, que as mães realizam sua escovação dentária e que já apresentam pelo menos um dente posterior erupcionado, são mais prováveis de usar fio dental.
CAPES
PP-083 – Impacto da Pandemia da COVID-19 na rotina e no atendimento odontológico de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista.
Azevedo BM*, Moro JS, Massignan C, Cardoso M, Bolan M
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Esse trabalho teve como objetivo avaliar o impacto da pandemia da Covid-19 na rotina diária de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e verificar o impacto no uso dos EPIs obrigatórios na aceitação ao atendimento odontológico destes indivíduos. O estudo transversal foi realizado por meio de questionários online utilizando a plataforma digital Google Forms. O questionário foi respondido pelos responsáveis das crianças e adolescentes (3-18 anos) com perguntas relacionadas à em relação à pandemia da COVID-19, a aceitação ao atendimento odontológico com o uso dos EPIs e o impacto durante e após a pandemia na rotina diária de crianças/adolescentes com TEA . Análises descritivas foram e um total de 1072 respostas foram incluídas no estudo. Sobre a percepção do responsável em relação a pandemia 41,9% concordaram ter “muito medo” do coronavírus, 42,6% concordaram ter “muito medo” de perder a vida por causa do coronavírus e 43,2% se “sentem desconfortáveis” ao pensar em coronavírus. Em relação ao uso de EPIs no atendimento odontológico durante a pandemia, quando mostrada a foto da paramentação necessária para atendimento (capote, face shield, mascara, gorro, óculos) 39,9% concordaram que o filho teria “medo” de ser atendido e 36,2% concordaram que sentiriam “medo e ansiedade” de levar o filho a uma consulta odontológica durante a pandemia. Referente ao impacto da pandemia na rotina da criança, 35,4% responderam que a rotina diária do filho foi “muito impactada” e 27% respondeu que a pandemia “irá impactar” a interação social do filho. Conclui-se que a pandemia e o uso de EPis obrigatórios para atendimento odontológico durante a pandemia são fatores que impactam a vida e possivelmente o atendimento odontológico das crianças com TEA.
PP-084 – Associação do tipo facial, máxima abertura de boca e dor nos músculos masseter e temporal em adolescentes na cidade de Belo Horizonte/MG.
Souza GLN*, Auad SM, Prado IM, Aguiar SO, Hoffmam GB, Pordeus IA, Serra-Negra JMC, Abreu LG
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais
Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar a associação do tipo facial, máxima abertura de boca e dor nos músculos masseter e temporal em adolescentes na cidade de Belo Horizonte/MG. Metodologia: Foram incluídos 403 adolescentes. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG (CAAE: 91561018.5.0000.5149). Para o diagnóstico do tipo facial, o Índice Facial foi utilizado. Este índice leva em consideração a proporção entre a largura (distância bizigomática) e altura (distância do násio ao gnátio) da face, através da fórmula: altura da face X 100 / largura da face. O adolescente poderia ser classificado como mesofacial, dolicofacial e braquifacial. A máxima abertura de boca foi avaliada através do uso de um goniômetro de boca (EMG System do Brasil, São Paulo, Brasil). Utilizamos o valor máximo obtido em três repetições da medida. A dor no músculo masseter e no músculo temporal foi avaliada por um examinador calibrado. Foi realizada análise estatística descritiva, teste qui-quadrado e teste Kruskal Wallis. O nível de significância foi p<0,05. Resultados: Entre os adolescentes, 58,1% eram do sexo feminino e 41,9% do sexo masculino. A média de idade foi de 14,36 anos (±1,56). Adolescentes dolicofaciais apresentaram maior abertura máxima de boca (p<0,01) e menos dor no músculo masseter (p=0,03). Adolescentes braquifaciais apresentaram mais dor no músculo temporal (p=0,03) quando comparados com os demais grupos. Conclusão: Concluiu-se que, entre adolescentes, existe uma relação da máxima abertura de boca e dor no músculo masseter e músculo temporal com o tipo facial.
CNPq
PP-085 – Mudanças no consumo infantil de alimentos cariogênicos e não cariogênicos durante a pandemia da doença COVID-19
Crema AFA*, Menoncin BLV, Crispim SP, Fraiz FC
Universidade Federal do Paraná
OBJETIVO: Analisar as mudanças no consumo infantil de alimentos cariogênicos e não cariogênicos durante a pandemia da doença COVID-19.
METODOLOGIA: Os pais/responsáveis de 71 crianças (3 a 5 anos de idade) matriculadas na rede municipal de ensino de Curitiba-PR responderam um questionário socioeconômico e demográfico e sobre o relato de consumo alimentar usual anterior e o consumo alimentar durante a pandemia. Análises bivariadas não paramétricas foram realizadas (α=0,05).
RESULTADOS: Modificações importantes na alimentação infantil durante a pandemia foram observadas. Crianças de famílias do menor tercil de renda apresentaram maior relato de aumento no consumo de frutas e refrescos do que os outros estratos de renda. O percentual de crianças que aumentaram o consumo de verduras e legumes, refrescos, refrigerantes, fast food, uso de mamadeira, hábito de beliscar entre as refeições, hábito de adoçar bebidas foi significativamente maior entre aqueles que tinham relato de consumo ou hábito usual anterior desses alimentos do que aqueles que não apresentavam relato de consumo ou hábito usual anterior. Guloseimas, salgadinhos apresentaram relato de aumento no consumo durante a pandemia nos grupos com e sem relato usual anterior, sem diferenças significantes entre esses grupos. Cerca de 97% das crianças tinham relato de consumo usual anterior de frutas, sendo que para 67% houve um aumento no consumo de frutas durante a pandemia.
CONCLUSÃO: Ocorreram modificações importantes na alimentação infantil durante a pandemia, sendo que , para todos os alimentos, o aumento no consumo durante a pandemia foi associado ao relato de consumo usual anterior, com exceção das guloseimas e salgadinhos, que aumentaram independente do consumo usual anterior.
PP-086 – Percepção parental quanto à presença de dentes permanentes na cavidade bucal de crianças com dentição mista e alfabetismo em saúde bucal.
Marchetti G*, Gonçalves BFA, Souza YH, Kuklik HH, Assunção LRS.
Universidade Federal do Paraná.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre o alfabetismo em saúde bucal (ASB) e a percepção de pais ou cuidadores quanto à presença de dentes permanentes em cavidade bucal de crianças com dentição mista. METODOLOGIA: A amostra foi composta por de 51 pares de crianças entre 6 e 11 anos de idade e seus cuidadores. Um questionário, previamente testado, foi utilizado para avaliar a percepção dos cuidadores quanto ao número dentes permanentes totais, anteriores e posteriores presentes na cavidade bucal da criança. Dados sócio econômicos e demográficos também foram avaliados e a classificação econômica seguiu os critérios da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. O ASB foi avaliado atrávés do instrumento traduzido e validado para o Português do Brasil, Brazilian Rapid Estimate of Adult Literacy in Dentistry, por duas entrevistadoras calibradas (Kappa≥0,924). Um exame clínico também foi realizado por duas examinadoras treinadas a fim de se avaliar o número e localização de dentes permanentes presentes na cavidade bucal das crianças. Os dados foram avaliados por análise descritiva, teste de coeficiente de correlação intra-classe e testes não paramétricos. RESULTADOS: Houve associação entre os escores do ASB e a percepão dos pais/cuidadores sobre a presença de dentes permanentes totais em boca (P=0,043). Houve concordância quanto ao número dentes permanentes presentes na cavidade bucal da criança, considerando-se o número total, dentes anteriores ou posteriores, entre pais/cuidadores e examinadoras, porém apenas para os participantes com alto nível de ASB (P<0,05). CONCLUSÃO: Conclui-se que o ASB está associado à percepção de pais ou cuidadores quanto à presença de dentes permanentes na cavidade bucal de crianças em fase de dentição mista.
PP-087 – Impacto da saúde bucal na vida de crianças em idade pré-escolar
Silva BNS*, Maroco J, Campos JADB.
Faculdade de Odontologia de Araraquara (FOAr-UNESP)
Objetivo: Estimar a influência de características demográficas, da experiência de cárie e do índice de placa no impacto da saúde bucal na vida das crianças. Métodos: Participaram crianças em idade pré-escolar matriculadas em instituições de ensino público e suas mães. Utilizou-se o a Escala de Impacto na Saúde Oral na Primeira Infância (ECOHIS). A comparação dos escores médios da percepção do impacto da saúde bucal na vida das crianças e dos familiares segundo o sexo da criança, experiência de cárie e índice de placa, idade das mães, nível econômico, estado civil e atividade laboral foi realizada utilizando Análise de variância (ANOVA). O Coeficiente de Correlação de Pearson (r) entre o ceod e os escores médios dos fatores do ECOHIS foi estimado. Resultados: Participaram 371 crianças (idade: média=5,01; desvio-padrão (DP)=0,64) anos; 51,5% sexo masculino). A média de idade das mães foi de 33,0 (DP=7,04) anos. Observou diferença significativa no impacto de saúde bucal segundo a experiência de cárie, índice de placa e estrato econômico (p<0,05). Observou-se relação positiva e significativa entre ceod e o impacto na vida da criança (r=0,550, p<0,001) e da família (r=0,402, p<0,001). Conclusão: Os indivíduos que apresentaram experiência de cárie e com menor renda apresentaram maior impacto da saúde bucal em suas vidas.
PP-088 – Análise da influência de variáveis individuais nas medidas dentárias de incisivos e caninos decíduos de pacientes com fissura labiopalatina
Fernandes LF*, da Gama MCCM, Petroni VVB, Mendes CS, Reis GE, Weiss SG, Kuchler EC, Scariot R.
Universidade Federal do Paraná
O objetivo deste estudo transversal observacional foi avaliar a associação entre as medidas mésio-distais (MD) e vestíbulo-linguais (VL) de incisivos e caninos decíduos de pacientes com fissura labiopalatina (FL/P) com as variáveis sexo, tipo de fissura e morfologia do arco. Um total de 306 modelos odontológicos provenientes de indivíduos que buscaram atendimento no Centro de Atendimento ao Fissurado Labiopalatal (CAIF/HT) em Curitiba/PR foram avaliados. Diferentes modelos foram selecionados de acordo com o grupo dentário estudado e os critérios de inclusão e exclusão da amostra. Para mensurar as medidas MD e VL dos dentes avaliados foi utilizado um paquímetro digital de precisão absoluta. Os mesmos dentes foram mensurados em três tempos distintos (CCI 0,94 – IC 95%). Em relação ao tipo de fissura, os modelos foram classificados em fissura labial, labiopalatina e palatina. Já a morfologia da arcada superior e inferior foi dividida em redonda, quadrada, em “v” e ovoide. Os dados foram submetidos a análise estatística, com nível de significância de 5%. A mediana de idade que os pacientes possuíam quando os modelos foram obtidos foi de 8 anos (6-16). Em relação ao sexo, as mulheres apresentaram maior tamanho VL do dente 63 quando comparadas aos homens (p = 0,03). Quanto à morfologia do arco, a medida VL do dente 81 foi maior em pacientes com arco ovoide quando comparados com outros tipos de arco (p = 0,02). Não houve diferença estatisticamente significante em relação ao tamanho MD e VL e tipo de fissura (p > 0,05). Por fim, notou-se associação da medida VL de caninos e incisivos centrais decíduos com o sexo e morfologia do arco, respectivamente.
PP-089 – O polimento do esmalte dentário humano exclusivamente com lixas de granulação distintas gera medidas correlatas de rugosidade em 2D e 3D?
Vieira TI*, Andrade KMS, Cabral LM, Valença AMG, Maia LC, Batista AUD.
Universidade Federal da Paraíba
Objetivo: O preparo de amostras dentárias para estudos de erosão e/ou abrasão requer polimento criterioso de sua superfície para leitura em perfilometria. Existem alguns métodos para o polimento dos substratos dentários, como polimento com lixas de granulação decrescente associado ou não ao disco de feltro e pasta abrasiva. Sendo assim, este trabalho avaliou a correlação entre os valores de rugosidade superficial 2D (Ra) e 3D (Sa) após polimento do esmalte dentário humano com lixas de granulação decrescente. Metodologia: O trabalho foi aprovado pelo CEP (12872819.3.0000.5188-CAAE). Os blocos foram obtidos a partir de molares permanentes inclusos. Selecionaram-se 30 blocos de esmalte através da geração de números aleatórios sem repetição. Os blocos foram polidos em politriz com lixa de granulação 600 por 30 segundos e, posteriormente, lixa de granulação 1200 por 1 min. Os dados de rugosidade foram obtidos em duplicata em um perfilômetro óptico 3D de não contato com abertura numérica de 0,55, magnificação de 50x, velocidade de leitura de 1x e modo ‘xyz’. Cada registro foi composto de 8 medidas de Ra e 1 medida de Sa. A normalidade dos dados foi testada e os achados analisados pela correlação de Spearman (p<0,05). Resultados: Os valores medianos de Ra e Sa foram, respectivamente, 0,03µm e 0,08µm. Houve uma excelente correlação significativa e positiva entre o Ra e o Sa (rô=0,87; p=0,00). Conclusão: Embora os parâmetros de superfície tridimensionais sejam sugeridos como preferenciais na avaliação da rugosidade superficial, pode-se verificar que no esmalte dentário humano polido com as lixas de granulação decrescente existiu uma correlação positiva entre os parâmetros de rugosidade linear e de área, quando se utilizam vários percursos de avaliação linear.
CAPES – Código de Financiamento 001.
PP-090 – Materiais obturadores de canais radiculares para tratamento endodôntico de dentes decíduos necrosados: Revisão sistemática e meta-análise em rede
Pedrotti D*, Bottezini PA, Casagrande L, Braga MM, Lenzi TL
UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Este estudo teve como objetivo investigar a influência de diferentes materiais obturadores de canais radiculares no sucesso clínico e radiográfico do tratamento endodôntico de dentes decíduos necrosados. Uma busca na literatura foi realizada nas bases de dados PubMed/MEDLINE, Cochrane e Scopus até julho de 2020, sem restrições de data ou idioma, para selecionar ensaios clínicos randomizados que compararam pelo menos dois materiais obturadores utilizados no tratamento endodôntico de dentes decíduos necrosados. Dois revisores selecionaram os estudos, extraíram os dados e avaliaram o risco de viés de forma independente. Os materiais obturadores foram agrupados de acordo com o componente principal: (iodofórmio hidróxido de cálcio, óxido de zinco ou mistura dos três componentes (pastas mistas). Meta-análise em rede foi realizada para mensurar o efeito de cada material sobre o desfecho (insucesso clínico e radiográfico). Os tratamentos também foram ranqueados de acordo com a probabilidade de falha. Dos 567 estudos potencialmente elegíveis, 8 foram selecionados para leitura na íntegra e 7 foram incluídos na revisão sistemática. Na evidência direta, as pastas ZO resultaram em uma chance maior de falha do que as pastas iodoformadas (OR: 7,07 IC 95%: 1,02,62,59). Na evidência indireta, não houve diferença entre os materiais avaliados. Entretanto, as pastas à base de hidróxido de cálcio apresentaram menor probabilidade de falha (0,6755) e as pastas iodoformadas tiveram a maior probabilidade de falha (0,8099). O risco de viés foi incerto na maioria dos estudos (40,8% de todos os itens). Concluindo, não há evidência suficiente que aponte a superioridade de qualquer material obturador de canais radiculares para tratamento endodôntico de dentes decíduos necrosados.
PP-091 – Tratamento multidisciplinar em paciente infantil politraumatizado: proservação de 4 anos
Gameiro JBC*, Pinto ABR, Ceron D, Marengoni LA, Araújo ML, Provenzano MGA, Santin GC, Scheffel DLS, Fracasso MLC
Universidade Estadual de Maringá
Traumatismos maxilofaciais no público infantil devem ser tratados com cautela, e exames radiográficos devem ser realizados para acompanhamento do crescimento e possíveis sequelas. O presente trabalho tem o objetivo de relatar um caso clínico de uma criança de 5 anos que sofreu um trauma severo em região de face, ocasionando fraturas no terço médio da face, osso zigomático e em mandíbula, além da avulsão de 10 elementos dentários. O tratamento de emergência foi prestado pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da UEM e equipe médica do Hospital Universitário de Maringá, onde foram realizadas suturas em tecido mole e cirurgia para correção maxilar e mandibular. Após 3 meses, a paciente recebeu alta do hospital e foi encaminhada para a Residência em Odontopediatria da UEM, para realização do tratamento reabilitador com a instalação de prótese parcial fixa anterior conectada pelo sistema tubo-barra, para não interferir no desenvolvimento maxilar. A prótese foi removida após 2 anos, visto o irrompimento próximo dos dentes permanentes. Nas consultas de retorno, alguns dentes permanentes irromperam, porém o dente 21 apresentou grande mobilidade devido à severa dilaceração radicular, diagnosticada ao exame radiográfico de rotina. Devido a extensão do trauma, houve grande perda óssea na região palatina comprometendo o crescimento da região maxilar levando ao desenvolvimento de uma mordida cruzada anterior. Foi instalado um disjuntor maxilar com gancho para máscara facial para tracionamento maxilar. O tratamento tem mostrado sucesso, apesar das grandes limitações. A abordagem multidisciplinar é de extrema importância para minimizar e tratar sequelas, acompanhando o crescimento craniofacial em paciente politraumatizados, melhorando a qualidade de vida e autoestima.
PP-092 – Fatores associados à utilização dos serviços de saúde bucal por crianças de 1 a 3 anos de idade
Lopes ABS*, Ramos-Jorge ML, Mourão PS, Rodrigues AB, Ramos-Jorge J, Fernandes IB
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, Minas Gerais, Brasil
Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar os fatores associados à utilização dos serviços de saúde bucal por crianças de 1 a 3 anos de idade.
Metodologia: Esse estudo transversal foi realizado na cidade de Diamantina, Minas Gerais, com uma amostra de 308 crianças com idade de 1 a 3 anos e seus pais/cuidadores. Essas crianças foram selecionadas aleatoriamente dentre aquelas registradas nas Unidades Básicas de Saúde da cidade. Os pais/cuidadores responderam a um questionário que abordava aspectos sociodemográficos e econômicos da família e hábitos da criança. Um examinador treinado e calibrado realizou a avaliação clínica das crianças para a presença de cárie dentária utilizando os critérios do International Caries Detection and Assessment System (ICDAS). A análise estatística foi realizada através do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para Windows, versão 22.0 e incluiu a descrição de frequência das variáveis e regressão hierárquica de Poisson.
Resultados: Das crianças incluídas 39,6% já tinham ido ao dentista pelo menos uma vez na vida. Crianças inseridas em famílias mais numerosas (RP=0,80; IC95%= 0,67-0,95; p=0,015) e que apresentavam cárie dentária óbvia (Códigos 3-6 ICDAS) (RP=0,76; IC95%= 0,61-0,94; p=0,013) apresentaram menor prevalência de ida ao dentista.
Conclusão: O número de dependentes da renda familiar e presença de cárie dentária estão associados à utilização dos serviços de saúde bucal por crianças de 1 a 3 anos de idade.
CAPES
PP-093 – Associação entre Hipomineralização Molar Incisivo e Hipomineralização de Segundos Molares Decíduos em escolares de Bauru
Bisaia A*, Leone CCL, Mendonça FL, Grizzo IC, Di Campli FGR, Honório HM, Machado MAAM, Oliveira TM, Rios D
Faculdade de Odontologia de Bauru- Universidade de São Paulo
A Hipomineralização Molar Incisivo (HMI) é uma alteração do esmalte de origem sistêmica, que atinge um ou mais molares permanentes associados ou não com os incisivos permanentes. O mesmo tipo de má formação do esmalte tem sido observado em segundos molares decíduos denominada Hipomineralização de Segundos Molares Decíduos (HMD). Esse estudo avaliou a associação entre HMI e HMD em uma mesma amostra de escolares de Bauru (SP). Trata-se de um estudo descritivo, transversal, realizado com 682 escolares de 6 a 10 anos matriculados em escolas municipais abrangendo todas as regiões geográficas da cidade. O levantamento epidemiológico foi realizado por dois pesquisadores treinados e calibrados para o diagnóstico de HMI e HMD (Kappa=0,85) utilizando o critério de Ghanim. As crianças foram examinadas nas escolas com a ajuda de espelho, sonda OMS, luz artificial e gaze para secagem das superfícies dentárias. Os dados foram analisados utilizando análise descritiva e teste qui-quadrado (p <0,05) para avaliar a associação entre HMI e HMD. Os resultados mostraram que a prevalência de HMI e HMD foi de 25% e 8,65%, respectivamente. Uma associação positiva (p<0,0001) foi encontrada entre as duas condições, das crianças com HMD, 44% apresentaram HMI e das crianças que não apresentavam HMD, apenas 23,2% foram diagnosticadas com HMI. Conclui-se que a presença de hipomineralização em segundo molar decíduo está associada a ocorrência deste tipo de defeito no esmalte em primeiros molares permanentes.
FAPESP
PP-094 – Avaliação nacional da prática de procedimentos restauradores adesivos em dentes decíduos
Serafim RJ*, Borges M, Baldiotti ALP, Warol F, Scarparo A
Instituto de Saúde de Nova Friburgo – Universidade Federal Fluminense (ISNF/UFF)
Este estudo avaliou nacionalmente a prática de procedimentos restauradores adesivos em dentes decíduos. Após aprovação pelo CEP (CAAE 20660719.0.0000.5626), especialistas em odontopediatria de todos os estados, foram convidados, via email e instagram, a responderem um questionário com dados pessoais (estado em que reside, onde e quando se formou e fez especialização) e informações sobre a prática clínica (protocolo adesivo utilizado, informações sobre qual e como utiliza o sistema adesivo). As respostas foram coletadas entre dezembro de 2019 e agosto de 2020. 521 respostas foram analisadas descritivamente. O tempo médio de conclusão da graduação foi de 13 anos e de 6 anos para a especialização. No que diz respeito à prática dos procedimentos adesivos, 42% dos participantes realizam o condicionamento ácido da dentina pelo tempo de 15s, 9,5% condicionam por 7s, 2,5% não utilizam mais o sistema adesivo convencional (condiciona-lava) e o restante (46%) variaram o uso do ácido fosfórico entre os tempos de 20s a 1 min. A técnica úmida (secagem do substrato) é realizada por 73% dos participantes, e em 99,2% dos casos, a aplicação do adesivo é realizada de forma ativa. O sistema universal é utilizado por 80% dos participantes, e o condicionamento ácido seletivo do esmalte é realizado por 75% dos participantes. Com relação ao sistema autocondicionante (dois frascos) apenas 24% fazem uso, sendo o Clearfill SE Bond o adesivo de escolha. Conclui-se que o tempo do condicionamento ácido da dentina de dentes decíduos não possui um protocolo padrão sendo realizado nacionalmente, ainda que se saiba das diferenças morfológicas. Foi possível observar também a utilização expressiva do sistema adesivo universal, contudo apenas 75% tem realizado o condicionamento ácido seletivo do esmalte.
PP-095 – Efeito do glicerofosfato de cálcio sobre o pH de biofilmes mistos de Candida albicans e Streptococcus mutans, antes e após exposição à sacarose
Sampaio C*, Cavazana TP, Hosida TY, Monteiro DR, Pessan JP, Delbem ACB
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Odontologia, Araçatuba
Este estudo teve o objetivo de avaliar o efeito do glicerofosfato de cálcio (CaGP), associado ou não ao fluoreto (F), sobre o pH de biofilmes mistos de Candida albicans e Streptococcus mutans, antes e após exposição a sacarose. Os biofilmes foram formados em saliva artificial suplementada com sacarose em placas de microtitulação de 6 poços, e expostos a 3 tratamentos (72, 76 e 92 horas após o início da formação), por 1 min, com soluções de CaGP nas concentrações de 0,125, 0,25 e 0,5%, associadas ou não ao F (500 ppm). Soluções de F a 500 e 1100 ppm também foram avaliadas, e o grupo tratado com saliva artificial foi considerado como controle negativo (CN). A exposição dos biofilmes a 20% de sacarose ocorreu após o terceiro tratamento (96 h). Os biofilmes tiveram o seu pH mensurado com micro-eletrodo previamente calibrado (pH 4,0 e 7,0). Os dados foram submetidos a ANOVA a um critério, seguida pelo teste Fisher LSD (p<0,05). O grupo CN apresentou valores de pH significantemente menores que todos os demais grupos avaliados. Após a exposição à sacarose, foi observada uma redução no pH de todos os grupos, exceto aqueles tratados somente com CaGP. O maior valor de pH foi observado para o grupo tratado com CaGP a 0.5% associado ao F, antes e após exposição à sacarose. Conclui-se que o CaGP promoveu um aumento no pH dos biofilmes testados, mesmo após exposição à sacarose.
PROCAD/CAPES Proc. n. 88881.068437/2014-01
PP-096 – Infraoclusão em dentes decíduos: relato de caso clinico
Sampaio C*, Báez-Quintero LC, Hosida TY, Favretto CO, Nagata ME, Cunha RF
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Odontologia, Araçatuba
O objetivo do presente trabalho é apresentar um caso clinico de infraoclusão severa em dentes decíduos. Paciente do sexo masculino, 6 anos e 9 meses de idade, residente em Araçatuba e que assiste à clinica de prevenção da Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual Paulista-UNESP (câmpus de Araçatuba). Clinicamente apresenta o primeiro molar esquerdo decíduo (74) em infraoclusão com localização abaixo do contato proximal dos dentes adjacentes. Radiograficamente observa-se descontinuidade do ligamento periodontal em algumas áreas da raiz. O diagnostico final foi Anquilose dentária severa do dente 74. O tratamento proposto foi a extração do dente 74 e manutenção do espaço com banda alça. Concluiu-se que o diagnóstico precoce de anquilose em dentes decíduos é importante para decidir o tratamento adequado de acordo com a idade do paciente e classificação da patologia. Caso seja indicada a extração do dente anquilosado em idades onde o permanente ainda não está em período de erupção é necessário colocar um mantedor de espaço e realizar acompanhamento clínico e radiográfico até o dente permanente erupcionar e alcançar o plano de oclusão.
PP-097 – Conhecimentos e práticas de saúde bucal em crianças com câncer da perspectiva de cuidadores e equipe de enfermagem.
Barboza ARG, Barros AA, Medeiros-Serpa EB*
Universidade Federal da Paraíba
O objetivo da pesquisa foi verificar a percepção do enfermeiro e do cuidador do paciente infantil em tratamento antineoplásico, acerca dos hábitos de saúde bucal e a sua concordância em relação às manifestações bucais. Metodologia: tratou-se de um estudo observacional, do tipo transversal, com amostra censitária de conveniência, composta pela equipe de enfermagem (n=07) e pelos cuidadores das crianças e adolescentes internadas (n=30) no setor de Oncologia Pediátrica do Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, Paraíba. O grau de concordância entre os cuidadores e a equipe de enfermagem foi determinado pelo Coeficiente de Kappa. Resultados: as crianças apresentavam idade média de 9,1 anos (±5,5), tendo como patologia de base mais comum a Leucemia Linfoblástica Aguda (30%), sendo a mãe sua principal cuidadora (73,3%). Em relação aos cuidados bucais, metade dos cuidadores (50%) relatou que a frequência da higiene bucal nas crianças era de duas vezes ao dia, sem o auxílio do cuidador (63,3%) e da equipe de enfermagem (71,4%). A maioria dos cuidadores (83,3%) alegou ter recebido instrução de higiene bucal, destes, em 70,0% casos, foi fornecida pelo cirurgião-dentista. Em relação às manifestações bucais, a mais relatada pelos cuidadores foi boca seca (60%) e pela equipe de enfermagem o enjoo (60%), ocorrendo uma pobre a fraca a concordância entre os dois grupos (Kappa = 0,06 a 0,38). Conclusão: a frequência de manifestações bucais decorrente do tratamento antineoplásico, foi considerada alta entre os cuidadores e equipe de enfermagem, com fraca concordância entre os grupos, todavia a prática de higiene bucal precisa ser reforçada, bem como melhorar a comunicação entre os cuidadores e profissionais de saúde.
PP-098 – Hipomineralização molar-incisivo em pacientes pediátricos oncológicos.
Barros AA, Barboza ARG, Medeiros-Serpa EB*
Universidade Federal da Paraíba
Objetivo: Identificar a prevalência de Hipomineralização Molar-Incisivo (HMI) e da cárie dentária nos pacientes oncológicos infantis, assistidos no Hospital Napoleão Laureano, João Pessoa, Paraíba. Metodologia: Foi desenvolvido um estudo transversal, observacional, com abordagem quantitativa em 40 pacientes oncológicos na faixa etária de 0 a 19 anos. A partir do prontuário dos pacientes foram obtidas informações sociodemográficas, da patologia de base, hematológicos, e do tratamento antineoplásico instituído. Os dados foram coletados por meio de um exame clínico dentário, por um examinador calibrado (Kappa=0,89). Para o diagnóstico da HMI, utilizaram-se os critérios da Associação Europeia de Odontopediatria (EAPD), e para o levantamento da cárie dentária, foram utilizados os índices de dentes permanentes, cariados, perdidos e obturados e o de dentes decíduos cariados, com extração indicada e obturado, de acordo com os códigos e critérios do SB Brasil 2010. Resultados: Verificou-se que a maioria da amostra foi composta de crianças do sexo masculino (64%), com até 10 anos de idade (80%), portadora de Leucemia Linfoblástica Aguda (30%) e submetida à quimioterapia (92,5%). A prevalência de HMI foi de 5%, sendo estas classificadas como do tipo 2, com perda estrutural dentária de severidade severa. Na dentição decídua a prevalência de cárie foi de 42,9%, na dentição permanente foi de 68,1%. Conclusão: O presente estudo verificou que a prevalência de cárie foi alta, contudo a de hipomineralização molar – incisivo nos pacientes oncopediatátricos foi considerada baixa, sendo necessário uma amostra maior e mais tempo de acompanhamento para associar aos fatores relacionados ao câncer
Bolsa PIBIC CNPq
PP-099 – Manejo do comportamento infantil na clínica odontológica durante a pandemia de COVID-19
Pereira LM*, De Castilho ARF, Beckman CKC, Silva CR, Rontani, RMP
Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP/UNICAMP)
Objetivo: A rápida disseminação do SARS-CoV-2 trouxe novos desafios para a odontopediatria. Uma vez que a gestão do comportamento é o ponto-chave na rotina do atendimento odontológico infantil, mas existe a necessidade de controlar a propagação do vírus, este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 e das novas vestimentas no manejo do comportamento infantil. Metodologia: Uma pesquisa online foi realizada durante o período de 3 semanas, divulgada por meio de redes sociais e utilizando o Google Forms, para odontopediatras e dentistas que realizam o atendimento de crianças. Resultados: De um total de 377 odontopediatras ou dentistas que atendem crianças, 265 (70,3%) tinham o hábito de utilizar jalecos/fantasias coloridas durante a prática odontológica antes do surto de SARS-Cov-2, mas apenas 139 (37%) mantiveram essa prática durante a pandemia. Além disso, 154 (40,85%) entrevistados acreditavam que a falta dessa vestimenta durante a pandemia COVID-19 influenciou o comportamento das crianças no consultório odontológico assim como a maioria deles relatou que o uso das novas vestimentas também afetou o manejo do comportamento infantil (230/61,01%). As visitas ao dentista durante a pandemia COVID-19 não aumentaram as experiências de medo (261 / 69,23%) ou ansiedade (216 / 57,29%) nas crianças. Falar-mostrar-fazer e reforço positivo foram as técnicas de manejo de comportamento mais utilizadas. Os profissionais não perceberam uma necessidade crescente do uso de medicamentos não farmacológicos (255/67,64%) ou farmacológicos (348/92,31%). Conclusão: O novo traje recomendado para a prática odontológica durante a pandemia de COVID-19 e a falta de jalecos/fantasias coloridas pode ter impactado negativamente o manejo do comportamento infantil.
PP-100 – miRNAs na etiologia das fissuras orofaciais não sindrômicas humanas – Revisão Sistemática
MENDES SMA*; RIBEIRO SMM
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA
As fendas orofaciais são malformações faciais decorrentes do desenvolvimento inadequado dos lábios e palato. Muitos genes e regiões cromossômicas têm sido descritos como envolvidos nos mecanismos de fissuras orofaciais, nas quais miRNAs podem estar associados. Esta revisão sistemática tem como objetivo identificar e ampliar a compreensão do papel dos miRNAs na etiologia das fissuras orofaciais não sindrômicas humanas. Pesquisas em sete bases eletrônicas foram realizadas com vocabulário controlado e termos de texto livre relacionados à palatogênese. A avaliação do risco de viés e a extração de dados foram realizadas nos estudos selecionados. A busca recuperou 992 citações, 31 estudos foram selecionados, resultando em quatro estudos após avaliação do texto completo dos artigos. Sessenta miRNAs foram regulados negativamente, dos quais 45 foram diferencialmente expressos em todos os grupos de pacientes com fissura. Noventa e oito miRNAs foram regulados positivamente em pacientes com fissuras orofaciais, dos quais 57 foram diferencialmente expressos em todos os grupos de pacientes com fissuras. Destes, vinte e nove miRNAs foram observados com regulação negativa nos três estudos, enquanto quarenta e três miRNAs foram regulados positivamente. Encontrou baixo risco de viés nos artigos incluídos. constatou-se que 45 miRNAs regulados negativamente e 57 regulados positivamente foram expressos diferencialmente em todos os subtipos de fissuras orofaciais, sugerindo seu papel potencial no processo de palatogênese.
PP-101 – Influência do Locus parental de controle na prevalência de cárie em crianças escolares
Machado GF, Ramos-Jorge ML, Mourão PS, Galo R, Fernandes IB
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Objetivo:O objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre o Locus de controleparental (LoC) e a prevalência de cárie severa em crianças escolares.
Metodologia:Para esse estudo transversal, uma amostra de 121 crianças com idade de 7 a 9 anos e seus pais/cuidadores foi recrutada. Essas crianças foram selecionadas aleatoriamente dentre aquelas registradas nas Unidades Básicas de Saúde de Diamantina, Minas Gerais. Os pais/cuidadores foram convidados a responder àEscala Multidimensional de Lócus de Controle em Saúde. Também foram coletados dados sobre aspectos sociodemográficos e econômicos da criança e sua família. Um examinador treinado e calibrado realizou a avaliação clínica das crianças utilizando os critérios do International Caries Detectionand Assessment System (ICDAS-II).A associação entre o LoC parental e a experiência de cárie severa (códigos 5-6 ICDAS) das crianças foi analisada através do programa StatisticalPackage for the Social Sciences (SPSS) para Windows, versão 22.0 e incluiu a descrição de frequência das variáveis e regressão hierárquica de Poisson.
Resultado:Das crianças incluídas 45,5% apresentavam cárie severa. Após ajuste para dados sociodemográficos e econômicos, o LoC parental externo manteve-se associado significativamente à presença de cárie severa (1,05; 1,01-1,09; p=0.014).
Conclusão:Apresentaram maior prevalência de cárie dentária criançasescolares cujos pais tinham um Locus de controle externo, ou seja, que tinham a crença que a saúde/doença é determinada ao acaso ou sorte.
PP-102 – Perfil das consultas odontopediátricas durante a Pandemia da COVID-19
Beckman CKC*, Puppin-Rontani RM, Pereira LM, Silva CR, Castilho ARF.
Faculdade de Odontologia de Piracicaba – FOP UNICAMP
Objetivo: A rápida disseminação da SARS- CoV-2 e o alto risco de contágio pelos dentistas tem influenciado nas consultas odontológicas infantis. O presente estudo objetivou avaliar o impacto do surto da Covid-19 nas consultas odontopediátricas. Metodologia: neste estudo transversal, um questionário criado pelo formulário online do Google e distribuído para dentistas brasileiros, de Julho a Agosto de 2020, por meio das redes sociais. Resultados: um total de 377 dentistas praticantes de atendimento odontológico infantil, participou da pesquisa. A maioria relatou uma redução nos atendimentos odontológicos (70,82%). No entanto, uma alta procura por procedimentos de caráter urgencial (67%) foi observada, sendo que a dor causada por cárie dentária foi o motivo mais frequente destas consultas (35,4%). Tratamentos eletivos foram a segunda principal causa da busca por atendimento odontológico infantil (29,1%), seguido pelos traumatismos dentários (20,4%). Embora a taxa de desistências em consultórios odontológicos fosse elevada (40%), 59,3% dos pacientes compareciam a todas as consultas. Em geral, os dentistas realocaram os horários para consultas, executando o maior número de visitas entre 30-60 min (98%). Conclusão: A pandemia da COVID-19 alterou substancialmente os atendimentos odontológicos infantis, mas a principal causa da busca por atendimentos permaneceu sendo a cárie dentária.
PP-103 – Anormalidades dentárias em pacientes onco-hematológicos na infância e adolescência: uma revisão sistemática com meta-análise
Camatta IB*, de Paula GS, Brenes-Alvarado A, Pecorari VGA, Oliveira ML, Steiner-Oliveira C
Departamento de Ciências da Saúde e Odontopediatria, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Piracicaba, SP, Brasil
Objetivo: A leucemia é uma das doenças hematológicas mais frequentes em crianças e adolescentes. A quimioterapia e a radiação são formas de tratamento da leucemia e afetam as células normais, causando defeitos no desenvolvimento dentário. Este estudo revisou sistematicamente as alterações radiográficas e os efeitos tardios no desenvolvimento dentário em sobreviventes ao câncer hematológico. Metodologia: Foram incluídos estudos com pacientes em período de remissão após tratamento quimio e radioterápico, após busca inicial nas bases de dados Pubmed, Cochrane Library e Web of Science, entre 01/01/1975 a 31/12/2019. Dos 1.006 resultados, 17 estudos foram identificados e incluídos, de acordo com os critérios de inclusão. A meta-análise foi realizada calculando a razão de chances entre os grupos tratados e controle para hipoplasia, microdontia, retardo do crescimento radicular e agenesia. Modelos de efeitos fixos e randomizados foram usados e heterogeneidade, tamanho do efeito e detecção de análise de viés de publicação foram avaliados. Resultados: Os sobreviventes tiveram consequências adversas relacionadas ao câncer ou ao seu tratamento. Há evidências para apoiar a associação entre terapias antineoplásicas e anormalidades do desenvolvimento dentário, incluindo hipoplasia [OR: 6,07; IC 95%, 2,02 – 18,19] microdontia [OR: 5,90; 95% IC, 1,28 – 27,2], retardo no crescimento radicular [OR: 26,74; 95% IC, 2,09 – 341,83] e agenesia (sem diferença). Conclusão: Esta revisão sistemática com meta-análise demonstrou que as terapias antineoplásicas em sobreviventes ao câncer hematológico na infância interferem no desenvolvimento dentário, resultando em defeitos como agenesia, microdontia, hipoplasia e distúrbios radiculares.
PIBIC-CNPq, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001 e Universidad de Costa Rica (grant# OAICE-048-2017)
PP-104 – Efeito da acupressão na redução da ansiedade odontológica em crianças de 7 a 10 anos de idade: estudo piloto de ensaio clínico randomizado
Machado GF, Soares MEC, Araújo AS, Pinto ICL, Mourão PS, Barbosa LSA , Galo R
Universidade Federal Dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Objetivo: determinar o efeito da acupressão na redução da ansiedade em crianças submetidas a procedimentos restauradores odontológicos.
Metodologia: Este é um estudo piloto de ensaio clínico randomizado, duplo cego. Foram incluídas 14 crianças de 7 a 10 anos de idade que apresentassem pelo menos um molar decíduo comcárie em dentina. Além disso, deveria apresentar, no mínimo, um ponto na Escala de Ansiedade de Venham modificada (VPTm). As mães responderam a questionários socioeconômicoe de ansiedade materna. As crianças foram alocadas, por sorteio, em dois grupos diferentes para acupressão. No grupo A, pontos não documentados para indução do relaxamento e redução da ansiedade e no grupo B, pontos documentados com esse objetivo. As crianças responderam ao VPTm no final do tratamento e após a remoção da acupressão. Além disso, a frequência cardíaca foi avaliada antes e durante o tratamento e após a retirada dos pontos de acupressão. Os dados foram analisados através doSPSS, versão 22.0. Foram realizadas análises de frequência, qui-quadrado, teste t para amostras independentes e mann-whitney.
Resultado: Não houve diferença entre os grupos quanto ao sexo, idade, variáveis socioeconômicas, clinicas (CPO e ceo), ansiedade materna, ansiedade e frequência cardíaca antes do tratamento. Não houve diferença entre os grupos com relação à ansiedade após o procedimento (p=0,07) e após a remoção dos pontos de acupressão (p=0,15). No entanto, a frequência cardíaca após o procedimento foi menor no grupo B (p=0,02).
Conclusão: Crianças que receberam acupressão nos pontos documentados para redução da ansiedade apresentaram menor frequência cardíaca após a finalização da restauração. A ansiedade mensurada através de avaliação psicométrica (VPTm) não foi diferente entre os dois grupos.
PP-105 – Erupção ectópica de dentes permanentes em paciente infantil com hidrocefalia congênita: relato de caso
Catananti IS*, Tavella-Silva NC, Gonçalves FMC, Emerenciano NG, De Oliveira MAF, De Oliveira NMC, Tagliaferro EPS, Danelon M.
UNESP – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia de Araraquara, Departamento de Morfologia e Clínica Infantil.
Introdução: A Hidrocefalia é considerada uma doença congênita que afeta o sistema nervoso central, sendo caracterizada pelo acúmulo do líquido cefalorraquidiano nos ventrículos laterais do cérebro causando dilatação ventricular progressiva. Como características bucais é possível ser observado palato atrésico, hipomineralização dos dentes bem como atraso na rizólise de dentes decíduos. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de erupção ectópica e retenção prolongada de dente decíduo em paciente com hidrocefalia, assim como demonstrar um prognóstico favorável, se tratado precocemente. Descrição do caso: Paciente V.F.S, 7 anos de idade, gênero feminino, juntamente com seu responsável, procurou atendimento na clínica Geral Infantil I da Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP, queixando-se do dente que estava “nascendo atrás do outro”. Ao exame clínico observou-se erupção ectópica dos dentes 32 e 33 e a presença dos dentes 72 e 73 na cavidade oral. O exame radiográfico evidenciou rizólise completa do dente 73 e rizólise ectópica do dente 72. Diante do exame clínico e radiográfico, optou-se por exodontia dos dentes 72 e 73. Foi realizado o acompanhamento clínico de 7, 21 dias, 30 e 45 dias sendo possível evidenciar o reposicionamento dos dentes no arco dental. Conclusão: Conclui-se que a detecção da erupção ectópica associada a retenção prolongada, bem como a remoção dos dentes, em momento oportuno são importantes para evitar danos futuros a oclusão do paciente, devendo-se dar a correta importância ao acompanhamento e evolução clínica do caso.
PP-106 – Ansiedade e medo odontológico de pré-escolares e seus cuidadores e cárie na primeira infância: estudo de base populacional
Amaral LPL*, Bittencourt JM, Martins LP, Paiva ACF, Paiva SM, Bendo CB
Universidade Federal de Minas Gerais
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de ansiedade e medo odontológico de pré-escolares e de seus cuidadores e a associação com a ocorrência de cárie na primeira infância (CPI). Metodologia: Foi realizado um estudo transversal de base populacional em escolas públicas e privadas de Ribeirão das Neves, MG, com 533 pares de cuidadores e pré-escolares de 4 a 6 anos de idade. Para mensurar a ansiedade e o medo odontológico, os cuidadores responderam a um questionário com as seguintes perguntas: “Seu filho fica ansioso ou com medo quando vai ao dentista?” e “Você fica ansioso ou com medo quando vai ao dentista?”, sendo as opções de resposta: “sim”, “não” e “nunca foi/fui ao dentista”. A CPI foi diagnosticada pelo índice ceo-d, por dois examinadores calibrados. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Minas Gerais sob protocolo número CAAE – 86759218.0.0000.5149. A análise estatística dos dados foi realizada por meio de análises descritivas e bivariada pelo teste Qui-quadrado (p<0,05). Resultados: Dentre os 533 pré-escolares, 14,8% apresentaram ansiedade e medo odontológico, 60,4% nunca foi ao dentista e 52,0% tinham CPI. Em relação aos cuidadores, 16,9% relataram ansiedade e medo odontológico, sendo que 18,2% nunca foram ao dentista. As análises bivariadas demonstram que a ansiedade e o medo odontológico pré-escolares e de seus cuidadores não estão associados à ocorrência de CPI (p>0,05). Conclusão: A ansiedade e o medo odontológico dos pré-escolares e dos seus cuidadores foi baixa, e estes sentimentos não estão associados à ocorrência de CPI em pré-escolares.
CNPq, CAPES, FAPEMIG
PP-107 – Concepções e comportamentos relacionados à COVID-19 de responsáveis por crianças atendidas na clínica de odontopediatria da UFMG
Barbosa MCF*, Barcelos NS, Leal TR, Pinheiro AP, Neves ETB, Lima LCM, Granville-Garcia AF, Ferreira FM.
Universidade Federal de Minas Gerais
O presente estudo investigou as concepções e os comportamentos relacionadas a COVID-19 de pais/responsáveis por crianças atendidas na clínica de odontopediatria da Universidade Federal de Minas Gerais (FAO-UFMG). Trata-se de um estudo observacional transversal, realizado com 95 pais/responsáveis, por meio da aplicação de um questionário online através da ferramenta SurveyMonkey, contendo perguntas sobre aspectos sociodemográficos e relacionados à COVID-19. Os dados foram analisados no software SPSS Statistics® versão 20.0. Observou-se que 78% dos pais/responsáveis eram mulheres, sendo a mãe a principal respondente (72%), com idade média de 39 anos (±8,0), casada ou morando com o companheiro (75%). Aproximadamente ¼ dos responsáveis se autodeclarou branco ou negro (28% e 24% respectivamente), 48% possuíam de 8 a 12 anos de estudo formal e renda média familiar de R$3098,24 reais (±2,473,4). Entre as crianças, 63% eram meninos, com idade média de 9 anos (±12,6). Em relação as concepções, 98% dos responsáveis concordaram com a importância de lavar/higienizar as mãos, 100% de utilizar máscara, 96% de realizar distanciamento social e 74% acreditavam que o cuidado individual afeta o coletivo. Em relação aos comportamentos, 53% relatou evitar tocar o rosto, 99% utilizar máscara e 71% realizar distanciamento social. Contudo, 96% relataram continuar frequentando o supermercado, 27% realizando reuniões com amigos durante a pandemia, enquanto apenas 12% relatou ter levado a criança ao dentista no período. As fontes confiáveis usadas para se informar sobre a COVID-19 foram profissionais de saúde (57%) e sites oficias (56%). De forma geral, os pais/responsáveis por crianças atendidas na clínica de odontopediatria da FAO-UFMG relataram boas concepções e práticas acerca da COVID-19.
CAPES
PP-108 – Associação entre o baixo índice de Apgar e a incidência de defeito de desenvolvimento de esmalte em dentes decíduos: uma coorte retrospectiva
Lopes-Silva BC*, Helena-Barroso H, Souto-Souza D, Fernandes IB, Ramos-Jorge ML
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
O Índice de Apgar (IA) é um escore realizado no 1º e 5º minutos de vida. Um baixo IA pode resultar em defeitos generalizados ou defeitos mais graves afetando a qualidade ou a quantidade da formação do esmalte. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do IA em prematuros sobre a incidência de Defeitos de Desenvolvimento de Esmalte (DDE) em dentes decíduos, em comparação com crianças que nasceram a termo. Métodos: Um estudo longitudinal retrospectivo foi conduzido com crianças nascidas no período de abril de 2013 a julho de 2017 em uma maternidade da cidade de Diamantina (Minas Gerais, Brasil). As crianças foram alocadas em dois grupos: crianças nascidas a termo (Grupo 1, n=100) e prematuros (Grupo 2, n=100). Os registros hospitalares foram avaliados e aquelas que obedeciam aos critérios de inclusão foram examinadas clinicamente por um examinador treinado e calibrado quanto à presença de DDE. A análise de dados foi realizada através do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22.0, e incluiu a análise descritiva das variáveis, e regressão hierárquica de Poisson com variância robusta. Resultados: A menor escolaridade da mãe (RR=0,31; IC 95%=0,22-0,45 p<0,001) e o menor tempo de amamentação (RP=2,52; IC 95%=1,22-5,17 p=0,12) foram associados significativamente a presença de defeitos de desenvolvimento de esmalte. O IA < 7 no 5º minuto de vida (RR=3,68; IC 95%=2,48-5,45 p<0,001) apresentou-se fortemente associado a presença de DDE. Conclusão: Uma maior prevalência de DDE está associada a menor escolaridade materna e a um menor tempo de amamentação. Crianças com um valor de IA menor que 7 no 5º minuto tem um maior risco de desenvolverem defeitos de desenvolvimento do esmalte.
CAPES
PP-109 – O uso de adesivo universal contendo silano minimiza a degradação da união de reparo de resina composta?
Silva CL*, Scherer MM, Casagrande L, Leitune VCB, Araujo FB, Lenzi TL
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Este estudo avaliou o efeito de um adesivo universal contendo silano associado ou não a aplicação de silano na degradação da união de reparo de resina composta. Quarenta blocos de resina composta (Z350 XT, cor A1E) foram envelhecidos, abrasionados e condicionados com ácido fosfórico por 15 segundos e, em seguida, divididos aleatoriamente em quatro grupos: Adper Single Bond 2, silano (RelyX Ceramic Primer) + Adper Single Bond 2, Single Bond Universal, silano + Single Bond Universal. Os blocos foram reparados com a mesma resina composta (cor A3B), seccionados e submetidos ao teste de microtração após 24 horas ou 6 meses de armazenamento em água destilada. Dez blocos de resina não envelhecida foram usados para obtenção da resistência coesiva do material. Análise de Variância (ANOVA) de três fatores com dados vinculados e teste de Tukey foram utilizados para obtenção dos resultados. A comparação dos valores de resistência coesiva da resina com os valores de resistência de união (RU) dos grupos reparados (α = 5%) foi obtida através de ANOVA de um fator e Teste Dunnet. O adesivo universal (38,2 ± 8,1 MPa) apresentou maiores valores de resistência de união em comparação ao sistema adesivo convencional (28,0 ± 9,6 MPa). A aplicação prévia do silano aumentou a resistência de união do reparo independente do sistema adesivo utilizado (com silano: 36,5 ± 9,7 MPa; sem silano: 29,6 ± 9,6 MPa). Após seis meses, houve uma significante dos valores de resistência de união (24 horas = 37,0 ± 10,3 MPa; 6 meses = 29,2 ± 8,6 MPa), independente do protocolo adesivo. A RU de reparo variou de 36,3% a 66,2% da resistência coesiva da resina. O uso de adesivo universal contendo silano não dispensa a aplicação prévia de silano para minimizar degradação da união de reparo de resina composta.
CAPES
PP-110 – Hábitos diários, alimentação e sono: a pandemia COVID-19 afetou a rotina de universitários adolescentes?
Silveira KSR*, Aguiar SO, Reis TVD, Hermont APBV, Prado IM, Serra-Negra JMC, Auad SM.
Faculdade de Odontologia- Universidade Federal de Minas Gerais
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar se o distanciamento social durante a pandemia COVID-19 alterou o humor, prática de atividade física, aspectos do sono e hábitos alimentares de adolescentes universitários na classificação proposta de até 24 anos. Metodologia: Participaram deste estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética Institucional, 381 universitários de graduação e pós-graduação em odontologia, de instituições públicas e privadas de Minas Gerais, que responderam a um questionário auto aplicado através da ferramenta Google Forms, com perguntas sobre o humor, nível de atividade física, qualidade do sono, horários de dormir e acordar, volume de ingestão alimentar, ingestão alimentar noturna, peso e medidas corporais antes e durante a pandemia COVID-19. Foi realizada análise descritiva. Resultados: A média de idade foi de 21,4 anos (+1,5), sendo 81,4% do gênero feminino. A maioria relatou estar cumprindo o distanciamento social (86,1%), e uma piora do humor (61,7%) e da qualidade do sono (53,5%) durante a pandemia. Em relação aos horários de dormir e acordar, a maioria (58,3%) relatou irregularidade, que iniciou durante a pandemia. Entre os adolescentes fisicamente ativos antes da pandemia, 56,2% relataram redução do nível dessa atividade no período de distanciamento social. O volume alimentar diário aumentou durante a pandemia para a maioria (57,2%), assim como o peso e medidas corporais (56,4%). Entre os adolescentes com o hábito prévio de se alimentar à noite, 42% relataram um aumento nessa ingestão durante o distanciamento social. Conclusão: Concluiu-se que mudanças nos hábitos e estilo de vida dos adolescentes universitários ocorreram durante o período da pandemia COVID-19, com possíveis consequências negativas para a saúde.
CAPES, CNPq, FAPEMIG
PP-111 – Efeito do trimetafosfato de sódio, xilitol e eritritol associados ou não ao fluoreto no biofilme total e fluido do biofilme formado in vitro, antes e após exposição à sacarose
Capalbo LC*, Delbem ACB, Zen I, Hosida TY, Sampaio C, Morais LA, Monteiro DR, Pessan JP
Faculdade de Odontologia de Araçatuba – FOA/UNESP
Este estudo avaliou o efeito de trimetafosfato de sódio (TMP), xilitol (X), eritritol (E) e fluoreto (F), sozinhos ou em associação, nas concentrações dos íons F, cálcio (Ca) e fósforo (Pi) em biofilmes mistos de S. mutans e C. albicans formados in vitro. Os biofilmes foram formados em meio de cultura contendo TMP (0,025%), X (0,16%), E (0,04%), 20 ppm F (20F), sozinhos ou nas seguintes associações: X+E, TMP+X+E, 20F+X+E, 20F+TMP, e 20F+TMP+X+E (grupo experimental). Meio de cultura contendo 110 ppm F e meio de cultura puro foram usados como controles positivo e negativo, respectivamente. Biofilmes (96 horas) foram coletados antes e após exposição a solução de sacarose a 20% e foram analisados quanto às concentrações de F (eletrodo íon-específico), Ca (método do Arsenazo III) e Pi (método do molibdato), nas fases sólida e fluida dos biofilmes. Os dados foram submetidos a análise de variância bidirecional, seguido do teste de Fisher LSD (p < 0,05). As concentrações de F foram significativamente aumentadas no fluido do biofilme do grupo experimental quando comparado ao grupo 20F. Além disso, o grupo experimental apresentou as maiores concentrações de Ca na biomassa do biofilme antes da exposição à sacarose e aumentou sua concentração no fluido do biofilme após a exposição à sacarose. Os grupos tratados com TMP apresentaram os valores mais altos de Pi no fluido do biofilme. No geral, todos os componentes inorgânicos analisados reduziram após a exposição à sacarose, com exceção da concentração do Ca na fase fluida do biofilme. Concluiu-se que a exposição simultânea ao X, E, F e TMP (grupo experimental) aumentou os níveis de F no fluido do biofilme e afetou as concentrações de Ca tanto na fase sólida quanto na fluida dos biofilmes, antes e após exposição à sacarose.
CAPES – Código de Financiamento 001
PP-112 – Tratamento de uma criança com Hipomineralização de molares decíduos (HMD) e dente supranumerário sob anestesia geral
Yupanqui KV*, Farias AL, Santos-Pinto L
Faculdade de Odontologia de Araraquara. Universidade Estadual Paulista (UNESP)
Objetivo: Apresentar o caso clínico de uma criança com HMD atendida sob anestesia geral na clínica dental da Universidade Peruana Cayetano Heredia (UPCH).
Descrição do caso: Paciente do sexo masculino, de 4 anos e 7 meses de idade, de conduta pouco colaboradora. A mãe da criança solicitou a realização de tratamento odontológico integral e relatou que há dois dias o menino acordou chorando de dor nos molares inferiores do lado esquerdo. No exame intraoral observou-se a dentição decídua incompleta com ausência do dente 63, grande mobilidade dos dentes 51 e 61, lesões de cárie ativas cavitadas e não cavitadas, opacidades demarcadas nos dentes 55 e 65, e lesões de cárie atípica nos molares 75 e 85. No exame radiográfico comprovou-se a profundidade das lesões cariosas, presença de dente supranumerário mesiodens e a ausência do elemento 63. O diagnóstico foi: paciente com risco alto a cárie, múltiplas lesões cariosas, dente 75 com pulpite irreversível, dente supranumerário, agenesia do dente 63 e hipomineralização de molares decíduos (HMD). Na elaboração do plano do tratamento os pais não concordaram com a realização de procedimentos de sedação consciente ou de estabilização protetora. Por fim, foi realizado o tratamento integral do paciente sob anestesia geral e foi realizada a exodontia dos dentes 51, 61 e do supranumerário, tratamentos pulpares, restaurações de resina composta e coroas de aço.
Conclusão: No tratamento odontológico da criança é importante a realização de uma avaliação completa e a discussão das possibilidades de tratamento junto com os pais, considerando na abordagem as necessidades de tratamento da criança, a complexidade dos tratamentos a serem realizados e a conduta e aceitação que a criança possa ter sobre eles.
CAPES – Código de Financiamento 001.
PP-113 – Álbum de figurinhas como manejo na remoção do hábito de sucção do polegar.
Ribeiro SMM*, Mendes SMA, Kos Miranda D, Nogueira JSE
PPGO- UFPA e Centro Universitário do Pará – CESUPA
Ao nascimento, o ato de sucção bucal é uma atividade imprescindível para o desenvolvimento e vitalidade do bebê. Porém, a persistência da sucção de forma não nutritiva, como sucção do polegar, a interposição da língua e de lábio e a deglutição atípica, podem provocar alterações na posição dos dentes. Com o objetivo de esclarecer e estimular as crianças que apresentam hábitos bucais deletérios mais especificamente a sucção do polegar que causam as más oclusões, o presente trabalho desenvolveu um álbum de figurinhas, abordando o referido tema, que será usado nos consultórios e na clínica da Unidade Odontológica Infantil do CESUPA por professores e alunos para instruir didaticamente os pacientes e responsáveis sobre a conscientização da erradicação do hábito parafuncional de sucção do polegar. O álbum é composto por 10 páginas e 12 figurinhas contando a estória da personagem Sofia, sua mãe Joana, a dentista Laura e seu amigo Pedro. Em cada página do álbum contará um pouco da vida de Sofia com os demais personagens até o final da estória onde Sofia estará usando o aparelho barra palatina e sem o hábito de sucção do polegar. Todas as páginas terão um espaço em branco para a colagem das figurinhas que serão de fatos importantes do assunto que está sendo tratado em cada página. Com este recurso lúdico a criança busca entender melhor a causa, consequências e o tratamento de forma divertida e superando desafios, quando estiver usando o aparelho barra palatina parar com o hábito de forma natural e espontânea.
PP-114 – Atividade antimicrobiana da arginina associada ao fluoreto de sódio sobre biofilmes microcosmos salivares
Méndez DAC*, Cuéllar MRC, Anrade FB, Cruvinel T
Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo
Este estudo objetivou avaliar o efeito da arginina a 2,5% e 8%, associada ou não ao fluoreto de sódio a 1450 ppm sobre a composição e metabolismo de biofilmes de microcosmos salivares.
Amostras de saliva de três adultos foram usadas para obter um pool microbiológico para o crescimento dos biofilmes. Os biofilmes cresceram em meio McBain modificado com sacarose a 0,2%, por três dias com renovação de meio a cada 24 horas, etapa denomina primeira fase. Posteriormente estes foram submetidos aos seguintes tratamentos: fluoreto de sódio (NaF) a 1450 ppm (i), arginina a 2,5% (ii), arginina a 8% (iii), NaF + 2,5 % de arginina (iv), NaF + 8% de arginina (v) e sem tratamento (vi). Assim como na primeira fase, os meios foram trocados a cada 24 horas por mais 3 dias, segunda fase. A viabilidade do biofilme foi determinada pela contagem de unidades formadoras de colônias (UFC) de microrganismos totais, estreptococos totais, estreptococos mutans e lactobacilos. A análise estatística foi realizada pelos testes de Kruskal Wallis e post-hoc de Dunn (P<0,05).
A arginina a 2,5% não reduziu significativamente nenhum dos grupos bacterianos testados, enquanto a arginina a 8% assim como a arginina 2,5% combinada com NaF reduziram significativamente os grupos de lactobacilos totais, estreptococos totais e microrganismo totais. Nenhum dos tratamentos reduziu significativamente as contagens de estreptococos mutans.
Portanto, a combinação de arginina e NaF reduziu as contagens de lactobacilos, estreptococos totais e microrganismos totais em biofilmes de microcosmos salivares.
FAPESP
PP-115 – Sequela tardia pós 4 anos de traumatismo de dente decíduo e suas consequências nos dentes permanentes
Gameiro JBC*, Pinto ABR, Fracasso MLC, Ceron D, Marengoni LA, Araújo ML, Provenzano MGA, Santin GC, Scheffel DLS
Universidade Estadual de Maringá
O objetivo do presente estudo é relatar um caso clínico de uma paciente vítima de traumatismo dentário o qual evoluiu para uma celulite facial, advindo de um cisto folicular inflamatório decorrente de trauma dentário. A paciente, 5 anos de idade, compareceu ao setor de urgência da clínica odontológica da UEM prostrada e febria, queixando-se de dor na região anterior de maxila. Ao exame clínico notou-se tumefação no fundo de sulco na região dos dentes 51 e 52, que se encontravam hígidos, sem presença de restaurações. Os pais relataram um trauma ocorrido no primeiro ano de vida, o qual ocasionou intrusões dos mesmos dentes, que reerupcionaram normalmente, porém o acompanhamento pós trauma não foi realizado. Radiograficamente foi diagnosticada uma extensa lesão no ápice dos dentes 51 e 52 gerando ruptura do saco pericoronário e deslocamento dos germes dos dentes 11 e 12, caracterizando um cisto folicular inflamatório. Foi feito prescrição antibiótica para posterior exodontia dos dentes decíduos afetados; no entanto, em menos de 24 horas a lesão evoluiu e gerou uma celulite facial, sendo realizada a internação da paciente no Hospital Universitário de Maringá. O tratamento consistiu de antibioticoterapia endovenosa associado à exodontia dos dentes 51 e 52 e drenagem da lesão via alveolar, resultando na melhora do estado geral da paciente. A paciente iniciou o tracionamento ortodôntico dos dentes 11 e 12 devido ao grande desvio de erupção. A elevada prevalência de traumatismos na primeira infância evidencia a importância da conduta oportuna diante do caso, além do controle periódico desde o momento do trauma até a irrupção dos dentes sucessores, uma vez que muitas sequelas só aparecem após meses da ocorrência do traumatismo e podem ser assintomáticas, mas não menos nocivas.
PP-116 – Atendimento odontológico em tempos de COVID-19: Uma revisão de literatura.
Martins SM*, Martins LP, Bittencourt JM, Bendo CB, Moura LM, Paiva SM.
Universidade Potiguar
Objetivo: Analisar a adaptação do cirurgião-dentista e das instalações do consultório odontológico para adotar um novo protocolo de biossegurança no atendimento odontológico, infantil e adulto, devido a pandemia da COVID-19. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases bibliográficas PubMed e Scielo. A estratégia de busca utilizou os seguintes descritores e operadores booleanos”: “COVID-19” AND “Biosafety” AND (“Pediatric dentistry” OR “dentistry”). Foram selecionados artigos completos publicados em 2019 e 2020, sem restrição de idioma. Resultados: De um total de 15 artigos encontrados, 10 apresentavam as informações necessárias para o estudo. As mudanças que envolveram a sala de espera foram: retirada dos brinquedos e revistas, necessidade do uso obrigatório de máscaras, medição da temperatura do paciente e acompanhante, desinfecção dos objetos com álcool em gel a 70% e manutenção do distanciamento social. A estrutura física do consultório odontológico também precisou ser modificada, assim como as práticas realizadas, visando a redução/eliminação de aerossóis. Os profissionais envolvidos no atendimento clínico odontológico devem usar todo Equipamento de Proteção Individual (EPI) descartável, sendo que estes devem ser retirados em ordem específica. Além disso, é imprescindível a lavagem das mãos antes e depois do atendimento. Conclusão: Os estudos mostraram que o cirurgião-dentista está adequando o atendimento e as instalações do consultório odontológico devido a pandemia da COVID-19. No entanto, é necessário que os cuidados com as normas de biossegurança sejam intensificados e que as recomendações para o período de pandemia sejam seguidas, uma vez que o ambiente odontológico deve ser seguro para os profissionais, pacientes e suas famílias.
CNPq, CAPES, FAPEMIG
PP-117 – Instumento lúdico no auxilio para o abandono do hábito de sucção digital.
Mendes SMA, Ribeiro SMM, Kos Miranda D, Nogueria JSE
UNIFAMAZ e CESUPA
O Odontopediatra deve lançar mão de orientações lúdicas para prevenir as possíveis desarmonias oclusais, que podem ser desencadeadas com o hábito de sucção do polegar. Observamos a necessidade de criação de um produto para ajudar a criança abandonar o hábito brincando. Estimulando a interação pais x filhos, exercitando a independência, autonomia e autoconfiança, além de propor um desafio. Descrição do produto: um jogo “Desafio na Dedomania”, composto de uma tabela de PVC (policloreto de vinil) , com papel adesivo, ventosa e fio, além de um certificado em papel. Regras do jogo:1- o cirurgião dentista deve ter uma conversa com a criança sobre o hábito de sucção digital bem como seus pontos negativos;2- mostra o calendário, e instrui a família de que ao final de cada dia deve colar um adesivo nos espaços numerados; 3- O adesivo dado a criança será positivo quando a criança durante todo o dia não chupar o dedo, e negativo quando a criança chupar o dedo; 4- Ao final dos 30 dias a criança deve retornar ao Cirurgião Dentista com o calendário para que seja analisado seu desempenho. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É de extrema importância, que o cirurgião dentista esteja sempre em busca de meios que visem facilitar cada vez mais a remoção do hábito de sucção digital. Sendo assim buscamos a criação deste instrumento, onde a criança durante um mês fixa adesivos, dados pelos responsáveis, positivos ou negativos e ao final do preenchimento da tabela verifica-se o desempenho da criança dependendo da quantidade prevalecente de adesivos, positivos ou negativos. A criança busca além de superar o desafio, não desapontar seus pais e responsáveis, e quando percebe, já abandonou o hábito.
PP-118 – Projeto de Extensão “Estratégias de Promoção de Saúde Bucal para Bebês”- PROEX-UFES
Carvalho RM*, Gomes AMM, Dadalto ECV, Gomes APM, Sanglard LF, Sarmento LC
Universidade Federal do Espírito Santo
Objetivo: O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados do projeto de extensão “Estratégias de Promoção de Saúde Bucal para Bebês” da Universidade Federal do Espírito Santo. Metodologia: A coleta dos dados referentes aos procedimentos clínicos realizados nos bebês foi realizada a partir dos relatórios estruturados enviados anualmente à Proex-UFES (período de 2016 a 2020). Os dados foram tabulados (Excel 2017) para análise descritiva e apresentação dos resultados por meio de tabelas e gráficos. Resultados: Procedimentos clínicos (n=1.054) foram realizados em 437 bebês nascidos a termo e pré-termo, idade entre 6 e 36 meses. A orientação preventiva às mães (436) foi o procedimento mais frequente (41,4%), seguido de 296 profilaxias com aplicação tópica de verniz fluoretado (28,1%), 17 aplicações de selante de fóssulas e fissuras, (1,6%) 24 aplicações de diaminofluoreto de prata (2,3%), 87 restaurações com resinas composta (8,2%) e 101 com ionômero de vidro (9,6%), além de 65 radiografias (6,1%), 04 endodontias (0,4%), 09 exodontias (0,8%) e 14 atendimentos à trauma dental (1,3%). Conclusão: Os procedimentos clínicos mais realizados foram as orientações preventivas às mães e profilaxia com aplicação de verniz fluoretado, confirmando assim, o carácter preventivo do projeto.
PP-119 – Ação do glicerofosfato de cálcio na composição da matriz extracelular de biofilme misto de Streptococcus mutans e Candida albicans
Amarante VOZ, Cavazana TP, Hosida TY, Sampaio C, Morais LA, Monteiro DR, Pessan JP, Delbem ACB
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do glicerofosfato de cálcio (CaGP) associado ou não ao fluoreto (F), sobre a composição da matriz extracelular de biofilmes mistos de Streptococcus mutans e Candida albicans. Os biofilmes foram formados em saliva artificial suplementada com sacarose em placas de microtitulação, em triplicata e em três ensaios independentes. Estes foram expostos a 3 tratamentos (72, 76 e 92 horas de formação), por 1 min, com soluções de CaGP a 0,125, 0,25 e 0,5%, com ou sem F (500 ppm). Soluções de F (500 e 1100 ppm) foram testadas, e o grupo tratado com saliva artificial foi considerado como controle negativo (CN). Após o último tratamento, o biofilme foi coletado para quantificação de proteínas, carboidratos e ácidos nucléicos da matriz extracelular. Os resultados foram submetidos a ANOVA, seguida pelo teste Fisher LSD (p<0,05). Em relação à quantidade de proteínas, os menores valores foram observados nos grupos tratados com CaGP a 0,25 e 0,5% associados ao F, sem diferença significativa em comparação ao grupo 1100 ppm F. Quanto aos carboidratos, tratamento com CaGP a 0,5% + F promoveu as maiores reduções quando comparado aos demais grupos. Para o teor de ácidos nucléicos, os grupos tratados com CaGP a concentrações mais altas apresentaram as maiores reduções, enquanto valores mais baixos de ácidos nucléicos foram encontrados nos grupos tratados com CaGP associado a F.
Conclui-se que o CaGP altera significativamente a composição da matriz extracelular dos biofilmes testados, reduzindo a quantidade de proteínas, carboidratos e ácidos nucléicos.
CAPES N° 88881.068437/2014-01 | CAPES N° Código 001
PP-120 – Associação entre cárie dentária e o absenteísmo escolar com crianças de idade entre 8 e 10 anos.
Mendes LP*, Drumond CL, Ribeiro EVCD, Silva-Freire LC, Paiva SM, Ramos-Jorge ML, , Vieira-Andrade RG.
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
O objetivo deste estudo foi verificar a associação entre condições bucais, fatores sociodemográficos e característica da criança com o absenteísmo escolar. Trata-se de um estudo transversal com uma amostra representativa de 440 crianças de 8 a 10 anos de idade, selecionadas de forma aleatória nas escolas públicas e privadas do município de Diamantina-MG. As crianças responderam à versão brasileira do Child Perceptions Questionnaire 8-10 (CPQ8-10) e a questão de número 20 “No último mês, quantas vezes você faltou à aula por causa dos seus dentes ou de sua boca?” foi utilizada como variável dependente. Cárie dentária, traumatismo dentário e má oclusão foram avaliados por um examinador treinado e calibrado. Os pais preencheram um questionário sociodemográfico pré-estruturado. Foram realizados análise descritiva, teste Qui-Quadrado e regressão hierárquica de Poisson (IC95%, p<0,05) . A prevalência de crianças com absenteísmo escolar relacionado aos dentes ou boca foi de 24,1% (n=106). A prevalência de cárie dentária foi de 35,6% (n=156), traumatismos dentários foi de 24,6% (n=108) e má oclusão foi de 66,1% (n=252). Crianças com cárie dentária possuíram maior frequência de absenteísmo escolar (RP=1,87; IC95%:1,31-2,69; p=0,001). As demais condições bucais, fatores sociodemográficos e características da criança não foram associados a esse desfecho. Concluiu-se que a cárie dentária foi motivo para o absenteísmo escolar de crianças com idade entre 8 e 10 anos.
CNPq, CAPES, FAPEMIG
PP-121 – Crianças com maiores escores de comportamento relacionado à dor dentária apresentam pior desempenho mastigatório
Neves EPS*, Souza DS, Ramos-Jorge ML, Oliveira TF, Soares MEC, Primo-Miranda EF, Pereira LJ, Ramos-Jorge J
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
A função mastigatória inadequada pode estar ligada a problemas orais e resultar em limitação funcional. Em crianças, essa função é extremamente importante para o seu desenvolvimento, por isso esforços são feitos para mantê-la adequada. O objetivo é avaliar se comportamentos relacionados à dor dentária estão associados ao desempenho mastigatório. Foi realizado um estudo transversal com amostra de 123 crianças de três a cinco anos. A dor de dente foi avaliada por meio do Dental Discomfort Questionnaire. Dados antropométricos, tipo de respiração predominante, presença de mal oclusão, número de dentes posteriores cavitados por cárie dentária e unidades mastigatórias foram coletados. Todas as avaliações foram realizadas por um único examinador calibrado para as condições clínicas bucais (kappa> 0,80). O desempenho mastigatório foi medido pelo tamanho médio das partículas trituradas (X50) após 20 ciclos de mastigação do material de teste Optocal, e foi calculado com a equação de Rosin-Rammler. A análise dos dados envolveu uma descrição das frequências das variáveis, bem como regressão linear simples e múltipla, e um nível de confiança estabelecido em 95%. Os escores médios de comportamentos relacionados à dor dentária foram 1,14 (± 1,90) pontos, e o valor médio de X50 foi de 3,96 mm (± 1,34). Na regressão linear múltipla, um tamanho mediano maior das partículas permaneceu associado a um escore mais alto de comportamentos relacionados à dor dentária (β = + 0,81, p = 0,01), respiração oral (β = + 0,22, p = 0,01) e menor número de unidades mastigatórias (β = – 0,22, p = 0,02). Em conclusão maiores escores de comportamento relacionado à dor dentária estão associados a pior desempenho mastigatório.
FAPEMIG, CAPES
PP-122 – Tratamento de hipomineralização molar Incisivo em criança: relato de caso
Amarante VOZ*, Pini NP, Nagata ME, Báez-Quintero LC, Cunha RF, Hosida TY
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
O presente estudo tem como objetivo relatar um caso clínico de um paciente infantil diagnosticado com HMI e descrever sua reabilitação estética, funcional bem como acompanhamento clínico. Paciente de nove anos, gênero feminino, compareceu à clínica de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, queixando-se das manchas nos dentes anteriores. Ao exame clínico bucal observou-se descoloração branco-amarelada nos dentes 11, 21, 16 e 26 além de perda de estrutura dentária. A mãe relatou que a criança reclamava de dor à mastigação e durante escovação. Após anamnese e exame clínico diagnosticou-se o caso como HMI. A criança apresentou comportamento colaborador durante exame clínico, porém estava ansiosa e com medo. Diante do quadro exposto, optou-se por realizar inicialmente quatro aplicações tópicas de F na forma de verniz, uma aplicação por semana juntamente com o condicionamento da criança. Após tratamento com F realizou-se selamento oclusal com cimento de ionômero de vidro do 16 e 26 além de restaurações estéticas do 11 e 21. O tratamento realizado proporcionou melhora no quadro de sensibilidade à mastigação e escovação, reabilitação estética da paciente que se queixava das manchas nos dentes anteriores bem como alcançou-se boa adaptação da criança para tratamento odontológico.
PP-123 – Efeito de dentifrícios contendo polifosfato, polióis e fluoreto, sozinhos ou associados, sobre biofilmes de S. mutans e C. Albicans: estudo in vitro
Martins TP*, Delbem ACB, Zen IR, Hosida TY, Morais LA, Monteiro DR, Pessan JP.
Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP
O presente estudo avaliou o efeito de dentifrícios contendo Trimetafosfato de sódio (TMP, 0,25%), xilitol (X, 16%), eritritol (E, 4%) e Fluoreto (F), sozinhos ou associados, sobre biofilmes mistos de Streptococcus mutans (SM) e Candida albicans (CA) formados in vitro. Após 72h de formação, os biofilmes foram tratados duas vezes ao dia (10h00 e 16h00), e um tratamento adicional foi realizado na manhã (10h00) do dia seguinte, totalizando 96 horas. Os tratamentos ocorreram com suspensões (1:3) de dentifrícios contendo X, E, XE, TMP, TXE, 200 ppm F (200F), 1100 ppm F (controle positivo), 200 F+TMP, 200 F+X+E, Experimental – EXP (200 F+X+E+TMP) e placebo (controle negativo). Posteriormente, o efeito dos tratamentos foi determinado por meio da quantificação das unidades formadoras de colônias (UFC), avaliação da atividade metabólica (redução de XTT e resazurina) e quantificação da biomassa total (teste colorimétrico de cristal violeta – CV). Os dados foram submetidos a análise de variância a um critério, seguida pelo teste de Fisher LSD (p<0,05). Comparado ao controle positivo, o dentifrício EXP promoveu redução de UFC semelhante (para SM) e superior (para CA). Um desempenho semelhante entre os grupos EXP e 1100 ppm F também foi observado sobre a redução da atividade metabólica. Com relação à biomassa total, o grupo EXP demonstrou redução superior quando comparado aos demais tratamentos. Pode-se concluir que o dentifrício EXP demostrou desempenho satisfatório para todos os testes realizados, sendo uma alternativa promissora para o controle biofilmes cariogênicos.
PROCESSO FAPESP Nº: 2018/26204-5
PP-124 – Os 100 artigos mais citados nas revistas de Odontopediatria: Uma análise bibliométrica
Clementino LC*, Perazzo MF, Otoni ALC, Costa MS, Granville-García AF, Paiva SM, Martins‐Júnior, PA.
Universidade Federal de Minas Gerais
Objetivo: Analisar os 100 artigos mais citados no campo da Odontopediatria.
Metodologia: Uma pesquisa dos artigos mais citados nas revistas de Odontopediatria foi realizada utilizando revistas incluídas na categoria “Dentistry, Oral Surgery & Medicine”, na base de dados Thompson Reuters Web of Science, até Dezembro de 2018. Dois pesquisadores realizaram a extração dos dados que incluiu: número de citações, título, autores, país, ano, periódicos, desenho do estudo e área temática.
Resultados: O número de citações dos 100 artigos mais citados variou de 42 a 182 (média: 64,51). Sete artigos foram citados mais de 100 vezes. A maioria dos artigos foi publicada no International Journal of Paediatric Dentistry (36%), entre 2006 e 2015 (55%), com desenho de estudo transversal (39%). Vinte seis autores participaram de dois ou mais artigos. Os países com o maior número de artigos mais citados foram os Estados Unidos (25%), Austrália (11%), e Brasil (9%). A Cariologia foi a área temática mais estudada.
Conclusão: A avaliação dos 100 artigos mais citados em periódicos de Odontopediatria permitiu um melhor entendimento do cenário mundial neste campo de pesquisa.
CAPES, CNPq, FAPEMIG
PP-125 – Efeito de verniz fluoretado suplementado com trimetafosfato de sódio micropartículado sobre a progressão de lesões de cárie em dentes decíduos: estudo clínico randomizado
Martins TP*, Sakuma RH, Manarelli MM, Báez-Quintero LC, Monteiro DR,
Honório HM, Cunha RF, Delbem ACB, Pessan JP
Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP
Este estudo teve por objetivo avaliar o efeito de um verniz fluoretado suplementado com trimetafosfato de sódio microparticulado (TMPMicro) sobre o desenvolvimento de lesões de cárie em dentes decíduos, através de um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado. Crianças (n = 390), com idades entre 3-4 anos e frequantadoras de creches públicas da cidade de Boa Vista (RR) foram divididas aleatoriamente em 3 grupos, de acordo com os vernizes testados: 5% NaF (verniz-F); 5% NaF + 5% TMPMicro (verniz-F/TMP); e Placebo (sem F ou TMP). Para a randomização, foram considerados os fatores idade, gênero e índice ceo-s inicial. Os exames clínicos foram realizados no início do estudo e a cada três meses, por um período 24 meses, totalizando 9 exames, com aplicações de vernizes em cada um deles. Os dados foram submetidos a ANOVA (2 critérios, medidas repetidas), teste de Tukey HSD e análise de regressão linear multivariada (p <0,05). Aumentos significativos no ceo-s foram observados aos 3, 6 e 12 meses após o início do estudo, respectivamente para os grupos Placebo, verniz-F e vernizF/TMP. Ao final do período de acompanhamento, o menor incremento de ceo-s (final – inicial) foi observado para verniz-F/TMP (0,07), seguido do verniz-F (0,21) e Placebo (0,43), havendo diferença significativa entre os três vernizes. As variáveis “creche” e “tipo de verniz” afetaram significativamente os resultados. Portanto, concluiu-se que o efeito anticárie do verniz-F/TMP é superior ao observado para o verniz-F na progressão de cárie em dentes decíduos.
PP-126 – Tratamento da Hipomineralização de Molares e Incisivos: Revisão sistemática e metanálise
Fonseca-SsouzaG*, Fatturi AL, Rolim TZC, Wambier LM, Souza JF
Universidade Federal do Paraná
O objetivo desta revisão sistemática foi comparar a sobrevida das modalidades restauradoras utilizadas no tratamento de primeiros molares permanentes com Hipomineralização de Molares e Incisivos. A busca foi realizada em bases de dados como PubMed, Scopus, Web of Science, LILACS, BBO, Cochrane Library e na literatura cinzenta. O risco de viés dos estudos foi analisado de acordo com a Colaboração Cochrane e a escala Newcastle-Ottawa. Foram identificados 1751 artigos, dos quais 13 foram incluídos na síntese qualitativa e 8 na metanálise. O número de falhas foi computado como eventos. O risco relativo (RR) de falhas foi estimado comparando as modalidades: restaurações diretas em resina composta (RC) com diferentes sistemas adesivos (convencionais e autocondicionantes), restaurações diretas (amálgama com RC) e restaurações diretas com indiretas. Avaliou-se a taxa de falha de restaurações em cimento ionômero de vidro (CIV) com base no período de acompanhamento. Não houve diferença significante entre as restaurações em RC com diferentes sistemas adesivos (RR=1,01 IC 95% 0,81–1,27; p = 0,90). A taxa de falha de restaurações em RC foi maior em relação ao amálgama (RR=2,03; IC 95% 1.21–3,41). As restaurações indiretas apresentaram taxa de falha significativamente menor se comparadas as restaurações diretas (RR=0,10; IC95% 0.01–0.67). A taxa de falha das restaurações em CIV foi de 0,4 (0,02 a 0,08) em 12 meses e de 0,26 (0,02 a 0,82) em 42 meses. Conclui-se que não há diferença na taxa de falha de restaurações em RC utilizando diferentes sistemas adesivos, que as restaurações em amálgama apresentam menor risco de falha em relação as em RC, bem como as restaurações indiretas em comparação as diretas, e que o risco de falha de restaurações com CIV aumenta ao decorrer do tempo.
PP-127 – Cárie dentária, provável bruxismo do sono, hábitos bucais deletérios e renda familiar podem estar associados à dificuldade de dormir em escolares?
Silva-Freire LC*, Diniz-Ribeiro EVC, Hermont AP, Paiva SM, Ramos-Jorge ML, Drumond CL, Serra-Negra JMC, Vieira-Andrade RG
Universidade Federal de Minas Gerais
Este estudo teve como objetivo verificar a associação entre fatores sociodemográficos, condições bucais, hábitos bucais deletérios e provável bruxismo do sono com a dificuldade de dormir em escolares. Foi feito um estudo transversal com 440 escolares da cidade de Diamantina-MG de 8 a 10 anos de idade, selecionados em escolas públicas e privadas por sorteio em duplo estágio. Foi realizado exame clínico para avaliar facetas de desgaste e desconforto nos músculos mastigatórios, além de cárie dentária, traumatismos dentários e má oclusão. Os pais responderam um questionário sobre fatores sociodemográficos, sons característicos de bruxismo do sono (BS) e hábitos bucais da criança (como sucção de dedo e chupeta, onicofagia e hábito de morder objetos). As crianças responderam à versão brasileira do Child Perceptions Questionnaire 8-10 e a questão de número 10 “No último mês, quantas vezes você teve problemas para dormir à noite por causa dos seus dentes ou de sua boca?” foi utilizada como variável dependente. Foram feitos análise descritiva, teste Qui-quadrado e regressão hierárquica de Poisson (IC95%; p<0,05) para analisar os dados obtidos. A prevalência de dificuldade de dormir foi de 11,8% (n=52). Crianças com cárie dentária (PR=1,70; IC:1,04-2,78; p=0,036), provável BS (RP=1,84; IC:1,00-3,36; p=0,020) e onicofagia (RP=2,20; IC:1,19-4,08; p=0,019) apresentaram maior prevalência de dificuldade de dormir. A renda familiar com duração maior que 1 mês (RP=0,54; IC: 0,33-0,88; p=0,027) foi fator de proteção para esse resultado. Concluiu-se que uma maior frequência de dificuldade de dormir foi observada nas crianças com hábito de roer unhas, provável bruxismo do sono e cárie dentária. Por outro lado, a maior duração da renda familiar foi fator de proteção para esse desfecho.
CAPES e CNPq
PP-128 – A variação da formulação das pastas utilizadas no Tratamento Endodôntico Não-instrumental influencia o resultado da terapia pulpar? Revisão crítica da literatura.
Sancas MC*, Brito MMG, Avelino MG, Duarte ML, Primo LG
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Investigou-se formulações de pastas antibióticas usadas no Tratamento Endodôntico Não-instrumental (TENI), seus índices de sucesso e recomendações. Realizou-se busca na literatura através da base PubMed (setembro/ 2020), sem restrição de data ou idioma. Foram elegíveis estudos clínicos e relatos de casos que realizaram TENI em dentes decíduos. Revisões sistemáticas e narrativas da literatura, ensaios in vitro e ex vivo foram excluídos. Para comparação dos desempenhos dos tratamentos, considerou-se os resultados de estudos cujos acompanhamentos apresentavam pelo menos 12 meses, por ser o marco mais relatado nos artigos. Após leitura de títulos e resumos, obtiveram-se 163 artigos, sendo 19 selecionados e 5 excluídos (3 por acompanhamento insuficiente e 2 por ausência de dados), totalizando 14 estudos. Os dados foram tabulados no Excel e analisados descritivamente. Os estudos apresentaram 20 formulações e proporções diferentes, com predomínio de pasta triantibiótica (85%), com ciprofloxacino (80%), metronidazol (55%) e minociclina (55%) e veículo propilenoglicol (80%). Os índices de sucesso clínico aos 12 meses variaram entre 81,8% e 100%. Naqueles com 100% de sucesso (n=10), 9 usaram pastas triantibióticas e 1 não (CTZ). Apenas 2 estudos relataram menos de 70% de sucesso radiográfico, enquanto os demais estavam entre 71,4% e 100%. Todos os tratamentos foram realizados em dentes posteriores. Doze estudos (85,71%) demonstraram conclusões favoráveis à prática de TENI, incluindo 4 artigos com mais de 12 meses de acompanhamento. Apesar da variação e falta de padronização das formulações de pastas antibióticas utilizadas no TENI, os índices de sucesso são altos. A maioria dos artigos é favorável à execução da técnica, ainda que mais estudos sejam recomendados.
CAPES DS – 001, FAPERJ (E-26/200.386/2020; APQ1 2010.352/2019)
PP-129 – Hábitos de sucção de dedo e de chupeta e sua relação com variáveis neonatais
Gomes APM*, Gomes AMM, Sarmento LC, Dadalto ECVD
Universidade Federal do Espírito Santo
Objetivo: Verificar a relação dos hábitos de sucção de dedo e de chupeta em lactentes e pré-escolares com variáveis neonatais. Metodologia: Foram coletados dados secundários de prontuários odontológicos de pacientes atendidos entre 03/2013 a 07/2017 no projeto de extensão “Estratégias de Promoção de Saúde Bucal para Bebês” da disciplina de Odontopediatria na Universidade Federal do Espírito Santo. Para a análise dos casos de sucção de dedo e de chupeta foi considerado o registro no prontuário da presença do hábito, bem como os hábitos já interrompidos. A tabulação ocorreu pelo programa SPSS versão 21.0 e a análise estatística pelos testes qui-quadrado e razão da máxima verossimilhança. O projeto de pesquisa foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAE: 68730317.9.0000.5060). Resultados: Foram verificados 222 prontuários de pacientes com idade entre 1 a 45 meses, sendo 57,7% do sexo masculino e 42,3% feminino. A amostra foi constituída de 50% de lactentes e pré-escolares nascidos pré-termo e 50% nascidos a termo. Em 6,8% (n=15) dos casos houve relato de hábito de sucção digital, enquanto 48,6% (n=108) dos prontuários apresentaram registro de sucção de chupeta. A maior frequência de sucção digital (60%) e de chupeta (63%) ocorreu em lactentes e pré-escolares nascidos pré-termo em comparação àqueles nascidos a termo (p<0,001). Tais hábitos também foram mais frequentes nos casos de baixo peso ao nascimento (<2.500g), internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e uso de mamadeira (p<0,001). Conclusão: Os hábitos de sucção de dedo e de chupeta em lactentes e pré-escolares foram relacionados com nascimento pré-termo, baixo peso ao nascimento, internação em UTIN e uso de mamadeira.
PROEX-UFES
PP-130 – Associação entre polimorfismos genéticos de VDR, IL1-β, e PTH e fluorose dentária em dentes permanentes
Reis CLB*, Barbosa MCF, de Lima, DC, Segato, RAB, Küchler EC, Oliveira DSB
Universidade Federal de Alfenas
O objetivo deste estudo foi investigar se polimorfismos genéticos de base única (SNPs) nos genes VDR, IL1-β, IL-6 e PTH estão associados com o desenvolvimento de Fluorose em dentes permanentes. A amostra consistiu de crianças de 8 a 11 anos, ambos os gêneros, biologicamente não relacionadas e sem comprometimento sistêmico. Crianças com histórico de trauma foram excluídas. Fluorose foi analisada pelo índice de Dean por um examinador previamente calibrado (kappa=0,87). Amostras de saliva foram coletas e o DNA genômico extraído. Foram genotipados 8 SNPs nos genes VDR, IL1-β, IL-6 e PTH por PCR em tempo real pelo método TaqMan®. O teste de Hardy-Weinberg foi realizado para análise de equilíbrio dos SNPs. Análise de haplótipo também foi realizado. O método de Redução de Dimensionalidade Multifatorial (MDR) foi aplicado para análise de Interação SNP-SNP. Foi adotado um alfa de 5%. Participaram 353 crianças com média de idade de 8.88 (DP=0,88). Foram diagnosticadas com fluorose 63 crianças (17.8%). Fluorose foi associada com escovação antes de dormir (p=0,025). O haplótipo formado pelos genótipos dominantes dos SNPs rs1143627 e rs1143629 (IL1-β) foi mais frequente no grupo controle (p=0,005), enquanto o haplótipo formado pelos genótipos recessivos foi mais frequente em crianças com fluorose (p=0,002). Também foi associado à fluorose o haplótipo formado pelos SNPs rs6256 e rs307247 (PTH) (p=0,046). A interação SNP-SNP elegeu os SNPs rs6256, rs307247 (PTH), rs1143627 (IL1-β), e rs739837 (VDR) como o melhor modelo de interação para o desenvolvimento da doença (p=0,028; OR = 4.60). Conclui-se que os SNPs VDR, IL1-β, e PTH estão envolvidos com o desenvolvimento de fluorose em dentes permanentes.
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e do Estado de São Paulo (FAPESP)
PP-131 – Abordagem mutidisciplinar em crianças e adolescentes com transtorno de espectro autista: relato de experiência no projeto de extensão.
Carrer JM*, Rodrigues-Neto JA, Corrêa JB, Andrade JR, Santos YCC, Teixeira YPF, Rodrigues AAC, Ferreira FV, Moura RNV, Castilho LS, Vargas-Ferreira F
Universidade Federal de Minas Gerais
O objetivo deste trabalho é apresentar as condições clínicas e socioeconômicas mais prevalentes em crianças e adolescentes com Transtorno de Espectro Autista (TEA). Além disso, relatar ações relacionadas à educação, prevenção e promoção de saúde para os indivíduos com TEA e seus cuidadores. Com ambiente previamente preparado e personalizado, as consultas foram realizadas em menor número por turno e por livre demanda. O responsável que apresentasse interesse no atendimento de indivíduos com TEA entrava em contato e uma anamnese em ambiente virtual era realizada para um atendimento diferenciado. Estão em processo de formação grupos de apoio em redes sociais para cuidadores, ainda com o advento da pandemia, o projeto continuou suas atividades. Página no Instagram foi criada juntamente com personagens específicos para fortalecer laços e ainda temos a participação de profissionais de áreas diferentes, como Medicina, Terapia Ocupacional, Psicologia e Fisioterapia. Ao final do semestre 2019/2, um encontro que chamado de “Nosso Mundo Azul” foi realizado para troca de experiências entre cuidadores, estudantes e indivíduos com TEA. Ao final do semestre, 13 famílias foram assistidas presencialmente. A maioria dos participantes era do sexo masculino, cor de pele não branca e de família não nuclear. Clinicamente houve prevalência de cárie dentária em 57,1% dos indivíduos e de traumatismo alvéolo-dentário em 28,6%. Apesar de as necessidades dentárias serem similares a dos indivíduos normorreativos, o grupo apresenta alta prevalência de doenças bucais, sendo necessário reforçar a importância da saúde bucal para a vida geral e a qualidade de vida dos indivíduos. Além disso, é fundamental ofertar uma atenção e assistência mais holística, centrando no indivíduo e sua família.
PP-132 – Odontalgia em adolescentes: influência de aspectos contextuais e individuais
Carrer JM*, Macedo TFF, Abreu MHNG, Martins RC, Pinto RS, Castilho LS, Vargas-Ferreira F
Universidade Federal de Minas Gerais
O objetivo do estudo transversal foi avaliar quais fatores contextuais e individuais são associados à odontalgia em adolescentes de um município do Sudeste Brasileiro. Para avaliação da odontalgia foram utilizados dados secundários obtidos do levantamento epidemiológico SB Minas 2012. A variável dependente foi odontalgia reportada nos últimos seis meses. As covariáveis foram: domínio (capital, Interior I e Interior II), sexo, cor da pele, renda familiar, prevalência de cárie dentária não tratada, condição periodontal, necessidade de tratamento dentário e tempo da última consulta odontológica. Variáveis contextuais foram: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Coeficiente de Gini, analfabetismo, desemprego, renda de até metade do salário mínimo, renda de até um quarto do salário mínimo, cobertura de Atenção Primária à Saúde, cobertura das equipes de Saúde Bucal, acesso ao serviço dentário individual e taxa de escovação. Um modelo de regressão logística (Razão de Chances – RC/IC95%) multinível foi usado para avaliar associação entre os diferentes níveis (p<0,05). Os dados foram analisados no programa IBM SPSS Software versão 22.0. A prevalência de odontalgia foi de 23,1%. Adolescentes do sexo masculino apresentaram menor chance de ocorrência do desfecho (RC IC95% 0,53 0,37-0,75). Além disso, adolescentes cujas famílias ganham até R$1,500 reais tiveram 1,58 vezes maior chance de pertencer ao grupo com odontalgia (IC95% 1,07-2,33). Indivíduos com cárie dentária não tratada e com condição periodontal apresentaram maior chance de odontalgia, respectivamente. Assim, o estudo mostrou que fatores socioeconômicos e clínicos estão associados à odontalgia. É necessário reforçar a formulação de políticas de saúde públicas, principalmente, por se tratar de um grupo vulnerável.
PP-133 – Efeito antimicrobiano de membranas constituídas de poliamida 6 e nanopartículas de trimetafosfato de sódio com nanopartículas prata para biomineralização
Morais LA*, Neto FNS, Santos DMS, Hosida TY, Frollini E, Filho Campana SP, Camargo ER, Delbem ACB.
Departamento de Odontologia Preventiva e Restauradora, Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Araçatuba, SP, Brasil.
Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito antimicrobiano de biomateriais nanocompósito de poliamida 6, trimetafosfato de sódio (TMP) e nanopartículas de prata (Ag) contra biofilme misto de Streptococcus mutans e Candida albicans. As cepas dos microrganismos foram reativadas em BHI-ágar e em seguida, colônias de cada espécie foram inseridas em caldo BHI individualmente e incubadas por 24 horas. Uma alíquota de cada suspensão bacteriana e fúngica foram homogeneizadas em BHI-ágar e após a geleificação do meio de cultura, discos de 5mm de diâmetro dos nanocompósito de P(6), 2,5% TMP, 5% TMP e 10% TMP com e sem Ag foram colocados sobre a superfície do meio ágar. Como controle, foi utilizada solução de Clorexidina (CLX) 0,2%. As placas foram incubadas por 24 horas (5% CO2; 37°C). Duas medidas de cada halo de inibição foram mensuradas por um paquímetro digital e as médias calculadas. Os dados foram analisados por ANOVA, seguido do teste de Student-Newman-Keuls (p<0,05). Para C. albicans, os grupos de 5% e 10% TMP decoradas com Ag apresentaram melhores resultados em relação aos outros grupos testados. Para o S. mutans, os grupos P(6) e TMP associado com Ag foram os grupos com maiores halos de inibição comparados com os outros grupos. Para ambos os microrganismos, os grupos P(6), 2,5%, 5% e 10% TMP sem prata não apresentaram atividade antimicrobiana e a CLX, apresentou os maiores halos de inibição. Conclui-se que os nanocompósito de poliamida 6 com Ag possui ação antimicrobiana contra microrganismos testados.
FAPESP: 2017/17993-3; 2018/16041-1; CAPES: 88881.068437/2014-01
PP-134 – Supranumerário impactado na linha media da maxila e assoalho da fossa nasal: Relato de Caso
Morais LA*, Báez-Quintero LC, Percinoto C; Cunha RF; Amaral JG; Hosida TY; Favretto CO; Nagata ME; Delbem ACB.
Departamento de Odontologia Preventiva e Restauradora, Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Araçatuba, SP, Brasil.
O objetivo deste trabalho foi descrever o diagnóstico e tratamento realizado de mesiodente em criança de nove anos de idade. Paciente de sexo feminino compareceu na Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP para tratamento de mordida cruzada unilateral lado esquerdo. Na radiografia panorâmica observou-se presença de dente supranumerário entre os dentes 11 e 21, com coroa de formato cônica voltada para região posterior. A tomografia computorizada de cone invertido mostrou que a coroa do dente estava localizada no assoalho da fossa nasal e o ápice radicular voltado para vestibular entre as raízes dos incisivos centrais superiores. O diagnóstico clínico foi de mesiodente. O tratamento proposto foi a extração do mesiodente realizando duas incisões relaxantes na distal do 11 e 21 por vestibular. Foi usado cinzel para remoção de tecido ósseo com o fim de evitar dano nas raízes dos dentes permanentes. Posteriormente o dente foi luxado e extraído, a loja cirúrgica curetada e irrigada, e suturada com pontos interrompidos. Concluiu-se que a presença do mesiodente impactado pode não estar acompanhada por sintomas ou sinais clínicos. O êxito no tratamento dependente da realização da tomografia para determinar a posição e relação do mesiodente com as estruturas circunjacentes e um planejamento adequado é necessário para cada caso.
PP-135 – Midazolam nebulizado e via oral para assistência odontológica de paciente com alteração cromossômica rara – Relato de caso
Cunha-Correia AS*, Correia TM, Machado CV
CORREIA ODONTOLOGIA E CURSOS
Objetivo: Este estudo teve como objetivo relatar um caso clínico de associação de 2 vias de administração de medicamento sedativo para o atendimento de criança com alteração cromossômica rara (único caso no Brasil). Descrição do caso: Paciente de 4 anos e 4 meses, sexo feminino, portadora de microdeleção do cromossomo 9q3411. Apresenta atraso de desenvolvimento neuropsicomotor, espasmos musculares constantes e microcrises convulsivas diárias. Não verbal. Faz uso de ácido valpróico, fluoxetina e puran T4. Não colaboradora, demandava exame clínico para diagnóstico da doença cárie ou outras doenças bucais. A mãe recusou realizar consulta somente sob estabilização protetora, pois tentativa anterior não obteve sucesso. Decidiu-se pela administração de solução oral de midazolam, na dose de 45mg (5mg/ml). Para facilitar a administração, previamente foi nebulizado em aparelho eletrônico 15mg da solução injetável a 5mg/ml (com 1ml de soro fisiológico) do mesmo medicamento. A paciente manteve-se acordada, tranquila e teve seus sinais vitais monitorados durante toda a intervenção. Foi realizada profilaxia, aplicação de solução fluoretada e exame clínico das estruturas bucais. A paciente não apresentou atividade de cárie e irá participar de consultas de condicionamento. Conclusões: O manejo de pacientes difíceis pode ser bastante desafiador, especialmente em crianças muito jovens, não condicionadas, ou com necessidades especiais. Nestas situações, a sedação pode ser uma aliada para o controle da ansiedade, medo e imaturidade. Ainda, é possível inferir que a associação de mais de uma via de administração de medicamentos permitiu um adequado nível de sedação em paciente tolerante ao fármaco sedativo utilizado, colaborando com uma assistência odontológica segura e de alta qualidade.
PP-136 – O que pode impactar no desenvolvimento de lesões cariosas em dentes com Hipomineralização Molar Incisivo (HMI)?
Mendonca FL*, Grizzo IC, Bisaia A, Di Campli F, Masson L, Honório HR, Cruvinel T, Rios D
Faculdade de Odontologia de Bauru
Alguns autores têm mostrado uma associação positiva entre HMI e cárie, sendo a HMI considerada como um fator de risco dentro do contexto da etiologia multifatorial da cárie dentária. Porém, a maioria desses estudos não avalia diferentes fatores que poderiam impactar no desenvolvimento da lesão de cárie em dentes afetados pela HMI. O objetivo desse trabalho foi avaliar se o índice de placa (IP), índice de sangramento gengival (ISG), experiência prévia de cárie e a própria severidade da HMI poderiam ter impacto no desenvolvimento de lesão de cárie em dentes com HMI. Uma amostra de 681 escolares da cidade de Bauru (SP), com idade entre 6-10 anos, foi avaliada por dois pesquisadores treinados e calibrados para o diagnóstico de cárie e HMI, utilizando o Sistema de Pontuação por severidade (MIH-SSS) e o Sistema Internacional de Detecção e Avaliação de Cárie (ICDAS), respectivamente. Além disso, também foi avaliado o IP e ISG. As crianças foram examinadas após escovação dentária, com luz artificial, secagem com gaze e espelho em ambiente escolar. Os dados foram analisados utilizando o modelo de regressão linear múltiplo, para avaliar o impacto das variáveis independentes (severidade da HMI, experiencia de cárie, índice de placa e índice de sangramento gengival) na variável dependente (presença de cárie em dentes com HMI) (p<0,05). Os resultados mostraram que o coeficiente de determinação foi alto (0,83) e que a experiência de cárie da criança foi a única variável independente que influenciou no desenvolvimento de lesão de cárie nos dentes afetados pela HMI (p<0,005). Assim, os resultados sugerem que a suscetibilidade a cárie dos dentes com HMI é influenciada pela experiência de cárie da criança e não necessariamente pela severidade da condição como descrito na literatura.
FAPESP PROCESSO 2019/02735-4
PP-137 – Uso da escala visual analógica em Odontopediatria
Maria LC*, Dadalto ECV, Gomes APM, Gomes AMM, Sarmento LC.
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
OBJETIVO: Esta revisão de literatura narrativa tem como objetivo relatar o uso da escala visual analógica em odontopediatria. METODOLOGIA: Buscou-se artigos nas bases de dados PubMed, BIREME e Cochrane Library, no período de 2010 a 2020, utilizando as palavras chaves: “Dentistry”, “Children”, “Visual Analog Scale” e “Pain Measurement”. RESULTADOS: A mensuração do medo, ansiedade e dor em odontopediatria é fundamental para que o profissional estabeleça uma comunicação efetiva com seu paciente. O medo da possível dor influencia o comportamento da criança durante o atendimento odontológico, podendo gerar nervosismo e comportamento não-cooperativo. Esta avaliação costuma ter um grau de dificuldade aumentado, principalmente em crianças pré-escolares, devido o seu grau de desenvolvimento cognitivo e de linguagem, diante disso as escalas para avaliação do comportamento têm sido indicadas. Na literatura a escala visual analógica (VAS) é representada por uma linha horizontal com 100 mm de comprimento, possui dois extremos que indicam “sem dor” (0 mm) e “dor severa” (100 mm), sendo que a criança move o cursor para o nível de dor percebida. As faixas etárias indicadas na literatura para o uso dessa escala variam entre 5 a 12 anos de idade. A literatura relata o uso da escala VAS na mensuração da ansiedade no atendimento odontopediátrico, do desconforto nas técnicas radiográficas intraorais e da dor durante a injeção do anestésico local, pós-operatório de exodontia, durante e após o tratamento endodôntico. CONCLUSÃO: O uso da escala visual analógica para mensuração de dor é uma ferramenta que pode facilitar a avaliação dos parâmetros de dor nos procedimentos odontológicos e conseqüentemente promover um bom atendimento odontopediátrico.
PP-138 – Midazolam nebulizado e intranasal associados ao óxido nitroso no atendimento a criança com Síndrome de Down – Relato de caso
Machado CV*, Santos PM, Rabelo HVC, Cunha-Correia AS
NEOMSP ODONTOLOGIA
Objetivo: Este estudo teve como objetivo relatar um caso clínico de associação de duas vias diferentes de administração de medicamento sedativo à sedação inalatória com óxido nitroso para o atendimento de criança com Síndrome de Down. Descrição do caso: Paciente de 8 anos e 11 meses, masculino, portador de Síndrome de Down e extremamente não colaborador, demandava realização de restaurações, além de exodontia de dente decíduo e de elemento supranumerário. Após a administração de midazolam por via oral o paciente nauseou e regurgitou o medicamento. Decidiu-se pela administração de solução injetável do mesmo medicamento, na dose de 25mg (5mg/ml) pela via intranasal, com o auxílio de um atomizador. Todavia, para facilitar essa administração, previamente à via intranasal foi nebulizado em aparelho eletrônico 15mg da solução injetável (com 1ml de soro fisiológico). Posteriormente, a fim de melhorar o nível de sedação de mínimo para moderado, associou-se a via inalatória com a mistura de óxido nitroso/oxigênio, tendo sido possível, desta forma, realizar todo o tratamento odontológico proposto. O paciente manteve-se acordado, tranquilo e teve seus sinais vitais monitorados durante toda a intervenção. Conclusões: O manejo de pacientes difíceis pode ser bastante desafiador, especialmente em crianças muito jovens, não condicionadas, ou com necessidades especiais. Nestas situações, a sedação pode ser uma aliada para o controle da ansiedade, medo e imaturidade. Ainda, é possível inferir que a associação da sedação inalatória à duas vias de administração de medicamentos permitiu um adequado nível de sedação em paciente tolerante ao fármaco sedativo inicialmente utilizado, colaborando com uma assistência odontológica segura e de alta qualidade.
PP-139 – Existem informações sobre terapia pulpar de dentes decíduos nos websites de Instituições de Ensino Superior sediadas no Estado do Rio de Janeiro?
Duarte ML*, Sancas MC, Brito MMG, Avelino MG, Neves AA, Primo LG.
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Investigou-se as informações sobre terapia pulpar em dentes decíduos nos websites das Instituições de Ensino Superior (IES) do Estado do Rio de Janeiro (RJ). Em setembro de 2020, buscou-se as IES com status “ativo” para curso de Odontologia no website do Ministério da Educação e Cultura (MEC), do qual coletou-se nome, categoria administrativa (pública / privada), ano / desempenho no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), modalidade (presencial / à distância), data de início do funcionamento do curso e cidade das IES. Os sites oficiais das IES foram acessados por buscas no Google e rastreados quanto à presença de informações sobre terapia pulpar em dentes decíduos, de forma independente por 2 graduandas e 2 pós-graduandas. Tabulou-se os dados em Excel para análise descritiva. Segundo dados do MEC, 29 IES têm cursos ativos no RJ, sendo 86,2% (n=25) em IES privadas. Há classificação do Enade disponível para 18 cursos: 16 do ano de 2016 e 2 de 2013. O maior conceito recebido foi 4 (n=4; 22,2,%), sendo 3 (n=6; 33,3%) o mais frequente. Os cursos acontecem somente na modalidade presencial. Quinze cursos (51,7%) iniciaram o funcionamento nos anos 2000 e 3 ainda não iniciaram. A maioria se localiza na cidade do RJ (n=9; 31%). Informação sobre terapia pulpar em decíduos nos websites não foram encontradas. Conclui-se que há ausência de informações sobre terapia pulpar nos sites dos cursos de Odontologia ofertados em IES privadas, na modalidade presencial, com resultados satisfatórios no Enade, criados nos últimos 20 anos no RJ. Apesar das IES do RJ possuírem websites oficiais e da necessidade de comunicação digital com os alunos, os sites não disponibilizam informações sobre terapia pulpar em dentes decíduo, importantes para os alunos e para a população.
CAPES DS – 001, FAPERJ (E-26/200.386/2020; APQ1 2010.352/2019).
PP-140 – O uso de fitoterápicos associado a sedação com oxido nitroso auxiliam no manejo comportamental
Karine Takahashi
Faculdade de Odontologia- Campus de Araçatuba
O medo e a ansiedade são comportamentos muito presentes em crianças frente ao atendimento odontológico, por este motivo, o manejo comportamental e atendimento odontológico podem ficar prejudicados. Uma alternativa para o manejo destes pacientes seria a sedação, seja ela medicamentosa ou inalatória. Descrição do caso: O objetivo deste trabalho é descrever um caso clínico em que foi empregado tratamento fitoterápico aliado a sedação com óxido nitroso para controle de ansiedade em um paciente de 6 anos de idade do gênero feminino. A paciente por inúmeras vezes, e sem sucesso, foi submetida a terapêutica convencional para tratamento reabilitador. Paciente portadora de cárie precoce da infância severa, com necessidades restauradoras e de exodontia de molares decíduos. Foi empregada pré medicação com fitoterápico (Ansiodron (Waleda), 3 comprimidos ao dia, 3 dias antes do procedimento), para possibilitar o uso da máscara do aparelho de óxido nitroso. Sendo assim, após o uso do fitoterápico, a paciente permitiu a colocação da máscara e procedeu-se a exodontia dos molares com anestesia local e restauração dos dentes com lesão de cárie com resina composta. Conclusão: O fitoterápico empregado como pré-medicação possibilitou a colocação da máscara do aparelho de óxido nitroso, e por fim, permitindo a realização do tratamento reabilitador.
PP-141 – Uso de fitoterápico como tratamento do bruxismo em Odontopediatria: Um estudo piloto
Araujo HC*, Araujo RC, Takahashi K
Faculdade de Odontologia de Araçatuba
O bruxismo é definido como um habito não fisiológico do sistema estomatognático. Na primeira infância, tem se notado um crescente aumento de casos de bruxismo. Por ser de origem multifatorial, em alguns casos deve-se buscar um tratamento multiprofissional. Uma alternativa para o tratamento ou mimetização do bruxismo na infância é o uso de fitoterápicos, tratamento de origem natural, o baixo custo e ainda reduz os efeitos colaterais. Os florais de Bach são essências energéticas extraídas de flores, que atua no estado emocional do indivíduo, e modula o bem-estar físico, reduzindo, ou até mesmo promovendo a cura das doenças. O objetivo deste estudo piloto é traçar uma alternativa para o tratamento ou redução nos efeitos adversos causados em pacientes pediátricos diagnosticados com bruxismo. Participaram deste estudo, 9 pacientes de 2 -8 anos de idade com o diagnóstico de bruxismo. Os diagnósticos foram realizados baseados nos históricos relatado pelos pais (a maioria ouvia o seu filho ranger enquanto estava dormindo) e no exame clínico era observado desgaste dos dentes, (principalmente em caninos e dentes posteriores) e por ser de origem multifatorial, foi realizado um questionário dos pais em relação a rotina e hábitos destas crianças. Após a indicação do floral (4 gotas 4 vezes ao dia), as crianças foram avaliadas após uma, três e seis semanas e 4 meses e um novo questionário foi aplicado. Após o período de avaliação foi observado que os pacientes tiveram melhora nos casos de apertamento, ranger e desgaste dentário e na maioria dos casos houve remissão total dos sinais e sintomas. Os resultados clínicos somados ao histórico relatado pelos pais sugerem efeito terapêutico para crianças diagnosticadas com bruxismo.
PP-142 – Fatores clínicos e socioeconômicos relacionados ao impacto psicossocial da estética dentária em adolescentes escolares.
Alves-Duarte AC*, Duarte-Rodrigues L, Souto-Souza D, Santos LM, Marques LS, Galo R
UFVJM
O objetivo deste estudo foi investigar os clínicos e socioeconômicos relacionados ao impacto psicossocial da estética dentária em adolescentes escolares. O poder do teste de 93,21% foi observado. O impacto psicossocial da estética dentária foi avaliado através da aplicação da versão brasileira do PIDAQ. O exame clínico bucal e o preenchimento do PIDAQ foram realizados em ambiente escolar. Análise descritiva foi realizada e testes de Mann-Whitney, Kruskall-Wallis, Correlação de Spearman e modelo uni e multivariado da Regressão de Poisson. A amostra final foi composta por 323 adolescentes entre 13 e 19 anos, sendo a maioria composta pelo sexo feminino (54,4%) e a média de idade de 14,94 (±1,72). A análise de regressão multivariada revelou que adolescentes cujas famílias apresentam uma renda mensal menor que dois salários mínimos (IC95% 1,06-1,39; p=0,004) apresentaram escores do PIDAQ 22% maiores do que adolescentes oriundos de famílias com uma renda mensal maior.Com relação aos fatores clínicos, escolares com apinhamento anterior (RM [razão da média] 1,25; IC95% 1,05-1,48; p=0,013), consequências da cárie não tratada (RM 1,42; IC 95% 1,19-1,69; p<0,001) e desalinhamento anterior superior (≤ 2mm: RM 1,19; IC95% 1,01-1,42; p=0,040; >2mm: RM 1,55; IC95% 1,27-1,88; p<0,001 ) tiveram maiores escores do PIDAQ quando comparados aos adolescentes sem estas desordens bucais.
Concluiu-se que a menor renda mensal familiar, bem como características clínicas como apinhamento dentário, desalinhamento anterior superior e as consequências da cárie não tratada exerceram um maior impacto negativo no contexto psicossocial de adolescentes escolares.
CAPES
PP-143 – Teleatendimento de crianças com hipomineralização molar-incisivo em tempos de pandemia e a percepção da saúde bucal pelos responsáveis
Pion LA*, Faraoni JJ, Quero IB, Hesse D, Palma-Dibb RG
Universidade de São Paulo – Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
Com a chegada da pandemia de COVID-19, medidas severas foram implementadas em todo o mundo a fim de reduzir a propagação do vírus, inclusive a interrupção de atendimentos odontológicos. O objetivo foi avaliar as condições de saúde bucal e a percepção de crianças com hipomineralização molar-incisivo (HMI) em tratamento, em relação à pandemia, além de avaliar a percepção de saúde bucal por parte dos responsáveis. Um questionário foi aplicado remotamente a 56 crianças e seus responsáveis. As questões direcionadas às crianças abordavam tópicos relativos à saúde bucal e a avaliação delas em relação à pandemia. Para os responsáveis, foi enviado o mesmo questionário aplicado presencialmente no dia da inclusão das crianças: Parental-Caregiver Perceptions Questionnaire. Foram realizadas análises descritivas e regressão de Poisson para avaliar a percepção dos pais em relação à qualidade de vida das crianças antes e durante a pandemia e variáveis independentes (α=5%). Foi possível observar que 39% das crianças se sentiam felizes em casa, porém a maioria acha que irá demorar a voltar para a escola (46%) e dentista (33%). 71% não relataram dor, mas 51% acham ter problema com seus dentes, como manchas e fraturas. 20% a mais das crianças relataram sentir medo de ir ao dentista. Em relação à percepção dos responsáveis, não foi observado interferência das características clínicas, como número de molares afetados e severidade da HMI, cárie, dor, com a qualidade de vida antes e durante a pandemia (p>0,05). Foi possível concluir que com a chegada da pandemia, mudanças na rotina das crianças ocorreram, além do aumento do medo relatado por elas ao ir ao dentista. Por outro lado, nenhum dos fatores investigados influenciou na qualidade de vida das mesmas relatadas pelos responsáveis.
FAPESP E CAPES
PP-144 – Potencial antimicrobiano de enxaguatórios bucais infantis em suspensões planctônicas de Streptococcus mutans: um estudo in vitro
Belém FV*, Clementino LC, Gonçalves LM, Martins-Junior PA, Paschoal MAB
Universidade Federal de Minas Gerais
No mercado odontológico, diversos enxaguantes bucais estão disponíveis, incluindo aqueles para o público infantil. No entanto, pouco se sabe sobre o potencial antimicrobiano atual desses produtos em relação ao Sreptococcus mutans, uma bactéria associada ao desenvolvimento da cárie dentária. O objetivo deste estudo in vitro foi investigar o efeito antimicrobiano de enxaguatórios bucais infantis contra o Sreptococcus mutans. A cepa de Sreptococcus mutans foi utilizada no teste de difusão em ágar. As placas de ágar BHI foram divididas em quatro quadrantes, seguindo os grupos: G1- Cloreto de Cetilperidíneo (Cepacol Teen®); G2- xilitol e triclosan (Dentalclean Garfield®); G3- Malva silvestris e xilitol (Malvatrikids Jr®) e G4- solução salina tamponada com fosfato. Após ajuste bacteriano, uma alíquota de cada grupo foi semeada em placas de ágar BHI e transferida para uma estufa bacteriológica a 37ºC por 48 horas, para permitir crescimento bacteriano. Os dados foram analisados, utilizando ANOVA, para comparação intergrupos (α = 0.05). As zonas de inibição foram verificadas em G1(10.82±2.13) e G3(12.75 ±1.04), com ausência de zonas de inibição para outros grupos estudados. Não foi verificada diferença estatisticamente significante entre G1 e G3 (p=0,287) e G2 e G4 (p≥0.05). Apesar dos efeitos benéficos dos enxaguatórios bucais, somente o grupo G2 (xilitol e triclosan) não foi eficaz no controle do crescimento de S. mutans nessa condição in vitro. É necessário maior restrição na regulação da venda de substâncias antimicrobianas e maior esclarecimento das informações aos pais.
PP-145 – Efetividade clínica de anestésicos tópicos para isolamento absoluto para aplicação de selante resinoso.
Souza DFN, Duda J.G, Pizzato E, Chibinski ACR, Wambier DS, Loguercio AD, Reis, A, Wambier LM.
Universidade Positivo
Este estudo clínico, randomizado, duplo cego de boca dividida avaliou a efetividade de um novo gel anestésico tópico fotoativado para controle da dor comparado a um comercializado. Participaram 30 crianças de 7 a 12 anos, submetidas ao isolamento absoluto para a aplicação de selante resinoso nos dentes 36 e 46. O gel experimental foi desenvolvido no laboratório de Farmácia da UEPG e comparado com o anestésico tópico Emla. Ambos os géis foram acondicionados em seringas escuras. Os quadrantes foram isolados com roletes de algodão e os agentes anestésicos aplicados ao redor do dente e depois fotoativados. Após 40 segundos o grampo 14A foi posicionado, e a criança questionada sobre algum desconforto. Para avaliar o risco de dor foi utilizada uma escala dicotômica, e para verificar a intensidade da dor foram empregadas três escalas: expressão facial de Wong-Baker, numérica de 11 pontos e escala observacional (Flacc). Os dados foram analisados com os testes de McNemar e Wilcoxon Signed Rank (alfa = 5%). Em relação ao risco absoluto de dor, não foi observada diferença significativa entre os géis anestésicos (p=0,89). Em relação à intensidade da dor, a diferença foi significante com as duas escalas de dor (expressão facial Wong-Baker, p = 0,002 e numérica p = 0,031). Com a escala observacional (Flacc), os géis não apresentaram diferença significativa entre eles (p= 0,195).
O novo gel anestésico fotoativado foi mais efetivo na avaliação da intensidade de dor e constitui-se em uma alternativa não invasiva para isolamento absoluto.
Palavras-chave: Anestesia dental; Dor; Ansiedade ao tratamento odontológico.
PP-146 – Citocinas inflamatórias na saliva de gestantes com obesidade e a relação com a condição periodontal materna e com o peso do bebê ao nascer: análise pré e pós termo.
Foratori-Junior GA*, Dionísio TJ, Mosquim V, Sales-Peres SHC
Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo
Os objetivos deste estudo foram avaliar a condição periodontal e os níveis de mediadores inflamatórios salivares em mulheres obesas e eutróficas no 3º trimestre de gestação (T1) e após o parto (T2), e compreender a relação desses fatores com o peso do bebê ao nascer. Cinquenta gestantes foram divididas em: obesas (GO = 25; IMC ≥ 30kg/m2) e eutróficas (GE = 25; 18,5 ≤ IMC ≤ 24,99 kg/m2) e foram avaliadas quanto: a) condição periodontal; b) níveis salivares de TNF-α, leptina e IL-1β por meio do ensaio Luminex®; e c) peso do bebê ao nascer, que foi classificado como: baixo (< 2,500 kg), insuficiente (2,500 – 3 kg) e normal (3 – 3,999 kg). Mann-Whitney, Friedman, ANOVA medidas repetidas; qui-quadrado, e Q de Cochran foram adotados (p < 0,05). GO apresentou maior prevalência de sítios com sangramento gengival em T1, enquanto GE mostrou uma piora nessa condição após o parto (p = 0,002). As pacientes obesas tiveram maior prevalência de periodontite em ambos os períodos (p < 0,001). Além disso, elas apresentaram maior nível de TNF-α (p = 0,003) e IL-1β (p = 0,009) na saliva em T1, com redução de IL-1β após o parto. Ambos os grupos apresentaram redução nos níveis de leptina salivar entre os períodos (p < 0,001). Mulheres com obesidade tiveram filhos com menor peso ao nascer (p = 0,022), sendo que 40% deles tiveram o peso classificado como baixo/insuficiente ao nascer (p = 0,025). Conclui-se que mulheres com obesidade apresentaram maior prevalência de periodontite na gestação e após o parto e maior prevalência de sítios com sangramento gengival durante a gestação. Além disso, gestantes obesas mostraram elevados níveis salivares de TNF-α e IL-1β quando comparadas às eutróficas e tiveram bebês com menor peso ao nascer.
Apoio Financeiro: FAPESP 2018/20626-5; 2019/26845-3
FAPESP 2018/20626-5; 2019/26845-3
PP-147 – Estudo do Secretoma da Bactéria Filifactor alocis Isolada da Saliva de Adolescentes Transplantados Renais
Alves LAC*, Silva TMC, Garrido D, Pedro ACC, Mendes MA, Dias M, Ciamponi AL
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP)
Secretômica é a técnica que analisa quantitativamente metabólitos secretados por microorganismos presentes em biofluidos e/ou tecidos. Essas moléculas apresentam peso molecular variável e que de acordo com suas propriedades físico-químicas podem ter impactos consideráveis no perfil sistêmico de indivíduos transplantados. O objetivo do presente estudo foi avaliar o perfil secretômico salivar de pacientes transplantados renais e com doença periodontal. Quinze adolescentes, 12-18 anos, transplantados renais e com doença periodontal, cadastrados no CAPE – FOUSP e no ICr-FMUSP, fizeram parte deste estudo. A análise periodontal foi realizada por meio do índice de higiene oral simplificado (OHI-S), sangramento à sondagem e profundidade de sondagem. As amostras de saliva foram coletadas e armazenadas a -80°C até a realização da análise. O microrganismo Filifactor alocis foi isolado, as amostras coletadas e analisadas no Dempster Mass Lab do Departamento de Engenharia Química da EPUSP por meio da técnica de cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massa. As análises estatísticas foram realizadas por meio da análise de PCA e teste de Mann-Whitney e mostrou maiores concentrações estatisticamente significativas de aminoácidos ((arginina (p<0.0001), glicina (p<0.0001), cisteina (p<0.0002)), ácidos graxos ((ácido hipúrico (p<0.0001), ácido glucurônico (p<0.0002), ácido indolacético (p<0.0310)) e carboidratos ((frutose (p<0.0001), galactose (p<0.0001), glicose (p<0.0001), maltose (p<0.0001)). Concluímos, portanto, que pacientes transplantados, e com doença periodontal, desenvolvem estresse oxidativo, o qual na presença do Filifactor alocis, produzem endogenamente os metabólitos supracitados, que podem ser potencialmente agressivos ao periodonto e ao órgão transplantado.
PP-148 – Adesão às recomendações CONSORT de ensaios clínicos randomizados sobre longevidade de restaurações atraumáticas: uma Revisão Sistemática
Gonçalves ALR*, Wambier LM, Wambier DS, Duda JG, Reis A, Chibinski ACR
Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG – Paraná
Essa revisão sistemática avaliou a conformidade de ensaios clínicos randomizados sobre longevidade de restaurações atraumáticas com as recomendações CONSORT. Uma estratégia específica foi realizada em bases de dados verificando a longevidade de restaurações atraumáticas comparadas com outros procedimentos restauradores. Foi utilizada uma ferramenta para avaliação dos itens pertencentes às recomendações CONSORT com pontuação num total de 32 pontos. A análise do risco de viés foi realizada utilizando a ferramenta Cochrane. A comparação das médias foi realizada com ANOVA; as correlações entre o fator de impacto dos periódicos, média CONSORT, fator de impacto e o risco de viés foram analisadas por meio da correlação de Spearman. Foram identificados 2167 estudos, 33 preencheram os critérios e foram incluídos na revisão sistemática. A média geral de adesão ao CONSORT foi de 21,3 ± 6,1 pontos, 66% da pontuação máxima possível. Os itens considerados críticos foram protocolo, fluxograma e sigilo de alocação, 70% dos estudos obtiveram escore 0. A correta descrição do cálculo amostral faltou em mais de 50% dos artigos. Diferenças nas médias da adesão ao CONSORT foi observada na análise segundo periódico, país do autor principal e período de acompanhamento (p<0,001). Foram julgados com risco baixo de viés 15,15% dos estudos; 75,75% com risco indefinido; e 15,15% com alto risco de viés.
Conclui-se que, embora as diretrizes do CONSORT tenham sido incluídas nas instruções de diferentes periódicos, a conformidade está longe de ser totalmente alcançada. E que, a adesão de ensaios clínicos randomizados sobre longevidade de restaurações atraumáticas às recomendações CONSORT deve ser estimulada, fazendo com que os autores refinem suas metodologias para reduzir o risco de viés dos estudos.
PP-149 – Qualidade de vida relacionada ao ronco residual após adenotonsilectomia: um estudo piloto
Bariani RC*, GuimarãesTM, Moura W, Cappellette Junior M, Moreira G, Tufik S, Fujita RR
Departamento de otorrinolaringologia e cirurgia de cabeça e pescoço – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Introdução: Poucos estudos abordaram a qualidade de vida em longo prazo relacionada ao ronco residual após a adenotonsilectomia. O objetivo deste estudo foi comparar os escores do questionário OSA-18 entre crianças com ronco residual e crianças não roncadoras dois ou mais anos após a adenotonsilectomia.
Métodos: A amostra foi composta por 25 crianças divididas em dois grupos, um grupo de 14 crianças roncadoras e um grupo controle de 11 crianças não roncadoras. O questionário OSA-18 foi aplicado aos voluntários. No grupo controle, foi preenchido pelos cuidadores das crianças, enquanto nos indivíduos com ronco residual foi realizado pelos cuidadores das crianças na presença do médico ou dentista. Uma comparação estatística foi feita usando um modelo linear generalizado.
Resultados: O grupo roncador teve um escore total OSA-18 mais alto e um escore mais alto em todos os cinco domínios em comparação ao grupo controle.
Conclusão: Crianças com ronco residual dois ou mais anos após adenotonsilectomia podem ter pior qualidade de vida em comparação ao grupo controle.
Palavras-chave: Apneia obstrutiva do sono, Adenotonsilectomia, Ronco, Qualidade de vida.
PP-150 – O tamanho da falha pode ser decisivo na escolha do material para reparo de restaurações? – Uma análise econômica
Freitas RD*, Moro BLP, Passaro AL, Pontes LRA, Maia HCM, Oliveira RC, Garbim JR, Olegário IC, Tedesco TK, Mendes FM, Raggio DP, Braga MM
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP)
Objetivo: Essa avaliação econômica buscou verificar se o tamanho da falha influencia a relação de custo-efetividade (CE) em se usar o cimento de ionômero de vidro encapsulado (CIV) para reparo de restaurações em dentes decíduos. Metodologia: Utilizamos modelagem econômica, simulando a escolha do material entre CIV e sistema adesivo associado à resina do tipo Bulk fill (BULK). Árvores de decisão simples foram criadas para falhas maiores e menores, com horizonte de 1 ano e considerando as possíveis transições após o reparo (sucesso, falhas e esfoliação). Os dados para o modelo foram retirados de um estudo clínico em andamento que avaliou reparos feitos com CIV (Riva Self Cure, SDI) versus BULK (Filtek Bulk Fill e Filtek Bulk Fill Flow, 3M ESPE). Consideramos as probabilidades de transição observadas até o momento e o custo dos procedimentos no baseline ou da literatura. Análise de CE foram feitas com a perspectiva do sistema público de saúde. Custos (▲C) e efeitos (▲E) incrementais e a razão de CE incremental (ICER) foram calculados. Análises de sensibilidade consideraram as incertezas nesses parâmetros. Resultados: Para falhas maiores, há a probabilidade de 76% do uso do CIV ser uma opção custo-efetiva para reparos comparado a BULK (▲C: R$8,23, ▲E=10%, ICER=689,97). Em falhas menores, a probabilidade do CIV ser custo-efetivo para reparos cai para 50% casos, associado a um ICER elevado (▲C: R$11,93, ▲E=0%, ICER=118.664,59). Conclusão: Reparar restaurações em dentes decíduos com CIV encapsulado parece ser uma opção custo-efetiva em comparação a materiais resinosos para falhas maiores.
PP-151 – Fatores associados ao alfabetismo em saúde bucal no início da adolescência
Lopes RT*, Neves ETB, Gomes MC, Paiva SM, Ferreira FM, Granville-Garcia AF
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Objetivo: Avaliar a associação de fatores sociodemográficos, familiares e do tipo de serviço odontológico utilizado ao alfabetismo em saúde bucal em pré-adolescentes. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com 740 escolares. Foram avaliados o alfabetismo em saúde bucal (BREALD-30), fatores sociodemográficos, tipo de serviço odontológico e funcionalidade familiar (FACES III) por meio de questionários validados. A associação entre as variáveis foi avaliada por meio de regressão de Poisson robusta (α= 5%). Resultados: Um maior alfabetismo em saúde bucal foi associado ao sexo feminino (RR= 1.09; IC 95%: 1.03-1.14), coesão familiar do tipo conectada (RR= 1.12; IC 95%: 1.05-1.20), adaptabilidade familiar dos tipos rígida (RR= 1.14; IC 95%: 1.04-1.25) e estruturada (RR= 1.11; IC 95%: 1.04-1.20), escolaridade materna superior a oito anos de estudo (RR= 1.16; IC 95%: 1.10-1.22), idade do responsável superior a 38 anos (RR= 1.07; IC 95%: 1.02-1.13) e uso de serviços odontológicos privados (RR= 1.06; IC 95%: 1.01-1.12). Conclusão: O nível de alfabetismo em pré-adolescentes foi associado ao sexo, estrutura familiar, idade e escolaridade do responsável e tipo de serviço odontológico utilizado.
Palavras-chave: Saúde bucal. Alfabetização em saúde. Saúde do adolescente. Adolescentes. Relações familiares.
PP-152 – Percepção dos pais sobre a saúde bucal do filho atua como mediador entre cárie na primeira infância e Qualidade de Vida Relacionada a Saúde Bucal: Estudo de base populacional
Bittencourt JM*, Martins LP, Costa DR, Paiva SM, Pordeus IA, Bendo CB
Universidade Federal de Minas Gerais
Objetivo: Analisar o papel da percepção dos pais sobre a saúde bucal dos filhos como fator mediador entre a associação da cárie na primeira infância (CPI) e Qualidade de Vida Relacionada a Saúde Bucal (QVRSB). Metodologia: Foi realizado um estudo transversal representativo com 533 pares de pais/pré-escolares (4-6 anos), Ribeirão das Neves, MG. Os pais responderam a versão brasileira do Early Childhood Oral Health Impact Scale (ECOHIS) para mensurar QVRSB. O escore total do ECOHIS foi utilizado como variável dependente e a pergunta global foi utilizada como variável mediadora: “Como você avalia a saúde bucal do seu filho?”. A avaliação da CPI foi realizada por duas dentistas calibradas (ICDAS). Esse estudo possui aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Análise de mediação foi conduzida para testar a hipótese do efeito de mediação exercida pela percepção dos pais entre CPI e QVRSB por meio do PROCESS para SPSS. Resultados: Os pressupostos para a análise de mediação foram alcançados: CPI previu QVRSB (p<0,001) e percepção dos pais (p<0,001); e percepção dos pais previu QVRSB (p<0,001). A análise de efeito total mostrou que CPI explicou 12,6% do impacto na QVRSB (b=0,52;95%IC=0,40-0,64). Após a inserção da variável mediadora no modelo (efeito direto), observou-se um aumento na proporção de variância explicada para 29,7%, e uma redução do coeficiente de impacto da CPI sobre a QVRSB (b=0,26;95%IC=0,14-0,37). O efeito de mediação (efeito indireto) foi significativo (b=0,26;95%IC=0,18-0,36), sendo que a percepção dos pais mediou 50% da associação entre CPI e QVRSB. Conclusão: A percepção dos pais sobre a saúde bucal do seu filho atua como mediador entre a associação da CPI e QVRSB, sendo que a variável mediadora explica a metade desta associação.
CNPq, CAPES, FAPEMIG
PP-153 – Cárie na primeira infância atua como mediador entre alfabetismo em saúde bucal dos pais e a qualidade de vida relacionada à saúde bucal da criança
Martins LP*, Bittencourt JM, Bendo CB, Pordeus IA, Paiva SM
Universidade Federal de Minas Gerais
Objetivo: Analisar o papel da cárie na primeira infância (CPI) como fator mediador entre a associação do alfabetismo em saúde bucal (ASB) dos pais e a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de pré-escolares. Metodologia: Estudo transversal representativo com 449 pares de pais/pré-escolares de 4-6 anos de Ribeirão das Neves, MG. Os pais/responsáveis responderam às versões brasileiras do Hong Kong Oral Health Literacy Assessment Task for Paediatric Dentistry (BOHLAT-P) e do Early Childhood Oral Health Impact Scale (ECOHIS). A CPI e suas consequências pulpares foram diagnosticadas pelos índices ICDAS e pufa, por dois examinadores calibrados. Análises de Regressão de Poisson multivariada (p<0,05) e de mediação foram conduzidos. Resultados: O modelo multivariado demostrou que os pais com baixa ASB tiveram um impacto 53% maior na seção “Impacto infantil” (IC95%: 1,12-2,09) e um impacto 38% maior na seção “Impacto familiar” (95%CI: 1,01-1,88) do ECOHIS em comparação com aqueles com alto ASB. Na seção impacto na criança, a análise de mediação demonstrou que houve um aumento na porcentagem de variância do efeito direto do ASB dos pais em predizer QVRSB dos pré-escolares (R²=0,200) em comparação com o efeito total (R²=0,016). O efeito de mediação (efeito indireto) foi significativo (b=-0,37; BCa 95%CI: -0,76 – -0,01) para o modelo envolvendo ASB dos pais e o impacto no QVRSB dos pré-escolares, com CPI mediando aproximadamente 32,5% dessa associação. Em relação à seção Impacto na Família, a CPI não atuou como fator mediador. Conclusão: A ocorrência de CPI explicou um terço do efeito de baixo ASB dos pais em relação ao impacto negativo na QVRSB em crianças pré-escolares.
CNPq, CAPES, FAPEMIG
PP-154 – Caracterização e potencial bioativo de scaffolds de nanofibras contendo cálcio sobre células pulpares humanas para regeneração do complexo dentino-pulpar
Anselmi C*, Leite ML, Mendes Soares IP, de Souza Costa CA, Heblig J.
Faculdade de Odontologia de Araraquara/UNESP
Materiais disponíveis para capeamento pulpar direto induzem necrose tecidual superficial e, portanto, não são inteiramente biocompatíveis. Conceitos de engenharia tecidual têm possibilitado desenvolver estratégias bioativas, utilizando scaffolds como suporte temporário para a adesão, proliferação e diferenciação de células residentes na polpa para reparação do complexo dentino-pulpar. Portanto, o objetivo deste estudo foi sintetizar e caracterizar scaffolds de nanofibras incorporadas com cálcio e avaliar sua bioatividade sobre células pulpares humanas (HDPCs). Soluções de policaprolactona (PCL) associadas a baixas concentrações (0,1; 0,2; ou 0,4%) de hidróxido de cálcio (HC) foram preparadas para a obtenção de scaffolds de nanofibras por meio da técnica de electrospinning. PCL sem adição de HC foi o controle. Os scaffolds foram caracterizados quanto a morfologia e composição química (MEV/EDS, n=4). Ainda, degradação hidrolítica, alteração de pH do meio e liberação de cálcio foram avaliados por até 21 dias (n=8). HDPCs foram cultivadas sobre os scaffolds, seguido por avaliação da viabilidade/proliferação celular (alamarBlue e Live/Dead) em 1, 7 e 14 dias; e adesão/espalhamento (F-actina) em 1, 3 e 7 dias (n=8). Os dados foram analisados por ANOVA/Tukey ou Welch/Games-Howell (α=5%). O aumento da concentração de HC aumentou o diâmetro das nanofibras e a liberação de cálcio, gerando leve alcalinidade (pH 7-8). Houve diferença significativa de viabilidade do grupo controle apenas em 1 dia, porém as células apresentaram maior proliferação e espalhamento nas maiores concentrações de HC. Concluiu-se que a incorporação de 0,4% de HC a scaffolds de PCL proporcionou topografia de superfície e propriedades favoráveis à adesão, espalhamento e proliferação de HDPCs.
FAPESP MS- 2019/11192-4
PP-155 – O uso de silano no protocolo de reparo de resina composta: Uma revisão sistemática e meta-análise de estudos laboratoriais
Mendes LT*, da SILVA CL, Loomans BAC, Opdam NJM, Casagrande L, Lenzi TL.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
Objetivo: Investigar se o uso de silano previamente à aplicação de sistema adesivo aumenta a resistência de união de reparo de resina composta direta à base de metacrilato em comparação ao uso isolado de adesivo. Metodologia: A pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados PubMed/MEDLINE, Scopus e Lilacs, sem restrição de ano de publicação e idioma. Dois revisores selecionaram independentemente os estudos, extraíram os dados e avaliaram o risco de viés. Meta-análises foram realizadas usando modelo de efeitos aleatórios comparando as médias de resistência de união e desvios padrão entre os tratamentos de superfície silano + sistema adesivo e sistema adesivo (meta-análise global), e considerando análises de subgrupos (valores de resistência de união de reparo imediata e de degradação e tipo de silano – hidrolisado ou não hidrolisado). As análises estatísticas foram realizadas no RevMan 5.3 considerando um nível de significância de 5%. Resultados: De um total de 676 estudos potencialmente elegíveis, 81 foram selecionados para leitura na íntegra e 19 foram incluídos na revisão sistemática. Não houve diferença entre os grupos, considerando a resistência de união de reparo imediata e de degradação (p=0,12 e p=0,06, respectivamente). No entanto, a meta-análise global mostrou que o uso de silano previamente à aplicação de adesivo promoveu maiores valores de resistência de união de reparo (p=0,003). O efeito positivo do silano foi maior quando da utilização de silanos não hidrolisados (tamanho do efeito: 7,30 IC95% -2,91-17,51). A heterogeneidade foi alta. Os estudos apresentaram médio e alto risco de viés. Conclusão: A aplicação de silano previamente ao sistema adesivo pode aumentar a resistência de união de reparo de resina composta direta à base de metacrilato.
PP-156 – Terapia fotodinâmica antimicrobiana reduz micro-organismos colonizadores iniciais do biofilme oral
Benine-Warlet J*, de-Paula GS, Sales LS, Oliveira MC, Boriollo M, Rodrigues LKA, Nobre-dos-Santos M, Steiner-Oliveira C
Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP-Unicamp)
O objetivo desse estudo foi testar o efeito da terapia fotodinâmica antimicrobiana (TFDA) no biofilme oral formado por microorganismos colonizadores iniciais utilizando o fotossensibilizador azul de metileno associado à nanopartícula de β-ciclodextrina e fontes de luz laser ou LED (λ=660 nm). Biofilme multiespécies composto por S. mitis, S. gordonii, S. sanguinis e S. oralis foi cultivado em microplacas de 48 poços com BHI suplementado com sacarose 1% (p/v) por 24h e em seguida aleatoriamente alocado nos seguintes grupos (n=9, em triplicata): controle negativo (C-, NaCl 0,9%), controle positivo (CX, clorexidina 0,2%), L (Laser), LED, F (Fotossensibilizador/Nanopartícula), LF (Laser + Fotossensibilizador/ Nanopartícula) e LEDF (LED + Fotossensibilizador/Nanopartícula). As irradiações foram conduzidas com laser a 9J por 113s (323 J/cm2) ou LED a 8,1J por 90s (8,1 J/cm2). Foi realizada contagem dos microorganismos viáveis em meio seletivo antes e depois dos tratamentos para avaliar a redução microbiana. Avaliou-se a normalidade dos dados pelo teste Shapiro-Wilk e os resultados foram submetidos à análise de Kruskal-Wallis, seguida pelo teste de Dunn com nível de significância de 5%. Tanto LF quanto o LEDF resultaram em redução da contagem microbiana no biofilme diferindo significativamente de C-, sem apresentar diferença estatisticamente significativa para o controle positivo (CX). Concluiu-se que a TFDA mediada pelo azul de metileno conjugado à β-ciclodextrina irradiada tanto com laser quanto com LED foi eficaz na redução do biofilme multiespécies composto por micro-organismos colonizadores iniciais.
PIBIC-SAE/UNICAMP, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001
PP-157 – Estudo da aplicação de extratos comerciais de própolis verde brasileiro em terapia fotodinâmica contra Streptococcus mutans
Oliveira AB*, Ferrisse TM, França GG, Fontana CR, Brighenti FL
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Odontologia, Araraquara
A cárie dentária continua a ser uma das doenças crônicas mais prevalentes no mundo e apresenta amplo impacto negativo na qualidade de vida das pessoas. Cada vez mais estratégias terapêuticas têm sido desenvolvidas na tentativa de conduzir procedimentos odontológicos mais conservadores no tratamento das lesões de cárie. A terapia fotodinâmica antimicrobiana (TFDa) tem mostrado resultados promissores no controle do biofilme cariogênico. No entanto, poucos estudos desenvolveram novos fotossensibilizadores baseados em componentes naturais. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de dois extratos de própolis verde brasileiros (EPVB) comerciais, para serem utilizados na terapia fotodinâmica antimicrobiana (TFDa) sobre Streptococcus mutans em suspensão e em biofilme. A eficácia da terapia foi avaliada através da contagem de células viáveis após os tratamentos. A produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) foi avaliada utilizando de sondas específicas. A citotoxicidade dos EPVBs foi avaliada em queratinócitos orais pelo teste MTT. Significância estatística foi considerada para α<0,05. Foi observada uma redução microbiana total de 7,86 log10 UFC / mL para ambos EPVBs nos testes em suspensão. Nas análises de biofilmes foram observadas reduções superiores a 3 log10 UFC / mL também para ambos os EPVBs, sendo que os dois extratos produziram grandes quantidades de EROs, sem diferenças estatísticas entre eles (p> 0,05). Após a aplicação de TFDa, apenas um extrato de EPVB apresentou citotoxicidade aceitável para queratinócitos (73,07%), sem diferença para o grupo controle vivo (p> 0,05). Os resultados do presente estudo mostraram que os EPVBs têm potencial para serem usados em TFDa contra S. mutans.
CNPQ e FAFESP: 2018/18440-0
PP-158 – Atendimento odontopediátrico durante a pandemia de COVID-19: o que você precisa saber?
Braga BR*, Amorim-Junior LA, Castro CG, Ciriaco NO, Corrêa-Faria P
Faculdade Sul-Americana
Objetivo: O objetivo dessa scoping review foi sintetizar as recomendações para o atendimento odontopediátrico durante a pandemia de COVID-19. Metodologia: Foram incluídos documentos com orientações para o atendimento de crianças durante a pandemia. Recomendações, editoriais e revisões foram lidos para a extração das informações. A busca foi realizada no PubMed, Lilacs e Scopus. Listas de referências dos artigos incluídos foram consultadas para identificar documentos adicionais. As recomendações foram extraídas e sintetizadas. Resultados: Dentre as 182 referências identificadas, 17 foram incluídas. Os pacientes devem ser triados antes da consulta por meio de contato telefônico ou teleconferência para buscar informações sobre sintomas de COVID-19, contato com indivíduos infectados e sintomas odontológicos. Tratamentos não urgentes devem ser adiados. Condições urgentes podem ser resolvidas no consultório odontológico ou em ambiente hospitalar quando a anestesia geral for indicada. Lesões cariosas devem ser tratadas com técnicas minimamente invasivas. Dentes decíduos com pulpite irreversível podem ser extraídos. Para reduzir a ansiedade infantil, recomenda-se o uso de técnicas básicas de manejo de comportamento e explicações sobre a paramentação. Crianças não colaboradoras, mas com necessidade urgente de tratamento, podem ser tratadas no colo do acompanhante desde que esteja paramentado. O uso de sedação é controverso. A anestesia geral é uma opção para casos específicos e está sujeita à disponibilidade de centros cirúrgicos. Conclusões: Cuidados devem ser tomados em todos os momentos do atendimento odontológico. Além de medidas de biossegurança deve-se estar atento ao bem-estar emocional da criança.
PP-159 – Avaliação da manutenção de espaço no arco inferior após a perda precoce de um molar decíduo: estudo piloto de ensaio clínico randomizado
Santos N*, Evangelista ME, Andriani JSP, Santos PS, Santana CM, Bolan MS, Cardoso M
Universidade Federal de Santa Catarina
Este estudo teve como objetivo primário comparar medidas realizadas no arco mandibular, antes e após a perda precoce de um molar decíduo inferior, em escolares com e sem dispositivo mantenedor de espaço, num período de 3 meses. Foi realizado um projeto piloto de ensaio clínico randomizado, com dois grupos paralelos. A amostra foi composta por 25 crianças, entre 6 e 9 anos de idade, que buscaram atendimento na Universidade Federal de Santa Catarina e tiveram indicação clínica e radiográfica de exodontia unilateral de um primeiro ou segundo molar decíduo inferior, isto é, perda precoce. Estes foram divididos em Grupo Controle (G1): sem intervenção; e Grupo Intervenção (G2): com instalação de mantenedor de espaço tipo banda alça. Todos os pacientes foram moldados antes do procedimento de exodontia (T0) e no acompanhamento de 3 meses (T2). Um avaliador, cegado e previamente calibrado, realizou a mensuração das seguintes medidas nos modelos de gesso obtidos nos tempos T0 e T2: espaço linear no local de extração, distância intercaninos, comprimento intercaninos, distância do arco, comprimento do arco, perímetro do arco e grau de erupção do primeiro molar permanente. A análise estatística foi realizada através dos testes Test-T pareado e Teste T de Student nos casos de distribuição normal dos dados, e testes não paramétricos de Wilcoxon e Mann-Whitney para distribuição não normal. Após 3 meses de acompanhamento, o Grupo Controle perdeu 0,75mm a mais na distância linear do espaço de extração do que o G2 (P<0,01). As demais medidas avaliadas não apresentaram diferenças estatísticas significativas. Concluiu-se que houve maior perda da distância linear do espaço de extração em pacientes que não usaram o mantenedor de espaço, durante um período de 3 meses de acompanhamento.
Sim, CAPES e PIBIC
PP-160 – O comportamento infantil durante exame clínico pode predizer o seu comportamento durante tratamento odontológico sob sedação?
Moterane MM*, Viana KA, Costa LRRS
Universidade Federal de Goiás
Prever o sucesso do tratamento sob sedação moderada necessita evidências. O objetivo deste estudo foi avaliar se o comportamento da criança durante o exame clínico é capaz de predizer o seu comportamento durante o tratamento odontológico sob sedação. Participam deste estudo observacional 78 crianças saudáveis com idade entre 1,5 e 6 anos, com necessidade de tratamento restaurador e histórico de não cooperação previamente. Inicialmente, essas crianças foram submetidas à profilaxia odontológica e exame físico e, posteriormente, a procedimento odontológico restaurador sob sedação, com anestesia local e isolamento absoluto. Os regimes sedativos adotados foram midazolam e cetamina ou somente midazolam. Ambas as consultas foram realizadas por odontopediatra e filmadas. O comportamento infantil foi avaliado com a escala Ohio State University Behavioral Profile Scale (OSUBRS), por quatro observadores treinados e calibrados, que estabelece porcentagens de comportamentos durante a sessão: quieto, choro sem movimento, movimento sem choro e combativo. Houve predomínio do comportamento combativo (mediana 40,6%; 1º–3º quartil 4,7–90,3%) durante o exame clínico e quieto (49,2%; 29,2–84,4%) durante o tratamento sob sedação. O comportamento quieto no exame odontológico se correlacionou com o comportamento durante a sedação (rho=0,35; P<0.001). Não foi observado associação do comportamento quieto durante a sedação e o regime sedativo utilizado (P=0,463). Controlando sexo e idade no modelo de regressão, cerca de 8% do comportamento das crianças durante a sedação odontológica foi explicado pelo seu comportamento no exame clínico. O comportamento infantil durante o exame clínico odontológico é um fraco preditor do seu comportamento durante o tratamento restaurador sob sedação moderada.
CNPq, CAPES, Fapeg
PP-161 – Efetividade de tratamento conservador em lesões cariosas ativas em esmalte: estudo retrospectivo longitudinal em crianças de alto risco de cárie
Arduim AS*, Gonçalves DP, Scherer MM, Araujo FB, Lenzi TL, Casagrande L.
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
O presente estudo avaliou o comportamento de lesões cariosas ativas em esmalte após tratamento não invasivo/microinvasivo em crianças com alto risco de cárie. A amostra de conveniência foi composta por prontuários clínicos de crianças atendidas em um serviço público (2017-2018) com presença de lesões cariosas ativas em esmalte – score 1, 2 e 3 (International Caries Detection and Assessment System – ICDAS). O desfecho controle das lesões cariosas ativas foi definido pela combinação de inativação e não progressão das lesões baseado nos critérios do ICDAS e Nyvad. Regressão de Poisson foi utilizada para avaliar fatores clínicos e individuais associados ao desfecho. De 365 lesões cariosas ativas em esmalte de 105 crianças com alto risco de cárie, 72,6% inativaram e 92,1% não progrediram (tempo médio de 6,5 ±4,1 meses). A prevalência do controle das lesões cariosas foi maior entre crianças acima de 6 anos de idade (PR:1,43 CI:1,00;2,03; p=0,04) e para aquelas que apresentaram maior controle do biofilme (PR:0,99 CI:0,98;0,99; p=0,03). Conclui-se que tratamentos conservadores são efetivos no controle das lesões cariosas ativas em esmalte. A maioria das lesões inativaram e não progrediram após tratamento conservador. O controle das lesões de cárie foi associado com crianças mais velhas e melhor controle do biofilme.
CAPES – Código de Financiamento 001
PP-162 – Avaliação do potencial erosivo de antissépticos bucais infantis associado à escovação simulada em cimento ionômero de vidro convencional.
Magalhães LS*, Silva NML, Gomes IA, Paschoal MAB.
UFMG
Objetivo: Esse estudo in vitro avaliou o potencial erosivo de enxaguantes bucais infantis após escovação simulada em amostras de cimento ionômero de vidro convencional (CIV). Metodologia: O cálculo amostral foi de N=10 para 4 grupos. Assim foi confeccionado 40 amostras circulares de CIV (Ketac Molar Easymix- 3M ESPE), que foram divididas em 4 grupos: G1- cloreto de cetilpiridínio, G2- triclosan e G3- triclosan/gantrez e G4 – água destilada (controle). As amostras foram medidas através de um rugosímetro, para análise da rugosidade superficial inicial (Ri) e análise de peso inicial (Pi), através de uma balança de alta precisão. Em seguida, submetidas a escovação simulada por 2 vezes ao dia (2 min), e ao final do dia, imersas nos líquidos (1 min), durante um período de 15 dias. A rugosidade final (Rf) e o peso final (Pf), foram medidos no fim da ciclagem de escovação e imersão nos produtos. Análise qualitativa foi realizada com imagens estereoscópicas feitas com ampliação em 20x e 30X. Os dados foram analisados por ANOVA e teste de Tukey para comparação intergrupos e o teste T para amostras dependentes para comparação intragrupo. Resultados: Na comparação das médias de rugosidade inicial e final, apenas o grupo G2 apresentou um real aumento na rugosidade ΔRa (1,53 ± 0,94). Na análise de peso, não houve diferença estatisticamente significativa. Para a avaliação das imagens, foi observado fissuras e trincas em todas amostras submetidas aos enxaguantes testados. Conclusão: O enxaguante bucal para crianças contendo triclosan mostrou aumento na rugosidade das amostras de CIV, especialmente quando associado à escovação. Assim é necessário que profissionais da odontopediatria ofereceram maiores informações aos responsáveis quanto ao uso indiscriminado desses enxaguantes infantis.
FAPEMA
PP-163 – Alfabetismo em saúde bucal e coesão familiar associados à ida ao dentista em adolescentes.
Prata IMLF*, Neves ETB, Lima LCM, Dutra LC, Gomes MNC, Paiva SM, Ferreira FM, Granville-Garcia AF.
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Avaliar a influência do alfabetismo em saúde bucal e de fatores sociodemográficos, clínicos e familiares na ida ao dentista em adolescentes. Estudo transversal e analítico de base populacional, conduzido com 740 adolescentes de 12 anos de idade em Campina Grande, Brasil. O procedimento amostral foi por conglomerados em duas etapas: sorteio das escolas seguido de seleção dos alunos por meio de amostra aleatória simples. Os adolescentes responderam instrumentos validados sobre o alfabetismo funcional em saúde bucal (BREALD-30) e sobre o nível de coesão e adaptabilidade familiares (FACES III). A ida ao dentista alguma vez na vida e a dor de dente nos últimos seis meses foram relatadas pelos estudantes. Um gráfico acíclico dirigido (DAG) foi utilizado para selecionar os fatores de controle do estudo. Os dados foram analisados por meio de regressão de Poisson robusta para amostras complexas. Escores mais altos do alfabetismo em saúde bucal (RP = 1.01; 95% IC: 1.01 a 1.03), classe social alta (RP = 1.28; 95% IC: 1.09 a 1.50), maior escolaridade materna (RP = 1.58; 95% IC: 1.37 a 1.83), coesão familiar do tipo aglutinada (RP = 1.55; 95% IC: 1.19 a 2.02) e conectada (RP = 1.22; 95% IC: 1.02 a 1.44), e a ausência de dor dentária (RP = 1.18; 95% IC: 1.01 a 1.38) permaneceram associados à ida ao dentista em adolescentes. O alfabetismo em saúde bucal e fatores sociodemográficos, familiares e clínicos foram preditores da ida ao dentista na fase inicial da adolescência.
CAPES N° 88881.361824/2019-01 | CNPq | FAPESQ PB
PP-164 – Percepção dos pais sobre a higiene bucal, distúrbios e qualidade do sono em crianças brasileiras e portuguesas durante a pandemia de COVID-19
Prado IM*, Perazzo MF, Baptista AS, Pinho TM, Paiva SM, Pordeus IA, Abreu LG, Serra-Negra JM
Universidade Federal de Minas Gerais
Objetivo: Avaliar a percepção dos pais sobre higiene bucal, qualidade do sono e ocorrência de distúrbios do sono em crianças durante a pandemia de COVID-19.
Metodologia: Neste estudo transversal, 253 pais brasileiros e portugueses, de crianças de 3 a 15 anos, em isolamento social durante a pandemia de COVID-19, responderam um questionário online, entre 24-26/04/20, avaliando dados sociodemográficos, ocorrência de atividades escolares online, percepção da qualidade do sono e da higiene bucal e mudanças na rotina da criança. Os pais também responderam 5 domínios (distúrbios respiratórios do sono, distúrbios do despertar, distúrbios da transição sono-vigília, sonolência diurna excessiva e hiperhidrose do sono) da versão em português da Escala de Distúrbios do Sono em Crianças. A ocorrência de algum sintoma pelo menos 3-5 vezes por semana em um dos itens de cada distúrbio da escala foi usado como ponto de corte para determinar a prevalência dos distúrbios do sono. Foi realizada a análise descritiva dos dados.
Resultados: Entre os participantes, 50,2% eram brasileiros e 49,8% portugueses. A maioria eram meninos (52,2%) e realizavam atividades escolares online (77,3%). Comparando a qualidade do sono dos filhos antes e durante a pandemia, 42,7% dos pais relataram piora. Comparando a percepção da higiene bucal dos filhos antes e durante a pandemia, 22,7% dois pais relataram piora. A prevalência dos distúrbios do sono foi de: 7,8% para distúrbios respiratórios; 3,5% para distúrbios do despertar; 29,8% para distúrbios de transição sono-vigília; 22,7% para sonolência diurna excessiva; e 6,7% para hiperhidrose do sono.
Conclusão: A rotina, qualidade do sono e higiene bucal das crianças sofreram alterações e foi identificada a ocorrência de distúrbios do sono durante a pandemia.
FAPEMIG, CAPES e CNPq
PP-165 – Pandemia de COVID-19 e odontopediatria: Medo, mudança de hábitos e percepções de saúde bucal.
Collet GO*, Campagnaro R, Andrade MP, Salles JPSL, Fracasso MLC, Scheffel DLS, Freitas KMS, Santin GC.
Universidade Estadual de Maringá
O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 no medo, hábitos alimentares e na percepção de saúde bucal pelos pais. Para isso, 1003 pais de crianças de 0 a 12 anos responderam um questionário online contendo 19 questões sobre mudanças na rotina e na dieta, nível de medo, saúde bucal entre outras variações durante a pandemia. A análise dos dados foi realizada a partir da descrição de frequências relativas e absolutas das variáveis e os testes de Fisher e Kruskal-Wallis. 73% dos participantes relataram diminuição na renda mensal média, 568 pessoas afirmaram não terem procurado o dentista durante a pandemia, 66,6% só iriam ao dentista em caso de urgência e houve associação entre o nível de medo com a disposição dos pais em levar os filhos ao consultório odontológico. 61.5% revelaram mudanças nos hábitos alimentares. Sendo assim, a maioria das famílias apresentaram mudanças na rotina diária e de hábitos alimentares durante a pandemia. Os pais temem a pandemia de corona vírus e isso afeta o comportamento em relação a procura de atendimento odontológico para seus filhos.
PP-166 – O tratamento restaurador de lesões de cárie em molares decíduos promove melhora da mastigação de pré-escolares
Soares MEC*, Souto-Souza D, Galo R, Pereira LJ, Ramos-Jorge ML, Ramos-Jorge J
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tratamento restaurador de molares decíduos com cárie na performance mastigatória (PM) de pré-escolares. Este estudo longitudinal foi realizado com 58 crianças de 4 e 5 anos que apresentavam lesões cariosas cavitadas nos dentes posteriores, compondo o grupo intervenção. Essas crianças foram pareadas com crianças da mesma idade e sexo que apresentavam os dentes posteriores hígidos. A avaliação foi realizada em dois momentos para as crianças de ambos os grupos: previamente ao início do tratamento restaurador das crianças do grupo intervenção e 15 dias após finalizado o tratamento. Para avaliação da PM, a criança realizou 20 ciclos mastigatórios com um alimento teste (Optocal). Após desinfecção, filtragem e secagem, foi realizado o peneiramento, através de 9 peneiras granulométricas. Essas peneiras foram acopladas a um vibrador ativado por 20 minutos. Em seguida, as partículas retidas em cada peneira foram pesadas. A partir do peso foi determinado o tamanho mediano (X50) das partículas trituradas. A análise dos dados incluiu a descrição de frequências das variáveis, análise de regressão linear simples e múltipla. Houve diferença do valor do X50 entre os dois grupos tanto na primeira avaliação (p=0,003), quanto no acompanhamento (p=0,02), onde o grupo não intervenção apresentou melhor PM. No entanto, o delta do X50 foi menor no grupo intervenção (p<0,001) (maior variação para melhor). No modelo final da regressão múltipla, o ΔX50 foi influenciado pelo número de dentes restaurados (β=-0,391;p<0,001). Após o tratamento restaurador odontológico houve uma melhora significativa da PM. Entretanto, não foram alcançados níveis semelhantes às crianças com todos os dentes posteriores hígidos.
CAPES, FAPEMIG
PP-167 – Conhecimento dos alunos de cursos da área da saúde frente a uma avulsão de dente permanente
Kneitz FB*, Ouverney KF, Fernandes RB, Nascimento MSN, Machado FC
Universidade Federal de Juiz de Fora
Objetivo: Avaliar o conhecimento dos alunos dos cursos da área da saúde (Odontologia, Medicina e Enfermagem) de uma Instituição Pública de Ensino Superior sobre traumatismo dentário, do tipo avulsão de dentes permanentes, bem como sobre as condutas de urgência a serem tomadas frente à lesão. Metodologia: A amostra, selecionada por conveniência, foi composta por 390 acadêmicos da Universidade Federal de Juiz de Fora – MG, sendo 154 do curso de Odontologia, 93 de Enfermagem e 143 de Medicina. Foram coletadas informações, por meio de um questionário estruturado autoaplicável, sobre dados pessoais, experiências anteriores, conhecimento sobre avulsão dentária e bem como as principais condutas a serem tomadas frente a este tipo de traumatismo. Foram realizadas as análises descritiva e estatística, utilizando o teste Qui-quadrado de Pearson. O nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05). Resultados: Menos da metade dos entrevistados relataram ter recebido alguma informação sobre traumatismos dento-alveolares previamente, sendo que a maioria que recebeu informação era do curso de Odontologia (p<0,01). A maioria também não teve nenhuma experiência anterior com esse tipo de traumatismo, sem diferença entre os cursos (p≥0,05). Conclusão: O estudo revelou que há falta de conhecimento sobre o manejo da avulsão de dentes permanentes pelos estudantes avaliados, principalmente os dos cursos de Medicina e Enfermagem. Desta forma, é de grande necessidade o desenvolvimento de programas de educação, informação e treinamento, que enfatizem o tratamento emergencial para avulsão dentária, dirigidos aos alunos desses cursos.
PP-168 – Clínica do Esmalte Dental – FORP/USP: Uma proposta de integração entre Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária
Vicioni-Marques F*, Paula-Silva FWP, Carvalho MR, Queiroz AM, Carvalho FK
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP/USP), Universidade de São Paulo (USP)
Objetivo: Apresentar a disciplina do Programa de Pós-Graduação em Odontopediatria-FORP/USP “Clínica do Esmalte Dental”, como uma proposta de integração entre o Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária. Metodologia: Com a observação cada vez mais frequente do alto número de casos de defeitos do esmalte dentário (DEDs), principalmente da Hipomineralização Molar-Incisivo (HMI), nos diversos ambientes clínicos da FORP-USP, além da alta complexidade e repercussões clínicas associadas a estes casos, os docentes do Programa de Pós-Graduação em Odontopediatria-FORP/USP criaram a “Clínica do Esmalte Dental”, no segundo semestre de 2018. A disciplina possui a missão de: promover a capacitação dos pós-graduandos ao diagnóstico e manejo clínico dos DEDs e HMI; a realização de projetos de pesquisa; o atendimento clínico a crianças portadores de DEDs e a promoção de saúde bucal. A disciplina oferece atividades teóricas conceituais preparatórias, calibração interativa para o diagnóstico dos DEDs, atividades clínicas intra e extramuros e atividades de extensão universitária em escolas de ensino fundamental da cidade de Ribeirão Preto. Resultados: A disciplina, até então, participou da formação de 49 pós-graduandos, além da orientação direta de 4 alunas de mestrado e/ou doutorado em projetos de pesquisa relacionados aos DEDs e a HMI. Foram atendidas mais de 150 crianças portadoras de DEDs, de um universo de mais de 1800 crianças que foram triadas nas atividades de extensão. Conclusão: A integração entre o Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária permite maximizar a experiência do ensino-aprendizagem, levando de forma direta o conhecimento teórico e prático ao aluno, trazendo também benefícios à comunidade.
Palavras-chave: Esmalte dentário; Ensino; Odontologia.
PP-169 – Ansiedade odontológica infantil após tratamento sob sedação: avaliação prospectiva
Amorim-Júnior LA*, Costa LR, Corrêa-Faria P
Universidade Federal de Goiás
Objetivo: Há poucas evidências sobre o efeito, em longo prazo, da sedação na redução da ansiedade infantil. O objetivo desse estudo foi avaliar, descritiva e prospectivamente, a ansiedade odontológica de crianças tratadas sob sedação.Metodologia: Crianças de 4 a 6 anos, não colaboradoras e com cárie dentária, tiveram a sua ansiedade odontológica avaliada antes do tratamento odontológico e três meses após a conclusão do tratamento sob sedação. A ansiedade foi avaliada usando a versão modificada do Venham Picture Test (VPTm). A partir da pontuação obtida no VPTm, as crianças foram agrupadas em: sem ansiedade (0), baixo nível de ansiedade (1 e 2), nível moderado de ansiedade (3-5) e alto nível de ansiedade (6-8). O indicador de mudançapositiva (Indicator of Positive Change IpC) foi calculado para medir a proporção de possíveis categorias de mudança (em direção à redução) considerando o tempo antes e após o tratamento. A porcentagem de crianças com mudança positiva, negativa ou sem mudança foi calculada. Resultados: Vinte e seis crianças (61,5% meninos; média de 4,4 anos [desvio-padrão 1,0) participaram do estudo. Antes do tratamento, 61,5% tinham algum nível de ansiedade odontológica. Após o tratamento, a proporção de crianças com algum nível de ansiedade foi 46,1%. Houve mudança positiva em 26,9% das crianças e ausência de mudança em 53,8%. O IpC foi de 37,9%. Conclusão: Houve uma pequena redução da ansiedade odontológica infantil no período de três meses após o tratamento sob sedação. Além da sedação, outras medidas como o acompanhamento psicológico devem fazer parte do cuidado da criança ansiosa.
CAPES, CNPq
PP-170 – Sobrevida de Hall Technique em cavidades atípicas de molares decíduos – Ensaio clinico randomizado com 1 ano de acompanhamento
Pascareli-Carlos AM*, Gonçalves MS, Gimenez T, Floriano I, Calvo AFB, Raggio DP, Imparato JCP, Tedesco TK
Universidade Ibirapuera, São Paulo, Brasil
Objetivo: Cavidades atípicas, as quais envolvem mais de duas superfícies sendo uma delas vestibular ou lingual/palatina, são um desafio para odontologia restauradora, uma vez que o risco de falha das restaurações está relacionado com o número de superfícies envolvidas. Assim, o objetivo deste ensaio clínico randomizado de dois braços paralelos, multioperadores, foi comparar a sobrevida da Hall Technique (HT) em cavidade atípicas de molares decíduos com restauração de resina composta (RC). Metodologia: Crianças entre 4 a 9 anos de idade com pelo menos uma lesão cavitada atípica em molares decíduos foram selecionadas de 21 cidades brasileiras. Os dentes selecionados foram aleatoriamente divididos em dois grupos (n=182): (1) Remoção seletiva e restauração com RC e (2) HT. A sobrevida dos tratamentos foi avaliada aos 6 e 12 meses após a intervenção. Os dados obtidos foram submetidos análise de sobrevida pelo modelo de Kaplan-Meier. Regressão de Cox foi utilizada de modo a avaliar a influência de variáveis explicativas na sobrevida dos tratamentos (α=5%). Resultados: Após 12 meses, 358 dentes foram reavaliados pelo menos uma vez e incluídos na análise de sobrevida. HT (88%) resultou em maior sobrevida do que RC (76%) (p=0,003). As demais variáveis não foram influenciaram na sobrevida dos tratamentos. Conclusão: Hall technique deve ser considerada como opção de tratamento para lesões cavitadas atípicas de molares decíduos, uma vez que resulta em maior sobrevida do que RC. Clinicaltrials.gov NCT02782390.
PP-171 – Impacto na qualidade de vida relacionada à saúde bucal em crianças de 8 a 10 anos com hipomineralização molar-incisivo (HMI)
Soares JP*, Santos N, Santos PS, Moro JS, Pires KM, Santana CM, Cardoso M, Bolan M.
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
Objetivo: Este trabalho teve como objetivo verificar se a presença de hipomineralização molar-incisivo (HMI) esteve associada ao impacto negativo na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (CPQ) em escolares de 8 a 10 anos. Metodologia: Estudo transversal realizado no município de Florianópolis. Através de questionários enviados aos pais obteve-se as informações sociodemográficas da criança. Para avaliar o impacto na qualidade de vida relacionada à saúde bucal, as crianças responderam ao CPQ8-10 no dia do exame clínico. Quatro examinadores calibrados previamente (Kappa>0,70) verificaram a presença de cárie dentária através do índice CPO-D/ceo-d e as consequências clínicas da cárie dentária não tratada através do índice PUFA/pufa. A HMI foi avaliada nos dentes permanentes anteriores e posteriores pelo índice proposto pela Academia Europeia de Odontopediatria (EAPD). Foram realizadas análises descritivas, bem como teste Qui-Quadrado e Regressão Logística, considerando um nível de significância de 5%. Resultados: Participaram deste estudo 1208 crianças, sendo que a prevalência de HMI foi de 9,10%. As crianças que apresentam HMI em dentes anteriores e posteriores não tiveram impacto na qualidade de vida relacionada à saúde bucal. Dentre as outras variáveis o impacto no CPQ esteve relacionado a meninas (RC:1,43; IC 95% 1,19-1,83), presença de cárie na dentição decídua e permanente (RC: 1,64; IC 95% 1,10-2,44) e as consequências da cárie dentária (RC: 1,50 IC 95% 1,09-2,07). Conclusão: Crianças com presença de HMI na dentição permanente não tiveram impacto negativo na qualidade de vida relacionada à saúde bucal. Porém, meninas com cárie dentária e suas consequências clínicas (PUFA/pufa) demonstraram um impacto negativo no índice CPQ.
FAPESC
PP-172 – Prevalência de restaurações odontológicas insatisfatórias em dentes posteriores decíduos em relação aos fatores socioeconômicos e individuais em crianças de 6 a 10 anos de idade: um estudo transversal
Fonseca PG*, Fernandes IB, Abreu MHNG, Rezende Filho P, Ramos-Jorge ML.
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
O objetivo deste estudo foi investigar os fatores associados a restaurações odontológicas insatisfatórias em dentes posteriores decíduos de crianças de 6 a 10 anos de idade. Esse estudo transversal foi realizado em Diamantina, Minas Gerais, com crianças selecionadas aleatoriamente em escolas públicas. Foram enviados questionários aos pais/responsáveis que abordavam aspectos socioeconômicos e demográficos da criança e sua família. Nas escolas foram realizados exames clínicos bucais para a avaliação da qualidade das restaurações odontológicas de dentes posteriores, placa visível e cárie dentária óbvia (Códigos de 3 a 6 de acordo com os critérios do Sistema Internacional de Avaliação e Detecção de Cárie Dentária). O desfecho foi a qualidade insatisfatória das restaurações odontológicas em dentes posteriores decíduos. As variáveis independentes incluíram fatores individuais e relacionados aos dentes restaurados. As associações foram testadas através de Regressão Logística Multinível. De 400 escolares que participaram no estudo, 217 dentes de 98 crianças estavam restaurados. A prevalência de restaurações insatisfatórias foi de 34,6%. Escolares com restaurações em amálgama apresentaram menos chance de apresentar restaurações insatisfatórias, comparadas à restaurações em ionômero de vidro (OR=0,11; IC 95% 0,02-0,49). As chances de apresentarem restaurações odontológicas insatisfatórias foram maiores em crianças com cárie óbvia não tratada (OR= 6,79 IC 95% 2,20-20,93). Foi verificado também que crianças com índice de placa visível ≥ 20% tiveram maiores chances de apresentar restaurações odontológicas insatisfatórias (OR=2,28 IC 95% 1,05-4,92). Conclui-se que restaurações insatisfatórias foram associadas ao material restaurador, presença de cárie e índice de placa visível.
CAPES – Código de Financiamento 001
PP-173 – PosoloGuia Odonto: Aplicativo de terapêutica medicamentosa em Odontologia
Stringhini Junior E*, Dotto MG, Souza JAP, Brum JRL
Centro Universitário Unisep (CEUUN) – Campus Francisco Beltrão
Na terapêutica medicamentosa, os aplicativos móveis (apps) são instrumentos auxiliares na prescrição. O objetivo deste trabalho foi criar um aplicativo de terapêutica medicamentosa voltado para Odontologia. A metodologia da pesquisa envolveu uma busca bibliográfica das necessidades e peculiaridades das prescrições odontológicas, apps utilizados em Odontologia e principais medicamentos que serviram de base para desenvolvimento do software. O PosoloGuia Odonto é um aplicativo gratuito, criado para uso clínico por cirurgiões-dentistas e acadêmicos de Odontologia e como ferramenta alternativa no processo de ensino do cálculo e prescrição medicamentosa, especialmente em Odontopediatria. O aplicativo apresenta as ferramentas: “login/cadastro”; ‘’Sobre’’, onde o aplicativo e seus autores são apresentados; ‘’Prescrição’’ e ‘’Mais Pesquisados’’. A tela principal apresenta cinco campos: “Dropdown”, onde o usuário escolhe entre anestésicos, medicamentos ou esquema profilático de prevenção da endocardite bacteriana; “idade do paciente”; “peso do paciente”, “nome do medicamento” e “apresentação comercial”. Preenchidos os campos, o usuário solicita a pesquisa e recebe a sugestão da prescrição requerida. As bases de dados utilizadas na confecção deste aplicativo foram o Micromedex, Bulário virtual da Anvisa e drugs.com. Atualmente, o PosoloGuia Odonto está disponível pelo endereço eletrônico iomedicamentos.web.app e tem previsão de ser lançado nas lojas virtuais até dezembro de 2020. Acredita-se que o PosoloGuia Odonto auxiliará de maneira significativa os acadêmicos de Odontologia e cirurgiões-dentistas na prevenção da endocardite bacteriana, uso seguro de anestésicos locais e no cálculo de dosagem terapêuticas, especialmente em Odontopediatria.
PP-174 – Conhecimento e percepção dos acadêmicos do curso de odontologia sobre maus-tratos infantis
Leonardi LA*, Novaes AKC, Fonseca-Souza G, Souza JF.
Universidade Federal do Paraná
Os maus-tratos (MT) na infância têm grandes repercussões na vida da criança. Os profissionais de saúde têm a responsabilidade legal de notificar os casos suspeitos. Para tanto, é necessário o conhecimento sobre diagnóstico e condutas frente aos MT. Este estudo observacional transversal teve por objetivo avaliar o conhecimento dos acadêmicos do curso de Odontologia sobre MT infantis. Um questionário semi-estruturado contendo questões sobre características demográficas, percepção e conhecimento quanto aos MT foi aplicado pelo Google Forms. O escore de conhecimento foi calculado pela soma de acertos, variando de 0 a 14 pontos. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente de forma descritiva e inferencial no software SPSS (Versão 24.0, IBM, EUA). O escore de conhecimento foi analisado em relação as características por meio do teste U de Mann-Whitney ou correlação de Spearman, com nível de significância de 5%. Um total de 146 acadêmicos (30,41%) participaram da pesquisa, a média de conhecimento foi 10,31 (Min-5 Máx-14). Quanto a definição de MT, 98,6% (N=144) dos acadêmicos afirmaram saber o que é MT, 51,4% (n=75) relataram ter recebido informações sobre o tema em aula. Quanto a conduta, 48,6% (n=71) alegaram não saber agir frente aos casos de MT. Houve correlação positiva significante entre o escore de conhecimento e os períodos curriculares. Conclui-se que alguns aspectos do MT como definição e diagnóstico são bem conhecidos pelos acadêmicos, porém os aspectos relacionados a conduta são poucos conhecidos. Conclui-se também que o escore de conhecimento foi maior nos estágios mais avançados do curso.
Palavras-chave: Maus-Tratos Infantis; Educação em Odontologia; Diagnóstico.
PP-175 – Fatores sociodemográficos, funcionamento familiar e ambiente escolar impactam no alfabetismo em saúde bucal na adolescência: abordagem multinível
Perazzo MF*, Neves ETB, Gomes MC, Dutra LC, Ferreira FM, Paiva SM, Granville-Garcia AF
Universidade Federal de Minas Gerais
Objetivos: Avaliar a associação entre fatores individuais e contextuais e o alfabetismo em saúde bucal (ASB) no início da adolescência. Metodologia: Um estudo transversal de base populacional foi conduzido com 740 adolescentes de 12 anos de idade selecionados aleatoriamente, em duas etapas, por meio de um processo de amostragem probabilística do tipo clusters em escolas de Campina Grande, Brasil. Os responsáveis forneceram informações sociodemográficas. Os adolescentes responderam à versão brasileira da Escala de Avaliação da Coesão e Adaptabilidade Familiares (FACES III) para mensurar o funcionamento familiar, e à Estimativa Rápida de Alfabetismo em Saúde Bucal (BREALD) para medir o ASB. Além disso, informações do contexto foram obtidas nas escolas e no banco de dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, onde se coletou a taxa de retenção dos alunos (estudantes reprovados de ano duas ou mais vezes). A análise estatística usou regressão de Poisson robusta para amostras complexas com abordagem multinível. Resultados: Adolescentes matriculados em escolas com maiores taxas de retenção dos alunos apresentaram piores escores de ASB (RE=0,99; 95% CI: 0,98-0,99). Os seguintes fatores estiveram associados ao maior nível de ASB dos adolescentes: sexo feminino (RE=1,05; 95% IC: 1,01-1,10), mães com mais de oito anos de escolaridade (RE=1,13; 95% IC: 1,08-1,19), mães mais jovens (RE=0,94; 95% IC: 0,90-0,97) e funcionamento familiar equilibrado (RE=1,08; 95% IC: 1,01-1,14). Conclusão: Fatores sociodemográficos, familiares e contextuais da escola influenciaram o alfabetismo em saúde bucal dos adolescentes. Esses fatores devem ser incorporados às práticas de educação em saúde bucal e considerados para formulação de políticas públicas de saúde.
CNPq, CAPES, FAPESQ-PB e FAPEMIG
PP-176 – Abordagem contextual e individual para o uso de drogas lícitas entre adolescentes
Perazzo MF*, Gomes MC, Neves ETB, Firmino RT, Lima LCM, Costa EMMB, Ferreira FM, Paiva SM, Granville-Garcia AF.
Universidade Federal de Minas Gerais
Objetivos: Avaliar a associação entre determinantes individuais e contextuais e o consumo de drogas lícitas entre adolescentes. Metodologia: Um estudo transversal de base populacional foi realizado com 746 adolescentes de 15 a 19 anos de escolas públicas e privadas de Campina Grande, Brasil. Dados sociodemográficos foram coletados com pais/responsáveis. Os adolescentes responderam às versões brasileiras dos questionários Alcohol Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST), Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scales (FACES III) e Rapid Estimate of Adult Literacy in Dentistry-30 (BREALD-30), além de questões sobre a visita ao dentista. Informações do contexto foram obtidas nas escolas e em publicações oficiais do município. Modelos de regressão de Poisson ajustados e não-ajustados foram utilizados. Resultados: A prevalência do consumo de drogas lícitas alguma vez na vida foi de 39,8% e de indicativo de risco para a dependência de drogas lícitas foi de 15,1%. Na análise ajustada para o consumo alguma vez na vida de drogas lícitas permaneceram no modelo final: sexo do adolescente (RP=1,26; IC 95%: 1,01-1,59), coesão familiar (RP=9,81; IC 95%: 1,23-72,54) e renda média do distrito da escola (RP=0,72; IC 95%: 0,57-0,91). Para o consumo indicativo de risco para dependência de drogas lícitas permaneceram no modelo final apenas coesão familiar dos tipos ‘desligada’ (RP=23,01; IC 95%: 2,46-214,87) e ‘separada’ (RP=13,54; IC 95%: 1,40-130,97). Conclusões: O ambiente familiar e o contexto escolar são fatores determinantes para o consumo de drogas licitas. A coesão familiar e a renda encontrada no contexto social do adolescente influencia a experiência de consumo de drogas lícitas.
CNPq, CAPES, FAPESQ-PB e FAPEMIG
PP-177 – A renda familiar pode mediar a associação entre alta frequência de ingestão de sacarose e cárie dentária.
Mourão PS*, Fernandes IB, Rodrigues AB, Lopes ABS, Ramos-Jorge J, Ramos-Jorge ML
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri
Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar se a renda mensal familiar pode mediar a associação entre alta frequência de ingestão de sacarose e cárie dentária.
Metodologia: Esse estudo transversal foi realizado em Diamantina, Minas Gerais, com 308 crianças de 1 a 3 anos de idade, selecionadas aleatoriamente em Unidades Básicas de Saúde de Diamantina, Minas Gerais. Variáveis sociodemográficas, econômicas e relativas aos hábitos alimentares das crianças foram coletadas através da aplicação de questionários aos pais/responsáveis. O alto consumo de sacarose foi registrado quando a criança consumia alimentos com sacarose mais de duas vezes ao dia. A presença de cárie dentária óbvia foi detectada através dos códigos de 3 a 6 do Sistema Internacional de Avaliação e Detecção de Cárie Dentária (ICDAS). A análise dos dados envolveu análise descritiva e Regressão de Poisson multivariada.
Resultados: A prevalência de cárie dentária óbvia foi de 43,2%. O modelo final ajustado para idade da criança e higienização bucal revelou que crianças com alto consumo de sacarose tiveram maior prevalência de cárie dentária em famílias de baixa renda (RP=1,79; IC= 1,38-2,33), mas não em famílias de alta renda (RP=1,05; IC= 0,52-2,11).
Conclusão: Conclui-se que a renda mensal familiar pode mediar a associação entre alta frequência de ingestão de sacarose e cárie dentária.
CAPES
PP-178 – Influência da personalidade e perfeccionismo de acadêmicos em odontologia na detecção de lesões de cárie em dentes decíduos
Maia HCM*, Marconi MM, Paz RQ, Moro BLP, Crispim AC, Mendes FM.
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
Este estudo teve como objetivo avaliar a influência da personalidade e perfeccionismo de alunos de Odontologia na detecção de lesões de cárie em dentes decíduos. 52 alunos responderam a questionários e avaliaram 31 superfícies de dentes decíduos exfoliados utilizando o ICDAS, os escores foram comparados com examinadores de referência. Para análises de sensibilidade, especificidade e acurácia considerou-se dois limiares: lesões iniciais D1(0=sadio; A/B/C=cariado) e lesões severas D3(0/A/B=sadio; C=cariado). A associação entre personalidade e parâmetros de validade foi realizada por regressão linear. Para associação entre perfeccionismo e acurácia, foi realizada uma regressão logística de multinível. Foram avaliadas 1.578 superfícies, os escores dos alunos e dos examinadores de referência obtiveram valores de Kappa não ponderado=0,287 e Kappa ponderado=0,466. Para os limiares D1 e D3 obtiveram-se respectivamente: sensibilidade(91,7; 50,1), especificidade(56,6; 86,6) e acurácia(86,0; 77,2). Associando a personalidade com a performance dos alunos na detecção de cárie, houve significância na detecção de lesões severas para alunos com índices mais altos de neuroticismo, sendo a especificidade=0,416(0,207) e a acurácia=0,657(0,228). Para o perfeccionismo, houve significância estatística na detecção de lesões iniciais em alunos com índices mais altos de perfeccionismo auto orientado, também foi observado uma especificidade significantemente maior (p<0,05) para os alunos com maior média total no questionário de perfeccionismo. Concluiu-se que alunos com maiores níveis de neuroticismo tendem a ter menos acertos na detecção de lesões de cárie e alunos com maior perfeccionismo auto orientado e na escala total apresentam maior especificidade da detecção de lesões iniciais de cárie.
CNPQ
PP-179 – Tratamento odontológico sob sedação melhora a qualidade de vida relacionada à saúde bucal das crianças não colaboradoras e das suas famílias
Corrêa-Faria P, Costa LR
Universidade Federal de Goiás
Objetivo: O objetivo desse estudo longitudinal prospectivo foi avaliar o impacto do tratamento odontológico sob sedação na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de crianças não colaboradoras e suas famílias. Metodologia: Cuidadores de crianças menores de sete anos responderam o B-ECOHIS antes do tratamento odontológico sob sedação (T0) e três meses após a conclusão do tratamento (T1). Na avaliação pós-tratamento, os participantes responderam uma questão global sobre a percepção de mudança na saúde bucal da criança (piorou muito; piorou um pouco; ficou o mesmo; melhorou um pouco; melhorou muito). As pontuações do B-ECOHIS obtidas antes e após o tratamento foram comparadas usando-se teste de Wilcoxon, com nível de significância de 5%. O tamanho do efeito (TE) foi calculado e classificado em pequeno (≤0,2), moderado (0,3-0,7) e grande (≥0,8). A percepção de mudança na saúde bucal foi analisada descritivamente.
Resultados: Sessenta cuidadores (86,7% mães) e crianças (53,3% meninos; média de 3,1 anos [desvio-padrão 1,3]) participaram do estudo. Após três meses, houve redução estatisticamente significativa na pontuação do B-ECOHIS (mediana [1º quartil – 3º quartil] T0 13,5 [9,5-21,7]; T1 2,0 [0,0-6,7]; ≤0,001; TE 1,47) e das seções “impacto na criança” (T0 8,4 [4,0-12,8]; T1 0,0 [0,0-4,3]; ≤0,001; TE 1,13) e “impacto na família” (T0 6,0 [4,0-8,7]; T1 0,0 [0,0-2,0]; ≤0,001; TE 1,46). Em 88,3% dos casos, os cuidadores relataram que a saúde bucal da sua criança melhorou muito. Um pouco de melhora foi relatado por 6,7% dos cuidadores, enquanto 5,0% não perceberam nenhuma mudança. Conclusão: O tratamento odontológico sob sedação melhorou significativamente a QVRSB da criança e da sua família.
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás – FAPEG
PP-180 – RETIRADO
Garbim JR*, Freitas RD, Passaro AL, Moro BLP, Braga MM, Mendes FM, Tedesco TK, Raggio DP
FOUSP
RETIRADO
CAPES N° 475433/2020-00 | CNPq N° 420458/2018-2 | FAPESP N° 2018/20464-5
PP-181 – Prevalência de dor de dente e fatores associados em crianças e adolescentes: uma revisão sistemática e meta-análise
Santos PS*, Moccelini BS, Barasuol JC, Magno MB, Bolan M, Martins-Júnior PA, Maia LC, Cardoso M
Universidade Federal de Santa Catarina
Objetivos: os objetivos desta revisão sistemática foram determinar a prevalência global de dor de dente em crianças e adolescentes e verificar a sua associação com características sociodemográficas (sexo, tipo de escola e escolaridade do responsável) e experiência de cárie dentária. Metodologia: Buscas eletrônicas foram realizadas em 5 bases de dados (PubMed, SCOPUS, Web of Science, LILACS e Cochrane Library) e duas bases de literatura cinzenta (Google Scholar e OpenGrey). Estudos observacionais cujo desfecho primário foi determinar a prevalência de dor de dente em crianças e/ou adolescentes foram incluídos. O risco de viés dos estudos foi avaliado com a ferramenta Joanna Briggs Institute Critical Appraisal Checklist for Studies Reporting Prevalence Data. Meta-análises de prevalência e de associação foram realizadas nos softwares MedCalc e Revman. A certeza da evidência foi avaliada utilizando o GRADE. Resultados: Dos 6006 estudos identificados, 58 foram incluídos; 26 apresentaram baixo, 15 moderado e 17 alto risco de viés. A prevalência global de dor de dente foi de 34,7% (IC95%:31,5-37,9%). Meninas (OR:1,18; IC95%:1,08-1,28), crianças/adolescentes de escolas públicas (OR:1,67; IC95%:1,47-1,89) e aqueles cujo responsável apresentava escolaridade equivalente a ≤8 anos de estudo (OR:1,42; IC95%:1,30-1,56) apresentaram maior chance de relatar dor de dente. A presença de cárie dentária aumentou a chance de apresentar dor de dente em 3,51 vezes (IC95%:2,69-4,58). A certeza da evidência foi classificada como muito baixa. Conclusão: A prevalência combinada de dor de dente em crianças e adolescentes foi 34,7%. Características sociodemográficas (sexo, tipo de escola e nível de escolaridade do responsável) e cárie dentária foram significativamente associadas à dor de dente.
CAPES
PP-182 – Fatores de risco para a piora da qualidade de vida relacionada a saúde bucal na transição da dentadura mista para a dentição permanente: um estudo longitudinal de sete anos.
Souto-Souza D*, Duarte-Rodrigues L, Alves VP, Veloso IMP, Primo-Miranda EF, Marques LS, Ramos-Jorge J.
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
Objetivo: Avaliar a alteração do estágio da qualidade de vida relacionada a saúde bucal (QVRSB) da dentadura mista para a dentição permanente e fatores de risco associados com sua piora após um intervalo de sete anos, levando em consideração a alteração das condições clínicas bucais ao longo do tempo.
Metodologia: Amostra de 324 estudantes de 13 a 19 anos (follow up), avaliados inicialmente em 2012 (baseline). A QVRSB foi avaliada usando CPQ8-10 e CPQ11-14. As pontuações dos questionários foram transformadas para serem equivalentes e realizou-se a diferença de médias entre o baseline e o follow up. QVRSB foi dicotomizada em melhora e piora. Condições bucais analisadas de forma longitudinal foram a cárie e a má oclusão, seguindo os critérios da Organização Mundial de Saúde (ceod/CPOD e DAI), cada variável foi categorizada em: ausência do problema em ambos os momentos; presença do problema no baseline e ausência no follow up; ausência do problema no baseline e presença do problema no follow up; e presença do problema em ambos os momentos. Características socioeconômicas e idade e sexo também foram avaliadas. Teste de Wilcoxon e Regressão hierárquica de Poisson foram utilizados, considerando um intervalo de confiança de 95%.
Resultados: Escolares do sexo feminino (RP: 1.68; CI95%: 1.07 to 2.63; p=0.02) e na faixa etária mais velha de 17 a 19 anos (RP: 1.82; CI95%: 1.09 to 3.04; p=0.02) tinham pior QVRSB. Má oclusão ausente no baseline e presente no follow up representou um risco de 78% maior (RR: 1.78; CI95%: 1.1 to 3.19; p= 0.04) para a piora da QVRSB.
Conclusão: Os novos casos de má oclusão são fatores de risco para uma piora na QVRSB. Ser de faixa etária mais velha e do sexo feminino estão associados a uma pior QVRSB.
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)
PP-183 – Condições clínicas bucais e o uso de mamadeira associados à função mastigatória em pré-escolares da cidade de Diamantina/MG.
Souto-Souza D*, Soares MEC, Primo-Miranda EF, Alves VP, Pereira LJ, Ramos-Jorge J.
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
Objetivo: Avaliar a associação da má oclusão, hábitos de sucção nutritivos e não nutritivos e cárie dentária na função mastigatória de pré-escolares.
Metodologia: Estudo transversal foi realizado com uma amostra de 384 crianças de 3 a 5 anos. Todas as avaliações foram realizadas por um único examinador calibrado para exames clínicos bucais (kappa> 0.82). A presença de má oclusão foi registrada usando os critérios de Foster e Hamilton. O número de unidades mastigatórias e de dentes posteriores cavitados por cárie dentária também foram registrados. Os pais responderam a um questionário em forma de entrevista, abordando questões sobre os hábitos de sucção nutritiva e não nutritiva da criança. A função mastigatória foi avaliada por meio do material de teste Optocal, e foi baseada no tamanho mediano das partículas na performance mastigatória, no limiar da deglutição e no número de ciclos mastigatórios durante o limiar da deglutição. A análise dos dados envolveu análises de regressão linear simples e múltipla e o nível de confiança adotado foi de 95%.
Resultados: A amostra foi composta por 206 crianças do grupo com má oclusão e 178 do grupo sem má oclusão. Na análise de regressão múltipla, o desempenho mastigatório foi associado à idade (p = 0,025), mamadeira (p = 0,004), presença de má oclusão (p = 0,048) e número de dentes posteriores cavitados (p = 0,030). O limiar de deglutição esteve associado à idade (p = 0,025), mamadeira (p = 0,001) e má oclusão posterior (p = 0,017). O número de ciclos mastigatórios durante o limiar da deglutição foi associado ao número de dentes posteriores cavitados (p = 0,001).
Conclusão: Má oclusão posterior, mamadeira e cárie dentária podem interferir na função mastigatória de pré-escolares.
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)
PP-184 – Análise da qualidade de informação relacionada à Cárie da Primeira Infância no Youtube
Aguirre PEA*, Aníbal I, Strieder AP, Lotto M, Rizzato VL, Rios D, Pereira AFF, Cruvinel T
Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo
OBJETIVO: Analisar a qualidade da informação em três idiomas de vídeos postados no Youtube sobre cárie da primeira infância (CPI)
MÉTODOS: Os vídeos do Youtube foram pesquisados em espanhol, inglês e português usando uma estratégia de busca específica para cada idioma com termos relacionados à ECC. Critérios estritos de inclusão e exclusão foram aplicados para selecionar os vídeos para a avaliação final. Os vídeos foram analisados usando uma pontuação de 13 pontos para utilidade da informação, de acordo com as diretrizes da American Academy of Pediatric Dentistry (AAPD).
RESULTADOS: Um total de 127 vídeos foram analisados nos três idiomas. A pontuação média de utilidade foi de 4,30. De acordo com o tipo de conteúdo, 84,25% dos vídeos abordaram métodos de prevenção, 79,53% a etiologia da CPI e apenas 18,90% explicaram sobre as opções de tratamento. A maioria dos vídeos foram realizados por profissionais de saúde (48,03%). Em média, a duração dos vídeos foi de 04:35 minutos. Os 127 vídeos foram vistos em média 31306,95 vezes, e a taxa de interação dos espectadores foi de 1,42.
CONCLUSÃO: De maneira geral, os vídeos tiveram pontuação baixa, indicando baixa qualidade das informações apresentadas. Embora a maioria dos vídeos tenham sido realizados por profissionais de saúde, seu conteúdo não era completo ou preciso. Os profissionais devem aconselhar seus pacientes a interpretar cuidadosamente as informações publicadas na Internet.
FAPESP N° 2018/02563-6
PP-185 – Possível bruxismo em vigília está associado ao bullying escolar entre crianças/adolescentes?
Alonso LS*, Serra-Negra JMC, Abreu LG, Martins IM, Tourino LFPG, Vale MPP.
Universidade Federal de Minas Gerais
Objetivo: Investigar a associação entre possível bruxismo em vigília (PBV) e bullying escolar entre crianças/adolescentes, bem como avaliar a associação entre bullying escolar e dentes como motivo de provocação entre pares. Metodologia: Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (#82839718400005149), um estudo transversal representativo foi conduzido em escolas públicas e privadas de Lavras (MG) com 434 crianças/adolescentes de 8-11 anos juntamente com seus pais/responsáveis. Os responsáveis responderam um questionário para fornecer dados sobre as características sociodemográficas. Crianças/adolescentes responderam um questionário sobre a ocorrência de PBV e se consideravam que os dentes eram causa de provocação na relação entre eles e seus colegas. Para a avaliação do bullying escolar, as crianças/adolescentes responderam o Olweus Bully/Victim Questionnaire. Previamente à realização da análise estatística foi utilizado um Gráfico Direto Acíclico para listar as potenciais variáveis de confusão. Análise descritiva, teste qui-quadrado e regressão de Poisson foi realizada (p<0,05). Resultados: Crianças/adolescentes vítimas de bullying (RP=1,52, IC95%=1,14-2,04, p=0,005) e vítimas-agressoras (RP=2,08, IC95%=1,36-3,17, p=0,001) apresentaram uma maior frequência de PBV do que aqueles não envolvidos em bullying. Crianças/adolescentes que perceberam os dentes como causa de provocação no relacionamento com os colegas foi significativamente maior entre os indivíduos vítimas de bullying em comparação com os não envolvidos (p=0,004). Conclusão: Crianças/adolescentes vítimas de bullying e vítimas-agressoras apresentaram maior frequência de PBV. Traços dentais foram percebidos como causa de provocação no relacionamento das vítimas de bullying com seus colegas.
CAPES, FAPEMIG
PP-186 – A resina composta com tecnologia Giomer é a solução para aumentar a sobrevida de restaurações ART ocluso-proximais de molares decíduos? Ensaio Clínico Randomizado
Pássaro AL*, Olegário IC , Laux CM, Oliveira RC, Tedesco TK, Raggio DP
Faculdade de Odontologia da USP (FOUSP)
O objetivo desse ensaio clínico de superioridade (registro NCT02962713) foi avaliar a sobrevida de restaurações feitas pelo tratamento restaurador atraumático (ART) usando um cimento de ionômero de vidro de alta viscosidade (CIV) e uma resina composta bulk de tecnologia Giomer (RCG – associado a sistema adesivo de passo único) em cavidades ocluso-proximais de molares decíduos após 24 meses. 182 crianças de 4 a 8 anos foram selecionadas em Cerquilho, SP e foram alocadas aleatoriamente em dois grupos de acordo com o material restaurador: CIV (Equia Forte® – GC Corp) e RCG (Beautibond® e Beautifil Bulk Restorative® – Shofu Inc). Os tratamentos foram feitos nas escolas e apenas uma cavidade foi incluída por criança. Um examinador treinado e calibrado (kappa > 0,8) fez as avaliações após 3, 6, 12, 18 e 24 meses de acordo com os critérios de Roeleveld et al. 2006. Os testes de Kaplan Meier e logrank testaram a sobrevida das restaurações e a análise de regressão de Cox testou a relação entre a sobrevida e as variáveis coletadas (α=5%). Aos 24 meses, 161 restaurações foram avaliadas (88,5% da amostra) e 177 restaurações foram avaliadas ao menos uma vez durante o acompanhamento do estudo (2,75 % de perda de seguimento). A sobrevida média geral das restaurações após 24 meses foi de 53,5% (CIV=58,1% e RCG=49,1%). Não houve diferença no sucesso entre os materiais restauradores (HR=1,35; IC= 0,85-2,14; p=0,199). Nenhuma das variáveis coletadas influenciou a sobrevida das restaurações (p>0,05). A sobrevida da RCG não é superior à do CIV em restaurações ART oclusoproximais de molares decíduos.
CAPES
PP-187 – Propriedade antimicrobiana e adesão à dentina de um cimento de ionômero de vidro contendo nanopartículas de hexametafosfato de clorexidina
de Souza ACB, Oliveira JR*, Gonçalves LP, de Camargo ER, Giro EMA
Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” – UNESP
O desenvolvimento de cimentos de ionômero de vidro com propriedades antibacterianas melhoradas e duradouras é desejável. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência da incorporação de nanopartículas de hexametafosfato de clorexidina (NPs CLX-HMP) nas propriedades antibacteriana e adesiva de um cimento de ionômero de vidro (CIV). As NPs CLX-HMP foram adicionadas ao CIV Ketac Molar Easy Mix nas concentrações de 2% e 5%. O CIV puro foi utilizado como controle. Para avaliação da atividade antibacteriana, o crescimento dos biofilmes (n=10 por grupo) utilizou um modelo de aderência ativa e saliva de quatro doadores. Após 5 dias, os biofilmes foram dispersos, e inoculados em placas de ágar sangue e ágar mitis salivarius com bacitracina e sacarose (MSBS), incubadas a 37 oC, e feita a contagem de microrganismos anaeróbios totais e estreptococos do grupo mutans, respectivamente. Para a resistência de união (RU), terceiros molares humanos tiveram uma superfície de dentina exposta, sobre ela foram confeccionados dois espécimes de material (1 mm x 1 mm), totalizando n=10 por grupo e período. Estes foram armazenados em saliva artificial a 37 oC, e o teste de microcisalhamento foi realizado após 24 h e 6 meses. Os dados de contagem de microrganismos (UFC/mL) foram analisados pelo teste de Kruskal-Wallis, e os de resistência de união (em MPA) por ANOVA e Games-Howell (α=0,05). Para a atividade antibacteriana não houve diferença entre os grupos. A RU foi inferior após 6 meses de envelhecimento da união (p≤0,008), e no grupo contendo NPs CLX-HMP 5% (p≤0,014). Pode-se concluir que a associação de NPs CLX-HMP ao CIV em concentração até 5%, não foi capaz de potencializar o seu efeito antibacteriano e, na concentração de 5% promoveu redução da adesão do CIV à dentina.
Process Fapesp: 2015/00928-9
CAPES (Código de Financiamento 001)
PP-188 – Distribuição espacial da cárie dentária em escolares de 12 anos de idade da cidade de Diamantina/MG
Souza TO*, Varajão GFDC, Silva CJP, Paiva HN, Souto-Souza D, Pelli Paiva PCP.
Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri- UFVJM
Considerando o espaço, onde os problemas e agravos à saúde são produzidos e sua relevância nas condições de saúde bucal da população, este estudo teve como objetivo investigar a distribuição espacial da cárie dentária em escolares de 12 anos de Diamantina/MG. Os endereços foram georreferenciados por geocodificação por meio do programa Google Earth. A cárie dentária foi avaliada pelo índice médio dos dentes permanentes cariados, perdidos e obturados (CPO-D). As tendências de aleatoriedade e densidade de pontos foram analisadas por mapas de Kernel. A amostra foi composta por 584 alunos, o sexo feminino representou 51,4% e 45,7% dos escolares apresentaram lesão de cárie cavitada. Nos mapas observou-se que escolares com apenas um dente cariado, perdido ou obturado (CPO-D=1) residem na região sudoeste da cidade, já aqueles com 2 ou 3 (CPO-D=2 e CPO-D=3) dentes acometidos estavam distribuídos eminentemente na região nordeste. Adolescentes com piores índices (CPO-D>4) estavam distribuídos nas regiões periféricas do munícipio com formação de aglomerados de alta densidade principalmente na região oeste. A região oeste apresentou alto risco para cárie dentária, contrastando com as regiões centrais. Este estudo contribuiu não só para a identificação, mas também para a previsão de regiões com alto risco de cárie. Dessa forma, os programas de intervenção, prevenção e promoção de saúde tornam-se mais eficientes ao serem direcionados aos indivíduos com maior risco
FAPEMIG
PP-189 – Associação entre mucocele e traumatismo orofacial na infância
Mello JN*, Campos V, Lenzi MM
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Mucoceles são lesões orais causadas pelo rompimento ou obstrução da glândula salivar menor podendo ocorrer em lábios, mucosa jugal, língua e palato. O trauma local é um fator etiológico. Esse estudo teve como objetivo avaliar a prevalência da mucocele em crianças após traumatismo orofacial. Observou-se características clínicas (tamanho, coloração e localização), tratamentos e aspectos individuais (idade e sexo). Foi realizada uma estratégia de busca na base de dados PubMed sem restrição de língua ou ano de publicação. Os estudos elegíveis foram os que avaliaram clinica e histologicamente mucoceles orais em crianças e sua etiologia. Relatos de casos clínicos e revisões de literatura foram excluídos. A busca encontrou 148 estudos e 17 foram incluídos. A prevalência de mucocele variou de 5.3% a 28.9%. A etiologia traumática foi a principal causa, como, sucção da mucosa labial, trauma por objeto, mordedura, briga e esporte. A localização que prevaleceu foi o lábio inferior. Houve uma predileção feminina, e mais prevalente na segunda década de vida. O tamanho das mucoceles variou de 0,1cm a 4,1cm de diâmetro. A coloração mais observada foi azulada. O tipo de tratamento mais realizado foi a excisão cirúrgica. Outros tratamentos foram a criocirurgia e escleroterapia de polidocanol. Três estudos relataram remissão espontânea e cinco relataram recidivas. Foi encontrada associação estatisticamente significativa apenas entre mucocele e lábio inferior. Conclui-se que o trauma foi o principal fator etiológico da mucocele em crianças, especialmente em meninas acima de 11 anos. O lábio inferior foi o local prevalente, assim como a cor azulada e o tratamento cirúrgico. A identificação de tais características contribui para um melhor entendimento da mucocele, sua prevenção e tratamento.
PP-190 – Alfabetismo em Saúde Bucal, indicadores socioeconômicos e experiência de cárie dentária: estudo com crianças/adolescentes com Transtorno do Espectro Autista
Carrada CF*, Tavares MC, Procópio SW, Scalioni FAR, Firmino RT, Ribeiro RA, Paiva SM
1Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil;
2Faculdade de Ciência Médicas e da Saúde de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: Avaliar a associação entre experiência de cárie dentária de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) com Alfabetismo em Saúde Bucal (ASB) de seus pais/responsáveis e determinantes socioeconômicos da família. Metodologia: Trata-se de um estudo piloto transversal desenvolvido com 22 crianças/adolescentes com TEA de 4 a 18 anos e seus pais/responsáveis. Para avaliação do nível de ASB dos pais, foi aplicado a versão brasileira do Rapid Estimate of Adult Literacy in Dentistry (BREALD-30), categorizado em: nível inadequado de alfabetismo (0 a 18 pontos), nível marginal (19 a 22 pontos) e nível adequado (23 a 30 pontos). Informações socioeconômicas e demográficas das crianças/adolescentes foram coletadas por meio de um questionário auto-aplicado aos pais. Um examinador calibrado avaliou a experiência de cárie dentária (CPO-D/ceo-d) das crianças/adolescentes com TEA. A análise dos dados incluiu tendência linear e Regressão de Poisson (RP) (IC 95%; p<0,05). Resultados: A prevalência de cárie dentária foi de 59,0% nos indivíduos com TEA, sendo que 45,5% apresentava alguma lesão de cárie dentária não tratada e 4,5% apresentava alguma lesão de cárie dentária tratada. Do total de pais, 27,3% possuía nível de ASB adequado e 31,8% possuía nível de ASB inadequado. Pais de crianças com TEA com renda familiar <2 salários mínimos brasileiros apresentaram menores níveis de ASB comparados aos pais com renda familiar >2 salários mínimos brasileiros (RP=1,36; IC=1,17-1,52). Não houve associação entre a experiência de cárie dentária das crianças com TEA e o nível de ASB de seus pais (p=0,392). Conclusão: A renda familiar foi determinante para o nível de ASB dos pais de crianças com TEA. Entretanto, o ASB dos pais não determinou a experiência de cárie de seus filhos.
CNPQ e CAPES
PP-191 – Impacto das estratégias de diagnóstico para detecção de lesão de cárie na qualidade de vida de pré-escolares
Freitas JG*, Pontes LRA, Acosta CP, Lara JS, Novaes TF, Gimenez T, Braga MM, Raggio DP, Mendes FM, CARDEC collaborative group.
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo – FOUSP
Objetivo: Avaliar a influência de duas estratégias de diagnóstico de cárie, e subsequente tratamento, na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) em pré-escolares. Material e Métodos: Crianças de 3 a 6 anos foram randomizadas em 2 estratégias de diagnóstico: visual (VIS) ou visual+radiográfico (RAD). Os participantes foram diagnosticados e tratados de acordo com o grupo alocado, e acompanhados por 2 anos. Os responsáveis responderam o Early Childhood Oral Health Impact Scale (ECOHIS) no início da pesquisa e após 2 anos. Análise por intenção de tratar foi realizada. Os escores do ECOHIS no baseline e 2 anos após foram comparados pelo teste de Mann-Whitney. Os tamanhos de efeito, diferenças nos escores e a diferença minimamente importante (MID) foram também comparados entre os grupos. Uma análise secundária foi realizada para avaliar a validade do uso de variáveis de QVRSB como desfechos alternativos, observando se essas variáveis satisfaziam os Critérios de Prentice em relação ao desfecho clínico primário. Resultados: 205 crianças tiveram seus questionários analisados (taxa de atrição de 18.7%). Em média os escores totais e por domínios do ECOHIS do grupo visual e radiográfico diminuíram após 2 anos (tamanhos de efeito variando de 0.43 a 0.77). Comparações entre os grupos, no entanto, não mostraram diferenças significativas. A frequência de crianças que atingiu a MID também foi semelhante entre as estratégias de diagnóstico (VIS:39,8% e RAD:41,9%, p>0.05). Com relação às análises secundárias, as variáveis de QVRSB atenderam ao critério de Prentice. Conclusão: As duas estratégias de diagnóstico de cárie não influenciam no impacto da QVRSB dos participantes. As variáveis de QVRSB podem ser utilizadas como indicador correspondente ao desfecho clínico.
CNPq (471817/2012-0 e 306304/2015-5)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo–FAPESP(2012/24243-7)
PP-192 – Análise proteômica da película adquirida do esmalte de crianças com cárie da primeira infância e livres de cárie
Silva NC*, Oliveira BP, Ventura TMO, Toniolo J, Buzalaf MAR, Rodrigues JA
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Cárie da Primeira Infância (CPI) é definida como a presença de 1 ou mais dentes decíduos com alguma superfície cariada, em crianças de até 6 anos. A película adquirida do esmalte (PAE) tem um papel importante na patogênese da CPI, atuando como uma interface protetora entre a superfície dentária e a cavidade oral. Não existem estudos comparando o perfil proteômico da PAE de crianças com CPI e livres de cárie (LC). O objetivo deste estudo foi comparar o perfil proteômico da PAE in vivo de crianças (3 a 5 anos) com CPI (n=10) e LC (n=10). Após coletadas as amostras de PAE, foi utilizada a espectrometria de massas (nLC-ESI-MS/MS) para identificação das proteínas e o Software PLGS para análise proteômica quantitativa livre de marcadores. No total foram identificadas 241 proteínas. As proteínas basic salivary proline-rich protein (PRP) 1 e 2, cystatin-B e cystatin-SA foram encontradas exclusivamente no grupo LC e deveriam ser destacadas. Na análise quantitativa (CPI vs. LC), no grupo CPI, as proteínas aumentadas foram 6 isoformas de hemoglobin, serum albumin, neutrophil defensin 3 e proteins S100-A8 e A9, e as proteínas diminuídas foram submaxillary gland androgen-regulated protein 3B, histatin-1, statherin, 3 isoformas de PRP alpha-amylase 1 e 2B e todas estas devem ser destacadas. Estes achados indicam que existem diferenças no perfil proteômico da PAE de crianças com CPI e LC. As proteínas exclusivas do grupo LC e as proteínas diminuídas no grupo CPI, podem ser protetoras e desempenhar um papel na prevenção à doença cárie em crianças. Além disso, são boas candidatas para estudos futuros, relacionados ao seu potencial protetor, podendo estimular o desenvolvimento de produtos odontológicos, visando novos métodos preventivos e terapêuticos para a doença cárie em crianças.
CNPq N° 314532/2018-8)
PP-193 – Influência da experiência prévia de cárie dentária e fatores individuais e contextuais na incidência de cárie dentária: uma coorte de 7 anos.
Duarte-Rodrigues L*, Souto-Souza D, Alves-Duarte AC, Mota-Veloso IP, Marques LS
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
O objetivo do presente estudo foi investigar a influência da cárie dentária e outros fatores individuais e contextuais no surgimento de novas lesões de cárie em escolares brasileiros, após um período de 7 anos. Foram incluídos escolares da cidade de Diamantina, MG. O poder do teste de 99,85% foi observado. O exame clínico bucal foi realizado por examinadores previamente treinados e calibrados, em ambas as fases do estudo (2012 – baseline; e 2019 – T1). O índice CPO-D foi adotado para avaliar cárie dentária em ambos os momentos. Para análises estatísticas, análise descritiva da amostra foi realizada, bem como testes Qui-quadrado, Mann-Whitney e modelo uni e multivariado da Regressão hierárquica de Poisson, com o intuito de verificar a associação entre as variáveis independentes e a incidência de cárie dentária. Um total de 330 escolares que, no baseline tinham idades entre 7 e 12 anos, participaram dos dois momentos do estudo. Observou-se uma incidência de cárie dentária de 64,8%. O modelo final da Regressão de Poisson revelou que os escolares que tiveram experiência de cárie durante o baseline (IC 95% 1,24-1,80; p<0,001), apresentaram um risco 49% maior em desenvolver novas lesões de cárie após sete anos. Além disso, os escolares cujas mães apresentavam uma escolaridade menor ou igual a oito anos (IC 95% 1,03-1,38; p=0,020) e aqueles que tiveram uma autopercepção da saúde bucal insatisfatória (IC 95% 1,01-1,37; p<0,032), apresentaram riscos 19% e 18% maiores em desenvolver novas lesões de cárie em T1, respectivamente. Concluiu-se que a experiência prévia de cárie dentária, bem como a baixa escolaridade materna e a autopercepção da saúde bucal insatisfatória atuaram como fatores de risco para a incidência de cárie dentária entre os escolares após um período de 7 anos.
CAPES
PP-194 – Satisfação dos estudantes com os recursos educacionais do MOOC Saúde Bucal da Gestante.
Mello LL*, Spinola VB, Huanca C, Haddad AE, Monier EB, Garcia PT, Oliveira AEF.
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
Massive Open Online Course-MOOC é uma estratégia contemporânea de ensino à distância. A UNASUS-UFMA e a FOUSP ofertaram o MOOC Saúde Bucal da Gestante, desenvolvido no contexto da Atenção Primária a partir da inclusão do pré-natal odontológico das gestantes no SUS. O objetivo do estudo foi apresentar o perfil sociodemográfico e de satisfação dos concluintes que avaliaram os recursos educacionais do MOOC. Um estudo transversal descritivo das respostas de 128 participantes a um questionário em escala Likert de 4 pontos: O-ótimo/B-bom/R-regular/I-insuficiente. No perfil sociodemográfico da amostra, 60% eram Cirurgiões-dentistas, 21% estudantes e 19% distribuídos entre auxiliares/técnicos de enfermagem, médicos, assistentes sociais e enfermeiros; 62% gênero feminino e 38% masculino. A faixa etária predominante foi 20-29 anos/33%, seguida por 30-39/31%, 40-49/25%; 50-59/10% e 60-70/1%. Na autodeclaração étnica 58% brancos; 32% pardos; 6% pretos; 2% amarelos e 2% indígenas. Dos graduados 39% se formaram a partir de 2011, 27% entre 2001-2010, 19% entre 1991-2000 e 6% entre 1980-1990. Eram residentes no Nordeste 31%; Sudeste 29%; Sul 18%; Norte 7% e Centro-oeste 6%. Os resultados de satisfação ao acesso e funcionalidade da plataforma foram O-70%; B-27%; R-2% e I-1%. A avaliação do e-Book foi O-70%; B-24%; R-5% e I-1%. A satisfação com os casos clínicos foi O-61%; B-25%; R-8% e I-2%. A situação-problema alcançou O-66%; B-27%; R-7%. O jogo Quiz foi avaliado como O-41%; B-20%; R-8% e I-3%. A avaliação dos botões interativos foi O-66%; B-28%; R-6%. Os infográficos foram avaliados como O-63%; B-27%; R-6% e I-2%. A satisfação com o curso foi significantemente alta, trazendo informações importantes para entender pontos fortes e fragilidades nessa modalidade na qualificação em saúde.
PP-195 – O método de manipulação dos Cimentos de Ionômero de Vidro influencia a sobrevida das restaurações em molares decíduos? – 2 anos de um ensaio clínico randomizado
Oliveira RC*, Olegário IC, Camargo LB, Mendes FM, Pontes LRA, Tedesco TK, Novaes TF, Gimenez T, Passaro AL, Braga MM, Raggio DP, Cardec Collaborative Group
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
Objetivo: Avaliar a influência da forma de manipulação (manual ou mecanizada) de dois cimentos de ionômero de vidro de alta viscosidade (CIV) na sobrevida de restaurações de molares decíduos. Metodologia: Foram realizadas 324 restaurações em cavidades oclusais (O) e ocluso-proximais (OP), em 145 crianças com idade entre 3 e 10 anos, na clínica de odontopediatria da FOUSP. A unidade de randomização foi o dente, e as crianças foram alocadas em dois grupos de acordo com o tipo de material: Manual (M) (Fuji 9 Gold Label – GC Corp) e Mecanizada (MEC) (Equia Fill – GC Corp). As restaurações foram avaliadas clinicamente por duas examinadoras treinadas e calibradas (Kappa=0.99) cegas em relação aos grupos. Para a avaliação das restaurações oclusais foram utilizados os critérios de Frencken e Holmgren e para as ocluoproximais os de Roeleveld et al.. Para a sobrevida das restaurações, foi utilizada a análise de Kaplan-Meier e a Regressão de Cox com fragilidade compartilhada para análise das variáveis: material, tipo de superfície, dente e arcada. Resultados: A taxa de sobrevida geral das restaurações foi 58,2% para o CIV M e 60,1% para o CIV MEC após 24 meses de acompanhamento. Para cavidades oclusais a sobrevida foi de 71,4%, já para cavidades ocluso-proximais essa sobrevida foi de 35,6% (p<0,001). Não houve diferença entre os grupos nas diferentes cavidades. Não houve influência do dente ou arcada na sobrevida das restaurações. Conclusão: A forma de manipulação do material não influenciou a sobrevida das restaurações em molares decíduos, independentemente do tipo de cavidade. Cavidades ocluso-proximais apresentam menor sobrevida quando comparadas às oclusais.
Clinical Trials (NCT02274142)
Aprovação Comitê de Ética: #864.396
CAPES, FAPESP, CNPQ
PP-196 – Ocorrência do tratamento endodôntico em dentes decíduos traumatizados e sua relação com os sucessores permanentes.
Moreira AOG*, Gasperini M, Menezes AN, Wanderley MT
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
Trauma em dente decíduo é comum na infância, podendo levar à necrose pulpar e à necessidade de tratamento endodôntico a fim de evitar a perda precoce desse dente traumatizado. O objetivo desse trabalho foi avaliar a ocorrência de tratamento endodôntico com Pasta Guedes-Pinto após traumatismo dentário e suas relações com as possíveis sequelas aos sucessores permanentes.
Três examinadores treinados e calibrados avaliaram as fichas clínicas, fotografias e radiografias de prontuários de pacientes atendidos no Centro de Pesquisa e Atendimento de Traumatismos em Dentes Decíduos da FOUSP de 1998 a 2016. O desfecho foi a presença ou não de alteração no sucessor. Nossa hipótese foi que o tratamento endodôntico nos dentes decíduos após traumatismo dental não impactasse na formação do permanente. Foram avaliados 2655 prontuários e 363 foram incluídos. Após os critérios de exclusão ficaram, para análise 266 dentes. Destes, 105 tiveram traumas de baixa severidade, 37 de média e 124 de alta severidade. A idade no trauma foi de até 3 anos em 188 casos, de 3 a 5 anos em 60 casos e maiores de 5 anos em 9 casos. O motivo da endodontia foi necrose pulpar em 182 dentes e exposição pulpar em 53. 160 dentes tiveram endodontia satisfatória e 106 condutos parcialmente preenchido. Em 214 dentes houve extravasamento da pasta para além do ápice do canal. 87 dentes permaneceram até o período de esfoliação e 114 foram perdidos precocemente por exodontia devido à insucesso do tratamento ou avulsões. Na análise de Poison, não houve significância entre a ocorrência de tratamento endodôntico em dente decíduo traumatizado e a alteração no sucessor permanente. Conclui-se que o tratamento endodôntico do dente decíduo não foi associado às sequelas aos sucessores permanentes.
CEP FOUSP nº: 2.865.402
CAPES